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SOUSA - Instrumentalidade

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SOUSA, Charles Toniolo de. A prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção profissional, 2008.
Charles Toniolo de Sousa é assistente social do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Mestrando em Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Professor da Escola de Serviço Social da Universidade do Grande Rio. 
No texto “A prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção profissional”, o autor teve como objetivo expor os instrumentos e técnicas considerados fundamentais na prática do assistente social. Assim SOUSA introdutoriamente traz um apanhado histórico sobre a instrumentalidade no âmbito do Serviço Social, no qual ele busca compreender a razão de sua relevância no cerne da profissão. O artigo, porém, não tem o intuito de aprofundar-se na instrumentalidade, porém se faz necessário a sua exposição para que não se recaia sobre o senso comum. Desta feita, como definição de instrumentalidade é adotada a apontada pela autora Yolanda Guerra (2000), a qual comtempla três categorias: no que diz respeito à sua funcionalidade e forma de inserção na sociedade capitalista, no que se refere ao seu instrumental-operativo e como forma de mediação. Pode ser definida ainda como a capacidade que o Assistente Social possui de incorporar o processo de técnica e instrumentos, formulando assim táticas para a leitura e atendimento da realidade.
Dessa maneira, é traçado o surgimento do Serviço Social como uma profissão interventiva, entretanto, meramente executiva. Todavia, a divisão entre o trabalho manual (executado pelo assistente social) e o trabalho intelectual (executado por outras categorias profissionais) é criticada durante o Movimento de Reconceituação, o que possibilitou a superação desta dicotomia e a conquista de novas atribuições e funções. Temos, a partir de então, uma busca pelo estatuto científico e status de competência profissional do Serviço Social. 
Neste contexto, IAMAMOTO (2004) aponta as dimensões constitutivas do Serviço Social, as quais são: ético-política, que refere-se ao posicionamento do profissional, teórico-metodológica, que pode ser tratado como o aporte teórico, isto é, que embasa a atuação profissional e ainda a dimensão técnico-operativa, a qual consiste na identidade da profissão, nas estratégias e táticas, instrumentos, técnicas e habilidades, assim como o conhecimento para manipular as demandas. Como aponta SOUSA, essas três dimensões não se desvinculam, porém esta articulação tem apresentado dificuldades. Além do mais, expõe a imprescindibilidade da articulação entre teoria e prática, assim como a indissociabilidade entre investigação e intervenção, pesquisa e ação, ciência e técnica. Tal questão já foi e continua sendo levantada por outros autores, como a Yolanda Guerra, pelo fato de que a ausência destas junções pode provocar uma inserção desqualificada no mercado de trabalho do Assistente Social, assim como o rompimento com os princípios éticos que norteiam nossa atuação profissional e a despolitização da mesma. Esta autora aponta ainda a necessidade de uma compreensão acerca do significado da profissão, para um redimensionamento das demandas e respostas profissionais e/ou institucionais. É importante, portanto, a constante qualificação do assistente social, assim como um banho de realidade, além do cuidado para não cair nas armadilhas do tecnicismo, conservadorismo, messianismo. Para isso é fundamental que a dimensão ético-política seja frequentemente ponderada e sempre sintonizada com nosso modus operandi. Pois, como afirma Sousa (2008, p.124) “mais do que meramente aplicar técnicas ‘prontas’ – como se fossem ‘receitas de bolo’, o diferencial de um profissional é saber adaptar um determinado instrumento às necessidades que precisa responder no seu cotidiano.”
Adiante, o autor assinala que as categorias ontológicas são dotadas de significado através de códigos-palavras, entretanto, a sua significação somente ocorre quando se tem a sua total compreensão no âmbito em que é usada. Aponta que a linguagem indica modos de ser e viver dos diferentes grupos sociais, além de possibilitar a construção de sua identidade. Diante disso, é importante que o assistente social, como um profissional de nível superior, saiba se comunicar corretamente, assim como se articular e expressar , já que a linguagem é seu principal instrumento de trabalho. Pode-se também mencionar dois grupos de linguagem presentes no âmbito do Serviço social: linguagem oral ou direta, e linguagem escrita ou indireta. Surge assim a divisão entre os instrumentos considerados diretos ou “face a face” e os indiretos ou “por escrito”. Os instrumentos diretos são aqueles realizados junto ao usuário, os quais são a observação participante, a entrevista individual ou grupal, a dinâmica de grupo, a reunião, mobilização de comunidades, visita domiciliar e institucional. Já os instrumentos indiretos são o registro do trabalho efetuado, além de uma possível reflexão acerca da prática, os quais são atas de reunião, livros de registro, diário de campo, relatório e o parecer social. 
 
A partir do exposto, fica claro a importância do conhecimento e utilização da instrumentalidade e dos instrumentais existentes. Além disto, a necessidade de uma constante reflexão e reconstrução da prática profissional (e de seus instrumentais) através de uma leitura crítica da realidade, para que assim não tenhamos uma atuação cristalizada. Tal percepção e capacidade criativa são importantes para que não se recaia a uma atuação profissional conservadora, meramente executiva, a qual já foi (ou deveria ser) superada por todos profissionais. Entretanto, é importante que os profissionais tenham claro que “não é possível pensar um instrumento de trabalho como se ele pudesse ser mais importante do que os objetivos do Assistente Social”, como afirma SOUSA (2008, p.131). 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
REGIONAL CIDADE DE GOIÁS
ILANA DA SILVA FERNANDES
RESENHA
CIDADE DE GOIÁS
2014
ILANA DA SILVA FERNANDES
RESENHA
Trabalho apresentado ao 5 º Período do curso de Serviço Social, da Universidade Federal de Goiás, como pré-requisito avaliativo à disciplina de Núcleo de Formação II.
Orientadora (Prof.ª): Carla Agda Gonçalves
CIDADE DE GOIÁS
2014

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