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05/12/2017 1 Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Pode ser expressa em ºC, ºF e K. • Reatores • Colunas de destilação • Trocadores de calor • Fornos • Caldeiras • etc... Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Existem os seguintes sensores e indicadores de temperatura: • Indicadores de temperatura cromáticos • Indicadores de temperatura pirométricos • Termômetros • Termorresistores • Termopares • Pirômetros de radiação 05/12/2017 2 Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Não há sensor de temperatura que possua range desde temperaturas criogênicas a temperatura de milhares de ºC. Quando um sensor de temperatura é submetido a uma variação nesta propriedade, sua resposta ocorre na forma de uma sigmoidal. 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 V a r ia çã o n a t e m p e r a tu r a ( °C ) Tempo (s) Instrumentação e Controle de Processos Temperatura A dinâmica da resposta do sensor de temperatura irá depender dos seguintes fatores: • Material do sensor • Espessura do poço • Meio condutor de calor 05/12/2017 3 Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Indicadores de Temperatura Cromático – mudança de cor a altas temperaturas, utilizado em tintas para pintura de alguns equipamentos por questão de segurança. 260°C 315°C 400°C Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Indicadores de Temperatura Pirométrico – deformação quando atinge uma dada temperatura, é utilizado principalmente na indústria de cerâmicas. Composição e tamanho para diferentes temperaturas. 05/12/2017 4 Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termômetro Bimetálico Duas ligas com coeficiente de dilatação térmico diferentes são fundidas. Em função do seu comprimento, espessura e tipo de liga permite medir localmente a temperatura. As ligas são normalmente enroladas em espiral e conectadas a um sistema mecânico com ponteiro que indica a temperatura em uma escala graduada. Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termômetro de Haste de Vidro Se baseiam na dilatação térmica de um fluido aprisionado em um capilar com escala graduada. Utilizados para fins clínicos e em laboratórios, não encontram aplicação em processos industriais. 05/12/2017 5 Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termômetro de Bulbo e Capilar Ainda muito utilizado, tem o principio de funcionamento dos medidores de pressão tipo Bourdon. Porém, são preenchidos com fluido de alto coeficiente de dilatação térmico que dilata o espiral/tubo C e aciona o mecanismo com ponteiro e escala graduada. Tem sido substituído por sensores de temperatura com transmissores eletrônicos. Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termorresistores Atualmente são os sensores/transmissores de temperatura mais utilizados no mundo. Seguem normas internacionais de padronização dos componentes (resistências) para a adequada leitura da temperatura. Os principais termorresistores são: • Pt100 – resistência de 100Ω a 0°C • Pt500 – resistência de 500Ω a 0°C • Pt1000 - resistência de 1000Ω a 0°C 05/12/2017 6 Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termorresistores A liga do Pt100 é formada por platina, e podendo apresentar range de -250ºC a até 850ºC. Existem Pt100 a 2, 3 ou 4 fios, entretanto o mais comum e empregado na indústria possui 3 fios. A resistência de platina na ponta da haste do sensor é ligada a uma ponte de wheatstone, o que permite ler sua resistência. Apresenta baixo consumo de energia. Sensor Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termorresistores Os 3 fios dos RTD devem ser acoplados a um transmissor de temperatura para amplificar o sinal de instrumentação. Usualmente são utilizados cabeçotes para proteger o transmissor do ambiente externo contra intempéries e choques mecânicos. Existem transmissores com range de leitura escalonável. Quadro de comando Fixação em trilho DIN Montagem no cabeçote 05/12/2017 7 Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termistores Pouco utilizados na indústria para monitoramento de temperatura, não possuem padronização internacional, além disto são frágeis a choques mecânicos. Emprega material semicondutor que também apresenta mudança na resistência ôhmica em função da temperatura. São mais utilizados em laboratórios, circuitos eletrônicos e proteção de motores. Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termopares Assim como os Pt100, são amplamente utilizados na indústria para medir temperatura. Também são padronizados por normas internacionais quanto ao tipo de material utilizado e faixa de leitura. De baixo custo, com boa repetibilidade e estabilidade, são classificados quanto aos tipos de ligas que são utilizadas. 05/12/2017 8 Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termopares Diferentes tipos de ligas metálicas são empregadas, mas sua composição é padronizada para atender a um range específico de temperatura. Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termopares Os diferentes tipos de termopares possuem padrões quanto a cor dos fios. Diferentes normas estabelecem a coloração do fios do termopar. Diferentemente dos sensores Pt100, os termopares só possuem 2 fios. 05/12/2017 9 Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termopares Assim como os sensores Pt100, são instalados no processo com poço e cabeçote. Alguns transmissores podem ser utilizados tanto para termopares como para Pt100, devendo ser configurável para o tipo de sensor. Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termopares Para entender o funcionamento dos termopares, é preciso conhecer três fenômenos físicos. • Efeito Seebeck Thomas Johann Seebeck 1770 - 1831 Jean Charles Athanase Peltier 1785 - 1845 William Thomson (Kelvin) 1824 - 1907 • Efeito Peltier • Efeito Thomson 05/12/2017 10 Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termopares – Efeito Seebeck “Quando dois fios de duas ligas diferentes são unidos pelas pontas e estas pontas (juntas) são submetidas a temperaturas diferentes, é gerada uma d.d.p. de mV, resultando em corrente elétrica pelos fios.” A junta submetida a temperatura constante é denominada de junta fria, já a junta submetida a temperatura variável é chamada de junta quente. Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termopares – Efeito Peltier “Se uma corrente elétrica for induzida por uma fonte nos fios, haverá o aquecimento de uma das juntas e o resfriamento da outra.” T1 < T2 i Termopares – Efeito Thomson “Um gradiente de temperatura é formado ao longo dos fios quando há circulação de corrente pelos mesmos e que não é justificável pelo efeito Joule.” 05/12/2017 11 Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termopares A combinação dos efeitos destes três fenômenos resultou em três leis básicas no uso de termopares. • Lei do circuito homogêneo • Lei dos condutoresintermediários • Lei da soma das FEMs Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termopares • Lei do circuito homogêneo A FEM gerada depende apenas dos metais empregados e das temperaturas das juntas. 05/12/2017 12 Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termopares • Lei dos condutores intermediários Condutores intermediários entre as juntas fria e quente não interferem na FEM se submetidos a mesma temperatura. Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termopares • Lei da soma das FEMs A FEM de um termopar X com as ligas A e B é igual a soma das FEMs produzidas por N termopares com as mesmas ligas e que possuam a soma de seus comprimentos igual ao comprimento do termopar X. 05/12/2017 13 Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termopares A potência termoelétrica (PT) é a d.d.p. em mV entre as juntas quentes e frias a uma dada temperatura. A PT de um termopar é tabelada para junta fria a 0°C e a junta quente a 100°C, assim sendo dada em mV/100°C. Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Associação de Termopares Termopares podem ser associados em série para melhorar a sensibilidade na medição. A FEM total é igual a soma das FEMs individuais dos termopares. FEM = 4,292 mV 05/12/2017 14 Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Associação de Termopares Termopares podem ser associados em paralelo, onde a FEM total torna-se a média aritmética das FEMs individuais. Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Associação de Termopares Termopares podem ser associados em oposição de polaridade, usado em malhas de controle de temperatura diferencial entre dois pontos. A FEM resultante é igual a soma das FEMs individuais. 05/12/2017 15 Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Pirômetros de radiação Os pirômetros podem ser ópticos que medem a temperatura pela incandescência dos materiais, ou infravermelhos que captam a energia emitida pela matéria através de ondas infravermelhas. Os pirômetros ópticos possuem um range menor que os pirômetros infravermelhos. Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Pirômetros de radiação Os pirômetros infravermelhos se baseiam na Lei de Stefan-Boltzman W – energia emitida ξ – emissividade do corpo K – constante de Stefan-Boltzman T – temperatura 05/12/2017 16 Instrumentação e Controle de Processos Temperatura Termografia Emprega sensores infravermelhos que representam o gradiente de temperatura de um corpo através de uma escala de cores. Utilizado na identificação de pontos de superaquecimento em tubulações, motores, perda de isolamento térmico em linhas de vapor, caldeiras, entre outras aplicações. Instrumentação e Controle de Processos Exercício Um termopar tipo J (faixa de -210 ºC a 760 ºC) é utilizado para medir a temperatura de reator exotérmico que tem temperatura variando entre 450 °C e 500 °C. Com base na tabela abaixo: a) Calcule a potência termoelétrica do termopar em 450 °C e 500°C; b) Verifique a linearidade do termopar por regressão linear usando 6 pontos. P.T. (450°C) =24,61 mV P.T. (500°C) =27,393 mV Resolução a) Com os pontos -210 °C; 100 °C; 300 °C; 450 °C; 600 °C e 760°C y=52,8475x+1406,1389 R²=0,9956 b) PT (μV) = a0+a1T+a2T²+...+a8T 8
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