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Contracepção e Interrupção de prenhez em cadelas e gatas

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Os métodos contraceptivos em cadelas e gatas dividem-se em cirúrgicos e não cirúrgicos. O cirúrgico é a ovariohisterectomia e a ovariectomia, e dentre os não cirúrgicos, podemos citar o uso dos fármacos contraceptivos.
Ainda em casos quando houve a cópula e há possibilidade de uma gestação não desejada à interrupção da gestação pode ser feita utilizado fármacos, esses fármacos podem agir de forma a impedir a implantação do embrião no miométrio ou induzir um aborto.
 1 - CICLO ESTRAL DA CADELA E DA GATA
 A cadela é considerada uma espécie monoéstrica estacional, a apresentação cíclica ocorre entre 5 a 12 meses, o início da puberdade se inicia de 6 até 24 meses, conforme raça e seu ciclo reprodutivo apresenta 4 fases distintas:
- Pró-estro: tem duração média de 7 dias, nessa fase ocorre o crescimento folicular, há o aumento dos níveis séricos de estradiol, início do aumento da secreção de progesterona (isso só ocorre na espécie canina) pela luteinização precoce das células da teca. A cadela apresenta vulva aumentada e congesta, liberando descargas serosanguinolentas que atraem os machos, porém não aceita monta.
- Estro: dura de 5 a 9 dias, no dia 0 do estro ocorre o pico de LH e assim a liberação dos ovócitos, progesterona começa a aumentar gradativamente. Ocorre supressão da secreção serosanguinolenta, a vulva se apresenta macia e flácida, as cadelas aceitam monta.
- Metaestro e Diestro: o metaestro se caracteriza pela transição da fase estrogênica para a fase lútea e o diestro pela predominância de progesterona. Nessa fase a cadela rejeita o macho e a vulva regride de tamanho. Os perfis hormonais da cadela prenhe ou não prenhe são similares e a progesterona se mantém em níveis elevados (30 ng/mL em média) até 40 dias após o pico de LH. A luteólise nas cadelas prenhes ocorre devido a secreção de prostaglandina-F2-alfa produzida pelo útero, e nas não prenhes ocorre em função de uma suposta programação de apoptose em um determinado tempo ou por uma insuficiência de fatores luteotróficos. A queda da progesterona coincide com um aumento dos níveis de prolactina e da relaxina.
- Anestro: nessa fase a hipófise e os ovários se encontram em atividade, sendo observados níveis pulsáteis constantes de LH e FSH, a duração varia de 2 a 10 meses e a cadela não apresenta sinais de atração do macho. A prolactina tem função de inibição tônica sobre a liberação de LH nessa fase.
 A gata tem início de manifestação do ciclo estral e a puberdade diretamente relacionada ao fotoperíodo, sendo estimulada pelo aumento das horas luz/dia, que promove uma redução da secreção de melatonina, na glândula pineal, desencadeando um estímulo positivo para a liberação de GnRH no hipotálamo e liberação das gonadotrofinas hipofisárias. A estação do ano em que a gata nasce influencia na idade da puberdade e o tamanho do pelo, sendo que as de pelo mais curto têm puberdade mais precoce que as de pelo longo. A gata tem ciclo estral composto por:
- Pró-estro: dura de 1 a 2 dias, é onde ocorre crescimento folicular, há aumento nos níveis de estradiol, LH e progesterona se mantêm em valores basais, a gata não aceita monta mas manifestação atração ao macho.
- Estro: tem duração média de 7 dias e a gata passa a aceitar a monta, um fato importante é que quando o macho estimula a vagina da fêmea ocorre transmissão através de via nervosa aferente espinhal até o hipotálamo, onde há conversão de estímulo em sinal hormonal com a liberação de GnRH que, por sua vez promove a liberação de FSH e LH, o FSH contribui para o crescimento final do folículo e o LH para a ovulação e a luteinização, que ocorre em torno de 24 horas pós-ovulação. O acasalamento, na espécie felina, é considerado o dia 0 do ciclo estral.
- Metaestro: observa-se aumento dos níveis de progesterona que se inicia em torno de 24 a 50 horas após o pico ovulatório de LH. A luteólise nessa fase não é dependente de nenhum fator luteolítico e sim ocorre por programação do corpo lúteo quando não há liberação de fatores luteotróficos. Nas gatas prenhes, os níveis de progesterona se mantêm até em torno de 60 dias, ocorrendo uma redução discreta a partir dos 25 a 35 dias.
- Anestro: tem duração média de 90 dias, ocorrendo nos meses com dias de menos duração (outono e inverno). A fêmea não aceita e nem atrai o macho e os níveis dos hormônios se encontram em valores semelhantes aos basais.
- Interestro: tem duração média de 7 dias e se manifesta quando não ocorre cópula ou se o acasalamento ocorre antes da maturação do folículo ou ainda se não houve um pulso adequado de LH. Nesse período não se observa comportamento sexual, nem alterações anatômicas e fisiológicas. 
2 - CONTRACEPÇÃO E INTERRUPÇÃO CIRÚRGICA
O procedimento cirúrgico é o mais comumente realizado na prática veterinária e é feito como um método de contracepção para atuar no problema da superpopulação animal, bem como na prevenção das doenças relacionadas com o sistema reprodutor. Possui diversas indicações, entre elas, a redução do risco de doenças mamárias (neoplasia) e uterinas (piometra), prevenção de doenças ovarianas (tumores e cistos), doenças progesterona dependentes (pseudogestação, hipertrofia mamária felina), doenças estrogênio dependentes (hiperplasia/prolapso vaginal, estro persistente, aplasia medular) e doenças associadas à gestação (gestações indesejadas, complicações, aborto, distocia, prolapso uterino, subinvolução placentária); ainda é realizada para auxiliar a estabilizar doenças relacionadas ao sistema reprodutor tais como diabetes, epilepsia e sarna demodécica generalizada.
A Ovariohisterectomia (OSH) é a remoção cirúrgica dos ovários e do útero. É o meio mais eficiente utilizado na interrupção da gestação. A Ovariectomia (OVE) é a remoção cirúrgica dos ovários, sua principal indicação é a esterilização de fêmeas saudáveis, é uma técnica menos invasiva e com menor risco de complicações como hemorragia abdominal e vaginal, granuloma no coto, ligação do ureter e síndrome de ovário remanescente em comparação com a OSH. Mais de uma técnica pode ser utilizada nesse procedimento, a técnica convencional consiste na celiotomia ventral de linha média, no terço médio entre o umbigo e o púbis, a incisão permite melhor visualização e a remoção mais fácil do corpo uterino. A técnica de abordagem lateral na linha média ventral não é convencional em pequenos animais, porém em abrigos possui a vantagem de permitir ao veterinário a observação da ferida cirúrgica à distância, muito útil em monitoração pós-operatória de animais ariscos e reduz a evisceração dos órgãos abdominais no caso de deiscência da sutura, porém tem como desvantagem a limitada exposição do lado contra lateral. A técnica minimamente invasiva também tem incisão na linha média ventral, porém com incisão de 1 a 2 cm, onde se utiliza de um instrumento cirúrgico em forma de gancho para ‘pescar’ o ovário e realizar o procedimento, quando comparada a técnica convencional essa apresenta vantagens quanto ao menor risco de deiscência e hemorragia e, redução da dor e do risco de complicações da ferida pós-cirúrgica.
 3 - CONTROLE DO CICLO POR HORMÔNIOS ESTEROIDES
 Diferentes hormônios esteroides têm sido empregados para controlar o comportamento reprodutivo e a atividade do ciclo ovariano na cadela e na gata. Os hormônios esteroides são numerosos, mas o número e o tipo dos produtos disponíveis variam muito de país para país. Entre tais fármacos estão os esteroides naturais progesterona e testosterona e uma grande variedade de esteroides sintéticos, incluindo acetato de medroxiprogesterona, acetato de megestrol, acetato de delmadinona, melengestrol, proligestona, acetato de noretisterona e mibolerona. Os esteroides contraceptivos que são administrados por via oral possuem duração de ação curta. Aqueles cuja administração e feitas por via parenteral possuem duração de ação mais prolongada. Entretanto sabe - se que as progesteronas usadas em doses grandes e as formulações de ação prolongada promovem acromegalia, resistência a insulina, diabetesmelitos, desenvolvimento do complexo HEC-piometra, desenvolvimento mamário e tumores. Derivados de androgênios podem induzir masculinização da genitália externa. Obesidade e peso corporal aumentado também foram descritos com possíveis efeitos colaterais. Portanto o uso de contraceptivos esteroides e de importância limitada, e deve se dar atenção particular a via de administração a dose e duração do tratamento e ao estágio do ciclo na instituição do tratamento.
3.1 - * Alguns Hormônios Esteroides Comerciais:
- Acetato de medroxiprogesterona: Anticion® é indicado como inibidor do estro em cadelas e gatas. Dose: Cadela ou Gata: 1mL (50mg de acetato de medroxiprogesterona), independente do peso da fêmea. Em geral nas Cadelas: Aplicar Anticion® 4-5 meses após o cio ou 1-2 meses após o parto. Intervalo de 5/6 meses entre as aplicações. Em Gatas: Aplicar 2-4 semanas após o cio ou 15-20 dias após o parto. Para controle permanente do estro em gatas, aplicar a cada 4 meses, principalmente na época do verão. 
- Acetato de megestrol: PREVE-GEST permite retardar ou bloquear o cio de cadelas e gatas; diminuir ou suprimir a hemorragia vulvar, diminuir ou suprimir a atração dos machos, evitando a concepção. CADELAS - Bloqueio do cio: Iniciar o tratamento com o Preve-Gest no primeiro dia de cio (assim que observado corrimento vaginal sanguinolento). Administrar a dose de 1,5 mg/kg de peso durante os 3 primeiros dias de cio e em seguida metade da dose nos próximos 6 dias, totalizando um tratamento de 9 dias consecutivos. Retardo do cio:
Iniciar o tratamento a partir de 4 meses após o último cio do animal. Administrar 0,5 mg/kg de peso ao dia, durante 30 dias. A administração pode ser prolongada por um período máximo de 60 dias. GATAS - Bloqueio do cio: Iniciar o tratamento com o Preve-Gest no primeiro dia de cio (assim que os primeiros sinais de cio apareçam). Administrar 1 comprimido de PREVE-GEST (5 mg) ao dia, durante 8 dias. Retardo do cio: Começar a administração em período de repouso sexual. Administrar ½ comprimido de 5 mg a cada 2 dias, durante no máximo 10 semanas. 
- Proligestona: COVINAN®(Intervet) é uma suspensão aquosa injetável de proligestona para atraso e supressão do estro em cães e gatos, bem como a prevenção da pseudogestação em cadelas. Utilizado também para prevenção e tratamento da dermatite miliar felina ou eczema. Não disponível no Brasil.
 4 - CONTROLE DE CICLO POR MÉTODOS NÃO ESTEROIDES 
 4.1 - Dispositivos
 Foram testados dispositivos vaginais. As reações inflamatórias e a expulsão dos dispositivos resultam em taxas de fracasso inaceitáveis, até o momento não estão disponíveis dispositivos intrauterinos em razão da dificuldade de canulação da cérvix canina.
 4.2 - Vacinas 
 Vacinas antifertilidade foram estudadas em caninos e em outras espécies, porém os resultados foram inadequados e inconsistentes. A imunização contra proteínas dos hormônios de liberação de gonadotrofina (GnRH) do hormônio luteinizante (LH) do hormônio folículo estimulante (FSH) ou da zona pelúcida (ZP) ainda está em pesquisa e desenvolvimento. A imunização da ZP parece ser irreversível, as principais preocupações estão relacionadas ao processo de imunidade, aos adjuvantes de vacina, a duração da imunidade e a eficiência. Até hoje nenhum protocolo de imunização contraceptivo para canino foi submetido a ensaios clínicos em larga escala.
 4.3 - Tratamentos com agonistas ou antagonistas do hormônio de liberação de gonadotrofina
 Os antagonistas de GnRH se disponíveis, constituiriam meios excelentes de controle da reprodução em caninos. Por bloquearem continuamente os receptores do GnRH na hipófise tais antagonistas bloqueariam a síntese e a liberação do estímulo primário para a secreção de FSH. Os antagonistas do GnRH foram associados a efeitos colaterais como desgranulação de mastócitos e liberação de histamina. Os receptores de gonadotrofina são infra regulados e durante a administração constante de agonista de GnRH, a síntese e liberação de FSH e LH parecem ser inibidas.
 5 - MÉTODOS DE INTERRUPÇÃO DE PRENHEZ 
 Nas cadelas parece ser necessário um nível plasmático de progesterona de aproximadamente 2ng/ml para manter a prenhez. Nas gatas a exigência de progesterona durante a prenhez parece ser menor e bem menos caracterizada que nas cadelas. Acredita-se que o mínimo de 1ng/ml seja necessário para evitar abortamento nesta espécie.
O abortamento pode ser induzido por diversas maneiras: 
- Modificação de relação estrogênio progesterona, isto aparentemente pode ser feito por injeção de estrogênio ou de corticosteroide. O uso de corticosteroides para induzir abortamento é controverso. 
- Indução de parada lútea ou luteólise, isto pode ser alcançado diretamente com o emprego de prostaglandinas ou indiretamente com uso de inibidores de secreção de prolactina ou antagonista de GnRH para deprimir a secreção de LH. A utilização de tais fármacos está associada a diversos efeitos colaterais que não ameaçam a vida. 
- Inibidores da secreção de prolactina bloqueiam a secreção de prolactina e evita sua ação de manutenção de corpo lúteo, eles induzem abortamento indireto pela supressão da manutenção obrigatória do corpo lúteo. 
- Inibição direta de secreção de progesterona por meio do emprego de fármacos que inibem especificamente a esteroidogênese, eles ainda não estão disponíveis e muitas questões ainda precisam ser solucionadas a respeito de suas ações sobre os outros esteroides.
- Inibição de ação da progesterona pelo bloqueio de seus receptores usando-se antagonista da progesterona que se ligam aos receptores sem induzir efeitos sobre DNA. Demonstrou-se que a principal antiprogestina estudada extensivamente a mifepristona.
O abortamento pode ser induzido antes ou depois da implantação.
 5.1 - Indução de abortamento antes da implantação: não é mais recomendada porque os produtos disponíveis para este fim estão todos associados a efeitos adversos que podem ameaçar a vida. Pode ser feito de duas maneiras: o primeiro evita a implantação pela modificação da motilidade e da secreção oviduto-uterina, levando a morte do embrião, este tipo de tratamento baseia-se na administração de estrógenos, o segundo tratamento fundamenta-se na inibição secreção de progesterona por meio do emprego de prostaglandina. Na prática clínica o dietilestilbestrol (inibe a secreção hipofisária do hormônio luteinizante), o cipionato de estradiol (ECP – induz ovulação) ou o benzoato de estradiol (induz atresia do folículo dominante na presença de progesterona) e o mestranol (bloqueia FSH, evitando a ovulação) tem sido amplamente empregados para evitar prenhez indesejada. 
 5.2 - Indução de abortamento após implantação: 
Prostaglandinas: tem um mecanismo de ação indireta que causa vasoconstrição local, reduzindo o fluxo sanguíneo para o corpo lúteo e, consequentemente, resultando em degeneração celular. Outro mecanismo com ação direta é a ligação a receptores específicos, interferindo na esteroidogênese e reduzindo a produção de progesterona. Sabe-se também que as prostaglandinas exercem ação direta sobre o miométrio, induzindo contrações. As observações clínicas incluem salivação excessiva, vômito, diarreia, hiperpneia, ataxia, ansiedade e dilatação pupilar seguida de constrição. Análogos de prostaglandinas podem ser mais seguros na indução de abortamento, os efeitos indesejáveis descritos previamente não são tão drásticos, o cloprostenol na dose de 1ug/kg uma vez ao dia durante 5 dias é eficaz após 25 a 30 dias de prenhez para induzir parada funcional lútea que se caracteriza por queda na secreção de progesterona abaixo do limite de 2ng/ml. O Aglepristone é uma substância ativa esteróide com atividade antiprogestativa. Estudos in vitro indicam forte afinidade desta substância por receptores de progesterona e de glicocorticóides, o que explica seu efeito no organismo. Cadelas: 0,33 mL/kg/dia (10 mg de aglepristone/kg/dia) por via SC na face interna do membro posterior, aplicar a cada 24 horas, durantedois dias, totalizando duas aplicações. Gatas: 0,50 ml/Kg/dia (15 mg de aglepristone/ kg/dia) por via SC na região da escápula, a cada 24 horas, durante dois dias.
Agente agonista da dopamina: A prolactina é o principal hormônio luteotrópico em caninos. A inibição da síntese e da liberação de prolactina causa privação do suprimento necessário a continuação da função do corpo lúteo. Assim há parada da função luteínica, queda na secreção de progesterona e ocorrência de luteólise. Existem duas classes principais de inibidores da prolactina, os agonistas diretos da dopamina e os antagonistas indiretos da serotonina. A bromocriptina e a cabergolina pertencem à primeira classe elas são agonistas D2 da dopamina que inibem a secreção de prolactinas pela ação direta sobre os receptores D2 hipofisários. A metergolina pertence essencialmente à segunda classe, é um antagonista da serotonina que aumenta o tônus de inibição da dopamina no hipotálamo e indiretamente inibe a liberação de prolactina. A bromocriptina foi o primeiro inibidor para o qual se estabeleceu uma dose eficaz, sua utilização não foi extensiva em razão da alta incidência de êmese observadas após o emprego de doses que variam de 50 a 100ug/kg uma vez ou duas vezes ao dia. A bromocriptina administrada por via oral está longe de ser eficaz como indutora de abortamento. A cabergolina um agonista mais especifico da dopamina comercialmente disponível na Europa e nos Estados Unidos, é segura e eficaz, possui ação prolongada e está disponível como xarope facilmente administrados. Demonstrou-se que a cabergolina por via oral na dose de 5ug/kg dia por 5 dias induz abortamento em 100% de cadelas tratadas a partir do quadragésimo dia após a onda de LH. Por causa de sua atividade relativamente baixa de inibição da prolactina, de sua ação curta e da indução de efeitos adversos relacionados a suas atividades serotoninérgicas, a metergolina não é empregada para estimular abortamento em cadelas e gatas.
Combinação de prostaglandinas e agonistas da dopamina em doses baixas: Resultados encorajadores foram publicados a respeito do uso simultâneo de prostaglandinas e agonistas da dopamina em doses baixas. A combinação de cloprostenol 1ug/kg em duas injeções subcutâneas com intervalo de 4 dias e cabergolina administrada por via oral na dose de 5ug/kg ao dia por 7 dias, induz abortamento em 100% das cadelas tratadas a partir do 25º dia após a onda de LH. Não foram registrados efeitos adversos. 
Tratamento com corticosteroides: Administração de glicocorticoides induz abortamento em caninos quando doses de 5mg/kg são administradas por via IM a cada 12hs por 10 dias, iniciando-se no 30º ou no 40º dia de gestação, a dexametasona por via oral é capaz de interromper a prenhez, a partir do 30 º dia de prenhez na dose de 0,2mg/kg duas ou três vezes ao dia seguidos por outro 3 a 5 dias. O Meticorten (corticóide oral) 1mg/Kg VO 1 vez ao dia por 7 dias. Foi observado em todos os animais abortamento dentro de poucos dias do final do tratamento.
 6 - CONCLUSÃO 
 Sabe-se que há diversas formas de se evitar uma ninhada indesejada. Deve-se sempre levar em conta os riscos de cada um e a sua real necessidade. Pensamos que os animais que os proprietários não têm a vontade de usa-los para procriação, devem passar por contracepção cirúrgica para evitar-se assim aumento populacional, incômodos com comportamentos sexuais e doenças. Os animais que cruzam acidentalmente e que não se deseja a ninhada, porém posteriormente há desejo que o animal procrie, pode utilizar de fármacos para contracepção e/ou interrupção desde que esteja ciente dos riscos e assuma os mesmos.
7 - REFERÊNCIAS:
- ETTINGER, Stephen Joel; FELDMAN, Edward C. Tratado de medicina interna veterinária: doenças do cão e do gato. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan, c2004. 2 v.
- ALLEN, W. Edward. Fertilidade e obstetrícia no cão. São Paulo (SP): Livraria Varela, 1995. 
- SANTOS, L.C. Hormonioterapia em pequenos animais. Rio Grande do Sul: 2004. Disponível em: http://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/hormonioterapia_peq.pdf
- FONINI, A.L. Métodos de esterilização em cadelas e gatas. Porto Alegre: 2010. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/39011/000792123.pdf?sequence=1
 - http://file.biovet.com.br/Bula/PreveGest/bula_prevegest.pdf
- http://www.olharanimal.org/adocao/olhar-veterinario/4764-contracepcao-em-cadelas
- http://www.pfizer.com.br/sites/g/files/g10016821/f/productattachments/DepoProvera150mgPS.pdf
- http://www.racavirtual.com.br/anticion-1ml-anticoncepcional-com-agulha-e-seringa-inibidor-do-estro-cio-em-gatas-e-cadelas-ucb-pr-135-375048.htm
- http://www.virbac.com.br/produtos/detalhes/15/caes/36/alizin

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