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AULA SOBRE PLANEJAMENTO/MÉTODOS DE ENSINO NA NATAÇÃO UNIV. ESTÁCIO DE SÁ Prof. Ms Marcelo Massaud. CREF 0433/G – RJ. PLANOS DE ENSINO Por ordem de abrangência, teríamos: PLANO DE CURSO: Onde estabelece-se globalmente, toda a ação a ser empreendida. PLANO DE UNIDADE: Disciplina-se partes da ação pretendida no plano global. PLANO DE AULA: Especifica-se as realizações diárias para a concretização dos planos anteriores. FATORES INTERVENIENTES Características da estrutura física do estabelecimento; Características da população local; Recursos Financeiros; Recursos Humanos; Filosofia do curso; Recursos Materiais. COMO DIVIDIR AS TURMAS (de acordo com o objetivo da escola) FAIXA ETÁRIA Dividir em grupos que possuam a mesma ou parecida idade cronológica; NÍVEL DE APRENDIZAGEM Dividir em grupos que possuam a mesma ou parecida capacidade psicomotora; METODOLOGIA DAVID MACHADO INICIALMENTE - 5 ETAPAS PARA A APRENDIZAGEM 1- Adaptação ao Meio Líquido/Aquático; 2- Flutuação; 3- Respiração; 4- Propulsão; 5- Mergulho Elementar. DAVID MACHADO EM 2004 PROPÕE 8 ETAPAS 1- Adaptação ao Meio Aquático; 2- Respiração e flutuação; 3- Noções de Deslize; 4- Propulsão utilizando as pernas; 5- Propulsão utilizando as braços; 6- Coordenação; 7- Mergulho Elementar; 8- Avaliação de Habilidades. MÉTODO MASSAUD/CORRÊA 1- Vivências Aquáticas – busca da auto- suficiência no meio aquático; (adaptação ao meio líquido); 2- Aprendizado dos nados; 3- Aprimoramento Técnico dos Nados, saídas e viradas; 4- Treinamento. SIGLAS A; B; C; D – Representa os professores; Vivências Aquáticas – Turma de alunos que necessitem, de auxílio material para se sustentarem no meio aquático; N1 – Turma de alunos que não dependem de auxílio material para se sustentarem, mas, carecem de domínio respiratório e propulsivos; N2 – Turma de iniciação ao aprendizado dos nados; N3 – Turma de início do trabalho de coordenação dos nados. APRIMORAMENTO TÉCNICO – Alunos que já possuam um domínio relativo dos 4 nados e irão aperfeiçoá-los. PLANO DE CURSO COM SEUS RESPECTIVOS HORÁRIOS E PROFESSORES (Organograma) 9:40 - 10:20 h. 3 - 5 anos 9;00 - 9:40 h. 4 - 5 anos 8:20 - 9:00 h. 6 - 7 anos 7:40 - 8:20 h. 7 -8 anos 7:00 - 7:40 h. 9 - 10 anos Professores Horários Vivências Aquáticas 10 alunos N3 15 alunos N1 15 alunos N2 25 alunos N3 30 alunos A Vivências Aquáticas 10 alunos N2 15 alunos N3 20 alunos N1 20 alunos N2 25 alunos B Vivências Aquáticas 10 alunos N1 10 alunos N2 20 alunos N3 30 alunos N1 20 alunos C Aprimoram técnico 6 - 7 anos 1 hora de aula 20 a 30 alunos Aprimoram técnico 8 - 10 anos 1 hora de aula 30 a 40 alunos Aprimoram técnico 11 a 13 anos 1 hora de aula 30 a 40 alunos D Organograma - Piscina Olímpica, fria - visando a formação de atletas 16 24 40 16 ORGANOGRAMA COM PREVISÃO DA CAPACIDADE DE ATENDIMENTO – 6 x 8 m. Aquec. Profund. 1 a 1,40 m. Horário BBM 5 alunos ou especial 1 aluno 2 / 3 anos 4 alunos 4 a 6 anos 6 alunos Total de alunos/h 7:00 Prof 1 Prof 2 10 7:30 10 8:00 10 8:30 Prof 3 – BBM 15 9:00 Especial Prof 5 11 9:30 BBM Prof 4 9 10:00 Especial Prof 1 11 10:30 BBM 15 11:00 Especial 7 11:30 Especial 7 105 ORGANOGRAMA C/ PREV. CAPAC ATENDIM. 20 X 10 m. Aquec. Profund. 1,30 a 1,60 m. – 5 raias. Horár. Hidrog. 30 al. Natação adultos e adolesc. 3 / raia Crianças 6 a 8 anos 6 / raia Crianças 9 a 12 anos 5/ raia Total 6:00 Prof 4 - 5 raias 15 6:45 Prof4 30 7:30 Prof 5 - 2 raias 3 raias 24 8:15 2 raias 3 raias 27 9:00 5 raias 30 9:45 3 raias 2 raias 19 10:30 3 raias 2 raias 28 11:15 5 raias 15 12:00 5 raias 15 203 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU FINAIS OPERACIONALIZADOS (COMPORTAMENTO FINAL; CONDIÇÃO E CRITÉRIO) Nadar 25 m crawl Flutuar em decúb. ventral Comportamento Final FAZ O QUÊ com resp. 3 x 1, partindo da saída do bloco sem auxílio, na parte funda da pisc. Condição COM QUÊ DE QUE FORMA e com um tempo máximo de 30" durante 8" Critério COM QUAL RENDIMENTO O ALUNO Pegar 3 objetos submersos, sem auxílio, na parte funda da piscina e partindo do mergulho da borda de pé. Executar 10 respirações verticais, mantendo as duas mãos na borda em um tempo máximo de 30 segundos. Identificar 5 cores mostradas pelo professor, embaixo d’água, sem erro. Na parte rasa da piscina, pegar 4 letras (submersas ou não) e formar duas sílabas, sobre a borda, identificando- as verbalmente ao professor, podendo cometer um erro. ELABORE UM OBJETIVO PSICOMOTOR OPERACIONALIZADO PARA CADA CONTEÚDO ABAIXO Respiração lateral no nado de crawl; Pernada de golfinho; Nado de peito; Executar 10 metros de pernada de crawl com respiração lateral para um dos lados à escolha, com prancha e segurando-a com uma das mãos e a outra ao longo do corpo. Executar 10 m. de pernada de golfinho, sem material, com braços estendidos à frente, respirando frontal a cada 4 pernadas e em um tempo máximo de 30”. Nadar 25 m. de peito, partindo do mergulho de cabeça, em um tempo máximo de 40”. CONTEÚDOS Se faz importante elaborar a programação, realizando uma cuidadosa seleção de conteúdos, levando-se em conta os seguintes aspectos: 1- Considerar que os conteúdos não são um fim em si mesmo; 2- Ampliar a escolha dos conteúdos, para conseguir o desenvolvimento global do indivíduo; 3- Selecionar conteúdos que sejam funcionais; 4-Selecionar conteúdos adequados às possibilidades, necessidades e interesses dos indivíduos, para que a aprendizagem seja significativa. AO ELABORAR CONTEÚDOS RELACIONADOS À SEGUNDA INFÂNCIA, DEVEMOS PROCURAR CONTEMPLAR Sobrevivência aquática ou auto-salvamento; Socialização; Dosagem equilibrada de liberdade; Vivências Aquáticas de forma lúdica; Estimular o desenvolvimento do gosto pela atividade, ou seja, motivação primária; Contribuir para que a criança possa descobrir sua personalidade; Estimular o desenvolvimento Global. CONTEÚDOS PARA VIVÊNCIAS AQUÁTICAS, NA 2ª INFÂNCIA DESLOCAMENTOS DE PÉ NO PLANO, COM E SEM AUXÍLIO; IMERSÃO PARCIAL E TOTAL COM BLOQUEIO DA RESPIRAÇÃO; RESPIRAÇÃO VERTICAL (BOCA/BOCA; BOCA/NARIZ) DESCONTRAÇÃO FACIAL; FLUTUAÇÕES; VENTRAL, DORSAL, VERTICAL, MEDUSA; DESLIZES: VENTRAL, DORSAL E LATERAL; RITMOS RESPIRATÓRIOS DIVERSOS; VISÃO SUBAQUÁTICA; DESLOCAMENTOS ATRAVÉS DE MOVIMENTOS ALTERNADOS DE PERNAS, NOS TRÊS DECÚBITOS, COM E SEM AUXÍLIO DE MATERIAL; DESLOCAMENTOS ATRAVÉS DE MOVIMENTOS SIMULTÂNEOS DE PERNAS, EM DECÚBITO VENTRAL, COM E SEM AUXÍLIO DE MATERIAL; DESLOCAMENTOS ATRAVÉS DE MOVIMENTOS DE BRAÇOS ALTERNADOS, EM DECÚBITO VENTRAL E DORSAL, COM E SEM AUXÍLIO DE MATERIAL; CRAWL COM BLOQUEIO RESPIRATÓRIO; ATIVIDADES VOLTADAS PARA O AUTO-SALVAMENTO (sobrevivência aquática). SALTOS DA BORDA, COM E SEM AUXÍLIO; CONHECIMENTO DAS DIVERSAS CORES; CONHECIMENTO DAS LETRAS E NÚMEROS. SOBREVIVÊNCIA AQUÁTICA Nos preocupamos com índices de afogamentos? O afogamento é a segunda causa de morte, entre osacidentes, de crianças e adolescentes até 9 anos e o terceiro dos 10 aos 19 anos, no Brasil. Ao longo de nossas aulas, preparamos nossos alunos para situações de emergência e orientamos os responsáveis a respeito? Consideramos as expectativas dos responsáveis e alunos? ENTRE NESSA LUTA EM PROL DA VIDA! PLANEJAMENTO DAS AULAS Planejamento é a previsão metodológica de uma ação a ser desencadeada e a racionalização dos meios para atingir os fins. FASES DO PLANEJAMENTO Preparação – nesta fase são previstos todos os passos; Desenvolvimento – nesta fase recai na ação; Aperfeiçoamento – nesta fase acontece a avaliação e determinação de possíveis (re)ajustes no planejamento. ORGANIZAÇÃO DAS SESSÕES (LE BOULCH) O papel do educador não é o de administrar de modo diretivo, numa ordem determinada, os exercícios que lhe sugerimos apenas a título de exemplo, mas, levando em conta os objetivos definidos e as adaptações relativas à idade, escolher aqueles que parecem convir melhor às necessidades de seus alunos. A duração de cada tipo de exercício não pode ser prevista a priori. Na prática, ela é função da manutenção de “interesse” das crianças. A sessão seguinte será programada levando-se em conta as observações feitas, de modo a garantir a continuidade do trabalho psicomotor e a levar em consideração as reações das crianças. Às vezes, no final da sessão, será positivo fazer as crianças falarem sobre o que sentiram, a fim de conhecer melhor suas motivações. PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS DO PROFESSOR Ser assíduo e pontual; Recepcionar bem seus alunos; Programar aulas de qualidade; Ética profissional; MENSAGEM TRATEM SUAS AULAS COMO SE FOSSE UM POR DO SOL. ESTE, APESAR DE ACONTECER DIARIAMENTE, A CADA DIA NOS TRÁS UMA PARTICULARIDADE ESPECÍFICA. PROCUREM A CADA AULA LEVAR UMA PARTICULARIDADE ESPECÍFICA, UM ALGO MAIS, PARA SEUS ALUNOS. (MASSAUD, 2006)
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