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Tema 19 Reuso da Água Texto (1)

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Escola Politécnica da Universidade de São Paulo 
 Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária 
 PHD 2537 – Água em Ambientes Urbanos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reuso da água 
 
 
 
 
 
 
 
Professores: Kamel Zared Filho 
 Luís Antônio Villaça de Garcia 
 Mônica Ferreira do Amaral Porto 
 Rubem La Laina Porto 
 
 
Alunos: NUSP: 
 
Cindy Minowa 4938390 
Débora N. Iwashita 4938372 
Juliana Akemi Setuguti 4957443 
 Letícia Suetsugu Mori 4939428 
 Lilian K. Chuang 4957418 
 
Data: 1° semestre de 2007. 
 2
ÍNDICE 
 
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................3 
2. OBJETIVO...........................................................................................................................3 
3. O QUE É REUSO DA ÁGUA? ...........................................................................................4 
3.1. Reuso indireto não planejado da água.........................................................................4 
3.2. Reuso indireto planejado da água ...............................................................................4 
3.3. Reuso direto planejado da água ..................................................................................4 
3.3.1. Reciclagem de água ............................................................................................4 
4. POSSÍVEIS LOCAIS DE APROVEITAMENTO DA ÁGUA REUTILIZADA................4 
4.1. Reuso Agrícola............................................................................................................4 
4.2. Reuso Industrial ..........................................................................................................5 
4.3. Reuso Urbano..............................................................................................................6 
4.4. Reuso no Meio ambiente ............................................................................................6 
4.5. Recarga de Aqüíferos..................................................................................................6 
5. FORMAS DE REAPROVEITAMENTO PARA RESIDÊNCIAS E CONDOMÍNIOS.....7 
5.1. Aproveitamento da água de chuva. .............................................................................7 
5.2. Reuso da água presente no esgoto...............................................................................7 
5.3. Reuso da água originada no banho familiar................................................................8 
5.3.1. 1ª- ALTERNATIVA: Usar vasos sanitários com caixa acoplada para limitar o 
volume de água por descarga (vários modelos disponíveis no mercado). ..................................8 
5.3.2. 2ª- ALTERNATIVA: eliminar todo o consumo de água (potável) com as 
descargas. 8 
5.3.3. Considerações ...................................................................................................11 
6. VANTAGENS....................................................................................................................11 
7. Possíveis tecnologias de tratamento da água para o reuso .................................................11 
7.1. Osmose Reversa........................................................................................................11 
8. EXEMPLOS DE CASOS...................................................................................................12 
8.1. Caso Natura...............................................................................................................12 
8.2. Caso da Indústria de vidro .......................................................................................16 
9. CONCLUSÃO....................................................................................................................18 
10. REFERÊNCIA ...................................................................................................................18 
 
 3
1. INTRODUÇÃO 
 
A Terra é constituída de 1,36 x 1018 metros cúbicos de água que se distribuem da seguinte 
forma: 
 
Água do mar: 97,0% 
Geleiras 2,2% 
Água doce 0,8% 
............. água subterrânea: 97% 
............. água superficial: 3% 
Total 100,0% 
Fonte: von Sperlin, Marcos. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 3. ed. Belo Horizonte: Depto de Engenharia 
Sanitária e Ambiental; UFMG; 2005". 
 
Hoje é um fato comprovado que o volume de água doce e limpa está se reduzindo em todas as 
regiões do mundo. O consumo exagerado das reservas naturais de água por causa do alto 
crescimento populacional está sendo maior do que a natureza pode oferecer, e a poluição produzida 
pelo homem está contaminando e diminuindo cada vez mais essas reservas. 
Segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), menos da metade da população 
mundial tem acesso à água potável. A irrigação corresponde a 73% do consumo de água, 21% vai 
para a indústria e apenas 6% destina-se ao consumo doméstico. 
A escassez de água no mundo é agravada em virtude da desigualdade social e da falta de 
manejo e usos sustentáveis dos recursos naturais. 
Neste panorama, tem-se procurado conscientizar a população desses problemas e para tanto 
muito se discute sobre o reuso de água. No entanto, a reutilização ou o reuso de água ou o uso de 
águas residuárias não é um conceito novo e tem sido praticado em todo o mundo há muitos anos; 
existem relatos de sua prática na Grécia Antiga, com a disposição de esgotos e sua utilização na 
irrigação. 
O reuso reduz a demanda sobre os mananciais de água devido à substituição da água potável 
por uma água de qualidade inferior. Essa prática, atualmente muito discutida, posta em evidência e 
já utilizada em alguns países é baseada no conceito de substituição de mananciais. Tal substituição é 
possível em função da qualidade requerida para um uso específico. Dessa forma, grandes volumes 
de água potável podem ser poupados pelo reuso quando se utiliza água de qualidade inferior 
(geralmente efluentes pós-tratados) para atendimento das finalidades que podem prescindir desse 
recurso dentro dos padrões de potabilidade. 
Assim, o reuso da água é uma bandeira que deve se erguida como forma de garantir o futuro 
hídrico de nosso planeta. 
 
 
2. OBJETIVO 
 
Num âmbito mais global, este trabalho procura mostrar a importância da água, já que esta 
constitui um elemento essencial a sobrevivência humana, e sem ela o futuro do nosso planeta estará 
comprometido. 
Dentro desse contexto, o trabalho se restringe a mostrar uma das formas encontradas para 
preservar esse bem tão essencial, o reuso da água. Assim, busca-se através deste documento, 
despertar o interesse neste assunto que já tem prendido muita atenção, mas ainda merece ser mais 
estudado e desenvolvido. 
Além disso, pretende-se apresentar alguns exemplos, pois apesar de muitos quererem apoiar 
este esforço pela economia de água, nem sempre há acesso a exemplos suficientemente funcionais e 
simples de serem seguidos. 
 4
3. O QUE É REUSO DA ÁGUA? 
 
O reaproveitamento ou reuso da água é o processo pelo qual a água, tratada ou não, é 
reutilizada para o mesmo ou outros fins menos nobres, tais como lavagem de vias e pátios 
industriais, irrigação de jardins e pomares, nas descargas dos banheiros etc.. Essa reutilização pode 
ser direta ou indireta, decorrente de ações planejadas ou não. 
Vale ressaltar que se deve considerar o reuso de água como parte de uma atividade mais 
abrangente que é o uso racional ou eficiente da água, o qual compreende também o controle de 
perdas e desperdícios, e a minimização da produção de efluentes e do consumo de água. 
3.1. Reuso indireto não planejado da água 
Ocorre quando aágua, utilizada em alguma atividade humana, é descarregada no meio 
ambiente e novamente utilizada a jusante, em sua forma diluída, de maneira não intencional e não 
controlada. Caminhando até o ponto de captação para o novo usuário, a mesma está sujeita às ações 
naturais do ciclo hidrológico (diluição, autodepuração). 
3.2. Reuso indireto planejado da água 
Ocorre quando os efluentes depois de tratados são descarregados de forma planejada nos 
corpos de águas superficiais ou subterrâneas, para serem utilizadas à jusante, de maneira controlada, 
no atendimento de algum uso benéfico. 
O reuso indireto planejado da água pressupõe que exista também um controle sobre as 
eventuais novas descargas de efluentes no caminho, garantindo assim que o efluente tratado estará 
sujeito apenas a misturas com outros efluentes que também atendam aos requisitos de qualidade do 
reuso objetivado. 
3.3. Reuso direto planejado da água 
Ocorre quando os efluentes, depois de tratados, são encaminhados diretamente de seu ponto 
de descarga até o local do reuso, não sendo descarregados no meio ambiente. É o caso de maior 
ocorrência na indústria e na irrigação. 
 
3.3.1. Reciclagem de água 
 É o reuso interno da água, antes de sua descarga em um sistema geral de tratamento ou outro 
local de disposição. Essas tendem, assim, como fonte suplementar de abastecimento do uso original. 
Este é um caso particular do reuso direto planejado. 
 
 
4. POSSÍVEIS LOCAIS DE APROVEITAMENTO DA ÁGUA 
REUTILIZADA 
 
A água reutilizada pode ser aplicada em diversas atividades, como as exemplificadas a seguir. 
4.1. Reuso Agrícola 
 
O uso consumptivo do setor agrícola é, no Brasil, de 
aproximadamente 70% do total. Essa demanda significativa, 
associada a escassez de recursos hídricos leva a ponderar que as 
atividades agrícolas devem ser consideradas como prioritária em 
termos de reuso de efluentes tratados. 
 5
Efluentes adequadamente tratados podem ser utilizados para aplicação em: 
ƒ Culturas de alimentos não processados comercialmente: Irrigação superficial de qualquer 
cultura alimentícia, incluindo aquelas consumidas cruas; 
ƒ Culturas de alimentos processados comercialmente: Irrigação superficial de pomares e 
vinhas; 
ƒ Culturas não alimentícias: Pastos, forragens, viveiros de plantas ornamentais, fibras e grãos; 
ƒ Proteção contra geadas. 
 
4.2. Reuso Industrial 
 
As atividades industriais no Brasil respondem por 
aproximadamente 20% do consumo de água, sendo que, pelo 
menos 10% é extraída diretamente de corpos d’água e mais 
da metade é tratada de forma inadequado ou não recebe 
nenhuma forma de tratamento. 
Face à sistemática de outorga e cobrança pelo uso da água, que vem sendo implementada pela 
Agência Nacional das Águas - ANA, a indústria será duplamente penalizada, tanto em termos 
de captação de água como em relação ao lançamento de efluentes. O reuso e reciclagem na 
indústria passam a se constituir, portanto, ferramentas de gestão fundamentais para a 
sustentabilidade da produção industrial. 
A prática de reuso industrial pode ser extendida na produção de água para caldeiras, em 
sistemas de resfriamento como água de reposição, em lavadores de gases e como água de 
processos. 
O reuso de água para indústria traz muitos benefícios, como os elencados a seguir: 
 
BENEFÍCIOS AMBIENTAIS: 
• Redução do lançamento de efluentes industriais em cursos d´água, possibilitando melhorar a 
qualidade das águas interiores das regiões mais industrializadas; 
• Redução da captação de águas superficiais e subterrâneas, possibilitando uma situação 
ecológica mais equilibrada; 
• Aumento da disponibilidade de água para usos mais exigentes, como abastecimento público, 
hospitalar, etc. 
 
BENEFÍCIOS ECONÔMICOS: 
• Conformidade ambiental em relação a padrões e normas ambientais estabelecidos, 
possibilitando melhor inserção dos produtos brasileiros nos mercados internacionais; 
• Mudanças nos padrões de produção e consumo; 
• Redução dos custos de produção; 
• Aumento da competitividade do setor; 
• Habilitação para receber incentivos e coeficientes redutores dos fatores da cobrança pelo uso 
da água. 
 
BENEFÍCIOS SOCIAIS: 
• Ampliação da oportunidade de negócios para as empresas fornecedoras de serviços e 
equipamentos, e em toda a cadeia produtiva; 
• Ampliação na geração de empregos diretos e indiretos; 
 6
• Melhoria da imagem do setor produtivo junto à sociedade, com reconhecimento de empresas 
socialmente responsáveis. 
 
4.3. Reuso Urbano 
 
Na área urbana os usos potenciais são os seguintes: 
• irrigação de campos de golfe e quadras esportivas; 
• irrigação paisagística; 
• torres de resfriamento e sistemas de ar condicionado; 
• parques e cemitérios; 
• descarga de vasos sanitários; 
• lavagem de veículos; 
• reserva de incêndio; 
• recreação; 
• construção civil (compactação do solo, controle de 
poeira, lavagem de agregados, produção de concreto); 
• limpeza de tubulações; 
• sistemas decorativos tais como espelhos d’água, 
chafarizes, fontes luminosas. 
 
4.4. Reuso no Meio ambiente 
 
As aplicações da água de reuso no meio ambiente em 
geral são: 
ƒ Wetlands, habitats naturais e aumento do fluxo de 
água; 
ƒ Estabelecimentos recreacionais; 
ƒ Contato acidental (pesca e canoagem), e contato 
integral com a água permitido; 
ƒ Represas e lagos; 
ƒ Lagoas estéticas em que o contato com o público não é 
permitido. 
 
4.5. Recarga de Aqüíferos 
 
A recarga forçada do aqüífero é uma alternativa muito boa, pois 
cerca de 95% da água doce do Planeta está estocada no subsolo, que 
tem sido a grande "Caixa D'Água" da natureza. 
Hoje em dia, porém, a enorme maioria de indústrias e condomínios 
está largamente construindo cada vez mais poços profundos: de 
maneira geral, pode-se dizer que sua produção está em decadência, 
pois a "procura" supera muito a "oferta". Além disso, há uma 
significativa redução da recarga natural de aqüíferos devido ao 
aumento de áreas impermeabilizadas. 
A recarga artificial de aqüíferos com efluentes tratados pode ser empregada para finalidades 
diversas, incluindo o aumento de disponibilidade e armazenamento de água, controle de salinização 
 7
em aqüíferos costeiros, controle de subsidência de solos. 
 
 
5. FORMAS DE REAPROVEITAMENTO PARA RESIDÊNCIAS E 
CONDOMÍNIOS. 
 
5.1. Aproveitamento da água de chuva. 
A água que cai do céu pode ser uma importante fonte de economia, mas ela só deve ser 
aproveitada em situações em que não é preciso usar água potável. 
A chuva, devidamente acumulada e tratada em regiões com grande índice pluviométrico, 
poderia suprir perto de 100% da água de um lar. No entanto, essa forma de aproveitamento não tem 
aplicação imediata para a população citadina, pois existe a falta de espaço para instalação de 
cisternas e também o alto custo de todas as instalações necessárias, uma vez que deve ser 
acondicionada num reservatório diferente daquele que recebe a água tratada. 
Além disso, requer um obrigatório controle das primeiras águas de chuva coletadas, bastante 
perigosas, já que são o resultado da lavagem da poluição aérea e das sujeiras acumuladas nos 
telhados. 
Para uso humano, inclusive para como água potável, deve sofrer evidentemente filtração e 
cloração, o que pode ser feito com equipamento barato e simplíssimo, tipo Clorador Embrapa ou 
Clorador tipo Venturi automático. 
 
 
 
 
 
5.2. Reuso da água presente no esgoto 
É o projeto mais aplicado em nível mundial, inclusive no Brasil. Um esgoto tratado a ponto de 
ser devolvido aos rios e aqüíferos é suficientemente limpo para lavagem de ruas, rega de parques e 
aplicações de cunho industrial. No lar essa água tem uso na limpeza de vasos sanitários, rega de 
jardins e lavagem de carros. 
Essa água poderiasubstituir cerca de 40% da água potável consumida no lar. Mas a 
distribuidora não tem condições de oferecer essa água ao usuário final, pois isto representaria a 
 8
instalação de mais um sistema de distribuição de água, paralelo ao que já foi implantado para a água 
potável. A implantação de rede dupla de distribuição nas residências e condomínios deve ser 
proposta para novos empreendimentos, pois a implantação em empreendimentos já existentes pode 
ser de difícil solução e tornar as obras bastante onerosas. 
Fica a alternativa da compra e os obrigatórios cuidados na manutenção de caras estações de 
tratamento mono ou multi-familiares, que poderiam fornecer a água de reuso proveniente do esgoto 
familiar ou comunitário. 
 
5.3. Reuso da água originada no banho familiar 
O reuso da água do banho é um caminho interessante para a redução de uso da água potável 
em aplicações simples como por exemplo nas descargas dos vasos sanitários. Essa água é 
denominada de "Greywater" ou água cinza. Bastante utilizada para irrigação em outros países. 
Em termos ambientais, o sistema de reuso das águas cinzas significa redução de 
aproximadamente 29 % na captação de águas o que em tempos de escassez pode representar uma 
alternativa viável. 
Apesar de serem menos contaminadas do que o esgoto sanitário bruto, as águas cinzas 
necessitam de tratamento adequado visando seu reuso com segurança para a população. 
Deve ser feito um tratamento nas águas cinzas destinadas ao reuso com objetivo de reduzir a 
Demanda Bioquímica de Oxigênio, Sólidos em suspensão e turbidez de forma a facilitar a 
desinfecção. 
Em caso de reuso para irrigação ou jardinagem deve-se estar atento aos produtos químicos 
utilizados de forma a evitar a contaminação do lençol freático e a própria contaminação das 
culturas. 
As águas de chuva apesar de serem uma excelente opção para aumentar os volumes de água, 
não necessariamente atendem as demandas diárias já que as águas de chuva não ocorrem 
diariamente podendo inclusive passar tempos sem que chova na localidade. Desta forma as águas 
cinzas representam uma fonte constante de água para usos em descargas sanitárias onde a 
potabilidade não é fator preponderante. 
Neste contexto, segue abaixo alguns esquemas para o reaproveitamento em descargas 
domiciliares. 
 
5.3.1. 1ª- ALTERNATIVA: Usar vasos sanitários com caixa acoplada para limitar o volume de 
água por descarga (vários modelos disponíveis no mercado). 
 
Nesse caso pode-se escolher vasos que sejam projetados para usar um volume mínimo de 
água, e que esse volume seja suficiente para uma boa limpeza do vaso (por volta de seis litros). O 
usual é em torno de dez litros por descarga. 
Em alguns modelos é possível diminuir o nível de água dentro da caixa de descarga ajustando 
a torneira bóia para fechar em um nível mais baixo. Cremos que o mínimo esteja por volta de 4,5 
litros por descarga. 
 
5.3.2. 2ª- ALTERNATIVA: eliminar todo o consumo de água (potável) com as descargas. 
 
 
 9
 
Desviar a água do ralo do box para um reservatório passando por filtros e tratamentos para 
depois reutilizar essa água nos vasos sanitários. Para isso muitos projetos e muitas variáveis 
poderão ser feitos. 
Esse sistema, além de muito barato, é seguro por ser um circuito fechado, (Chuveiro, ralo do 
box, reservatório fechado e vaso sanitário), sem fácil acesso para manuseio ou ingestão por 
familiares ou terceiros. 
 
A seguir alguns esquemas simplificados do reuso da água do banho residencial: 
 
 
Nesse caso, educar os habitantes a usarem o vaso sanitário do banheiro de baixo. 
 
 10
 
 
 
 
 
 
 
 
 11
5.3.3. Considerações 
 
A grande importância ao se projetar o sistema de reuso de águas cinzas é o 
dimensionamento dos reservatórios. Deve-se levar em consideração o volume que deverá ser 
utilizado nas descargas sanitárias em um máximo de 48 h para que desta forma seja evitada a 
estocagem prolongada que fatalmente ocasionará odores desagradáveis. 
 
 Dentre os cuidados a serem observados devido ao reuso das águas cinzas podemos destacar: 
ƒ O reservatório inferior deverá ter um ladrão para que o excesso de água, ao atingir o limite do 
volume estipulado para reuso seja direcionada a rede de esgoto; 
ƒ O reservatório superior deverá ser esvaziado caso não haja utilização nas bacias sanitárias em 
48h; 
ƒ O sistema de distribuição das águas cinzas deverá ter coloração diferenciada; 
ƒ A sedimentação e filtração são essenciais para eliminação de protozoários e helmintos. Este 
processo pode ser feito com um sistema de filtro simples e de fácil limpeza. 
ƒ A desinfecção é essencial para o sistema de reuso das águas cinzas em descargas sanitárias para 
eliminação de bactérias e vírus. Após a filtragem. a água deverá ser tratada dentro de um 
reservatório com "cloro orgânico" (produto que não formam sub-produtos cancerígenos) o que 
garantirá a desinfecção e conservação, deixando a água segura para o reuso no vaso sanitário. 
 
 
6. VANTAGENS 
 
Entre os diversos benefícios que o reuso da água pode-se citar que: 
ƒ propicia o uso sustentável dos recursos hídricos, reduzindo a pressão sobre os rios; 
ƒ minimiza a poluição hídrica nos mananciais; 
ƒ estimula o uso racional de águas de boa qualidade; 
ƒ possibilita a economia de dispêndios com fertilizantes e matéria orgânica, pois a água de 
reuso pode conter nutrientes e matéria orgânica; 
ƒ permite maximizar a infra-estrutura de abastecimento de água e tratamento de esgotos 
pela utilização múltipla da água aduzida; 
ƒ diminuição do custo de produção da água; 
 
 
7. POSSÍVEIS TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO DA ÁGUA PARA O 
REUSO 
 
Com a modernização surgiram inúmeras técnicas de tratamento da água voltados ao tema de 
reúso, como por exemplo as tecnologias citadas a seguir: 
 
• Para a remoção de compostos orgânicos de alto peso molecular e salinidade: 
membrana de nanofiltração, e membrana de osmose reversa, troca iônica; 
• Para a desinfeccção: o Ozônio, UV, Cl2,ClO2 e ácido peracético. 
 
Segue nos próximos itens, a explicação de algumas dessas possíveis tecnologias: 
7.1. Osmose Reversa 
Tecnologia baseada no fenômeno natural físico-químico da osmose, o qual consiste do solvente 
de uma solução mais diluída para uma solução mais concentrada, até que se encontre o equilíbrio. 
 12
A osmose reversa consiste na aplicação mecânica de uma pressão do lado da solução mais 
concentrada (água suja) forçando o solvente ir da solução mais concentrada para a mais diluída. 
Conforme o esquema a seguir: 
 
• Ozônizadores: o ozônio tem como sua principal utilidade a desinfecção da água, onde ele é 
3,125 vezes mais rápido do que o cloro na inativação de bactérias, não produz toxinas na 
água e pode ser gerado no local de utilização. 
 
8. EXEMPLOS DE CASOS 
 
8.1. Caso Natura 
 
A Natura é uma empresa de grande porte de cosméticos que gera grande quantidade de 
efluentes, além de possuir a necessidade de utilizar muita água tanto para uso industrial quanto 
para uso geral. Dessa maneira, ela observou a importância de se possuir uma gestão eficiente de 
água, que além de trazer benefícios econômicos à longo prazo, ela contribui para o 
desenvolvimento sustentável da sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Consumo médio mensal de água
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
2002 2003 2004 2005 2006
Água potável
Água de reuso
Gráfico 8.1 – Consumo de água na Natura 
 13
 
 A Natura desde 2002 realiza o tratamento de esgoto e reutiliza parte da água tratada nos 
vasos sanitários, mictórios, jardinagem, limpeza de rua e espelhos d’água. Nos últimos 4 anos o 
consumo médio mensal de água de reuso vem aumentando (gráfico 8.1), observando que em 2006 
as unidades da Natura localizadasem Cajamar e Itapecerica da Serra apresentaram um consumo 
de 106.390 milhões de litros e uma reutilização dessa água de 40.209 milhões de litros, ou seja, 
38% da água produzida foi reutilizada. 
 
 
Tabela 8.1 – Totais efluentes 
 Ano Mês Dia 
Efluente Industrial (m³) 48.469 4.039 135 
Efluente Sanitário (m³) 57.963 4.830 161 
Total Efluente (m³) 106.432 8.869 296 
 
Efluente Tratado (m³) 101.470 8.456 282 
Efluente Tratado (%) 95% 95% 95% 
 
Lodo Físico Químico (kg) 706.470 58.873 1.962 
 
Água reutilizada (m³) 40.209 3.351 112 
Água reutilizada (%) 38% 38% 38% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A segunda maior porcentagem do efluente gerado pela Natura é de origem industrial, sendo 
que ele apresenta uma concentração 27 vezes maior do que os efluentes sanitários normais, 
ressaltando a importância da eficiência do tratamento de esgoto industrial para tornar a água 
adequada para o reuso. A ETE remove em média 93% de óleos e graxos, possuindo boa eficiência 
no seu processo. 
Os efluentes gerados pela empresa por dia (1300 kg/dia) corresponde á aproximadamente a 
quantidade gerada por 26.000 habitantes, observando que a planta de Cajamar apresenta menos de 
4.000 colaboradores. 
 
46%
49%
5% Produção de efluente
industrial - Cajamar
Produção de efluente
Sanitário - Cajamar
Produção de efluente
Sanitário - Itapecerica
 
Gráfico 8.2 – Relação dos tipos de efluentes gerados 
 14
 
 
 
A água potável utilizada pela Natura (Figura 8.3) provém de um poço artesiano localizado a 
132 m de profundidade, ela é tratada pela E.T.E. existente na própria planta que utiliza uma usina 
de ClO2 e filtro de areia para torná-la adequada tanto para uso industrial quanto para uso geral. 
Essa água abastece 4 dos reservatórios elevados, que através dele são distribuídos para as fábricas 
de Shampoo, perfumes e cremes, para o restaurante, banheiros e usos em geral. A água de reuso é 
armazenada em apenas um reservatório elevado que segue através do auxílio de uma bomba de 
recalque para a utilização. 
 
 
 
 
SHAMPOOS PERFUMES CREMES 
RESERVATÓRIO 
ELEVADO 
E.T.E. 
 
Filtro 
de areia 
 
 
Reservatório 
ALAMEDA DE SERVIÇOS 
Poço artesiano 
 h = 132m 
Bomba 
submersa 
Q = 20m3/h 
Bomba de recalque 
Q = 84m3/h 
Água potável - poço 
 Água de Reuso
Segue para: 
* Vasos e mictórios 
* Jardinagem / Limpeza de rua 
* Espelhos d´água 
Água potável - distribuição 
Água potável -industrial 
Blocos 
A, B e NAN 
 
Usina de ClO2 
Figura 8.3 – Esquema da captação, armazenamento e distribuição de água. 
 15
Figura 8.4 – Balanço Hídrico 
 
 
Na planta de Cajamar há 23 hidrômetros que fazem todo o monitoramento da água (figura 
8.4). Toda água gerada pelos sanitários, cozinha e uso geral são encaminhados diretamente para o 
Biorreator, já a água proveniente da indústria passa por um tratamento físico-químico antes de 
passar por esse mesmo biorreator. Após esse processo ela é encaminhada para a ETE propriamente 
dita, e parte da água volta para o sistema para ser reutilizada e a outra parte é despejada no rio. 
 
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Figura 8.5 – Estação de tratamento de esgoto 
 
Na ETE (Figura 8.5), a água de origem industrial passa pelo Tanque Pulmão Industrial, que 
depois de processada vai para o Tanque de Equalização e pelos Baths de tratamento físico-
químico. A água que não conseguirá ser reaproveitada vai para os tanques de lodo físico-químico 
que retiram os dejetos, para torná-la adequada para o seu despejo no rio. 
Depois dos baths, a água já não apresenta mais efluentes industriais brutos, sendo assim ela 
segue para o Bioreator. As águas de origem não-industrial vão diretamente para o Biorreator. 
Após essa etapa, ela segue para o Zeeweed (ultra filtragem por mebrana), e por último pelo 
permeado. Essa água de reuso segue para os reservatórios elevados, estando adequada para a 
utilização. 
 
8.2. Caso da Indústria de vidro 
 
Pilkington Brasil Ltda. é uma empresa nacional de grande porte que fabrica vidros planos e 
de segurança com uma produção média anual de 1.600.000 m² vidro, que se situa no município de 
São Paulo. 
 
Identificação da oportunidade: 
 
A unidade São Paulo da empresa, sediada no município de São Paulo, passou por 
dificuldades, durante vários anos, devido à falta de água. A SABESP não conseguia atender à 
demanda crescente para o uso industrial, que utilizava 350 m³/dia nas operações de lapidação, 
perfuração e lavagem de vidros, resfriamento e uso doméstico. Essas atividades geravam uma 
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vazão correspondente de efluente líquido que era descartado no corpo d. água, atendendo aos 
limites estabelecidos na legislação. 
Além disso, a alternativa de complementação do abastecimento com água subterrânea 
revelou-se inviável, tendo em vista que nas três perfurações de poços profundos a vazão obtida foi 
baixa e a qualidade da água requeria tratamento para uso no processo. Isto obrigava a empresa a 
adquirir até 30 caminhões-pipa de água por dia, causando transtorno operacional, pouca 
confiabilidade e custo elevado. 
 
Medidas Adotadas: 
 
Em 1997 a empresa decidiu estudar o reuso da água, definindo como condicionantes do 
projeto: produção de água com qualidade semelhante à do abastecimento público, já que após a 
passagem pelos fornos de têmpera, a eventual presença de sais na água de lavagem das peças pode 
causar manchas nos produtos; 
- custo operacional baixo; 
- uso de reagentes que não impeçam a futura reciclagem do lodo a ser produzido na estação 
de tratamento, para evitar custos adicionais na sua disposição. 
Foram avaliadas tecnologias como ultrafiltração e centrifugação, que não se mostraram 
adequadas ao tipo de efluente. Problemas com projetos e instalações para tratamento convencional 
de floculação e sedimentação foram também verificados. 
Durante o ano de 1999, o corpo técnico da empresa implantou modificações radicais nas 
instalações que haviam sido adquiridas, bem como adotou outro processo físico-químico. Esse 
esforço foi bem sucedido e resultou na decisão de automatizar o processo, para tornar mais fácil a 
operação 24 horas por dia. Em 2001, a água de chuva passou a ser tratada, e atualmente é 
bombeada da galeria pluvial central para a ERA - Estação de Reúso de Água. A ERA está apta a 
recuperar 100% do efluente industrial gerado, com capacidade para uma vazão de 500 m³/dia e 20 
m³/h de pico. As linhas de abastecimento doméstico e industrial foram segregadas como parte do 
projeto, já que o efluente tratado é usado somente para uso industrial, com exceção do uso 
doméstico para descarga de bacias sanitárias de vestiários. 
O sistema é constituído de: poço de recepção e equalização; tanque de cloração; tanque de 
floculação; decantadores de lamelas de fluxo ascendente em série; filtro de areia; tanque de 
acúmulo; filtro de cartucho; hidrômetro; leitos de sedimentação em série; cisterna para acúmulo de 
lodo e leitos de secagem. 
 
Investimentos: 
 
Na construção da ERA foram gastos cerca de R$ 280.000,00, sendo R$ 200.000,00 no 
projeto inicial e mais R$ 80.000,00 nas modificações realizadas após. Na segregação das linhas de 
abastecimento de água potável foram gastos cerca de R$ 80.000,00. 
O tempo de retorno foi de 10 meses, considerando os gastos com mão-de-obra e 
manutenção, além de outras despesas administrativas. 
 
Resultados obtidos: 
 
A implantação da ERA resultou na economia de 95% do consumo de água para uso 
industrial com um ganho final de 13.000 m³/mês de água, proporcionando uma economia de R$ 
35.000,00/mês. 
Houve também uma melhoria na qualidade do efluente industrial, já que a ERA opera 24 
h/dia e mesmo no caso de eventualmente a qualidade da água impedir o seu reúso, o lançamento 
na rede de esgotos será efetuadoem condições muito abaixo dos limites estabelecidos pela 
legislação em vigor. 
Na ERA são gerados cerca 20 m³/mês (equivalente a cerca de 8 t de lodo desaguado) de lodo 
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úmido rico em pó de vidro que atualmente são doados, mas com uma perspectiva de venda futura, 
caso se obtenha uma maior remoção da umidade presente no lodo. 
 
 
 
9. CONCLUSÃO 
 
 
Através deste trabalho foi possível mostrar a importância do reuso da água ressaltando o 
problema da escassez da mesma no mundo. Dentro deste contexto tentou-se conceituar o que é o 
reúso e também alguns métodos e técnicas para fazê-lo. 
Apresentou-se diversas formas de se reutilizar água para consumo não-potável, apontando 
potencialidades no setor agrícola, industrial, urbano, no meio-ambiente e na recarga de aqüíferos. 
As medidas adotadas para residências foram explicadas, como é o caso da utilização de águas 
pluviais, ou a reutilização através do tratamento de águas do esgoto de supriria até 40% da água 
potável consumida na residência. Além disso, tratou-se também do reuso da água do banho em 
bacias sanitárias. 
Como exemplos no setor industrial, foram apresentados “cases” de implementação do reuso 
em grandes empresas brasileira. A viabilidade do reuso da água neste setor industrial decorre da 
possibilidade de se utilizar águas de menor qualidade em várias etapas do processo produtivo, além 
de gerarem efluentes em melhores condições. 
Visto todo o conteúdo que foi apresentado neste relatório está evidente que formas de 
conservar e de realizar o reuso da água não faltam. Existem muitos métodos de fazê-lo: seja por 
tecnologias desenvolvidas, medidas tomadas pelo governo, iniciativas de empresas ou mesmo por 
frentes de conscientização da população. O grande desafio agora é conseguir implantar com 
eficiência estes métodos, e assim garantir a disponibilidade deste bem tão precioso que é a água. 
 
 
 
10. REFERÊNCIA 
 
Sites: 
 
Site da OKTE Engenharia e Consultoria Ltda. 
http://www.okte.com.br/Tecnologias/Reuso_agua.htm 
 
Site do Centro Internacional de Referência em Reuso de Água 
http://www.usp.br/cirra/index2.html 
 
Site da Universidade da Água 
http://www.uniagua.org.br/website/default.asp?tp=3&pag=reuso.htm 
 
Site da Sociedade do Sol 
http://www.sociedadedosol.org.br/reuso_sosol.htm 
 
Site do Projeto de Reuso da Água 
http://www.reusodaagua.com.br/reuso/index2.asp 
 
Site da Cetesb 
http://www.cetesb.sp.gov.br/Agua/rios/gesta_reuso.asp 
 
 
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Site com teses 
http://teses.cict.fiocruz.br 
 
Site do Centro Franco-Brasileiro de Documentação Técnica e Científica – arquivo referente a 
apresentação do Antônio Sérgio Hilsdorf (gerente técnico da Ondeo Degrémont Ltda) para o 1º 
Seminário Internacional de tecnologias para resíduos sólidos e saneamento. 
http://www.cendotec.org.br/aspef/arquivos/seminario.pdf 
 
 
Outras fontes: 
 
Eng. Douglas Souza – Natura 
 
Manual de Conservação e Reuso da Água na Indústria – Sebrae, Sesi, Senai 
 
Casos de Sucesso - CETESB

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