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DUPLICATA

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ULBRA-TORRES 
Direito Empresarial II 
DUPLICATA 
 
09/04/2015 
 
R. Matos 
 
 
 
1 
 
 
Sumário 
 
1. DUPLICATA ...................................................................................................................................... 2 
1.1. APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................... 2 
1.2. CONCEITO DE DUPLICATA MERCANTIL ................................................................................... 2 
1.3. DUPLICATA COMO TÍTULO DE CRÉDITO ................................................................................. 3 
1.3.1. Aceite ............................................................................................................................... 3 
1.4. REQUISITOS DA DUPLICATA .................................................................................................... 4 
1.5. DUPLICATA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ............................................................................... 5 
1.6. PERDA OU EXTRAVIO DA DUPLICATA...................................................................................... 6 
1.7. PRAZO PRESCRITIVO DA DUPLICATA E O PROTESTO DO TÍTULO ............................................ 6 
1.8. AÇÃO JUDICIAL PARA COBRANÇA DA DUPLICATA ................................................................. 6 
 
 
2 
 
1. DUPLICATA 
1.1. APRESENTAÇÃO 
A duplicata mercantil é um documento criado pelo legislador brasileiro. O Código 
Comercial, embora revogado, previa, em seu art. 219, que nas vendas por atacado, o vendedor 
era obrigado a extrair, em duas vias, uma relação das mercadorias vendidas, as quais eram 
assinadas pelas partes contratantes; e o art. 427 do mesmo Código determinava que, a fatura 
assinada pelo comprador, era um título de efeitos cambiais que servia para a cobrança 
judicial. Essa fatura é a origem da duplicata, pois esta é a cópia da fatura. 
 Atualmente, após a extração da nota fiscal de uma venda a prazo, emite-se a fatura 
para ser apresentada ao comprador, emitindo-se, consequentemente, a duplicata. 
Tratando-se de venda mercantil a prazo, com extração de nota fiscal, não poderá o 
empresário emitir letra de câmbio ou nota promissória no lugar da duplicata (LD, art. 2.º), ou 
seja, ao vendedor empresário de venda mercantil a prazo só é permitido o saque de duplicata. 
Esta pode ser emitida com base na fatura que é obrigatória. O empresário que emite duplicata 
mercantil está obrigado a escriturá-la em livro específico: “Livro de Registro de Duplicatas”. 
A duplicata é um título causal, ou seja, encontra-se vinculada à relação jurídica que 
lhe dá origem que é a compra e venda mercantil. Somente a compra e venda permite o saque 
da duplicata mercantil. 
1.2. CONCEITO DE DUPLICATA MERCANTIL 
A lei obriga, entre partes domiciliadas no Brasil, a emissão de fatura em toda venda 
mercantil, com prazo não inferior a 30 dias, onde o vendedor descreve as mercadorias 
vendidas ou indica, apenas, os números e valores das notas fiscais expedidas. Permite-se que a 
nota fiscal e a fatura estejam num mesmo documento, chamada Nota Fiscal/Fatura, facilitando 
tanto o aspecto comercial quanto o fiscal. 
Emitida a fatura, poderá o empresário extrair uma duplicata. “Nula é a duplicata, 
mesmo aceita, cujo saque corresponde não a contrato de compra e venda mercantil, mas a ato 
de novação de dívida” (in RT 640/188). 
A duplicata mercantil é, então, saque do empresário contra o comprador de 
mercadorias a prazo. Com base em uma ou mais notas fiscais, o empresário extrai a fatura, 
sendo a duplicata, praticamente, a sua cópia. Não uma mera reprodução, mas um documento 
para o empresário fazer circular. É a fatura, o documento do contrato de compra e venda 
mercantil, que enseja emissão da duplicata. 
 
3 
 
A fatura deve ser, obrigatoriamente, extraída; a extração da duplicata é facultativa, 
mas “será o único título de crédito suscetível de ser sacado, com fundamento em contrato de 
compra e venda mercantil. A lei veda expressamente, no art. 2.º, a extração de qualquer outra 
espécie de título de crédito (letra de câmbio ou nota promissória) para documentar o saque do 
vendedor pela importância faturada ao comprador”1. 
A duplicata, após receber o aceite, passa a ser um título de crédito, circulável à 
ordem, ou seja, por endosso; antes não, pois é apenas um documento. 
Atualmente, os bancos estão fazendo a cobrança mediante expedição de simples 
aviso ao devedor – os chamados “boletos” – no lugar da duplicata, encaminhando-os ao 
sacado para a satisfação da obrigação. Se, entretanto, não for liquidada quando do 
vencimento, deverá o empresário emitir em sua forma cartular, para ganhar materialidade, 
tanto para instruir ação de execução, como para fins de pedido de falência. “O protesto por 
indicação da duplicata – decidiu o tribunal – não depende da preexistência física do título e de 
sua apresentação nessa espécie ao sacado, consoante se depreende do art. 8.º, par. ún., da Lei 
9.492/92 autorizar que as indicações da duplicata sejam transmitidas e recepcionadas pelos 
Tabelionatos de Protesto por meio magnético ou de gravação eletrônica de dados” (in RT 
776/215). 
1.3. DUPLICATA COMO TÍTULO DE CRÉDITO 
Quando a duplicata nasce não é um título de crédito. Ao receber o aceite é que ela 
passa a ser um título de crédito, portador dos princípios da literalidade e da autonomia. 
Recorda-se que a literalidade é o princípio que não admite discutir o que se encontra 
expresso no título, pois vale o que está nele inserido; autonomia é o princípio que 
determina o desligamento do título da relação que lhe deu origem. 
Graças a esses princípios, a duplicata torna-se abstrata, valendo apenas pelo que 
expresse o seu conteúdo, circulando, então, livremente. 
Percebe-se, pois, que o aceite é muito importante. 
1.3.1. Aceite 
O aceite – escreve o Prof. Frederico Moura de Paula Lima –“é a declaração pela qual 
o comprador (sacado) assume a obrigação de pagar a quantia indicada no título, na data do 
vencimento” 2. 
O aceite poderá ser expresso ou tácito. 
 
1
 Rubens Requião - Curso de Direito Comercial, Saraiva, S. Paulo, 12.ª ed., vol. 2, p. 432. 
2
 Instituições de Direito Público e Privado, 1.994, Unimarco Ed., p. 40 
 
4 
 
Expresso, quando o devedor apõe sua assinatura no título. Tácito, quando o devedor 
recebe a duplicata para o aceite e deixa passar o prazo de 10 dias, contados da apresentação, 
sem qualquer comunicação, por escrito, ao credor. A lei entende, então, que o devedor aceitou 
a duplicata em silêncio. 
O aceite tácito surgiu através da Lei n.º 6.458, de 1.977, que deu nova redação ao 
artigo 15, da Lei n.º 5.474, de 1.968 (Lei das Duplicatas). Transcrevemos o atual artigo 15: 
“A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o 
processo aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de 
Processo Civil, quando se tratar: 
I – de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não; 
II – de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que,cumulativamente: 
a) haja sido protestada; 
b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e 
recebimento da mercadoria; 
c) o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite no prazo, nas 
condições e pelos motivos previstos nos artigos 7.º e 8.º desta Lei”. 
O artigo 7.º estabelece o prazo de 10 dias e o artigo 8.º, indica os motivos pelos quais 
o devedor poderá fundamentar sua recusa, que são: 
I – avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não 
entregues por sua conta e risco; 
II – vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias; 
III – divergência nos prazos ou nos preços ajustados. 
“A Lei das Duplicatas estabelece momento certo para o sacado determinar as razões 
da falta de aceite - decidiu certa vez o Tribunal. Não o fazendo, sofre ação de execução e seus 
embargos devem limitar-se à matéria típica de embargos, e não à contestação” (in RT 
573/246). 
Em suma: é a assinatura do devedor que caracteriza o título de crédito. A duplicata, ao 
receber o aceite, libera-se definitivamente de sua origem e não se discute mais o que está expresso no 
título. Graças aos princípios da autonomia e da literalidade, o título de crédito passa a ser negociável, 
podendo transitar livremente. É o aceite, portanto, que transforma a duplicata num contrato perfeito e 
acabado, valendo por si mesmo. 
1.4. REQUISITOS DA DUPLICATA 
O artigo 2.º, § 1.º, da Lei n.º 5.474, de 1.968, fornece os requisitos de uma duplicata. 
São eles: 
 A denominação “duplicata”, a data de sua emissão e o número de ordem; 
 O número da fatura; 
 A data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista; 
 O nome e o domicílio do vendedor e do comprador; 
 A importância a pagar, em algarismo e por extenso; 
 A praça de pagamento; 
 A cláusula “à ordem”; 
 A declaração do reconhecimento da sua exatidão e da obrigação de pagá-la, ao ser assinada 
pelo comprador como aceite cambial; 
 A assinatura do emitente. 
 
5 
 
Para melhor entendimento, apresentamos um modelo de duplicata mercantil, que 
deve ser confeccionada de acordo com o padrão previsto na Resolução n.º 102, do Conselho 
Monetário Nacional. 
 
Da relação supra, serão analisados sumariamente apenas dois requisitos: 
1º - o número da fatura que deve ser o mesmo da duplicata, por ser aquela, irmã 
gêmea desta. Nessas condições, uma só duplicata não poderá corresponder a mais de uma 
fatura, mas uma só fatura poderá corresponder a duas ou mais duplicatas, como acontece nas 
vendas à prestação, nas quais poderá aparecer uma série de duplicatas, uma para cada 
prestação, com a mesma numeração da fatura e com o acréscimo das letras do alfabeto, em 
sequência. 
2º - na cláusula à ordem, o beneficiário do título deve ser sempre pessoa 
determinada, transferível por endosso. Não existe, pois, duplicata ao portador, quando 
emitida. Com o endosso em branco, ela passa a ser ao portador. 
1.5. DUPLICATA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 
A duplicata é um título causal, que tem seu alicerce no contrato de compra e venda 
mercantil ou na prestação de serviços. 
 
6 
 
O artigo 20 da Lei n.º 5.474, de 1.968, autoriza as firmas individuais, as sociedades e 
as fundações a fazerem extração de duplicatas que correspondam à prestação de serviços em 
quantias iguais às respectivas faturas, que discriminarão a natureza dos serviços prestados. 
1.6. PERDA OU EXTRAVIO DA DUPLICATA 
Se se extravia ou se perde a duplicata, a Lei da Duplicata autoriza o vendedor a 
extrair uma triplicata, ou seja, uma cópia da duplicata, que terá os mesmos efeitos, requisitos e 
formalidades desta. A jurisprudência vem se acentuando no sentido de que, quando o sacado 
retém a duplicata, inibindo a sua circulação, admite-se a emissão de triplicata em substituição 
(in RT 671/185). “Não veda a lei a extração de triplicata em face de retenção da duplicata pela 
sacada” (in RT 662/187). 
1.7. PRAZO PRESCRITIVO DA DUPLICATA E O PROTESTO DO TÍTULO 
A Lei das Duplicatas, art. 18, estabelece prazo prescritivo de 3 anos, após o 
vencimento, contra o sacado e respectivo avalista. Contra os endossantes e seus avalistas o 
prazo é de um ano, contado da data do protesto. O protesto, por sua vez, deve ser efetuado na 
praça de pagamento constante da duplicata, no prazo de 30 dias a contar de seu vencimento, 
isto para não perder, por parte do credor, o direito creditício contra os coobrigados 
(endossantes e seus avalistas). Contra o devedor principal e seu avalista não é necessário o 
protesto. 
1.8. AÇÃO JUDICIAL PARA COBRANÇA DA DUPLICATA 
Desde que seja um título de crédito, a cobrança da duplicata dar-se-á através da ação 
executiva. Não devemos esquecer que a duplicata sem o aceite expresso, para a ação 
executiva, deve estar acompanhada do comprovante da entrega da mercadoria, além do 
protesto. A consumação do aceite tácito também é necessária. “O sacado não tenha, 
comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas condições e pelos motivos previstos nos 
arts. 7.º e 8.º desta lei” (art. 15 da Lei n.º 5.474/68). Recorda-se que se dá o aceite tácito, 
quando não houver a comunicação da recusa no prazo legal, que é de 10 dias. “Mesmo que o 
crédito seja originário de compra e venda mercantil com pagamento a prazo, e possa haver 
emissão das respectivas duplicatas, - decidiu o tribunal – pode o credor optar por receber seu 
crédito via ação monitória
3
 nos termos do art. 1.102-a do CPC, pois a simples emissão dos 
títulos não caracteriza liquidez e certeza da dívida” (in RT 744/252). 
 
 
3
 “A ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, 
pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel” (CPC, art. 1.102A).

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