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Politicas Sociais em Saúde, Educação e Habitação - Slides de Aula Unidade III

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Unidade III
POLÍTICA SOCIAL EM SAÚDE, EDUCAÇÃO E HABITAÇÃO
Profa. Amarilis Tudella
IntroduçãoIntrodução
 Nesta Unidade, vamos falar das questões históricas e 
contemporâneas da habitação e da educação e o papel do 
assistente social junto às políticas sociais de atendimento aassistente social junto às políticas sociais de atendimento a 
essas questões sociais.
Habitação significa: lugar em que se 
habita, morada, residência
 A função da habitação, no seu sentido geral, é a do abrigo. 
Desde os primórdios da civilização, o homem teve 
necessidade de se abrigar com a finalidade de se protegernecessidade de se abrigar com a finalidade de se proteger. 
 Os povos primitivos utilizavam como abrigo espaços 
naturais, tais como as cavernas e as árvores.naturais, tais como as cavernas e as árvores.
Segundo Larcher, a habitação tem 3 funções: 
social, ambiental e econômica
 Como função social, ter de abrigar a família é um dos fatores 
do seu desenvolvimento. Segundo Hábito (1995), a habitação 
passa a ser o espaço ocupado antes e após as jornadas depassa a ser o espaço ocupado antes e após as jornadas de 
trabalho, acomodando as tarefas primárias de alimentação, 
descanso, atividades fisiológicas e convívio social.
 Assim, entende-se que a habitação deve atender os 
princípios básicos de agitabilidade, segurança e 
l b id d (LARCHER 2005 6)salubridade (LARCHER, 2005, p. 6).
A função ambientalA função ambiental
 A inserção no ambiente urbano é fundamental para que 
estejam assegurados os princípios básicos de infraestrutura, 
saúde educação transporte trabalho lazer etc ; além desaúde, educação, transporte, trabalho, lazer etc.; além de 
determinar o impacto dessas estruturas sobre os recursos 
naturais disponíveis. Além de ser o cenário das tarefas 
domésticas, a habitação e o espaço no qual muitas vezes 
ocorrem, em determinadas situações, atividades de trabalho, 
como pequenos negócios (ABIKO 1995) Nesse sentidocomo pequenos negócios (ABIKO, 1995). Nesse sentido, 
moradia e trabalho da população estão estreitamente 
vinculados ao processo de desenvolvimento 
(LARCHER 2005 6)(LARCHER, 2005, p. 6).
Função econômicaFunção econômica
 A função econômica da moradia é inquestionável: sua 
produção oferece novas oportunidades de geração de 
emprego e renda mobiliza vários setores da economiaemprego e renda, mobiliza vários setores da economia
local e influencia os mercados imobiliários e de bens 
e serviços (LARCHER, 2005, p. 7).
TerritórioTerritório
 O território não é apenas o resultado da superposição 
de um conjunto de sistemas atuais, é um conjunto de 
sistemas de coisas criadas pelo homemsistemas de coisas criadas pelo homem.
 O território é o chão e mais a população, isto é, uma 
identidade, o fato e o sentimento de pertencer aquiloidentidade, o fato e o sentimento de pertencer aquilo 
que nos pertence. O território é a base do trabalho, da 
residência, das trocas materiais e espirituais e da vida 
b i l i fl i (SANTOS 1994 174)sobre os quais ele influi (SANTOS, 1994, p. 174).
Valor da terraValor da terra
 Desde que os seres humanos passaram a se agrupar para 
se proteger ou satisfazer suas necessidades, o território 
passou a ser disputado o que ocorria pela atribuição depassou a ser disputado, o que ocorria pela atribuição de 
valor monetário, de poder, sentimental ou de sobrevivência.
 Na sociedade contemporânea, a propriedade privada da terraNa sociedade contemporânea, a propriedade privada da terra 
passou a ser exercida como uma forma de dominação (poder) 
de um indivíduo sobre o outro, havendo pessoas com 
t t i d dterras e outras sem propriedades.
Rural e urbanoRural e urbano
 Zona rural são as áreas que possuem a economia baseada 
em atividades agropecuárias e da agricultura.
 Zona urbana são áreas que possuem uma economia baseada 
no comércio ou na produção de bens e serviços. Uma de 
suas características é a existência de um complexo industrial.suas características é a existência de um complexo industrial. 
Essas áreas possuem um alto índice de ocupação 
demográfica, que podemos denominar como um aglomerado 
d di d tilhde moradias onde pessoas compartilham um pequeno 
território.
Séculos XIX e XXSéculos XIX e XX
 Os problemas habitacionais existentes atualmente no Brasil 
são frutos de um processo de urbanização desordenado 
ocorrido durante o final do século XIX e todo o século XX Aocorrido durante o final do século XIX e todo o século XX. A 
história brasileira mostra um atraso na concepção e na 
formação dos grandes centros urbanos, desconsiderando o 
planejamento da habitação e sua infraestrutura como parte 
primordial para qualidade de vida tanto urbana como rural e 
para a classe alta média e baixa da populaçãopara a classe alta, média e baixa da população.
Valor da terra: desigualdade socialValor da terra: desigualdade social
 Precisamos compreender que a valorização da terra, seja ela 
rural ou urbana, desenvolve a segregação e a desigualdade 
social A partir do momento em que um determinado territóriosocial. A partir do momento em que um determinado território 
adquire um valor monetário elevado, estando fora das 
possibilidades de aquisição de grande parte da população, 
esta acaba sendo obrigada a buscar locais menos valorizados 
para habitar, gerando desigualdade social.
Abolição dos escravosAbolição dos escravos
 Após a Abolição, em 1889, os escravos que residiam nas 
propriedades tornaram-se pessoas livres, sendo que muitos 
senhores não quiseram dar trabalho assalariado a elessenhores não quiseram dar trabalho assalariado a eles
e preferiram utilizar a mão-de-obra dos imigrantes que 
chegavam em grande número ao Brasil, não restando 
outra opção para grande parte dos negros senão 
migrar para as grandes cidades.
São Paulo e Rio de JaneiroSão Paulo e Rio de Janeiro
 Nesse momento histórico, o Brasil vivia um enorme 
crescimento populacional e urbano, com destaque para 
São Paulo e Rio de Janeiro que recebiam os imigrantesSão Paulo e Rio de Janeiro, que recebiam os imigrantes. 
Com isso, os proprietários de habitação passaram a ter uma 
grande valorização imobiliária com rentabilidade garantida.
 A iniciativa privada absorveu esse mercado, visando à locação 
dos imóveis, para ofertar e dar conta da procura.
Cortiços e aluguéisCortiços e aluguéis
 A produção de casas e cortiços, juntamente com o ganho 
certo dos aluguéis, superou de forma quantitativa o déficit 
da habitação existente no início da República com exceçãoda habitação existente no início da República, com exceção 
dos períodos críticos da Primeira Guerra Mundial e da 
Revolução de 1924. Esse relativo equilíbrio entre 
oferta e procura de habitação era proporcional.
Habitação insalubreHabitação insalubre
“[...] produção ou adaptação para moradia popular de 
pequenas células insalubres, de área reduzida e precárias 
condições habitacionais genericamente denominadas ‘cortiços’condições habitacionais, genericamente denominadas ‘cortiços’, 
consideradas o inimigo número 1 da saúde pública. A questão 
dos valores dos aluguéis esteve, no período, quase sempre 
entregue à livre negociação entre o locador e o inquilino, não 
intervindo o Estado na sua regulamentação, como era a regra da 
ação estatal no que se referia aos diversos aspectos daação estatal no que se referia aos diversos aspectos da 
reprodução da força do trabalho.”
(BONDUKI, 1994, p. 713)
InteratividadeInteratividade
A valorização da terra, seja ela rural ou urbana, desenvolve a 
segregação e a desigualdade social. A partir do momento em que:
I Um determinado território adquire um valor monetário elevadoI. Um determinado território adquire um valor monetário elevado, 
estando fora das possibilidades de aquisição de grande parte dapopulação.
II A população pobre é obrigada a buscar locais menos valorizadosII. A população pobre é obrigada a buscar locais menos valorizados 
para habitar.
III. A população pobre não se acostuma com a áreas urbanas dos 
grandes centros devido sua cultura rural.
Escolha a alternativa correta:
a) I)
b) II
c) I e II
d) IIId) III
e) I e III
Lei do InquilinatoLei do Inquilinato
 No período entre 1921 e 1927, a Lei do Inquilinato congelou 
os aluguéis para responder a crise de moradia e elevação 
exagerada dos valores locativos causados pelo períodoexagerada dos valores locativos causados pelo período 
de guerra e reforçados pela queda na construção civil.
DescentralizaçãoDescentralização
 O Estado não intervir na produção de moradias e no 
controle dos aluguéis, as organizações populares também 
não parecem reconhecer no Estado o interlocutor capaznão parecem reconhecer no Estado o interlocutor capaz 
de dar andamento a suas reivindicações em torno da questão 
do Estado no período liberal, sem interferir no âmbito da 
reprodução da força de trabalho contribuía no sentido de levar 
os movimentos populares a negarem o poder público como 
uma instância a qual deveriam ser dirigidas reivindicaçõesuma instância a qual deveriam ser dirigidas reivindicações. 
Em suma, o Estado não assumia a responsabilidade de prover 
moradias nem a sociedade lhe atribuía esta função (BONDUKI, 
1994 714)1994, p. 714).
Primeiras intervenções estataisPrimeiras intervenções estatais
 O primeiro foi o grupo de 120 casas localizado na 
Avenida Salvador de Sua, no Rio de Janeiro, em 1906. Essa 
construção foi financiada pelo município do Rio de Janeiroconstrução foi financiada pelo município do Rio de Janeiro, 
lembrando que, naquela época, a cidade era a capital do 
Brasil. O segundo grupo de moradias foi construído em 
Recife, em 1926: 40 casas construídas pela Fundação A Casa 
Operária, órgão do governo do estado de Pernambuco. 
Essa fundação foi criada em 1924 com a finalidade deEssa fundação foi criada em 1924 com a finalidade de 
construir pequenas casas destinadas a pessoas pobres 
mediante pagamento de aluguel reduzido. Cabe destacar 
i i i d P bo pioneirismo de Pernambuco.
Vilas operáriasVilas operárias
 Privada a construir casas e vilas para seus operários, 
eximindo-se da sua responsabilidade com a população e, 
principalmente não investindo diretamente dinheiro públicoprincipalmente, não investindo diretamente dinheiro público 
na habitação. Entretanto, parte dos problemas habitacionais 
estaria resolvida com as vilas operárias. Essa estratégia 
estava sustentada pela lógica de “menos gastos, mais lucro” 
para as empresas – isso sob a lógica do liberalismo, 
de não intervenção do Estado o que manteria ode não intervenção do Estado, o que manteria o 
controle absoluto sobre o trabalhador.
Êxodo ruralÊxodo rural 
 Com o aumento dos investimentos na industria, o seu entorno 
passa por profundas transformações de cidades rurais e 
pequenas para grandes centros urbanos A quantidade depequenas para grandes centros urbanos. A quantidade de 
trabalhadores que trocava as áreas rurais pelo emprego 
garantido e o salário mensal começava a inchar as cidades, 
e logo a questão da habitação ganha visibilidade, com 
a pressão das massas para melhores condições 
de habitualidade ede habitualidade e
Getúlio VargasGetúlio Vargas
 Getúlio Vargas, com o slogan “pai dos pobres”, tinha o 
apoio de grande maioria da população que clamava por 
um Estado mais presente nas questões sociaisum Estado mais presente nas questões sociais.
 Getúlio precisava responder às massas populares, 
garantindo trabalho e renda. Para isso, foi necessário tornargarantindo trabalho e renda. Para isso, foi necessário tornar 
o mercado brasileiro atrativo para investimento industrial 
internacional e, ao mesmo tempo, aumentar a arrecadação
d E t d ti l i tiddo Estado e garantir o lucro para os investidores.
Getúlio VargasGetúlio Vargas
 Como o Estado precisava das massas urbanas e, ao mesmo 
tempo, dos empresários e de seu investimento, o governo 
de Vargas anunciou um programa de produção de moradiasde Vargas anunciou um programa de produção de moradias 
e de uma política de proteção ao inquilinato, para se mostrar 
preocupado com a população e com a qualidade de vida dos 
trabalhadores, ganhando a confiança do povo. Entretanto, 
não houve efetivamente uma política habitacional no governo 
de Vargas apenas ensaios para a implantação de uma açãode Vargas, apenas ensaios para a implantação de uma ação 
intervenção do Estado. 
Gasto com moradiaGasto com moradia
 De acordo com Bonduki (1994), diversas pesquisas realizadas 
entre 1930 e 1940 apontavam que cerca de 20% dos 
orçamentos familiares eram gastos com o aluguelorçamentos familiares eram gastos com o aluguel.
 Hoje, no Brasil, a média, segundo a revista IstoÉ de março 
de 2012, 35% é gasto em habitação.de 2012, 35% é gasto em habitação.
Melhoria das cidadesMelhoria das cidades
 Paralelamente às questões da urbanização, a industrialização 
nas cidades agravava-se muito, principalmente para a 
população trabalhadora que estava desprovida de recursospopulação trabalhadora, que estava desprovida de recursos 
financeiros e a mercê dos aluguéis. A preocupação com 
a estética das cidades e em tornás-las parecidas com as 
cidades europeias consumia recursos públicos e privados 
e eliminava a população do centro para os subúrbios e 
encostas dos morros Essa remodelação deu início àsencostas dos morros. Essa remodelação deu início às 
favelas, sendo que o Rio de Janeiro foi a primeira cidade 
a formá-las.
InteratividadeInteratividade
Vilas operárias são:
a) Casas de aluguel.
b) Casas suburbanas.
c) Casas nas favelas.
d) Casas dentro das fábricas ou em seu arredor para os seus 
trabalhadores.
e) As alternativas “b” e “c” estão corretas.
O período getulista, a partir do ano 1930, modificou 
profundamente a estrutura das cidades brasileiras
 Deu início a uma grande industrialização baseada no 
modelo de substituição de importações, principalmente 
porque como já vimos a industrialização vem acompanhadaporque, como já vimos, a industrialização vem acompanhada 
da urbanização. Nesta época, tem-se um crescimento da 
população urbana de 11,3%, em 1920, para 31,2%, em 1946. 
A partir de então, o Brasil viveria o seu grande surto de 
crescimento urbano e de industrialização 
(BOTEGA 2007 p 67)(BOTEGA, 2007, p. 67).
Lei do inquilinato de 1942Lei do inquilinato de 1942
 Tal ação impactou a relação inquilino-proprietário, pois 
desmotivou os proprietários a investirem em construções 
novas pelo fato de o aluguel não ser mais rentável enquantonovas, pelo fato de o aluguel não ser mais rentável, enquanto 
os recursos que iriam ser investidos na habitação foram 
alocados na indústria e no comércio. Para a população 
de baixa renda, essa intervenção do Estado possibilitou 
um aumento na qualidade de vida e a possibilidade de 
construir ou adquirir a casa própria devido ao fato deconstruir ou adquirir a casa própria, devido ao fato de 
os proprietários estarem vendendo seus imóveis
para poderem acumular capital.
Eurico Gaspar DutraEurico Gaspar Dutra
 O Governo do general Eurico Gaspar Dutra, iniciado em 
1946, implantou a Fundação da Casa Popular, que deveria 
ser articuladora com os recursos financeiros advindosser articuladora com os recursos financeiros advindos 
dos IASP para créditos imobiliários para os trabalhadores. 
Entretanto, a desarticulação dos gestores por interesses 
políticos não possibilitou grandes avanços.
Eurico Gaspar DutraEurico Gaspar Dutra
 Esse mecanismo do Estado em centralizar as ações da 
política habitacional em um órgão, cuja proposta era ofertar 
crédito imobiliário paraque a população adquirisse sua casacrédito imobiliário para que a população adquirisse sua casa, 
foi o início da política de habitação social no Brasil.
19461946
 As iniciativas das carteiras prediais dos IASP, seguidas pela 
instituição da Fundação da Casa Popular, em 1946, foram um 
marco relevante para o início da habitação social ainda quemarco relevante para o início da habitação social, ainda que 
a produção e a gestão da Fundação Casa Popular não
tenham cumprido o seu papel.
 Tirando assim a exclusividade do investimento privado, o qual 
visava à construção de moradias para fins locatórios.
Estado intervirEstado intervir 
 Os financiamentos dos IASP, que foram cerca de 
140.000 casas. 
 Essa ação, mesmo que insignificante diante da grandiosidade 
do Brasil, marcou a entrada e a intervenção do Estado na 
questão da habitação. A partir do momento em que a açãoquestão da habitação. A partir do momento em que a ação 
estatal se tornou realidade, principalmente com o 
agravamento da crise de moradia em 1940, os movimentos 
i i i d úblisociais começaram a pressionar o poder público para o 
cumprimento do seu papel.
Famílias despejadas do aluguel socialFamílias despejadas do aluguel social
 Os seus salários não eram suficientes para o pagamento
de um novo aluguel, não sendo possível encontrar casas 
para locaçãopara locação.
 O crescimento das indústrias e, consequentemente, de seu 
entorno necessitava de mão de obra, o que gerou um forteentorno necessitava de mão de obra, o que gerou um forte 
incentivo público e privado de migração da população rural 
para os centros urbanos. Entretanto, a população que 
h t b ã ti h di h ichegava aos centros urbanos não tinha emprego, dinheiro 
para pagamento de aluguéis e nem casas para serem locadas.
Invasão de áreas públicasInvasão de áreas públicas
 Os trabalhadores que tinham suas casas financiadas sofriam 
com a inflação e a diminuição do salário, inviabilizando o 
cumprimento do pagamento da prestaçãocumprimento do pagamento da prestação.
 Esses impactos acabaram empurrando a população para 
áreas públicas desocupadas e afastadas dos centros urbanos.áreas públicas desocupadas e afastadas dos centros urbanos.
O Decreto-lei n° 58 de 1938O Decreto-lei n 58, de 1938
 Regulamentou a aquisição de terrenos em prestação, dando 
garantias ao comprador do lote. Esse decreto aumentou a 
especulação imobiliária subindo os valores dos terrenos nasespeculação imobiliária, subindo os valores dos terrenos nas 
áreas urbanas ao mesmo tempo em que tirava a população 
do centro e as colocava em terrenos afastados e sem valor 
comercial. Esse sistema visava a estimular o trabalhador 
a construir sua casa, atrelando a venda do lote ao material 
de construçãode construção.
Pós-golpe militarPós-golpe militar
 Em 1964, após o Golpe Militar que derrubou o governo 
João Goulart, o modelo de política habitacional implementou 
um conjunto de estratégias e “características que deixaramum conjunto de estratégias e “características que deixaram 
marcas importantes na estrutura institucional e na concepção 
dominante de política habitacional nos anos que se seguiram” 
(BRASIL, 2004, p. 9).
 Cria o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), composto pela 
t ã d ífi F d d G ti dcaptação de recursos específicos: o Fundo de Garantia de 
Tempo de Serviço (FGTS), arrecadação compulsória.
BNHBNH
 O BNH tornou-se uma das principais instituições financeiras 
do país e a maior instituição mundial voltada especificamente 
para o problema da habitaçãopara o problema da habitação. 
 Para termos uma noção, em 1969, o BNH era o segundo maior 
banco em termos de recursos disponíveis, ficando atrásbanco em termos de recursos disponíveis, ficando atrás 
somente do Banco do Brasil.
 Sua gestão e sua lógica de organização não foram suficientes 
para superar o déficit habitacional.
Crise BNH: extinção em 1980Crise BNH: extinção em 1980
 No final de 1967, a construção civil foi substituída pela 
produção de bens duráveis e pela indústria automobilística. 
Esse fato afetou diretamente o BNH levando a uma novaEsse fato afetou diretamente o BNH, levando a uma nova 
estratégia de investimentos somente para as camadas sociais 
com maior poder aquisitivo e deixando as construções de 
habitações populares. Com isso, a inadimplência aumentou
e o poder de renegociação ficou mais difícil, além de terem 
ocorrido denúncias de corrupção e desvio de dinheiro aoocorrido denúncias de corrupção e desvio de dinheiro ao 
longo da existência do BNH.
MutirõesMutirões
 Alguns programas alternativos do SFH tentaram resistir, 
como o Programa Nacional de Mutirões Comunitários, voltado 
a famílias com renda inferior a três salários mínimos e quea famílias com renda inferior a três salários mínimos e que 
propunha financiar cerca de 550 mil unidades habitacionais, 
mas a ausência de uma política clara para o programa acabou 
levando-o ao fracasso, concluindo o cumprimento de menos 
de um terço do previsto.
InteratividadeInteratividade
Em 1964, após o Golpe Militar que derrubou o governo João 
Goulart, o modelo de política habitacional tem uma nova 
característica e cria:característica e cria:
a) Mutirões
b) Casas de aluguelb) Casas de aluguel.
c) BNH.
d) Casas popularesd) Casas populares.
e) Favelas.
Constituição de 1988Constituição de 1988
 Com o advento da Constituição Federal de 1988 e a reforma 
do Estado, o processo de descentralização redefiniu as 
atribuições e as competências da política de habitaçãoatribuições e as competências da política de habitação, 
passando a ser de responsabilidade dos Estados e dos 
Municípios a gestão dos programas sociais, seja por iniciativa 
própria, seja por adesão a algum programa proposto por outro 
nível de governo.
Presidente CollorPresidente Collor
 Com a entrada do presidente Collor e o aprofundamento do 
neoliberalismo, existiam “cerca de 60 milhões de cidadãos 
de rua em uma realidade na qual 55 2% das famílias quede rua, em uma realidade na qual 55,2% das famílias que 
se encontravam em déficit habitacional e recebiam até dois 
salários mínimos” (BOTEGA, 2007, p. 71). Esse déficit estava 
sob a responsabilidade das iniciativas de Estados e 
Municípios.
El d t fi i t b d Elevaram o grau de autofinanciamento, baseados em 
modelos alternativos e locais, como os programas de 
urbanização, regularização de favelas e de loteamentos ç g ç
periféricos.
Responsabilidade do EstadoResponsabilidade do Estado
 Isso reafirma a necessidade de ações descentralizadas e 
participativas e também a primazia de responsabilidade do 
Estado na condução da política Isto posto é permitido que aEstado na condução da política. Isto posto, é permitido que a 
sociedade civil execute e desenvolva ações em assistência 
social; no entanto, o ente que possui maior responsabilidade 
em executar essas ações é o poder público representado em 
Estados, Municípios e Distrito Federal e no Governo Federal.
A Caixa Econômica Nacional de política 
habitacional: 1995
 A Caixa Econômica passa a desenhar linhas e modelos de 
financiamentos nacionais, com o intuito de dar o primeiro 
passo para a retomada de uma estratégia nacional de políticapasso para a retomada de uma estratégia nacional de política 
habitacional.
 A carta de crédito associativa, que se tornou uma espécie deA carta de crédito associativa, que se tornou uma espécie de 
válvula de escape para o setor privado, captava recursos do 
FGTS para a produção de moradias prontas.
Estatuto da CidadeEstatuto da Cidade
 Avançando na linha do tempo, em 2001 foi assinado o 
Estatuto da Cidade e, em 2003, deu-se a criação do Ministério 
das Cidades A história da política de habitação pode serdas Cidades. A história da política de habitaçãopode ser 
analisada como uma reprodução das relações capitalistas 
e da criação de mecanismos de exclusão e abandono como 
forma de valorizar o capital imobiliário e favorecer a produção.
Ministério das Cidades: 2003Ministério das Cidades: 2003
 A aprovação da Política Nacional de Habitação (PNH), em 
2004. A PNH visa a promover as condições de acesso à 
moradia digna a todos os segmentos da populaçãomoradia digna a todos os segmentos da população, 
especialmente o de baixa renda, contribuindo, assim, para a 
inclusão social.
Os princípios da política são:
 Direito à moradia, como um direito humano, individual e 
coletivo, previsto na Declaração Universal dos Direitos 
Humanos.
ContinuandoContinuando
 Moradia digna como direito e meio de inclusão social, 
garantindo padrão mínimo de agitabilidade, infraestrutura, 
saneamento ambiental mobilidade transporte coletivosaneamento ambiental, mobilidade, transporte coletivo, 
equipamentos, serviços urbanos e sociais.
 Função social da propriedade com melhor distribuição e maiorFunção social da propriedade com melhor distribuição e maior 
controle do uso do solo; questão habitacional como uma 
política de Estado; gestão democrática com participação dos 
dif t t d i d d ti l ã d õ ddiferentes segmentos da sociedade; articulação das ações de 
habitação com as demais políticas sociais e ambientais 
(BRASIL, 2004).( )
PNHPNH
 O subsídio a PNH visa à promoção do atendimento da 
população de baixa renda, aproximando-o ao perfil do 
déficit qualitativo e quantitativo e com prioridade para adéficit qualitativo e quantitativo e com prioridade para a 
população com renda de até três salários-mínimos, apoiando 
os órgãos públicos nas intervenções para a infraestrutura 
urbana, saneamento, mobilidade e transporte adequado para 
a população.
Urbanização de assentamentosUrbanização de assentamentos
 A política preconiza também a urbanização dos 
assentamentos precários e a produção da habitação, 
garantindo a função social da propriedade e respeitandogarantindo a função social da propriedade e respeitando 
o direito da população de permanecer nas áreas ocupadas 
por assentamentos em más condições ou nas áreas próximas 
que estejam adequadas ambiental e socialmente. 
FNHFNH
 Com a aprovação da PNH, legitimou-se a criação do 
Sistema e Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social 
(SNHIS/FNHIS) e em 2007 do Programa de Aceleração de(SNHIS/FNHIS) e, em 2007, do Programa de Aceleração de 
Crescimento (PAC 1), tendo como objetivo destinar R$ 235,5 
bilhões para construção de um milhão de moradias para a 
população de baixa renda e para a urbanização de favelas.
Minha Casa Minha VidaMinha Casa Minha Vida
 Art. 1º O Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV tem 
por finalidade criar mecanismos de incentivo à produção e 
aquisição de novas unidades habitacionais ou requalificaçãoaquisição de novas unidades habitacionais ou requalificação 
de imóveis urbanos e produção ou reforma de habitações 
rurais, para famílias com renda mensal de até R$ 4.650,00 
(quatro mil, seiscentos e cinquenta reais) e compreende 
os seguintes subprogramas
I P N i l d H bit ã U b PNHU III. o Programa Nacional de Habitação Urbana – PNHU; e II – o 
Programa Nacional de Habitação Rural – PNHR.
Serviço SocialServiço Social
 Os assistentes sociais utilizam-se de meios teóricos para 
contribuição no planejamento da política de habitação e na 
elaboração de diagnósticos pesquisas e projetos deelaboração de diagnósticos, pesquisas e projetos de 
intervenções, compondo a equipe multiprofissional na 
instituição e também entidades parceiras, realizando 
trabalhos com as comunidades para o desenvolvimento 
socioeducativo, inclusão social e articulação com a rede 
socioassistencial e com os órgãos públicos (BRAGA 2010)socioassistencial e com os órgãos públicos (BRAGA, 2010).
Assistente socialAssistente social
 Articular os recursos existentes ao entorno para receber 
esses novos moradores. Quanto aos recursos não existentes, 
cabe ao profissional propor e defender a construção decabe ao profissional propor e defender a construção de 
equipamentos públicos para atendimento à população, 
como centros de saúde, centros de referência de assistência 
social, escolas, meios de transporte e lazer, promovendo 
a participação da comunidade nesse processo e na defesa 
dos seus direitos por meio dos conselhos municipaisdos seus direitos, por meio dos conselhos municipais, 
organizações e associações de moradores.
História da educaçãoHistória da educação
 A origem das instituições educativas remonta ao momento 
de ruptura do modo de produção comunal (o comunismo 
primitivo) que determinou o advento das sociedadesprimitivo) que determinou o advento das sociedades 
de classes. Localiza-se aí, nessa época remotíssima, o 
surgimento da escola, cuja data de referência e o ano de 
3.238 a.C. no âmbito das civilizações suméria e egípcia 
(GENOVESI, 1999, p. 38 apud SAVIANI, 2008).
HistóriaHistória
 Diferentemente da educação ateniense e espartana, assim 
como da romana, em que o Estado desempenhava papel 
importante na organização da educação; na Idade Média asimportante na organização da educação; na Idade Média, as 
escolas trouxeram fortemente a marca da Igreja Católica. O 
modo de produção capitalista provocou decisivas mudanças 
na própria educação confessional e colocou em posição 
central o protagonismo do Estado, da escola pública, 
universal gratuita leiga e obrigatória (SAVIANI 2008)universal, gratuita, leiga e obrigatória (SAVIANI, 2008).
Educação no BrasilEducação no Brasil
 A educação no Brasil foi introduzida com a chegada dos 
jesuítas, em 1549, com métodos pedagógicos, além da moral, 
da religiosidade e dos costumes Esses métodosda religiosidade e dos costumes. Esses métodos 
funcionaram por 200 anos, até a expulsão dos jesuítas. 
 O período entre 1759 e 1827 foi marcado pelas aulas régias,O período entre 1759 e 1827 foi marcado pelas aulas régias, 
instituídas pela reforma pombalina como uma primeira 
tentativa de se instaurar uma escola pública estatal 
i i d id i il i i t d t té i dinspirada nas ideias iluministas, segundo a estratégia do 
despotismo esclarecido (SAVIANI, 2008).
Constituição de 1934Constituição de 1934
 A Constituição de 1934 contemplou algumas propostas do 
manifesto, estabelecendo a educação como um direito 
de todos a obrigatoriedade da escola primária integral ede todos, a obrigatoriedade da escola primária integral e 
extensiva aos adultos, a gratuidade do ensino na escola 
pública e a assistência dos alunos necessitados, além de 
estabelecer a família e o Estado como responsáveis pela 
educação. O documento também trouxe, pela primeira vez, 
a determinação de existir uma Lei de Diretrizes e Basesa determinação de existir uma Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional.
Em 1990, o Brasil participou da Conferência Mundial 
de Educação para Todos
 Os nove países com a maior taxa de analfabetismo do mundo 
(Bangladesh, Brasil, China, Egito, Índia, Indonésia, México, 
Nigéria e Paquistão) tiveram que assumir intervenções com aNigéria e Paquistão) tiveram que assumir intervenções com a 
intenção de suprir as necessidades básicas de aprendizagem, 
da universalização do acesso à educação e da promoção da 
qualidade, destacando as competências e as 
responsabilidades das instâncias do governo.
LDBLDB
 Após um longo debate e manobras políticas sobre a 
educação, foi aprovada em 1996 a LDB. Podemos considerá-la 
um marco nas mudanças que começaram a ser gestadasum marco nas mudanças que começaram a ser gestadas 
no campo educacional, tendo como um dos seus objetivos 
a colaboração nas atividades profissionais e acadêmicas dos 
educadores, estudantes e demais trabalhadoresda educação. 
A LDB tem como missão fornecer meios e instrumentos que 
facilitem o seu navegador pelos canais nem sempre visíveisfacilitem o seu navegador pelos canais nem sempre visíveis 
na legislação educacional brasileira.
DescentralizaçãoDescentralização
 A organização dos sistemas de educação nacional está sobre 
a responsabilidade da União, Estados, Distrito Federal e 
municípios cabendo a cada qual sua parcela demunicípios, cabendo a cada qual sua parcela de 
responsabilidade. A qualidade do ensino é mediada pela Prova 
Brasil e ENEM. No Ensino Médio temos o Exame Nacional do 
Ensino Médio (Enem), com o objetivo de democratizar as 
oportunidades de acesso as vagas federais de Ensino 
Superior e no Ensino Superior o ENADESuperior e, no Ensino Superior, o ENADE.
EJAEJA
 A Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem por finalidade 
atender adultos e jovens que não tiveram acesso ou 
continuidade de estudos tanto no Ensino Fundamentalcontinuidade de estudos tanto no Ensino Fundamental 
como no Ensino Médio.
 O Brasil está entre os 53 países que ainda não atingiramO Brasil está entre os 53 países que ainda não atingiram 
e nem estão perto de atingir os objetivos da Educação 
para Todos até 2015, apesar de ter apresentado 
i t t d d ãimportantes avanços no campo da educação
ao longo das duas últimas décadas
Serviço SocialServiço Social
 E nesse contexto de lutas de interesses e preservação do 
conhecimento, que o Serviço Social atua nas escolas, 
tendo o objetivo principal de emancipação do ser humanotendo o objetivo principal de emancipação do ser humano. 
Podemos aqui refletir a ação do Serviço Social sobre 
a importância do conhecimento para emancipação.
 Evasão escolar.
 Agressividade/Violência/Insubordinação.
 Território.
 Articulação.
 Desatenção.
InteratividadeInteratividade
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem por finalidade 
atender:
a) Aos adultos e jovens que não conseguiram entrar no Ensino 
Superior.
b) Aos adultos e jovens que não tiveram acesso oub) Aos adultos e jovens que não tiveram acesso ou 
continuidade de estudos tanto no Ensino Fundamental como 
no Ensino Médio.
c) Aos adultos e jovens da classe mais pobres.
d) Aos adultos e jovens de todas as classes sociais.
e) As alternativas “b” e “d” estão corretas.
ATÉ A PRÓXIMA!

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