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O Público e o Privado na Gestão Pública

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O Público e o Privado na Gestão Pública 
Atividade semana 1 
Ruberlaine Ferreira de Jesus Silva
O texto “A REFORMA DO APARELHO DO ESTADO E A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA”, que trata do projeto de Reforma do Estado concebido pelo então Ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, em 1995, parece argumentar que algumas atividades, embora continuem sob responsabilidade do Estado, não teriam de ser desempenhadas diretamente por ele. Como isso seria possível? Uma atividade seria de titularidade estatal, porém não seria executada diretamente pelo Estado? Uma empresa privada pode exercer uma atividade em nome do Estado? Explique, ilustrando com exemplos do texto e de seu próprio conhecimento a respeito do que mudou no modo de prestação de serviços públicos pelo Estado brasileiro de 1995 até hoje.
A história do Brasil foi marcada por diversos processos de reformas.
Uma das reformas que teve grande relevância na redefinição do papel do Estado na década de 90 foi a denominada Reforma Gerencial do Estado Brasileiro. Em um contexto de grande desafio, de globalização da economia mundial, do aumento dos desenvolvimentos tecnológicos, das influências dos movimentos internacionais: da Nova Administração Pública e da Nova Gestão Pública emerge-se o gerencialismo no Brasil. Percebe-se um novo posicionamento do Estado que deixa de ser responsável direto pelo desenvolvimento econômico e social para se fortalecer na função de promotor e regulador. Diversos serviços públicos foram delegados ao Terceiro Setor e à iniciativa privada.
As recomendações de Bresser-Pereira deram origem ao Plano Diretor, operacionalizado via Emenda Constitucional nº 19 de 1998. As atividades estatais foram divididas em dois grupos: atividades exclusivas do Estado, executadas pela cúpula da Administração e consistentes em legislação, regulação, fiscalização, fomento e formulação de políticas públicas; e atividades não exclusivas do Estado, que consistem nos serviços competitivos e atividades de apoio. Os objetivos principais da administração pública gerencial, de acordo com Paula (2005), seriam: 
(...) melhorar as decisões estratégicas do governo e da burocracia; garantir a propriedade e o contrato, promovendo o bom funcionamento dos mercados; assegurar a autonomia e a capacitação gerencial do administrador público; e assegurar a democracia por meio da prestação de serviços públicos orientados para o cidadão-cliente e controlados pela sociedade. (Pág. 475).
Estes objetivos seriam alcançados, conforme afirmado por Bresser-Pereira, simplificadamente por meio da distinção entre a propriedade estatal, a pública não-estatal e a privada; do ajuste fiscal e reforma administrativa, e no desenvolvimento de instituições que tenham legitimidade na representação dos interesses comuns.
Bresser Pereira apresentou quatro componentes como básicos: (a) delimitação de seu papel através dos processos de privatização, publicização e terceirização; (b) a desregulação; (c) o aumento da governança; e (d) o aumento da governabilidade Desses componentes, o que gerou maior polêmica, causando inúmeros embates, foi o da “publicização”. Com a chamada publicização, haveria a transferência da gestão e prestação de serviços antes ofertado pelo Estado, como os serviços sociais – a educação e saúde, dentre outros – para o setor dito “público não-estatal”, ou terceiro setor, composto por entidades da sociedade civil de fins públicos e não lucrativos. Neste momento, as políticas sociais passam a ser consideradas serviços não-exclusivos do Estado que deixa de ser executor direto de tais políticas para exercer a função de regulador.
Em 15 de maio de 1998 foi sancionada a Lei no 9.637, que dispõe sobre a qualificação de entidades como organizações sociais e sobre a criação do Programa Nacional de Publicização. O governo federal, mais especificamente o Ministério da Administração e Reforma do Estado (MARE), através de seu Ministro Luiz Carlos Bresser Pereira, propunha com isso a redução dos gastos do Estado. Através deste programa, as entidades de serviços sociais básicos do Estado, chamados de “não-exclusivos” do Estado, tais como saúde e educação, poderiam ser transformadas em organizações sociais, se assim o desejassem. Estas novas entidades administrativas de serviços públicos seriam “entidades públicas não estatais” ou “fundações publicas de direito privado”.
O Ministro Bresser Pereira sustentava que os serviços do Estado deveriam ter a mesma eficiência e qualidade do setor privado. Para isso, seria necessário adotar um formato de administração “mais flexível do que a adotada no núcleo burocrático da administração direta”. Este objetivo seria alcançado com o apoio especial das “organizações sociais”, (Bresser Pereira, 1995).
Descentralização dos serviços sociais do Estado, de um lado para os Estados e Municípios, de outro, do aparelho do Estado propriamente dito para o setor público não estatal.
Concessão de autonomia financeira e administrativa às entidades de serviço do Estado, particularmente de serviço social, como as universidades, as escolas técnicas, os hospitais, os museus, os centros de pesquisa, e o próprio sistema da previdência.
Exemplo esse a Vale do rio doce, o metro linha amarela, os correios, o Masp e o MAM. Os hospitais como Santa Marcelina e as empresas de ônibus.
Os serviços sociais do Estado exigem flexibilidade, eficiência e uma qualidade tão boas quanto nas atividades semelhantes no setor privado e no setor público não-estatal, para isso é necessário para esses serviços encontrem uma forma de administração mais flexível do que a adotada no núcleo burocrático da administração direta. Este objetivo de autonomia financeira e administrativa dos serviços sociais do Estado poderá ser alcançado principalmente através do projeto das “organizações sociais”,
É importante evitar a privatização e a feudalização das organizações sociais, ou seja, a apropriação destas por grupos de indivíduos que as usam como se fossem privadas. Com esse objetivo, uma série de cautelas legais e administrativas serão adotadas, tomando-se, entretanto, o cuidado de limitar os controles por processo, já que o essencial será, tanto da parte do próprio Estado, quanto da sociedade, o controle por resultados das organizações sociais.
O fortalecimento da governança significa promover a capacidade de formulação e implementação de políticas públicas e de decisão, entre diversas opções, sobre qual a mais adequada. O processo decisório governamental deve estar fundamentado em alguns princípios básicos, como a busca da eficiência e eficácia no ajuste das contas e finanças públicas; a melhoria da performance e uma maior efetividade das organizações públicas para atender às novas necessidades informacionais da administração pública 
É preciso que, através de um amplo debate com a sociedade e os funcionários, se chegue a um razoável entendimento só assim teremos um Estado mais eficiente, prestando um serviço de qualidade aos cidadãos.
Referências:
Coelho, Ricardo Corrêa O público e o privado na gestão pública / Ricardo Corrêa Coelho-Florianópolis Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] CAPES UAB, 2014
https://jus.com.br/artigos/27427/resenha-a-reforma-do-estado-nos-anos-90-logica-e-mecanismos-de-controle
http://www.anpae.org.br/simposio2011/cdrom2011/PDFs/trabalhosCompletos/comunicacoesRelatos/0193.pdf
http://unpan1.un.org/intradoc/groups/public/documents/CLAD/clad0043329.pdf

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