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CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

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Cuidados de Enfermagem na Administração de Medicamentos
Enfa. Esp. Janaína N. Lassala
Uma das atribuições, merecedora de reflexão da prática de enfermagem, é a administração de medicamentos que envolve aspectos legais e éticos de impacto sobre a prática profissional. 
Uma falha pode ter conseqüências irreparáveis.
A administração de medicamentos é uma das mais sérias responsabilidades que pesam sobre o enfermeiro.
Todo medicamento a ser administrado ao paciente deve ser prescrito pelo médico
Toda prescrição de medicamento deve conter: data, nome do paciente, registro, enfermaria, leito, nome do medicamento, dosagem, via de administração, freqüência, assinatura do médico
Cuidados na Administração de fármacos
- cefalexina, 500mg, VO, 6/6h (D1/D7)
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Ao preparar a bandeja de medicamentos, fazê-lo atentamente e não conversar.
Ter sempre a frente, enquanto prepara o medicamento, a prescrição médica.
Ler o rótulo do medicamento 3 vezes, comparando-o com a prescrição: 
antes de tirar o recipiente do armário
antes de colocar o medicamento no recipiente para administrar
antes de repor o recipiente no armário.
Cuidados na Administração de fármacos
Colocar a prescrição médica próximo ao recipiente de medicamentos sempre juntos na bandeja
Nunca administrar medicamento com rótulo ilegível, sem rótulo ou vencido
Não tocar com a mão em comprimidos, cápsulas, drágeas, pastilhas
Identificar a seringa ou frasco via oral: quarto, leito, via, nome do medicamento
Cuidados na Administração de fármacos
Identificar o paciente antes de administrar o medicamento, solicitando nome e certificando-se da exatidão do mesmo, pelo prontuário
Certificar-se das condições de conservação do medicamento; verificar a data de validade
Anotar qualquer alteração após a administração (vômitos, diarréia, erupções, urticária)
Quem prepara administra. Não administrar medicamentos preparados por outras pessoas
Cuidados na Administração de fármacos
Em caso de dúvida, nunca administrar o medicamento, até que a mesma seja esclarecida
Os antibióticos devem ser administrados no máximo 15 minutos antes ou depois do horário prescrito
Cancelar o horário da medicação somente após administrá-la assinar legivelmente seu nome ao lado
Orientar o paciente quanto ao nome do medicamento, á ação da medicação, ao procedimento, ao autocuidado 
Cuidados na Administração de fármacos
Checar o horário do medicamento administrado durante o dia com caneta azul e durante a noite com caneta vermelha
Circular o horário em azul e anotar o motivo da não administração da medicação (recusa, vômitos, paciente fora da unidade, medicação suspensa)
Circular o horário de vermelho caso o medicamento não tenha dado por esquecimento.
Cuidados na Administração de fármacos
Nunca anotar ou checar o medicamento antes de ter sido ministrado ao paciente
Orientar quanto ao perigo da automedicação
Ao colocar o medicamento no recipiente, mantê-lo no nível dos olhos, certificando-se da graduação correta.
Cuidados na Administração de fármacos
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Pó
Grânulos
Cápsula
Comprimido
Drágea
Pastilha
Supositório
Pomada
Creme
Formas Farmacêuticas
Emplastro
Solução
Loção
Emulsão
Susupensão
Extratos 
Injeções
Óvulo
linimento
Sólidas: cápsulas, comprimido, comprimido vaginal, drágea, pastilhas, grânulos, implante, óvulos, pílulas, pó, supositório.
Pastosas: : creme, pasta, pomada, unguento
Liquidas: : colutório, emulsões, enemas, linimentos, óleos, tinturas, xaropes
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Vias de Administração
Via de administração ≠ Local de Absorção
 Via de administração: maneira pela qual a medicação é introduzida no organismo
Relaciona-se com:
Forma farmacêutica
Objetivos terapêuticos
Condições físicas e patológicas do paciente
Paciente Certo
Medicação Certa
Dosagem Certa
Via de administração Certa
Horário Certo
Tempo Certo
Validade Certa
Abordagem Certa
Registro certo
9 Certos
Vias de Administração
Via Oral (VO)
Sublingual (SL)
Gástrica
Tópica
Ocular
Auricular
Retal
Genital
Nasal
Parenteral (IM, ID, SC, EV)
É a administração de medicamento pela boca
Método mais comum de prescrição de um fármaco
Via Oral
 Desvantagens: 
 irritação da mucosa gástrica
 interferência na digestão
 dificuldade de deglutir. 
 Vantagens: 
 mais seguro
 mais conveniente
 mais econômico
Contra-Indicações:
Pacientes incapazes de deglutir ou inconscientes
Em caso de vômitos
Quando está de jejum para cirurgia ou exame
Absorção:
Boca
Estômago
Intestino
Via Oral
colher de sopa (15ml)
colher de sobremesa (10ml)
colher de chá (5ml)
colher de café (3ml)
1ml = 20gts
1gt = 3mgt
Correspondências
Material:
1. Bandeja
2. Copo ou seringa descartável 
3. Prescrição médica
4. Comprimido ou frasco de medicamento.
Via Oral
Procedimento:
1. Lavar as mãos
2. Colocar os medicamentos nos recipientes, diluindo-os se for necessário.
3. Identificar o recipiente com o nome do paciente, número do leito, medicamento e dose.
4. Levar a bandeja para junto do paciente.
5. Identificar o paciente, verificando o nome com a prescrição médica.
6. Explicar o paciente e acompanhante sobre o procedimento a ser realizado
Via Oral
7. Explicar o propósito de cada medicamento, caso o paciente pergunte
8. Colocar o medicamento na boca do paciente sem contaminar os comprimidos ou xarope.
9. Oferecer água
10. Verificar se o paciente deglutiu o medicamento, nunca deixando-o sobre a mesa de cabeceira.
11. Recolher o material
12. Checar o horário e fazer anotações.
Via Oral
São colocados debaixo da língua para serem absorvidos diretamente pelos pequenos vasos sangüíneos. 
A via sublingual é especialmente boa para a nitroglicerina, que é utilizada no alívio da angina (dor no peito), porque a absorção é rápida e o medicamento ingressa diretamente na circulação geral.
A maioria dos medicamentos não pode ser administrada por essa via, porque a absorção é, em geral, incompleta e errática. 
Via Sublingual
Procedimento:
1. Lavar as mãos
2. Separar o medicamento conforme prescrita
3. Dar água para o paciente enxaguar a boca
4. Colocar o medicamento sob a língua e pedir para abster-se de engolir a saliva por alguns minutos, a fim de que a droga seja absorvida.
5. Checar o horário e fazer as anotações necessárias
Via Sublingual
É a introdução do medicamento através da sonda nasogástrica/ nasoenteral/ gastrostomia
Utilizada para pacientes inconscientes ou impossibilitados de deglutir
Via Gástrica
Os medicamentos sólidos são dissolvidos em água e introduzidos na via gástrica com seringa
As cápsulas são abertas, dissolvendo-se o pó medicamentoso nelas contido.
Via Gástrica
É aplicação de medicamento na pele, sob forma de pomadas, cremes ou adesivos
Sua ação pode ser local ou geral
Via Tópica
Procedimento
1. Explicar o procedimento e realizar a higiene local
2. Organizar o material
3. Lavar as mãos
4. Calçar luvas
5. Expor o local
6. Colocar o medicamento na pele, conforme prescrição
7. Observar qualquer anormalidade na pele: erupções, prurido, edema, eritema etc.
8. Deixar o paciente confortável
9. Providenciar a limpeza e ordem do material
10. Retirar as luvas e lavar as mãos
11. Anotar o cuidado prestado
Via Tópica
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É a aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva ocular
Material
Colírio ou pomada
Gaze
Via Ocular
Procedimento
1. Lavar as mãos e levar os materiais ao leito do paciente
2. Explicar o procedimento ao paciente
3. Posicionar o paciente com a cabeça um pouco inclinada para trás
4. Antes da aplicação, realizar higiene ocular
5. Afastar com o polegar a pálpebra inferior, com auxilio do lenço ou gaze,expondo o saco conjutival
Via Ocular
6. Desprezar a primeira porção da pomada ou uma gota do colírio;
7. Pedir ao paciente que olhe para cima, e instilar o medicamento na porção média da pálpebra inferior;
8. Ao aplicar a pomada, depositá-la ao longo de toda extensão do saco conjuntival inferior;
9. Solicitar ao paciente que feche as pálpebras e faça movimentos giratórios do globo ocular;
10. Retirar o excesso de pomada com gaze;
11. Lavar as mãos e anotar o cuidado prestado
Via Ocular
Consiste em introduzir o medicamento no canal auditivo externo
MATERIAL:
Medicamento
Cuba-rim
Gaze
Saco de resíduo
Via Auricular
Procedimento:
1. Lavar as mão
2. Levar o material e explicar o procedimento
3. Posicionar o cliente e lateralizar a cabeça
4. Retirar, através do conta-gotas a medicação
5. Entreabrir a orelha e instilar a medicação no conduto auditivo sem contaminar
No adulto, puxar com delicadeza o pavilhão auditivo para cima e ara trás, a fim de retificar o canal auditivo
Na criança, puxar para baixo e para trás
Via Auricular
6. Orientar o paciente quanto á manutenção da posição inicial por alguns minutos
7. Colocar um floco de algodão no orifício externo da orelha
8. Povidenciar a limpeza e lavar as mãos
9. Anotar o cuidado prestado
Via Auricular
É a introdução de medicamento no reto, em forma de supositórios ou clister medicamentoso
Material:
Bandeja
Supositório
Gaze
Luvas de procedimento
Saco de lixo
Via Retal
Procedimento:
1. Reunir o material
2. Lavar as mãos
3. Explicar o procedimento ao paciente.
4. Calçar luvas.
5. Colocar o paciente em posição de SIMS
6. Com o polegar e indicador da mão não 
dominante, entreabrir as nádegas.
Via Retal
7. Introduzir o supositório no reto, delicadamente, e pedir ao paciente que o retenha por alguns minutos.
8. Colocar o material em ordem
9. Tirar as luvas e lavar as mãos
10. Anotar o cuidados prestado no prontuário do paciente.
Via Retal
Observações:
O paciente poderá colocar o supositório sem auxílio da enfermagem, desde que seja orientado
Em caso de criança ou adulto incapacitado para retê-lo, comprimir levemente as nádegas para evitar o retorno do supositório
É necessário colocar a comadre ou encaminhar o paciente ao banheiro
Via Retal
É a introdução de medicamentos no canal vaginal
 O medicamento pode ser introduzido sob a forma de: creme ou gel, comprimido ou óvulos.
Material:
Luvas de procedimento
Aplicador vaginal (S/N)
Medicamento
Via Vaginal
Procedimento:
1. Explicar o procedimento ao cliente
2. Organizar o material e levar ao leito da paciente
3. Lavar as mãos e calçar luvas
4. Cercar o leito com biombo
5. Colocar o paciente em posição ginecológica
6. Colocar o medicamento no aplicador próprio
7. Com auxílio de gaze, afastar os pequenos lábios com os dedos indicador e polegar
Via Vaginal
8. Introduzir delicadamente o aplicador aproximadamente 5 cm em direção ao sacro, para que haja na parede posterior da vagina;
9. Pressionar o êmbolo;
10. Retirar o aplicador e pedir ao paciente que permaneça em decúbito dorsal por 15 minutos;
11. Colocar um absorvente s/n
12. Providenciar a limpeza e ordem do material;
13. Retirar as luvas e lavar as mãos;
14. Anotar o cuidado prestado.
Via Vaginal
Consiste em administrar na mucosa nasal um medicamento líquido ou pomada
Material:
Luvas de procedimento
Medicação
Gaze
Via Nasal
Procedimento:
1. Levar o material e explicar o procedimento
2. Lavar as mãos
3. Solicitar que faça higiene nasal;
4. Inclinar a cabeça para trás (hiperextensão);
5. Pingar a medicação na parte superior da cavidade nasal, evitando que o frasco toque a mucosa
6. Solicitar ao paciente que permaneça nesta posição por mais alguns minutos
Via Nasal
7. Providenciar a limpeza e ordem do material;
8. Lavar as mãos;
9. Anotar o cuidado prestado.
Via Nasal
Vias:
ID
SC
IM
EV
Utiliza-se agulhas, seringas e medicamentos esterilizados, seguindo técnicas padronizadas
Via Parenteral
Vantagens:
a disponibilidade é mais rápida e mais 
previsível, tratamento de emergências.
Desvantagens
Pode ocorrer uma injeção intravascular acidental, pode vir acompanhada de forte dor e, às vezes, é difícil para um paciente injetar o fármaco em si mesmo se for necessária a automedicação. 
Alto custo
Via Parenteral
Via Intradérmica - ID
Via restrita
Pequenos volumes – de 0,1 a 0,5 mililitros
Usadas em reações de hipersensibilidade
Provas de PPD
Provas alérgicas
Aplicação de vacinas: BCG
Via Intradérmica - ID
Local mais apropriado: face anterior do antebraço
Pobre em pelos
Possui pouca pigmentação
Possui pouca vascularização
Fácil acesso a leitura
Via Subcutânea - SC
A medicação é introduzida na tela subcutânea / hipoderme
Absorção lenta, através de capilares, ocorre de forma contínua e segura
O volume não deve ultrapassar 03 mililitros
Usada para administração
Vacinas (rábica e sarampo)
Anticoagulante (heparina)
Hipoglicemiantes (insulina)
Via Subcutânea - SC
Via Subcutânea - SC
O local de aplicação deve ser revezado, quando utilizado por período indeterminado
Ângulo da agulha
90 °C – agulhas hipodérmicas e pacientes gordos
45°C – Agulhas normais e pacientes magros
Via Subcutânea - SC
Complicações
Infecções inespecíficas ou abscessos
Formação de tecido fibrótico
Embolias – por lesão de vasos e uso de drogas oleosas ou em suspensões
Lesão de nervos
Úlceras ou necrose de tecidos
Via Intramuscular - IM
Via Intramuscular - IM
Via muito utilizada, devido a absorção rápida
Músculo escolhido
Deve ser bem desenvolvido
Ter fácil acesso
Não possuir grande calibre e nem nervos 
Volume injetado
Região deltóide – de 2 a 3 mililitros
Região glútea – de 4 a 5 mililitros
Músculo da coxa (vasto lateral)– de 3 a 4 mililitros
Via Intramuscular - IM
Quando não devemos utilizar a região glútea?
Crianças < 2 anos
Pacientes com atrofia da musculatura
Paralisia de membros inferiores
Complicações
Deve-se evitar o nervo ciático
Injeções intravasculares: embolias
Infecções e abscessos 
Via Endovenosa - EV
Via muito utilizada, com introdução de medicação diretamente na veia
Local apropriados
Melhor local: face anterior do antebraço (lado esquerdo)
Membros superiores
Evitar articulações
Indicações
Necessidade imediata de ação 
Grandes volumes – hidratação
Coleta de sangue para exames 
Via Endovenosa - EV
Tipos de medicamentos injetados na veia
Soluções solúveis na veia
Líquidos hiper, iso ou hipotônicos
Sais orgânicos
Eletrólitos
Medicamentos
Não oleosos
Não deve conter cristais visíveis em suspensão
Cateteres Intravenosos Periféricos
Cateteres Agulhados
Indicação: infusões de curta duração, baixo volume, em bolus ou push, pacientes c/ veias muito finas e comprometidas
Contra indicação: nunca utilizar com solução vesicante / irritante
O USO DEVE SER LIMITADO À ADMINISTRAÇÃO DE DOSE ÚNICA E COLETA DE AMOSTRA DE SANGUE PARA ANÁLISE CLÍNICA
Cateteres Intravenosos Periféricos
Cânula Intravenosa
Indicação: infusões de média duração até 72 ou 96 horas 
Material: Teflon ou Poliuretano
O cateter periférico na suspeita de contaminação, complicações, mau funcionamento ou descontinuidade da terapia deve ser retirado.
 
Recomenda-se a troca do cateter periférico em adultos em 72 horas quando confeccionado com teflon e 96 horas quando confeccionado com poliuretano. 
Identificação!
Remoção do Cateter
Identificação:
Data
Validade
Assinatura
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Antes de preparar o medicamento certificar-se da dieta, jejum ou o controle hídrico do paciente
Sempre lavar as mãos antes e depois da administração do medicamento.
Cuidados Importantes
Homogeneizar os medicamentos em suspensão
Ter o cuidado de limpar com gaze os vidros de medicamentos, antes de guardá-los
Dissolver os medicamentos para pacientes com disfagia
Medicamentos nunca devem ser combinados com álcool
Cuidados Importantes
A fim de evitar desperdícios , acidentes, roubos e uso abusivo, os medicamentos devem ser guardados em lugar apropriados e controlados
Não misturar medicamentos a alimentos, exceto se especificamente prescrito
Ao administrar mais de um medicamento a um paciente, deve ser usada a seguinte ordem: comprimidos e cápsulas seguidos por água, ou outro líquido; depois administrar líquidos diluídos com água, quando necessário.
Cuidados Importantes
Xaropes são administrados, não diluídos e não são seguidos por líquidos
Comprimidos sublinguais e bucais são administrados por último
Permanecer com o paciente até que toda a medicação tenha sido deglutida
Não é aconselhável misturar medicamentos líquidos. Poderá ocorrer uma reação química, resultando em precipitado.
Cuidados Importantes

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