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UNIDADE_1_INTRODUCAO_AO_ESTUDO_DO_CORPO_HUMANO_01FEV2011

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Universidade Castelo Branco 
Bases Anatomofisiológicas do Corpo Humano I - Prof. Rubens (Fev 11) 
1 
Introdução ao Estudo do Corpo Humano 
Unidade I 
Material de Apoio 
Definições de Anatomia 
• Anatomia (ana- = de alto a baixo; -tomia = corte) 
– Estudo da estrutura e das relações entre as estruturas. 
• Descreve a forma externa do corpo do homem e da mulher, seu desenvolvimento, sua arquitetura e sua 
estrutura, a situação e as relações dos órgãos, e que estuda o “valor morfológico” do todo e de suas 
partes. 
Seleção das Subdisciplinas da Anatomia 
• Embriologia – estudo das estruturas que emergem por ocasião da fertilização do ovo até o final da oitava 
semana de gravidez. 
• Biologia do Desenvolvimento – Estudo das estruturas que emergem no momento da fertilização do ovo 
até a forma adulta. 
• Histologia – Estudo da estrutura microscópica dos tecidos. 
• Anatomia de Superfície – estudo dos pontos de referência anatômicos na superfície do corpo, por meio 
de visualização e palpação. 
• Anatomia Macroscópica – Estudo das estruturas que podem ser examinadas sem o uso de um 
microscópio. 
• Anatomia Sistêmica – Estudo das estruturas de sistemas específicos do corpo, como por exemplo, os 
sistemas nervoso, respiratório, etc. 
• Anatomia Regional – estudo de regiões específicas do corpo, como a cabeça ou o tórax. 
• Anatomia Radiológica – Estudo das estruturas do corpo que podem ser visualizadas com raios X. 
• Anatomia Palpatória – Estudo das alterações estruturais (de macro a microscópicas) associadas com as 
doenças. 
Definição de Fisiologia 
• Enquanto a Anatomia lida com estruturas do corpo: 
– A Fisiologia (fisio- = natureza; -logia= etudo de) ocupa-se das funções das partes do corpo, isto é, 
como elas atuam. 
• Estudo do funcionamento da matéria viva: 
– Procura explicar os fatores físicos e químicos responsáveis pela origem, desenvolvimento e 
progressão da vida 
• Fisiologia humana 
• Fisiologia celular 
• Fisiologia virótica e bacteriana 
• Fisiologia vegetal e outras subdivisões. 
Fisiologia Humana 
• Tenta explicar as características e os mecanismos específicos do corpo humano que fazem dele um ser 
vivo. 
Níveis de Organização do Corpo 
Estruturas do Corpo Humano 
• Organizadas em vários níveis, do mesmo modo como as letras do alfabeto, as palavras, as frases e os 
parágrafos compõem a linguagem. 
• Organização - característica mais importante da estrutura do corpo humano. 
• Organismo - Palavra utilizada para denotar coisa viva, significa organização. 
Universidade Castelo Branco 
Bases Anatomofisiológicas do Corpo Humano I - Prof. Rubens (Fev 11) 
2 
Seis níveis de organização do corpo humano são relevantes para a compreensão da anatomia (listados do 
menor para o menor): 
1. Químico – Inclui: 
• Átomos 
• Menores unidades de matéria que participam das reações químicas. 
• Exemplos de átomos que são essenciais para a vida: 
– C, H, O, N, P, Ca e outros; 
– O2, C, H e N perfazem 96% da massa corporal. 
• Moléculas 
• Formadas por dois ou mais átomos ligados entre si. 
• Exemplos conhecidos de moléculas encontradas no corpo: 
– DNA (ácido desoxirribonucléico), o material genético transmitido de uma geração para 
outra; 
– A hemoglobina, que transporta o O2 no sangue; 
– A glicose, comumente conhecida como o açúcar no sangue; 
– As vitaminas, que são necessárias para vários processos químicos. 
Água (H2O) 
• É a substância mais abundante no corpo. 
• Participa de reações químicas. 
• Absorve e libera calor lentamente. 
• Necessita de uma grande quantidade de calor para passar do estado líquido para o gasoso 
• Serve como lubrificante 
 
2. Nível Celular 
• Moléculas que se combinam para formar as estruturas no próximo nível de organização – o nível celular. 
Células 
• Unidades estruturais e funcionais básicas de um organismo e as menores unidades vivas do corpo 
humano. Não há vida sem as células. 
• Pequenos compartimentos limitados por uma membrana e preenchidos por uma substância 
aquosa repleta de compostos químicos (citoplasma). 
• Desempenham em miniatura todas as funções vitais. 
• Cada tipo de célula está especialmente adaptado para realizar uma determinada função. 
• O corpo humano inteiro contém um total aproximado de 75 trilhões de células: 
• Células musculares, nervosas, sanguíneas. 
• Movem-se, crescem, reagem a estímulos, defendem-se e se reproduzem. 
• Para manter rotina tão variada - célula eucariótica - utiliza um conjunto bem organizado de estruturas - 
organelas. 
 
3. Nível Tecidual 
Tecidos 
• Grupos de células e seus materiais circundantes que realizam uma função particular. 
• Quatro tipos básicos de tecido no corpo humano: 
• Tecido epitelial – de revestimento e glandular 
• Tecido conjuntivo – mais abundante do corpo: pele, traqueia, cartilagem, tendão, ligamento 
• Tecido muscular - células especializadas na contração. 
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3 
• Tecido nervoso – composto de neurônios (célula nervosa) e neuróglia (células protetoras e de 
sustentação) 
 
4. Nível Orgânico 
• Diferentes tipos de tecidos se unem para formar as estruturas do corpo. 
• Os órgãos geralmente apresentam uma forma reconhecível; 
• Compostos de dois ou mais tipos de tecidos diferentes; 
• Têm funções específicas. 
• Exemplos: o estômago, o coração, o fígado, os pulmões e o cérebro. 
 
5. Nível Sistêmico 
• Um sistema consiste em órgãos relacionados que desempenham uma função comum. 
• Um órgão pode fazer parte de mais de um sistema. 
 
6. Nível Organismo 
• É o nível de organização final: 
• É o nível organicístico. 
• Um organismo é qualquer ser vivo humano ou não. 
• Seres humanos: 
• Todas as partes do corpo que atuam em conjunto formam o organismo completo: 
• Uma pessoa viva. 
 
Sistemas do Corpo Humano 
Sistemas Esquelético e Articular 
Funções 
• Servir de arcabouço e suporte 
• Permitir o movimento do corpo 
• Proteger os órgãos vitais 
• Armazenar minerais e íons 
• Produzir células sanguíneas (hematopoese) 
Sistema Muscular 
Funções 
• Produção de movimentos do corpo 
• Estabilização da posição corporal 
• Geração de calor 
• Regular o volume dos órgãos 
• Mover as substâncias no interior corporal 
Sistema Nervoso 
Funções 
• Comunicação entre funções do corpo 
• Integração das funções do corpo 
• Controle das funções do corpo 
• Reconhecimento de estímulos sensitivos 
 
 
 
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4 
Sistema Endócrino Masculino e Feminino 
Funções 
• Secreção de substâncias especiais diretamente no sangue – hormônios. 
• Comunicação, integração e controle. 
• Exemplos de regulação: 
• Crescimento, metabolismo, reprodução e equilíbrio de líquidos e eletrólitos. 
Sistema Digestório (digestivo) 
Funções 
• Quebra mecânica e química (digestão) dos alimentos 
• Absorção de nutrientes 
• Eliminação de produtos sólidos do catabolismo - fezes 
Tegumento Comum 
Funções 
• Proteção 
• Regulação da temperatura 
• Eliminação de Resíduos 
• Produção de vitamina D 
• Detecção de sensações: toque, calor e frio 
Sistema Circulatório 
Funções 
• Levar O2 e material nutritivo às células. 
• Transporte de produtos residuais do metabolismo celular, desde a sua produção até a eliminação; 
• Defesa orgânica contra substâncias estranhas e microorganismos – através de células especializadas. 
• Proporcionar uma corrente contínua de nutrientes e de O2 aos músculos ativos – manutenção de um altorendimento energético 
Sistema Respiratório 
Função 
• Transfere o O2 inalado para o sangue e o CO2 do sangue para o ar exalado. 
• Regula a acidez dos fluidos corporais. 
• Produzi sons através do fluxo de ar dos pulmões para as pregas vocais. 
• Filtra irritantes do ar inspirado. 
Sistemas Linfático e Imunológico 
Funções 
• Conservação das proteínas plasmáticas e do líquido 
• Defesa contra doenças (microorganismos patogênicos e outras substâncias invasoras) 
• Absorção de lipídios: 
• Linfáticos intestinais – vias de absorção de lipídios digeridos do canal alimentar 
Sistema Genital Masculino 
Funções 
• Sobrevivência da espécie 
• Produção de células sexuais – espermatozóides 
• Transferência e fertilização das células sexuais 
• Produção de hormônios sexuais 
 
 
 
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Sistema Genital Feminino 
Funções 
• Sobrevivência da espécie 
• Produção de células sexuais – óvulo 
• Desenvolvimento e nascimento dos filhos 
• Nutrição dos filhos 
• Produção de hormônios sexuais 
Sistema Urinário 
Funções 
• Produz, armazena e elimina a urina 
• Elimina resíduos; 
• Regula o volume e a composição química do sangue 
• Mantém o equilíbrio mineral do corpo 
• Ajuda a regular a produção de células sanguíneas vermelhas 
 
Coordenação e Comunicação entre as Células 
Comunicação Celular 
Organismos multicelulares 
• Começa na vida embrionária a troca de informações por meio de moléculas (são sinais ou mensageiros 
químicos) 
– Durante toda a vida constitui o principal meio de comunicação entre as células. 
• Sinais importantes para que os tecidos e órgãos se formem de modo ordenado 
– Após a estruturação do corpo 
• Necessários para coordenar o crescimento e o funcionamento das diferentes partes do 
organismo. 
• Mensageiros químicos influenciam: 
– Metabolismo 
– A multiplicação celular 
– A secreção 
– A fagocitose 
– A produção de anticorpos 
– A contração e muitas outras atividades 
• Praticamente, todas as funções celulares e teciduais são reguladas por sinais químicos. 
• Sistema de Comunicação 
– Atua através de moléculas sinalizadoras ou ligantes 
• Prendem-se a locais específicos das moléculas receptoras ou receptores 
– Característica dos Receptores 
• Molécula deve ser capaz de reconhecer especificamente outra molécula (ligante) e de 
desencadear uma resposta celular 
 
Tipos de Comunicação Celular 
• Pela secreção de moléculas denominadas hormônios 
– Geralmente secretados pelas glândulas endócrinas 
– São lançados no espaço extracelular 
– Penetram nos capilares sanguíneos 
– Distribuem-se por todo o corpo 
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– Vão atuar à distância – nas células-alvo 
• Célula-alvo – aquela que tem receptor para o hormônio 
• Pela secreção de moléculas que atuam nas células vizinhas 
– São retidas no local de produção ou inativadas logo após exercerem suas funções 
– Modo de comunicação chamado comunicação parácrina 
• Sinais químicos atuam nas proximidades do local onde foram secretados. 
• Usualmente – molécula secretada por um tipo celular atue sobre células de outro tipo. 
• Secreção parácrina – algumas vezes – moléculas sinalizadoras produzidas por um tipo celular agem sobre 
células do mesmo tipo que estão próximas: 
– Atingem também a própria célula que originou o sinal químico 
• Secreção autócrina - A secreção que atua sobre o mesmo tipo celular Comunicação com 
Células Próximas (secreção parácrina) 
• Histamina produzida pelos mastócitos (células do tecido conjuntivo) 
– Substância química que dilata os pequenos vasos sanguíneos, como parte da resposta 
inflamatória 
• Reação do corpo às lesões ou infecções. 
– Ação sobre as células musculares lisas; 
– Células do endotélio dos capilares sanguíneo e outras. 
– 
3. Pela secreção de moléculas chamadas neurotransmissores 
– Tem lugar nas sinapses: 
• Locais especializados onde as células nervosas (ou neurônios) estabelecem contato uma 
com as outras. 
• Neurotransmissores 
1. São liberados também pelos prolongamentos das células nervosas que fazem 
conexão com células musculares ou com células secretoras 
Neurotransmissores: 
• Atravessa um espaço muito pequeno entre o terminal do prolongamento nervoso (axônio) e a outra 
célula nervosa ou secretora. 
• São de ação rápida, de breve duração; 
• Participam das funções cerebrais superiores; 
• Participam da contração muscular; 
• Participam da secreção das glândulas endócrinas e exócrinas. 
 
Potenciais de Ação 
Neurônios 
• Comunicam-se entre si por meio de potenciais de ação nervosos (impulsos nervosos) 
Geração dos Potenciais de Ação 
• Nas fibras musculares e nos neurônios: 
– Dependem de duas características básicas da membrana plasmática 
• A existência de um potencial de membrana em repouso; 
• Presença de tipos específicos de canais iônicos. 
Potenciais de Membrana 
• Diferença na quantidade de carga elétrica no lado interno da membrana plasmática em comparação ao 
seu lado externo. 
• Muitas células do corpo mostram um potencial de membrana. 
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• É como a voltagem armazenada em uma bateria. 
• Diz-se que uma célula que tem um potencial de membrana está polarizada. 
 
Potencial de Membrana em Repouso 
 Quando as fibras musculares e os neurônios estão em “repouso” (não conduzindo potenciais de ação) 
Potenciais de Membrana 
• Ao se conectar os polos positivo e negativo de uma bateria com um pedaço de metal – flui da bateria uma 
corrente elétrica conduzida por elétrons 
• Nos tecidos vivos: 
– Fluxo de íons (ao invés de elétrons) constitui as correntes elétricas 
– Os principais sítios pelos quais os íons podem fluir através da membrana são os poros de vários 
tipos de canais iônicos. 
Canais Iônicos 
• Permitem a difusão de íons específicos através da membrana plasmática - quando abertos. 
– Do local em que os íons são mais concentrados para o local em que eles são menos concentrados. 
• Íons de carga positiva 
– Movimento em direção a uma área de carga negativa, 
• Íons de carga negativa 
– Movimento em direção a uma área de carga positiva. 
• Difusão de íons através da membrana plasmática para igualar diferença ou concentração 
– Resulta em fluxo de corrente que pode alterar o potencial de membrana 
Observação: 
• Os átomos de cada elemento apresentam uma maneira característica de perder, ganhar ou compartilhar seus 
elétrons, quando interagem com outros átomos. 
• Íons – átomo que perde ou ganha elétrons. 
 
Tipos Diferentes de Canais Iônicos 
• Canais de Difusão 
– Permitem uma corrente iônica pequena, mas constante escoe através da membrana. 
– Permeabilidade ao K+ - muito mais alta do que sua permeabilidade ao Na+. 
• Uma vez que as membranas plasmáticas tem tipicamente muito mais canais de íons K+ do 
que canais de difusão de íons Na+ 
• Canais Ativados 
– Abrem e fecham sob comando – em consequência à permeabilidade dos canais de difusão. 
• Canais ativados por voltagem 
– Abrem-se em reposta a uma alteração no potencial de membrana 
• São usados para gerar e conduzir potenciais de ação. 
Potenciais de Membrana em Repouso 
Membrana Plasmática (MP) do Neurônio em repouso 
• Superfície externa - cargas positivas 
• Superfície interna – cargas negativas 
• A separação das cargas elétricas é uma forma de energia potencial 
– Pode ser medida em volts 
– Voltagens produzidas pelas células – medidasem milivolts (1 mV = 1/1.000 volt) 
• Potencial de membrana em repouso = -70mV 
– O sinal menos indica que o lado interno da membrana é negativo em relação ao externo. 
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Potenciais de Membrana em Repouso 
• Surge da distribuição desigual de vários íons no citosol e no líquido intersticial. 
– O líquido intersticial é rico em íons Na+ e íons cloreto (Cl+) 
Principais íons no interior das células (citosol): 
– Carga positiva - Íons K+ 
– Cargas negativas dominantes – fosfato ligados às moléculas orgânicas 
• Como os três fosfatos no trifosfato de adenosina (ATP) e os aminoácidos, nas proteínas. 
Potenciais de Membrana em Repouso 
• Uma vez que a concentração de K+ é mais alta no citosol e as MP têm muitos canais de difusão de K+ 
– Esses íons se difundem 
• Abaixam seu gradiente de concentração – saem das células para o líquido intersticial. 
• À medida que mais e mais íons K+ saem: 
– Lado interno da MP torna-se crescentemente negativo 
– Lado externo da MP torna-se crescentemente positivo. 
• Outro fator que contribui para a negatividade interna: 
– A maioria dos íons de carga negativa, no interior, não está livre para sair 
• Estes íons não podem seguir o K+ para fora da célula (estão ligados a proteínas ou a 
outras moléculas grandes) 
– Uma vez que cargas negativas atraem o K+ de volta para o interior celular: 
• Finalmente haverá tanto K+ entrando na célula devido a negatividade interna quanto 
saindo da célula, por causa da diferença de concentração. 
Potencial de Ação (PA) ou Impulso 
• Sequência de eventos de ocorrência rápida 
• Diminuem e invertem o potencial de membrana 
• Depois, finalmente restituem ao estado de repouso 
Excitabilidade Elétrica 
• Capacidade das fibras musculares e dos neurônios de converter os estímulos em potenciais de ação 
Potencial de Ação (PA) ou Impulso 
Estímulo 
• Qualquer coisa no ambiente celular, capaz de alterar o potencial de membrana em repouso. 
• Se um estímulo levar a membrana a despolarizar até um nível crítico (limiar) – cerca de –55 mV: 
– Surgirá então um potencial de ação. 
Fases Principais do Potencial de Ação: 
Despolarização 
• Sequência de eventos de ocorrência rápida que diminui e finalmente inverte o potencial de membrana 
– Torna mais positivo o lado interno do que o externo 
Repolarização 
• A polarização da membrana é restabelecida até seu estado de repouso. 
• Obs: nos neurônios um PA dura cerca de um milissegundo (1/1.000 seg). 
 
Potencial de Ação (PA) ou Impulso 
• Surge de acordo com o princípio do tudo-ou-nada 
Princípio do Tudo-ou-Nada 
• “Uma vez que um estímulo seja suficientemente forte para causar a despolarização até o limiar, os canais 
de Na+ e K+ ativados por voltagem se abrem – ocorre um potencial de ação.” 
 
Universidade Castelo Branco 
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Princípio do Tudo-ou-Nada 
• Um estímulo muito mais forte não pode causar um maior PA – o tamanho de um PA é sempre o mesmo. 
• Um estímulo fraco que não consegue causar uma despolarização no nível limiar não fará surgir um PA. 
• Durante um breve período de tempo após o início de um PA: 
• Uma fibra muscular ou um neurônio não pode gerar outro PA. 
• Esse período é denominado período refratário. 
 
Homeostase: mantendo os limites 
• Trilhões de células dos vários sistemas e órgãos do corpo: 
– Necessitam de condições relativamente estáveis para funcionarem com eficiência e contribuírem 
para a sobrevivência do corpo como um todo 
Homeostase 
• A manutenção dessas condições relativamente estáveis. 
• Garante que o meio interno do corpo permaneça constante, ainda que ocorram mudanças dentro e fora 
do corpo. 
 
Terminologias Anatômicas 
• A linguagem da anatomia e da fisiologia é muito precisa. 
• Para se evitar confusão: 
– Os cientistas e os profissionais da saúde referem-se a uma posição anatômica padrão 
– E usam um vocabulário especial para relacionar as partes do corpo entre si. 
Posição Anatômica 
• Sistemas anatômicos de referência foram adotados para facilitar a uniformidade de descrição do copo. 
No estudo de anatomia, as descrições de qualquer parte do corpo humano consideram que o corpo está em 
uma posição específica: 
• Indivíduo em pé, ereto e de frente para o observador; 
• O nível da cabeça e os olhos voltados para frente; 
• Os braços estão posicionados lateralmente ao tronco; 
• Palmas das mãos voltadas para frente; 
• Os pés estão nivelados no solo e direcionados para frente. 
 
Denominação das Regiões do Corpo 
• O corpo humano está dividido em várias regiões principais 
– Podem ser identificadas externamente. 
• Cabeça 
• Pescoço 
• Tronco 
• Membros 
– Superiores 
– Inferiores 
 
 
 
 
 
 
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Termos Direcionais 
• Palavras que descrevem a posição de uma parte do corpo em relação a qualquer outra 
Termo Direcional Definição 
Superior (cefálico ou cranial) Em direção à cabeça ou parte superior da estrutura 
Inferior (caudal) Em direção oposta à cabeça ou parte inferior 
Anterior (Ventral) Na frente do corpo 
Posterior (dorsal) Parte de trás co corpo 
Medial Mais próximo à linha mediana 
Lateral Mais afastado da linha mediana 
Proximal Mais próximo da fixação de um membro ou do início 
Distal Mais distante da fixação de um membro 
Superficial Em direção à ou na superfície do corpo 
Profundo Distante da superfície do corpo 
Médio No meio, em qualquer direção: usa superior e outra inferior; uma superficial outra profunda 
Intermédio Está entre duas estruturas: uma lateral e outra medial ou direito-esquerda 
Mediano Localizado na linha mediana, na meio do corpo 
Proximal Mais próximo da fixação de um membro ou do início 
 
Planos ou Secções do Corpo 
• Para facilitar o estudo de órgãos individuais ou do corpo como um tudo: 
– Útil – dividir ou cortar em segmentos menores 
• Sagital Mediano 
– Divide o corpo em duas partes simétricas (direita e esquerda) 
• Frontal ou Coronal 
– Divide o corpo em duas partes diferentes – anterior e posterior 
• Transversal ou Transverso 
– Divide o corpo em duas partes diferentes: superior e inferior 
Cavidades do Corpo Humano 
• Contrariamente ao seu aspecto externo, o corpo não é uma estrutura sólida. 
• O corpo se compõe espaços abertos ou cavidades 
– Contêm arranjos compactos e bem ordenados de órgãos internos. 
Principais Cavidades do Corpo 
• Cavidade Ventral 
– Localizada na porção ventral (frontal) do corpo e contém órgãos chamados coletivamente de 
vísceras. 
• Cavidade Dorsal 
– Localizada próximo à superfície dorsal (dorso) do corpo 
 
Cavidade Ventral 
• Cavidade torácica (g. thoraks = peito, tórax) - superior 
• Cavidade do pericárdio – espaço preenchido por fluido, que circunda o coração. 
• Duas Cavidades pleurais – cada uma das quais circunda um pulmão e contém pequena 
quantidade de fluido. 
• Mediastino – porção central da cavidade torácica 
• Contém todas as vísceras torácicas, exceto os pulmões: 
– Coração 
– Esôfago 
– Taqueia 
– Diversos vasos sanguíneos 
 
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Cavidade Ventral 
• Cavidade abdominopélvica – inferior 
– Do latim, abdômen = ventre; pelve = bacia 
– Dividida em duas porções, embora nenhuma parede as separe 
– O diafragma, grande músculo em forma de domo que possibilita a expansão pulmonar durante a 
respiração, 
• Formatanto o soalho da cavidade torácica como o teto da cavidade abdominopélvica 
– Porção superior – cavidade abdominal 
• Contém o estômago, baço, fígado, vesícula biliar, intestino delgado e a maior parte do 
intestino grosso 
– Porção Inferior – cavidade pélvica 
• Abaixo de uma linha imaginária que passa pelas EIAI. 
• Contém a bexiga urinária, partes do intestino grosso e os órgãos internos do sistema 
genital 
Regiões e Quadrantes Abdominopélvicos 
Divisão da cavidade abdominopélvica em compartimentos menores 
– Para descrever-se mais precisamente a localização de muitos órgãos abdominais e pélvicos. 
Métodos da Divisão: 
– Duas linhas horizontais e duas verticais 
» Divisão em nove regiões abdominopélvicas. 
 Mais utilizada para estudos anatômicos. 
– Uma linha horizontal e outra vertical atravessam o umbigo 
» Dividem a cavidade abdominopélvica em quadrantes 
 Geralmente mais usadas pelos clínicos para descrever os sítios de dor, tumores ou outras anormalidades 
abdominopélvicas 
 
Eixos do Corpo Humano 
• Eixo = linha imaginária que passa pelo centro de um corpo e em volta do qual este executa movimento de 
rotação 
• Transversal ou latero-lateral 
– Cruza os lados direito e esquerdo, orientando os movimentos de flexão e extensão; 
• Ânteroposterior ou sagital 
– Cruza as partes anterior e posterior, orientando os movimentos de abdução e adução; 
• Longitudinal, vertical ou súpero-inferior ou craniocaudal 
– Cruza as partes superior e inferior, orientando os movimentos de rotação medial e rotação 
lateral. 
 
Referência Bibliográfica 
GUYTON, A. C. HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 10ª Ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2006. 
Tortora, G. J. GRABOWSKI, S. R. Corpo Humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6ª Ed, São Paulo: 
Artmed, 2006. 
Tortora, G. J. Princípios de Anatomia Humana. 10ª ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

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