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Serviços Públicos
Serviço Público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade ou simples conveniência do Estado. A distribuição dos serviços públicos devem atender a critérios jurídicos, técnicos e econômicos, que  respondem pela legitimidade, eficiência e economicidade na sua prestação.
Princípios aplicáveis à prestação do serviço público
São eles: LIMPE(legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidadee eficiência), supremacia do interesse público sobre o particular, indisponibilidade do interesse público, razoabilidade e proporcionalidade.
Princípio da regularidade na prestação:
é dever do Estado a prestação regular do serviço público, direta ou indiretamente. A ausência do Poder Público na prestação desse serviço poderá causar danos e, conseqüentemente, dever de indenizar terceiros prejudicados. Ex. se o ônibus que passa todos os dias às 6hs no ponto começa a chegar 6h:30min, depois 7h, outro dia não passa, viola o princípio da regularidade.
Princípio da eficiência: 
serviço eficiente é aquele que atinge o resultado pretendido, seja no tocante à qualidade, seja no aspecto da quantidade. A eficiência é um plus em relação à adequação. Ex: o ônibus é um instrumento adequado para a prestação do transporte coletivo. Entretanto, se o ônibus não atender os quesitos de qualidade, não será considerado eficiente.
Princípio da segurança:
por esse princípioo Estado deverá prestar o serviço público de forma a não colocar em perigo a integridade física e a vida do usuário.
Princípio da atualidade:
esse princípio está bem definido no § 2º do art. 6o da Lei n. 8.987/85:
Art. 6o, § 2o 
A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.
Princípio da generalidade/universalidade: esse princípio busca a universalidade na prestação do serviço público, isto é, 
o serviço deve ser prestado a todos os usuários de forma igualitária e impessoal, sem qualquer espécie de discriminação. Ex: o ônibus da periferia deve ter a mesma qualidade dos daqueles que circulam nos centros empresariais.
Princípio da cortesia na prestação: 
o serviço público deve ser prestado por pessoas que tratem os usuários com respeito e educação.
Princípio da modicidade das tarifas: trata-se de princípio que exige 
a prestação de serviço público a um preço reduzido, de forma a atingir a universalidade na prestação. Esse princípio será atendido quando o preço da tarifa corresponder à justa relação de custo-benefício na prestação da atividade.
Princípio da continuidade do serviço público: por esse princípio 
o serviço público não pode ser interrompido, em razão da sua relevância perante a coletividade
Levando-se em conta a essencialidade, a adequação, a finalidade e os destinatários dos serviços, podemos classificá-los em:
1. Públicos
São os que a Administração presta diretamente à comunidade por reconhecer sua essencialidade e necessidade para a sobrevivência do grupo social e do Estado.
Privativos do Poder Público;
Exigem atos de império e medidas compulsórias em relação aos administrados;
Pró-comunidade – visa satisfazernecessidades gerais e essenciais da sociedade.
Ex.: defesa nacional, polícia, saúde pública.
2. Utilidade Pública
São os que a Administração, reconhecendo sua conveniência para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou aquiesce em que sejam prestados por terceiros.
Pró-cidadão – visam facilitar a vida do indivíduo na coletividade, proporcionando mais conforto e bem-estar.
Ex.: gás, fone
3. Próprios do Estado
Privativos do Poder Público pq se relacionam intimamente com suas atribuições – segurança, polícia, higiene e saúde pública. Geralmente são gratuitos ou de baixa remuneração.
4. Impróprios do Estado
Não afetam as necessidades da comunidade, mas satisfazem interesses comuns de seus membros;
A Administração os presta por seus órgãos ou entidades descentralizadas ou delega a concessionários, permissionários ou autorizatários;
São rentáveis.
5. Administrativos
A Administração executa para atender as suas necessidades internas.
Ex.: imprensa oficial.
6. Industriais
Impróprios do Estado por serem atividades econômicas;
Produzem renda para quem os presta.
7. Gerais
A Administração presta sem ter usuários determinados para atender a coletividade no seu todo.
São indivisíveis;
Devem ser mantidos por impostos.
Ex.: polícia, iluminação pública
8. Individuais
São de utilização individual, facultativa e mensurável. Devem ser remunerados por taxa ou tarifa (preço público).
Ex.: fone, luz.
A regulamentação e o controle do serviço público e de utilidade pública caberão sempre ao Poder Público.
Requisitos do Serviço Público:
I.  Princípio da permanência - continuidade;II. Generalidade - serviço igual para todos;
III. Eficiência - atualização do serviço;
IV. Modicidade - tarifas razoáveis;
V.  Cortesia - tratar bem o público.
Os direitos do usuário são direitos cívicos de conteúdo positivo no poder de exigir da Administração, ou de seu delegado, o serviço que se obrigou a prestar.
Responsabilidade objetiva da Administração e de particulares que executam serviços públicos - A Administração responde subsidiariamente pelos danos resultantes da prestação do serviço delegado.
Competência executiva é a competência material para a execução do serviço que pode ser privativo ou comum.
Competência legislativa é a capacidade de editar leis e poder ser privativa, concorrente e suplementar.
A prestação do serviço público pode ser:
I. Centralizada-  é aquele prestado diretamente pelas entidades políticas da Administração Direta (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) por meio de seus órgãos e agentes.
II. Descentralizada - é aquele prestado por outra pessoa que não seja integrante da Administração Direta .o Poder Público transfere a titularidade ou sua execução, por ortoga ou delegação, as autarquias, fundações e empresas estatais, empresas privadas ou particulares. A descentralização pode ser territorial ou geográfica, ou institucional.
Outorga - o estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço. Só por lei pode ser retirado ou modificado. Presunção de definitividade.
Delegação - o Estado transfere por contrato (concessão) ou ato unilateral (permissão ou autorização) a execução do serviço. Normalmente, por prazo certo (ato administrativo).Concessão de serviço público
A definição de concessão de serviço público está prevista no Inciso II do art. 2o da Lei nº 8.987/95:
Art. 2o, II – concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado
III. Desconcentrado - a Administração executa centralizadamente, mas a distribui entre vários órgãos da mesma entidade, para facilitar sua realização e obtenção pelos usuários.
A execução do serviço público pode ser:
I. Direta - o encarregado de seu oferecimento ao público o realiza pessoalmente ou por seus órgãos, ou por seus prepostos (não por terceiros contratados).
II. Indireta - o responsável pela sua prestação contrata terceiros para executá-lo.
Concessão e Permissão de Serviços Públicos
  
É incumbência do Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Existe a necessidade de lei autorizativa 
A lei disporá sobre: 
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; 
II - os direitos dos usuários; 
III - políticatarifária; 
IV - a obrigação de manter serviço adequado. 
CONCESSÃO
Éa delegação contratual da execução do serviço, na forma autorizada e regulamentada pelo Executivo. O contrato de Concessão é ajuste deDireito Administrativo, bilateral, oneroso, comutativo e realizado intuito personae 
PERMISSÃO  
É tradicionalmente considerada pela doutrina como ato unilateral, discricionário, precário, intuito personae, podendo ser gratuito ou oneroso. O termo contrato, no que diz respeito à Permissão de serviço público, tem o sentido de instrumento de delegação, abrangendo, também, os atos administrativos. 
• Doutrina - Ato Administrativo 
• Lei - Contrato Administrativo (contrato de Adesão); 
Direitos dos Usuários - Participação do usuário na administração: 
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas à manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; 
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo; 
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública. 
Política Tarifária - Os serviços públicos são remunerados mediante tarifa. 
Licitação: 
• Concessão - Exige Licitação modalidade Concorrência 
• Permissão - Exige Licitação 
Contrato de Concessão:
• Contratar terceiros - Atividades acessórias ou complementares 
• Sub-concessão - Mediante autorização 
• Transferência de concessão e Controle societário - Só com anuência 
Encargos do Poder Concedente - Regulamentar o serviço; fiscalizar; poder de realizar a rescisão através de ato unilateral; 
Encargos da Concessionária - prestar serviço adequado; cumprir as cláusulas contratuais; 
Intervenção nosServiços Públicos - para assegurar a regular execução dos serviços, o Poder Concedente pode, através de Decreto, instaurar procedimentos administrativos para intervir nos serviços prestados pelas concessionárias. 
Extinção da Concessão:
• Advento do Termo Contratual - ao término do contrato, o serviço é extinto; 
• Encampação ou Resgate - é a retomada do serviço pelo Poder Concedente durante o prazo da concessão, por motivos de interesse público, mediante Lei Autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização. 
• Caducidade - corresponde à rescisão unilateral pela não execução ou descumprimento de cláusulas contratuais, ou quando por qualquer motivo o concessionário paralisar os serviços. 
• Rescisão - por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo Poder Concedente, mediante ação judicial. 
• Anulação - por ilegalidade na licitação ou no contrato administrativo; 
• Falência ou Extinção da Concessionária; 
• Falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual; 
Autorização - a Administração autoriza o exercício de atividade que, por sua utilidade pública, está sujeita ao poder de policia do Estado. É realizada por ato administrativo, discricionário e precário (ato negocial). É a transferência ao particular, de serviço público de fácil execução, sendo de regra sem remuneração ou remunerado através de tarifas. Ex.: Despachantes; a manutenção de canteiros e jardins em troca de placas de publicidade. 
BIBLIOGRAFIA :
DIREITO ADMINISTRATIVO - DI PIETRO, MARIA SYLVIA ZANELLA
DIREITO ADMINISTRATIVO BRASILEIRO – MEIRELLES, HELY LOPES

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