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Direito Penal II

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Direito Penal II 
Concurso de Pessoas: colaboração de dois ou mais agentes para a realização de um crime ou contravenção penal. 
Tratamento legislativo: 
Art. 29: “Quem de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
§ 1.º Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. 
§ 2.º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.”
Art. 30: “Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.” (Circunstâncias incomunicáveis)
Art. 31: “O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos a ser tentado.”
Denominação:
Redação original: “coautoria” > duas condutas principais. 
Requisitos: para caracterização do concurso de pessoas
Pluralidade de agentes culpáveis: 
Precisa existir diversos agentes, que empreendem condutas relevantes. As condutas podem ser: principal, que ingressam no núcleo do tipo; ou acessória, função paralela, auxiliando os agentes da conduta principal. 
Delitos de concurso eventual ou unissubjetivos: são aqueles que em regra são cometidos por uma única pessoa, mas que admitem concurso de agentes.
Delitos de concurso necessário ou plurissubjetivos: são os crimes em que o tipo penal exige a realização da conduta por três ou mais agentes. Para ser concurso necessário tem que ser bem organizado e tem que estar no código. Ex: quadrilha, mensalão.
Art. 288: “Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes.
Parágrafo Único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente.”
 A culpabilidade dos envolvidos é fundamental: Não existe concurso de agentes se for menor de idade ou doente mental.
Relevância causal das condutas para o resultado: 
É necessário que cada uma das condutas empreendias tenha relevância causal (relevância para produção do resultado). Ex: alfinete.
Participação inócua: aquela em que nada contribui para produção do resultado, não sendo punível.
Contribuição prévia ou concomitante à execução: se for sem saber não é culpável, mas se souber que contribuirá para a execução é considerada coautoria.
Atividade meramente negativa (crimes omissivos próprios): São aqueles que ocorrem com a mera conduta negativa do agente. O agente não tem vínculo com a conduta criminosa, porém não fez nada para impedir o resultado. 
Vínculo subjetivo: 
É também necessário que todos os agentes atuem conscientes de que estão reunidos para a prática da mesma infração (agentes ligados).
Não depende de prévio ajuste: os agentes podem resolver contribuir com o crime no momento da execução.
Não depende de estabilidade na associação, pois assim caracterizaria quadrilha ou bando, se presentes mais de três pessoas.
Unidade de infração penal: 
Para que se configure concurso de pessoas, todos os concorrentes devem contribuir para o mesmo evento. (Art. 29 CP)
Unidade de infração não é unidade de pena.
Fato Punível:
É preciso que o ato praticado seja considerado crime ou contravenção penal. 
Autoria: 
Teoria Subjetiva / Unitária:
Para essa teoria, ainda que o fato criminoso tenha sido praticado por vários agentes, todos são responsáveis pela produção do resultado, não existe diferença entre autor e partícipe.
Essa teoria não é adotada no direito.
Teoria Objetiva / Dualista: 
Objetivo Formal: Tem-se um crime para os executores do núcleo do tipo (autor) e outro crime para os que não o realizam, mas de qualquer modo concorrem (contribuem) para sua execução (partícipes). Mas existe um problema nessa teoria, pois muitas vezes a atuação do executor é menos relevante que a desempenhada pelo partícipe. Ex: homicídio praticado por mandato.
 Teoria do domínio do fato: Admite o autor intelectual, que é aquele que tem controle do domínio final do fato; o autor mediato, que pratica o verbo núcleo do tipo; e o patícipe, que contribui de alguma forma para a produção do resultado, mas não tem controle sobre o domínio final do fato. Ex: tentativa de furto e latrocínio.
Cooperação dolosamente distinta: 
Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste, essa pena será aumentada até a metade na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
Modalidades de concurso de Pessoas:
Coautoria: duas condutas principais que resultam na execução do crime.
Participação: contribuem para execução do crime.
Autor mediato: 
Coação moral irresistível e obediência hierárquica: ordem não manifestadamente ilegal, agente inimputável. 
Art. 22: “Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestadamente ilegal, se superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
Participação:
Requisitos:
Colaborar para conduta do autor (principal).
Colaboração efetiva: comportamento acessório, que colabora, com a conduta principal.
Espécies: 
Participação Moral: induzir (criar um propósito criminoso) e instigar (reforçar um propósito criminoso que já existe).
- Art. 122: “Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxilio para que o faça:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave. 
Parágrafo Único. A pena é duplicada:
I – se o crime é praticado por motivo egoístico;
II – se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.”
Participação Material: ocorre por meio do auxílio ao autor do crime, durante atos preparatórios ou executórios (presente a figura do cumplice). O partícipe facilita a execução do delito, prestando adequada assistência ao autor principal sem tomar parte na execução da ação nuclear típica. Ex: fornece arma para que o autor cometa o roubo.
Punição do Partícipe: 
Art. 31: “O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.”
Participação de menor importância: 
Art. 29, §1.º “Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.”
Circunstancias incomunicáveis: 
Distinção entre elementares e circunstâncias: 
Art. 30: “Não se comunicam as circunstancias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.” – Quando for elementar (seja de natureza objetiva/subjetiva) vai se comunicar.
Elementares: dados fundamentais da conduta criminosa, encontrada no preceito primário. Seja de natureza objetiva ou subjetiva, não importa (está no caput).
 Circunstanciais: o crime continua existindo mesmo se eu apaga-las, pois as circunstancias são fatores que agregam o tipo penal que continua existindo. A natureza também pode ser subjetiva ou objetiva (está nos parágrafos ou nos incisos).
Espécies:
Elementares e Circunstanciais Subjetivas/ Caráter pessoal: quando se refere ao agente ou aos motivos do crime. Subjetiva: ligada à pessoa.
- Art. 312: “Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
§ 1.º Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de felicidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
§ 2.º Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
§ 3.º No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade;se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.” (Funcionário público – Peculato)
- Art. 121 § 1.º: “Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.” (Circunstancias subjetivas – Incomunicáveis)
- Art. 121 § 2º “Se o homicídio é cometido:
I – mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II – por motivo fútil;
III – com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV – à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
V – para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.”
Elementares e Circunstanciais Objetivas: quando dizem respeito ao fato.
- Ex: uso da violência para roubar.
- Ex: quebrar o vidro do carro para roubar a bolsa.
Regras do artigo 30 do CP:
Circunstâncias e condições Subjetivas / de caráter pessoal: não se comunicam.
Circunstâncias objetivas: se comunicam.
Elementares subjetivas e objetivas: se comunicam.
“A” ao chegar em casa vê sua filha sendo estuprada por “B”. Atuando por motivo de relevante valor moral (circunstância subjetiva) contrata-se um pistoleiro profissional para matar o estuprador o serviço é executado, nesse caso “A” responde por homicídio privilegiado enquanto “C” (pistoleiro) é imputado a crime de homicídio qualificado (mediante pago/ promessa de recompensa). Caso 1º circunstância pessoal não se comunica.
Observações: 
Autoria colateral: 2 ou mais agentes que querem o mesmo resultado, mas não tem vínculo, não tem concurso de pessoas. Cada um responde pelo crime que cometeu. Também chamada de coautoria imprópria ocorre quando 2 ou mais pessoas intervém na execução de um crime, buscando igual resultado embora cada uma delas ignore a conduta alheia. 
Ex: “A” portando um revólver e “B” uma espingarda escondem-se atrás de árvores um do lado direito e outro do lado esquerdo de uma rua quando “C” inimigo de ambos por ali passa ambos as agentes contra ele efetuam disparos de armas de fogo. “C” morre revelando o exame terem sido os ferimentos letais produzidos pelos disparos originários da arma de “A”. Não há concurso de pessoas pois está ausente o vínculo subjetivo entre “A” e “B”. Portanto, cada um dos agentes responde pelo crime a que deu causa. “A” por homicídio e “B” por tentativa de homicídio. 
Autoria Incerta: Surge no campo da autoria colateral, quando mais de uma pessoa é indicada como autora do crime mas não se apura com precisão qual foi a conduta criminosa que efetivamente produziu o resultado. Não existe concurso de pessoas.
Ex: “A” e “B” tinham armas e munições idênticas. E a perícia aponta que os ferimentos produzidos por um único disparo de arma de fogo como sendo a causa mortis. O laudo não afirma quem foi o autor do disparo e os demais tiros não atingiram a vítima. Há no caso dois crimes homicídio e tentativa de homicídio. Ambos respondem por tentativa de homicídio.
Autoria desconhecida: quando não há autoria o caso é arquivado (cifra negra).
Concurso de pessoas em crimes culposos:
Coautoria: Sim. 
Participação: Não.
Concurso de Crimes: quando um agente, mediante uma ou várias condutas, pratica duas ou mais infrações.
Espécies:
Concurso Material de Crimes.
Concurso Formal de Crimes.
Crime Continuado.
Sistemas de aplicação da pena:
Cúmulo material: somar as penas, usa-se o cúmulo material no concurso material e no concurso formal imperfeito.
Sistema de exasperação da pena: usa-se a pena do crime mais grave e aumenta um percentual fixado em lei. Usa-se a pena do crime mais grave e aumenta um percentual fixado em lei. Usa-se no caso de concurso formal próprio (perfeito) e no caso de crime continuado.
Sistema de absorção: a pena do crime mais grave vai absorver a pena dos crimes de menor gravidade.
Concurso material: 
Art. 69: “Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela.
§ 1.º Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código.
§ 2.º Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais.” – Pluraridade de condutas e pluralidade de resultados > cúmulo material.
Espécies:
Homogêneo: quando a pluralidade de crimes são de mesma natureza. Ex: 3 homicídios.
Heterogêneo: quando há pluralidade de crimes e não são de mesma natureza. Ex: roubo e estupro.
Momento adequado para soma das penas: 
O juiz soma as penas ao final do sistema trifásico.
03 (três) fases: a primeira, em que se incumbirá de fixar a pena-base; a segunda, em que fará a apuração das circunstâncias atenuantes e agravantes; e, por fim, a terceira e última fase, que se encarregará da aplicação das causas de aumento e diminuição da pena para que, ao final, chegue ao total de pena que deverá ser cumprida pelo réu. 
Reclusão/ Detenção: 
Reclusão: começa com o regime inicial fechado.
Detenção: não começa com o regime fechado.
Concurso Formal: no concurso formal tenho uma ação e pluralidade de crimes (resultados). 
Art. 70: “Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. 
Parágrafo Único. Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste código.” – A parte final está se referindo ao concurso formal imperfeito impróprio – sistema do cúmulo material. A regra é a exasperação da pena, mas se ela for maior que a do cúmulo material da pena usa-se ela. 
Concurso formal próprio / perfeito: ocorre quando a unidade de comportamento corresponder a unidade interna da vontade do agente. O agente deve querer realizar apenas um crime, obter um único resultado danoso. Não deve existir autônomos – exasperação da pena.
Concurso formal impróprio/ imperfeito: O agente deseja a realização de mais de um crime, tem consciência e vontade em relação a cada um deles, ou assume o risco de produzir o resultado. Ocorre desígnios autônomos (dolo eventual: quero matar 1, mas se matar 2 não ligo) – cúmulo material.
Obs¹: Concurso material benéfico: (Art. 70, § ú)
O concurso formal próprio ou perfeito no qual se adota o sistema da exasperação foi criado para favorecer o réu afastando o rigor do concurso material nas hipóteses que a pluralidade de resultados não deriva de desígnios autônomos. Seria contraditório se sua regra no caso concreto prejudicasse o agente. Assim, quando o sistema da exasperação for prejudicial ao acusado deve ser excluído para o fim de incidir o sistema do cúmulo material. Pois a soma das penas é mais vantajosa do que o aumento de uma delas com determinado percentual.
Crime continuado: duas ou mais condutas que levam a dois ou mais crimes de mesma espécie.
Art. 71: “Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
Parágrafo Único. Nos crimes dolosos, contravítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça a pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.”
Condições: tempo, local, modo de execução> os crimes subsequentes devem ser continuação do primeiro.
Natureza: ficção jurídica > delito único para fins de aplicação de pena.
Requisitos:
Pluralidade de condutas.
Pluralidade de crimes da mesma espécie. (STJ > mesmo tipo penal)
Conexão temporal: não intervalo excessivo entre um crime e outro “30 dias”.
Conexão espacial: mesma cidade.
Conexão modal: semelhança na maneira de execução.
Obs: Crime continuado e unidade de desígnio: vários crimes resultam de plano previamente elaborado pelo agente. Além dos requisitos objetivos é necessário se ter apresentado os crimes subjetivos.
Teoria Geral da Pena: 
Pena: é espécie de sanção penal que consiste na privação ou restrição de determinados bens jurídicos do agente. 
Quando alguém comete um crime começa a investigação que é feita pela polícia civil com um inquérito policial. Depois o inquérito vai para o Ministério Público que denuncia. Ai começa a segunda fase que se chama ação penal e que termina com a Sentença Penal Condenatória sem trânsito julgado (ainda cabe recurso), o indivíduo ainda é considerado inocente pois não foi julgado. A terceira fase é o Processo de Execução Penal onde o indivíduo cumpre a pena. 
Prisão Cautelar: o cara é preso para não fugir e depois de condenado esse tempo é descontado. 
Aspectos Gerais: 
Sanção Penal: é gênero das espécies pena e medida de segurança (via dupla). 
Ius Puniend: direito de punir do Estado, respeitando o devido processo legal (vai ser punido, mas tem direito de defesa).
Sentença Absolutória Imprópria: medida de segurança, não tendo crime pelo fato da inimputabilidade do agente.
Conceito: Pena é a reação contra a violação das normas fundamentais. Reação de uma instituição politicamente organizada (Estado).
Quando um agente comete um crime há uma privação/ restrição de bens jurídicos que pode ser a liberdade ou o patrimônio.
Direito Penal do Inimigo: não respeita o devido processo legal.
Princípios:
Reserva legal: não há crime sem lei anterior que o defina, não há pena sem prévia cominação legal.
Personalidade: não passa para outra pessoa.
Inevitabilidade: se ele é culpado ele tem que ser preso, inevitavelmente.
Intervenção Mínima: insignificância
Humanidade: pena de morte, penas de tortura, regime integralmente fechado (não pode).
Proporcionalidade: penas de acordo com a gravidade do crime (tem que ser justa e suficiente)
Individualização: cada pessoa tem sua pena, aumentada ou diminuída, talvez por ser reincidente ou ter bons antecedentes.
Teorias e finalidades: teorias sobre os fins da pena (pra que serve a pena), teorias que tem origem do direito penal.
Teoria Absoluta: para os absolutistas a pena tem função única e exclusiva de retribuição, tem função de vingança que é decorrente da delinquência. Visa apenas a retribuir o mal causado, o Estado não tem função de readaptação social.
Teoria Relativa: para os relativistas a pena tem função de prevenção e não de retribuição. Serve para evitar que sejam cometidos outros crimes.
Prevenção geral negativa: serve para todos que devem não cometer crimes. Controla a criminalidade, trabalha com a coação psicológica. Se eu levar isso a ferro e fogo eu posso implantar o dp do terror.
Prevenção geral positiva: serve para reafirmar a eficácia do direito penal e passar confiança para sociedade. A prevenção geral positiva e negativa devem andar juntas.
Prevenção especial negativa: na ótica da previsão especial a pena é direcionada à pessoa do condenado e serve para evitar que haja reincidência, intimidando o condenado. O Estado Brasileiro não mostra os dados de reincidência.
Prevenção especial positiva: para ser legítima tem que oferecer também a ressocialização do condenado.
Teoria Mista: O Brasil adota. Tem a finalidade de retribuir proporcionalmente e de prevenir. 
Art. 59: “O juiz, atentado à culpabilidade, aos acontecimentos, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstancias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime:
I – as penas aplicáveis dentre as cominadas;
II – a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;
III – o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;
IV – a substituição da pena privativa de liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível.”
Lei 7.210/84: Encontramos a ideia da ressocialização do criminoso.
Função social da pena: crise do sistema prisional
Cominação das Penas: 
Isoladamente: 
Art. 121: “Matar alguém:
Pena – reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.”
Cumulativamente:
Art. 157: “Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzindo a possibilidade de resistência:
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa. “
Alternativamente: 
Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena – detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Classificação das Penas: 
Penas Privativas de Liberdade
Pena Restritiva de Direitos
Pena de Multa
Pena restritiva de liberdade 
Pena corporal
Pena Privativa de Liberdade: Conceito: trata-se de uma modalidade de sanção penal que restringe a liberdade de locomoção do condenado. Verifica-se que a pena privativa de liberdade está ligada à justiça retributiva. 
Espécies:
- Crime: reclusão e detenção.
- Contravenção Penal: prisão simples.
Regimes Penitenciários: Forma como se dará o cumprimento da pena (efetivação, cumprimento das penas). 
- Art. 33, § 1.º: “Considera-se:
a) Regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média;
b) Regime semiaberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial, ou estabelecimento similar;
c) Regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.” 
Fixação do Regime Inicial: 
- Art. 33, § 2.º: “As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso:
a) O condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;
b) O condenado não reincidente, cuja pena superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto;
c) O condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.” 
- Art. 33, § 3.º: “A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios no art. 59 deste Código.”
- Art. 59: (Ler de novo) > Depende do juiz e também do tipo de crime (hediondo/ equiparados a crimes hediondos).
- Fatores (determinam a quantidade de pena):
Na reincidência, regime inicial é fechado; 
A quantidade de pena também determina qual será o regime inicial; 
Circunstâncias judiciais, se forem desfavoráveis regime inicial fechado também. 
Pena de Reclusão: (reservada para os crimes mais graves)
- Art. 33, caput, 1ª parte: “A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto.” (Art. 34, 35, 36 dar uma lida)
- Art. 33 § 2.º: (Leia outra vez)
- Súmula 719 STF: “A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea.”
Pena de Detenção: (reservada para os crimes menos graves)
- Art. 33, caput, parte final: “A detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.”
Prisão Simples: reservada paraas contravenções penais, não tem rigor penitenciário.
Regras do Regime Fechado:
-Art. 34: “O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação para individualização da execução.
§ 1.º O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso noturno.
§ 2.º O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade das aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis com a execução da pena.
§ 3.º O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras públicas.”
Art. 87 LEP (Lei 7.210/84): “A penitenciária destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime fechado.
Parágrafo único. A União Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios poderão construir Penitenciárias destinadas, exclusivamente, aos presos provisórios e condenados que estejam em regime fechado, sujeitos ao regime disciplinar diferenciado, nos termos do art. 52 desta Lei.”
Trabalho: forma de ressocialização e reduz pena > 3 dias de trabalho por 1 dia de pena. 
Regras do Regime Semiaberto: 
Art. 35: “Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput, ao condenado que inicie o cumprimento da pana em regime semiaberto.
§ 1.º O condenado fica sujeito a trabalho em comum durante o período diurno, em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar.
§ 2.º O trabalho externo é admissível, bem como a frequência a cursos supletivos profissionalizantes, de instrução de segundo grau ou superior.”
Também admite remição de pena.
Regras do Regime Aberto: 
Art. 36: “O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado.
§ 1.º O condenado deverá, fora do estabelecimento em vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga.
§ 2.º O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido como crime doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente aplicada.”
Não admite remição de pena.
Progressão de Regime: 
Critério Objetivo: Para os crimes hediondos a progressão se dá após o cumprimento de 2/5 da pena, se o condenado é primário, e 3/5 da pena, se o condenado é reincidente. Para os crimes não hediondos a progressão se dá após o cumprimento de 1/6 da pena. 
Critério Subjetivo: Bom comportamento.
Não se admite progressão por “saltos”.
Regressão de Regime: 
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime (artigo 111).
§ 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta.
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o condenado.
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características:  
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada;       
II - recolhimento em cela individual;      
 III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas;   
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol.      
§ 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade
§ 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando.    
Regressão por salto é permitido. Juiz tem que fazer unificação das penas, a pena que ele ainda falta cumprir mais a pena do novo crime.
Regime Especial: 
Presídio Masculino.
Presídio Feminino
Presídio para Grávidas
Direitos do Preso:
Art. 40 - Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos condenados e dos presos provisórios.
Art. 41 - Constituem direitos do preso:
I - alimentação suficiente e vestuário;
II - atribuição de trabalho e sua remuneração;
III - Previdência Social;
IV - constituição de pecúlio;
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena;
VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;
VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
XI - chamamento nominal;
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena;
XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento;
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito;
XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade judiciária competente.  
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.

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