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Biologia Sistemática : fundamentos da Classificação biológica Profª. Esp. Mª José Queiroz http://revistaecoturismo.com.br/turismo-sustentabilidade/duratex-apoia-atividades-de-protecao- da-biodiversidade/ A classificação dos organismos vivos teve como base a tentativa de organização e simplificação dos sistemas vivos, logo os primeiros sistemas de classificação eram práticos e arbitrários, ou seja, classificava-se de acordo com a utilidade, interesse econômico, etc. Na Grécia antiga o sistema de classificação utilizado dividia os animais em aéreos, terrestres e aquáticos. Histórico da Classificação O filósofo grego Aristóteles (348-323 a.C.) foi o pioneiro em classificar os seres vivos. Ele argumentava que os animais mesmo vivendo em ambientes iguais podiam apresentar diferença morfológica considerável, não podendo ser classificado no mesmo grupo. No decorrer dos séculos XIV, XV e XVI, os estudiosos sentiram necessidade de sistemas de classificação que agrupassem os seres vivos conforme características típicas, critérios: estrutura corporal, as funções orgânicas e os hábitos. Sistemas naturais e não artificiais como antes (que levasse em conta a natureza biológica do ser vivo). Histórico da Classificação A sistemática ou Classificação Biológica é a ciência dedicada a inventariar e descrever a biodiversidade para compreender as relações filogenéticas entre os organismos. SISTEMÁTICA É o ramo da Biologia que identifica, nomeia e classifica os seres vivos de acordo com o seu grau de parentesco evolutivo. Definições Taxonomia é o ramo da ciência que trata da ordenação(classificação) e denominação (nomen clatura) dos seres vivos, agrupando-os de acordo com o seu grau de semelhança; Filogenia ciência que trata das relações evolutivas entre os organismos. Classificação dos seres vivos A classificação biológica Até pouco tempo, as classificações biológicas baseavam-se quase que exclusivamente na comparação de características morfológicas e anatômicas. Nos últimos anos, porém, a taxonomia tem sido revolucionada pelo emprego de técnicas avançadas de Biologia Molecular, que permitem comparar a composição química dos mais diversos seres vivos, principalmente quanto às proteínas e aos ácidos nucléicos (DNA e RNA). O sistema de classificação de Lineu Entre os estudiosos da classificação natural destaca- se o sueco Carl Von Linné (1707-1778), também conheci do como Lineu. Suas ideias foram publicadas no livro Systema Naturae (Sistema Natural), 1735. Após suas conclusões, Lineu agrupou os animais de acordo com as semelhanças na estrutura corporal e, as plantas, de acordo com a anatomia geral e a estrutura das flores e dos frutos. Deu nome cientifico formado por mais de uma palavra, em latim. Nomenclatura binomial O nome científico dos organismos deve ser escrito em latim (ou ser latinizado) e deve sempre ser destacado do texto onde aparecem, sendo impresso em itálico ou grifado: 1. Composto de duas palavras, a primeira referindo-se ao nome genérico e a segunda, ao nome específico, daí a expressão sistema binomial de nomenclatura; 2. A expressão formada pela primeira palavra mais a segunda designa a espécie. Ex. Canis é o gênero e Canis familiaris é a espécie; 3. O gênero deve ser sempre escrito com letra inicial maiúscula e a espécie, com letra inicial minúscula. Exemplo: Homo sapiens 4. Quando existe subespécie, o nome que a designa deve ser escrito depois do nome da espécie, sempre com inicial minúscula. Exemplo: Rhea americana alba (ema branca). 5. Quando existe subgênero, o nome que o designa deve ser escrito depois do nome do gênero, entre parênteses e com inicial maiúscula. Exemplo: Anopheles (Nyssorhinchus) darlingi 6. O gênero pode ser escrito sem se referir a uma espécie em particular. Ex.: Canis, sem especificar se é lobo ou cão(caninos). Nesse caso o nome do gênero é seguido pela abreviatura sp. Ex.: Canis sp. 7. E escrito com spp, no caso de referir a várias espécies de um gênero, também sem explicitar. Ex.: Canis spp. 8. Um detalhe, para escrever o nome das famílias e ordens dos animais, o nome recebe o sufixo idae e o da subfamília o sufixo inae, para animais Ex. Felidae, Felinae. Para plantas, utiliza-se em geral, a terminação para família aceae (Rosaceae) e para a ordem, ales (Coniferales, ordem do pinheiro). Nomes científicos Nome popular Nome científico Espécie humana Homo sapiens Lobo Canis lupus Mosca Musca domestica Laranjeira Citrus sinensis Maconha Canabis sativa Cascavel Crotalus terrificus Anta Tapirus terrestris Mosquito da Dengue Aedes aegypt Categorias taxômicas táxon 1. A espécie é a unidade básica de classificação. 2. Sendo mais abrangente que a espécie, o gênero inclui diferentes espécies que apresentam grandes semelhanças; 3. Gêneros semelhantes formam as famílias; 4. Famílias semelhantes formam as ordens; 5. Atualmente, além das quatro categorias criadas por Lineu, na classificação, as ordens semelhantes formam as classes. 6. O conjunto de classes semelhantes formam os filos 7. O conjunto de filos estão reunidos em Reinos. Assim as categorias taxonômicas são 7: Reino-filo-classe-ordem-família-gênero-espécie . Categorias taxômicas táxon OBSERVAÇÕES Devido à complexidade de certos grupos, foi necessário estabelecer grupos intermediários, assim denominados: subgenêros – supergenêros; subfamílias – superfamílias; subordens – superordens, etc. Obs: Nos sistemas de classificação filogenéticos, as categorias taxonômicas são constituídas de forma a refletir linhagens evolutivas. Assim, é considerado que dois seres vivos são tanto mais próximos quanto maior for, o número de táxon comuns a que pertencem. Ex. Se são da mesma ordem, família, etc. Bibliografias Amabis, José Mariano & Martho, Gilberto Rodrigues. Biologia Vol 2. Biologia dos Organismos, 2ª Ed. – São Paulo : Moderna, 2010. Biologia : ensino médio, 2º ano/ Organizadores Fernando Santiago dos Santos, João Batista Vicentin Aguilar, Maria Martha Argel de Oliveira. – 1. Ed. – São Paulo : Edições SM, 2010. – (Coleção ser protagonista) Silva Junior, Cézar da. Biologia 2 : seres vivos : estrutura e função / César da Silva Júnior, Sezar Sasson, Nelson Caldini Júnior. – 10. Ed. – São Paulo : Saraiva, 2010. Portal do Professor. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html. Site de busca GOOGLE
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