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apostila tj rs oficial de justica 618 822

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www.acasadoconcurseiro.com.br618
de cassação de aposentadoria poderá ser 
convertida em multa, na base de 50% (cin-
qüenta por cento) por dia de provento, até o 
máximo de 90 (noventa) dias-multa. (Incluí-
do pela Lei Complementar nº 11.928/03)
Art. 196. Para a aplicação das penas disciplina-
res são competentes:
I – o Governador do Estado em qualquer 
caso;
II – os Secretários de Estado, dirigentes de 
autarquias e de fundações de direito pú-
blico e os titulares de órgãos diretamente 
subordinados ao Governador, até a de sus-
pensão e multa limitada ao máximo de 30 
(trinta) dias;
III – os titulares de órgãos diretamente su-
bordinados aos Secretários de Estado, diri-
gentes de autarquias e de fundações de di-
reito público até suspensão por 10 (dez) dias;
IV – os titulares de órgãos em nível de su-
pervisão e coordenação, até suspensão por 
5 (cinco) dias;
V – as demais chefias, em caso de repreensão.
Art. 197. A aplicação das penas referidas no ar-
tigo 187 prescreve nos seguintes prazos: (Reda-
ção dada pela Lei Complementar nº 11.928/03)
I – em 12 (doze) meses, a de repreensão; 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 
14.821/15)
II – em 24 (vinte e quatro) meses, as de sus-
pensão, de multa, de demissão por abando-
no de cargo e por ausências sucessivas ao 
serviço; (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 14.821/15)
III – em 5 (cinco) anos, a de demissão, de 
cassação de aposentadoria, de cassação de 
disponibilidade, e de destituição de cargo 
em comissão ou de função gratificada ou 
equivalente. (Redação dada pela Lei Com-
plementar nº 14.821/15)
§ 1º O prazo de prescrição começa a fluir a 
partir da data do conhecimento do fato, por 
superior hierárquico. (Redação dada pela 
Lei Complementar nº 11.928/03)
§ 2º Para o abandono de cargo e para a inas-
siduidade, o prazo de prescrição começa a 
fluir a partir da data em que o servidor reas-
sumir as suas funções ou cessarem as faltas 
ao serviço. (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 11.928/03)
§ 3º Quando as faltas constituírem, tam-
bém, crime ou contravenção, a prescrição 
será regulada pela lei penal. (Redação dada 
pela Lei Complementar nº 11.928/03)
§ 4º A prescrição da pretensão punitiva será 
objeto de: (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 14.821/15)
I – interrupção, começando o prazo a correr 
por inteiro, a partir: (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 14.821/15)
a) da instauração do processo administra-
tivo-disciplinar; e (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 14.821/15)
b) da emissão do relatório de que trata o art. 
245, pela autoridade processante; (Redação 
dada pela Lei Complementar nº 14.821/15)
II – suspensão, continuando o prazo a cor-
rer, no seu restante: (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 14.821/15)
a) enquanto não resolvida, em outro pro-
cesso de qualquer natureza, inclusive judi-
cial, questão de que dependa o reconheci-
mento da transgressão; (Redação dada pela 
Lei Complementar nº 14.821/15)
b) a partir da instauração de sindicância até 
a decisão final pela autoridade competente. 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 
14.821/15)
§ 5º A prescrição da pretensão executória 
é a mesma da punitiva, aplicando-se-lhe 
a causa suspensiva constante do inciso II, 
alínea “a”, do § 4.º deste artigo. (Redação 
dada pela Lei Complementar nº 14.821/15)
TJ-RS (Oficial de Justiça) – Estatuto e Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello
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CONSIDERAÇÕES SOBRE A LEI Nº 10.098/1994
A Lei nº 10.098/1994 estabelece o Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Esta-
do do Rio Grande do Sul. Ou seja, é o Estatuto do servidor do RS. Obs.: os servidores municipais 
terão estatutos próprios. 
1. Disposições Preliminares
Servidor – pessoa legalmente investida em cargo público.
Cargo público – conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, mediante 
retribuição pecuniária paga pelos cofres públicos.
Os cargos públicos estaduais são:
a) criados por lei;
b) em número certo;
c) denominação própria;
d) acessíveis a todos os brasileiros que preencham os requisitos legais para a investidura e aos 
estrangeiros na forma da Lei Complementar;
e) de provimento efetivo e em comissão.
É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei (ex.: a lei permite 
que o mesário preste serviços de forma gratuita).
Cargo em Comissão (CCs) – Os cargos em comissão, de livre nomeação e exoneração, não serão 
organizados em carreira. Os cargos em comissão, preferencialmente, e as funções gratificadas, 
com atribuições definidas de chefia, assistência e assessoramento, serão exercidos por 
servidores do quadro permanente, ocupantes de cargos técnicos ou profissionais, nos casos e 
condições previstos em lei.
Cargo efetivo – Os cargos de provimento efetivo serão organizados em carreira, com promoções 
de grau a grau, mediante aplicação de critérios alternados de merecimento e antiguidade.
A investidura em cargo público de provimento efetivo dependerá de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e títulos.
Importante: A investidura em cargo de provimento efetivo ocorrerá com a posse. 
Requisitos para ingresso no serviço público:
I – possuir a nacionalidade brasileira;
II – estar quite com as obrigações militares e eleitorais;
 
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III – ter idade mínima de 18 anos;
IV – possuir aptidão física e mental;
V – estar em gozo dos direitos políticos;
VI – ter atendido às condições prescritas para o cargo.
A comprovação do preenchimento dos requisitos ocorrerá no momento da posse.
2. Provimento 
Provimento é o ato administrativo pelo qual a pessoa física vincula-se à Administração Pública 
ou a um novo cargo, para prestação de um serviço.
2.1. Formas de provimento de cargo público: NAR4
Nomeação
Aproveitamento
Readaptação
Reversão
Reintegração
Recondução
2.2. Nomeação
Nomeação é forma originária de provimento de cargo público por pessoa física e pode ser:
a) Nomeação em caráter efetivo – quando se tratar de candidato aprovado em concurso 
público para provimento em cargo efetivo de carreira ou isolado;
b) Nomeação em comissão – quando se tratar de cargo de confiança (de livre nomeação e 
exoneração).
A nomeação em caráter efetivo obedecerá rigorosamente à ordem de classificação dos 
aprovados, ressalvada a hipótese de opção do candidato por última chamada.
Concurso Público – será de provas ou de provas e títulos. Validade de até 2 anos, prorrogáveis 
uma única vez, por igual período, no interesse da Administração. 
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Posse – Posse é a aceitação expressa do cargo. Aprovada em concurso público e nomeada, 
a pessoa terá direito subjetivo à posse, que dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no 
prazo de 15 dias contados da nomeação, prorrogável por igual período a pedido do interessado. 
Não tomando posso no prazo, será tornado sem efeito a nomeação. Em se tratando de servidor 
legalmente afastado do exercício do cargo, o prazo para a posse começará a fluir a partir do 
término do afastamento. A posse poderá dar-se mediante procuração específica. 
Exercício – é o efetivo desempenho das atribuições do cargo. O servidor deverá entrar em 
exercício em até 30 dias contados da posse, sob pena de tornar-se sem efeito sua nomeação. 
Estágio Probatório – segundo expresso no Estatuto (Art. 28), estágio probatório é o período de 
2 (dois) anos em que o servidor, nomeado em caráter efetivo, ficará em observação e durante o 
qual será verificada a conveniência ou não de sua confirmação no cargo. No entanto, ATENÇÃO, 
esse prazo é inconstitucional, já que após a Medida Provisória 19/98, o prazo de estágio 
probatórioseria equivalente aos 3 anos da estabilidade (CF Art. 41. São estáveis após três anos 
de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de 
concurso público). 
Estabilidade – Aprovado no estágio probatório, o servidor adquirirá estabilidade e só perderá o 
cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo no 
qual lhe seja assegurada ampla defesa.
Promoção – Promoção é a passagem do servidor de um grau para o imediatamente superior, 
dentro da respectiva categoria funcional. Ocorre apenas nos cargos que possuem planos de 
carreira, sendo que os critérios para a promoção são merecimento e antiguidade, alternada-
mente.
Concurso Nomeação Posse Exercício Estágio Probatório
Estabilida
de Promoção
15 dias
(+ 15) Até 30 dias
3 anos
“PERDA”
 
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3. Dos Direitos E Vantagens Do Servidor
3.1. Vantagens do Servidor
Além dos vencimentos, poderão ser pagos ao servidor as seguintes vantagens:
a) Indenizações;
b) Avanços;
c) Gratificações e adicionais;
d) Honorários e jetons.
Indenizações
Ajuda de Custo
Destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse 
do serviço, passa a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em 
caráter permanente.
Diárias
Destinam-se a compensar as despesas com deslocamentos eventuais ou 
transitórios do servidor para outros pontos do território nacional ou para o 
exterior (ex.: pousada, alimentação, locomoção...); fará jus a passagens e diárias..
Transporte
Destina-se a compensar despesas com a utilização de meio próprio de loco-
moção para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias 
do cargo (ex.: policial que utiliza o carro próprio para uma investigação).
Avanços Acréscimo
Investidos até 30/06/1995 5% a cada triênio de exercício (3 anos)
Investidos após 30/06/1995 3% a cada triênio de exercício (3 anos)
Retribuição e Gratificações 
Retribuição pelo exercício 
de função de direção, 
chefia e assessoramento
Vantagem conferida ao servidor pelo exercício de chefia, assistên-
cia ou assessoramento, cumulativamente ao vencimento do cargo 
de provimento efetivo.
Gratificação natalina
Corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o 
servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no 
respectivo ano. Será paga até o dia 20 de dezembro de cada ano. 
(Na prática, é o décimo terceiro salário). (Extensiva aos inativos).
Gratificação por regime 
especial de trabalho, na 
forma da lei
Pelo regime especial de trabalho, o servidor poderá fazer jus à gra-
tificação, na forma da lei.
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Gratificação por exercício 
de atividades insalubres, 
penosas ou perigosas
Devido ao servidor que trabalhe com habitualidade em locais in-
salubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas ra-
dioativas ou com risco de vida. Insalubre é o serviço prejudicial à 
saúde do servidor; perigoso é o que cria risco a sua vida; penoso é 
o trabalho em área de fronteira. Havendo mais de um adicional, o 
servidor deve optar por um deles.
Gratificação por exercício 
de serviço extraordinário
O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% 
em relação à hora normal de trabalho. (Para atender às situações 
excepcionais e temporárias)
Gratificação de 
representação, na 
forma da lei
Gratificação devida por representação, na forma da lei.
Gratificação por serviço 
noturno
O serviço noturno terá o valor-hora acrescido de 20% (serviço no-
turno é o realizado entre as 22h e as 5h dia seguinte).
Não haverá gratificação quando o serviço noturno corresponder ao 
horário normal de trabalho.
Adicional por tempo de 
serviço
Adicional de 15% ao completar 15 anos de serviço público;
Adicional de 25% ao completar 25 anos de serviço público.
Ao fazer jus ao de 25, cessa o pagamento do de 15.
Gratificação de 
permanência em serviço
Poderá ser deferida, por ato do Governador, quando for considera-
do conveniente e oportuna a permanência de servidor que já tiver 
o direito de se aposentar voluntariamente com proventos integrais. 
O valor será o equivalente a 50% do seu vencimento básico.
Abono familiar
Ao servidor ativo ou ao inativo será concedido abono familiar na 
razão de 10% do menor vencimento básico inicial do Estado, pelos 
seguintes dependentes:
I – filho menor de 18 anos;
II – filho inválido ou excepcional de qualquer idade, que seja com-
provadamente incapaz;
III – filho estudante, desde que não exerça atividade remunerada, 
até a idade de 24 anos;
IV – cônjuge inválido, comprovadamente incapaz, que não perceba 
remuneração.
Quando se tratar de dependente inválido ou excepcional, o abono 
será pago pelo triplo.
Outras gratificações, 
relativas ao local ou à 
natureza do trabalho, na 
forma da lei
Como a lista não é exaustiva, poderão ter outras gratificações que 
não as expressamente previstas no Estatuto, na forma da lei.
 
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Honorários e Jetons
O servidor fará jus a honorários quando designado 
para exercer, fora do horário do expediente a que 
estiver sujeito, as funções de:
I – membro de banca de concurso;
II – gerência, planejamento, execução ou ativida-
de auxiliar de concurso; 
III – treinamento de pessoal;
IV – professor, em cursos legalmente instituídos.
O servidor receberá jeton, a título de representa-
ção na forma da lei:
Quando no desempenho do encargo de membro 
de órgão de deliberação coletiva legalmente ins-
tituído (órgão colegiado).
3.2. FÉRIAS
O servidor gozará, anualmente, 30 dias de férias, podendo ser acumuladas até o máximo de 2 
períodos anuais.
Regra – 30 dias por ano
Operadores de Raio-X – 20 dias por semestre (o servidor que opera direta e permanentemen-
te com raios X ou substâncias radioativas, próximas a fontes de irradiação gozará 20 dias con-
secutivos de férias, por semestre de atividade profissional, não acumuláveis e intransferíveis).
Para o primeiro período aquisitivo de férias, são exigidos 12 meses de exercício, mas, para os 
demais, não será necessário completar os 12 meses.
É facultado o gozo de férias em dois períodos, não inferiores a 10 dias consecutivos.
Durante as férias, o servidor terá direito a todas as vantagens inerentes ao cargo como se esti-
vesse em exercício.
Obs.: servidor público não pode “vender férias”, nem podem ser descontados das férias as fal-
tas do servidor.
Adicional de férias – o pagamento da remuneração de férias será efetuado antecipadamente 
ao servidor que o requerer, juntamente com o acréscimo constitucional de 1/3, antes do início 
do referido período.
As férias somente poderão ser interrompidas por:
a) motivo de calamidade pública;
b) comoção interna;
c) convocação para júri;
d) serviço militar ou eleitoral, ou
e) superior interesse público.
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3.3. DO TEMPO DE SERVIÇO
A apuração do tempo de serviço será feita em dias, os quais serão convertidos em anos, consi-
derados estes como período de 365 dias. Os dias de efetivo exercício serão computados à vista 
dos comprovantes de pagamento, ou dos registros funcionais.
É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais 
de um cargo ou função em órgão ou entidade dos Poderes da União, estados, municípios, au-
tarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas públicas.
São considerados de efetivo exercício os afastamentos do serviço em virtude de:
I – férias;
II – casamento, até 8 (oito) dias consecutivos;
III – falecimento de cônjuge, ascendente, descendente,sogros, irmãos, companheiro ou companheira, 
madrasta ou padrasto, enteado e menor sob guarda ou tutela, até 8 (oito) dias; 
IV – doação de sangue, 1 (um) dia por mês, mediante comprovação;
V – exercício pelo servidor efetivo, de outro cargo, de provimento em comissão, exceto para efeito de 
promoção por merecimento;
VI – júri e outros serviços obrigatórios por lei;
VII – desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, exceto para promoção por 
merecimento
VIII – missão ou estudo noutros pontos do território nacional ou no exterior, quando o afastamento hou-
ver sido expressamente autorizado pelo Governador do Estado e sem prejuízo da retribuição pecuniária;
IX – deslocamento para nova sede na forma do artigo 58;
X – realização de provas, na forma do artigo 123;
XI – assistência a filho excepcional, na forma do artigo 127;
XII – prestação de prova em concurso público;
XIII – participação em programas de treinamento regularmente instituído, correlacionado às atribui-
ções do cargo;
XIX – licença:
h) à gestante, à adotante e à paternidade;
i) para tratamento da própria saúde ou de pessoa da família, com remuneração;
j) prêmio por assiduidade;
k) por motivo de acidente em serviço, agressão não-provocada ou doença profissional;
l) para concorrer a mandato eletivo federal, estadual ou municipal;
m) para desempenho de mandato classista, exceto para efeito de promoção por merecimento;
n) para participar de cursos, congressos e similares, sem prejuízo da retribuição;
XV – moléstia, devidamente comprovada por atestado médico, até 3 (três) dias por mês, mediante 
pronta comunicação à chefia imediata;
XVI – participação de assembléias e atividades sindicais.
 
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3.4. CONCESSÕES 
3.4.1. Das vantagens ao servidor estudante ou participante de cursos, congressos e 
similares – é assegurado o afastamento do servidor efetivo, sem prejuízo de sua remuneração, 
nos seguintes casos: I – durante os dias de provas finais do ano ou semestre letivo, para os 
estudantes de ensino superior, 1º e 2º graus; II – durante os dias de provas em exames supletivos 
e de habilitação a curso superior.
3.4.2. Da assistência a filho excepcional – o servidor, pai, mãe ou responsável por 
excepcional, físico ou mental, em tratamento, fica autorizado a se afastar do exercício do cargo, 
quando necessário, por período de até 50% de sua carga horária normal cotidiana, na forma da 
lei.
3.5. LICENÇAS
Será concedida, ao servidor, licença:
I – para tratamento de saúde;
II – por acidente em serviço;
III – por motivo de doença em pessoa da família;
IV – à gestante, à adotante e à paternidade;
V – para prestação de serviço militar; 
VI – para tratar de interesses particulares;
VII – para acompanhar o cônjuge;
VIII – para o desempenho de mandato classista;
IX – prêmio por assiduidade;
X – para concorrer a mandato público eletivo;
XI – para o exercício de mandato eletivo;
XII – especial, para fins de aposentadoria.
3.6.1. Licença para tratamento de saúde (do servidor) – será concedida ao servidor licença para 
tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração 
a que fizer jus. Findo o período de licença, o servidor deverá reassumir imediatamente o exercício do 
cargo, sob pena de ser considerado faltoso, salvo prorrogação ou determinação constante do laudo.
3.6.2. Licença por acidente em serviço – o servidor acidentado em serviço será licenciado 
com remuneração integral até seu total restabelecimento. Configura-se acidente em serviço o 
dano físico ou mental sofrido pelo servidor, desde que relacionado, mediata ou imediatamente, 
com as atribuições do cargo. O servidor acidentado em serviço terá tratamento integral custeado 
pelo Estado.
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3.6.3. Licença por motivo de doença em pessoa da família – o servidor poderá obter 
licença por motivo de doença do cônjuge, de ascendente, descendente, enteado e colateral 
consanguíneo, até o 2º grau, desde que comprove ser indispensável a sua assistência e esta não 
possa ser prestada, simultaneamente, com o exercício do cargo.
3.6.4. Licença à gestante, à adotante e licença-paternidade – gestante terá 180 dias 
consecutivos, sem prejuízo da remuneração. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá 
direito à licença-paternidade de 15 dias consecutivos. À servidora que adotar será concedida 
licença conforme a idade do adotado: de 1 a 2 anos – 180 dias; mais de 2 e até 4 anos – 150 dias; 
mais de 4 até 6 anos – 120 dias; mais de 6 anos e menor de idade – 90 dias. 
3.6.5. Licença para prestar serviço militar – ao servidor convocado para o serviço militar 
será concedida licença, na forma e condições previstas na legislação específica. Concluído o 
serviço militar, o servidor reassumirá imediatamente. Quando a desincorporação se verificar 
em lugar diverso do da sede, o prazo para apresentação será de 10 dias.
3.6.6. Licença para tratar de interesses particulares – a critério da Administração, poderão 
ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo e estável, licenças para o trato de assuntos 
particulares pelo prazo de até 2 anos consecutivos, sem remuneração. A licença poderá ser negada, 
quando o afastamento for inconveniente ao interesse do serviço A licença poderá ser interrompida, 
a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço . O servidor poderá, a qualquer 
tempo, reassumir o exercício do cargo. Não se concederá nova licença antes de decorridos 2 anos do 
término da anterior, contados desde a data em que tenha reassumido o exercício do cargo.
3.6.7. Licença para acompanhar o cônjuge – o servidor detentor de cargo de provimento 
efetivo, estável, terá direito à licença, sem remuneração, para acompanhar o cônjuge, quando 
este for transferido, independentemente de solicitação própria, para outro ponto do Estado ou 
do Território Nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Exe-
cutivo e Legislativo Federal, estadual ou municipal. A licença será concedida mediante pedido 
do servidor, devidamente instruído, devendo ser renovada a cada 2 anos. À mesma licença terá 
direito o servidor removido que preferir permanecer no domicílio do cônjuge. A licença será 
por prazo indeterminado e sem remuneração.
3.6.8. Licença para desempenho de mandato classista – é assegurado ao servidor o di-
reito à licença para o desempenho de mandato classista em central sindical, em confederação, 
federação, sindicato, núcleos ou delegacias, associação de classe ou entidade fiscalizadora da 
profissão, de âmbito estadual ou nacional, com a remuneração do cargo efetivo.
3.6.9. Licença-prêmio por assiduidade – o servidor que, por um quinquênio (5 anos) inin-
terrupto, não se houver afastado do exercício de suas funções terá direito à concessão automá-
tica de 3 meses de licença-prêmio por assiduidade, com todas as vantagens do cargo, como se 
nele estivesse em exercício.
3.6.10. Licença para concorrer a mandato público eletivo e exercê-lo – o servidor que 
concorrer a mandato público eletivo será licenciado na forma da legislação eleitoral. Eleito, o 
servidor ficará afastado do exercício do cargo a partir da posse. Ao servidor investido em man-
dato eletivo aplicam-se as seguintes disposições: I – tratando-se de mandato federal, estadual 
ou distrital, ficará afastado do cargo; II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do 
cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III – investido no mandato de vereador: 
 
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a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da 
remuneração do cargo eletivo; b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado docargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
3.5.11. Licença especial para fins de aposentadoria – Decorridos 30 dias da data em que ti-
ver sido protocolado o requerimento da aposentadoria, o servidor será considerado em licença 
especial remunerada, podendo afastar-se do exercício de suas atividades, salvo se antes tiver 
sido cientificado do indeferimento do pedido. O período de duração dessa licença será conside-
rado como tempo de efetivo exercício para todos os efeitos legais.
3.6. DIREITO DE PETIÇÃO
É assegurado ao servidor o direito de requerer, pedir reconsideração, recorrer e de representar, 
em defesa de direito ou legítimo interesse próprio.
O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por 
intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.
Cabe pedido de reconsideração, que não poderá ser renovado, à autoridade que houver 
prolatado o despacho, proferido a primeira decisão ou praticado o ato. O pedido de 
reconsideração deverá conter novos argumentos ou provas suscetíveis de reformar o despacho, 
a decisão ou o ato; o pedido deverá ser decidido dentro de 30 dias.
O direito de requerer prescreve em:
 • 5 anos, quanto aos atos de demissão e cassação de aposentadoria ou de disponibilidade, 
ou que afetem interesses patrimoniais e créditos resultantes das relações de trabalho;
 • 120 dias nos demais casos, salvo quando, por prescrição legal, for fixado outro prazo.
O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da 
ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.
A representação está isenta de pagamento de taxa de expediente.
4. Regime Disciplinar
4.1. O art. 177 elenca quais são os deveres do servidor.
São deveres do servidor:
I – ser assíduo e pontual ao serviço;
II – tratar com urbanidade as partes, atendendo-as sem preferências pessoais;
III – desempenhar com zelo e presteza os encargos que lhe forem incumbidos, dentro de suas 
atribuições;
IV – ser leal às instituições a que servir;
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V – observar as normas legais e regulamentares.
VI – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
VII – manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
VIII – atender com presteza:
d) o público em geral, prestando as informações requeridas que estiverem a seu alcance, ressalvadas 
as protegidas por sigilo;
e) à expedição de certidões requeridas, para defesa de direito ou esclarecimento de situações de 
interesse pessoal;
f) às requisições para defesa da Fazenda Pública;
IX – representar ou levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver 
conhecimento, no órgão em que servir, em razão das atribuições do seu cargo;
X – zelar pela economia do material que lhe for confiado e pela conservação do patrimônio público;
XI – observar as normas de segurança e medicina do trabalho estabelecidas, bem como o uso 
obrigatório dos equipamentos de proteção individual (EPI) que lhe forem confiados;
XII – providenciar para que esteja sempre em dia no seu assentamento individual, seu endereço 
residencial e sua declaração de família;
XIII – manter espírito de cooperação com os colegas de trabalho
XIV – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder
4.2. O art. 178 traz a lista das proibições ao servidor.
Ao servidor é proibido:
I – referir-se, de modo depreciativo, em informação, parecer ou despacho, às autoridades e a atos da 
administração pública estadual, podendo, porém, em trabalho assinado, criticá-los do ponto de vista 
doutrinário ou da organização do serviço;
II – retirar, modificar ou substituir, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer 
documento ou objeto existente na repartição;
III – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
IV – ingerir bebidas alcoólicas durante o horário de trabalho ou drogar-se, bem como apresentar-
se em estado de embriaguez ou drogado ao serviço; (Obs.: se comprovado que a violação se deu 
por motivo de dependência, o servidor deverá, obrigatoriamente, ser encaminhado a tratamento 
médico especializado).
V – atender pessoas na repartição para tratar de interesses particulares, em prejuízo de suas atividades;
VI – participar de atos de sabotagem contra o serviço público;
VII – entregar-se a atividades político-partidárias nas horas e locais de trabalho;
VIII – opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;
IX – promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
 
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X – exercer ou permitir que subordinado seu exerça atribuições diferentes das definidas em lei ou 
regulamento como próprias do cargo ou função, ressalvados os encargos de chefia e as comissões 
legais
XI – celebrar contrato de natureza comercial, industrial ou civil de caráter oneroso, com o Estado, por 
si ou como representante de outrem;
XII – participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil ou exercer 
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário, salvo quando se tratar de função 
de confiança de empresa, da qual participe o Estado, caso em que o servidor será considerado como 
exercendo cargo em comissão; (Obs.: exceto a participação do servidor na presidência de associação, 
na direção ou gerência de cooperativas e entidades de classe, ou como sócio.)
XIII – exercer, mesmo fora do horário de expediente, emprego ou função em empresa, estabelecimento 
ou instituição que tenha relações industriais com o Estado em matéria que se relacione com a 
finalidade da repartição em que esteja lotado; (Obs.: exceto a participação do servidor na presidência 
de associação, na direção ou gerência de cooperativas e entidades de classe, ou como sócio.)
XIV – manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge ou parente até o 
segundo grau civil, ressalvado o disposto no artigo 267;
XV – cometer, a pessoas estranhas à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de 
encargos que competirem a si ou a seus subordinados;
XVI – coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se à associação profissional ou sindical, ou 
com objetivos político-partidários;
XVII – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em atividades particulares ou políticas;
XVIII – praticar usura, sob qualquer das suas formas;
XIX – aceitar representação, comissão, emprego ou pensão de país estrangeiro;
XX – valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da 
dignidade do serviço público
XXI – atuar, como procurador, ou intermediário junto a repartição pública, salvo quando se tratar de 
benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau e do cônjuge
XXII – receber propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, em razão de suas 
atribuições
XXIII – valer-se da condição de servidor para desempenhar atividades estranhas às suas funções ou 
para lograr, direta ou indiretamente, qualquer proveito
XXIV – ceder de forma desidiosa
XXV – exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e 
com o horário de trabalho
4.3. Das Responsabilidades
Pelo exercício irregular de suas atribuições, o servido responde civil, penal e administrativa-
mente.
Responsabilidade civil – decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte 
em prejuízo ao erário ou a terceiro. Se o servidor causar danos a terceiros, responderá perante 
a Fazenda Pública mediante ação regressiva (ex.: se o servidor que exerce função de motorista, 
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por imprudência, bate o veículo em um muro de um terceiro, este certamente vai entrar com 
ação contra o Poder Público, que terá o dever de indenizar; porém, a Fazenda Pública poderá 
buscar ressarcimento do servidor que culposamente causou o dano). A responsabilidade civil 
estende-se aos sucessores, até o limite do valor da herança recebida.
Responsabilidade penal (criminal) – abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, 
nessa qualidade. 
Responsabilidade administrativa – a responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omis-
sivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.
Independência das instâncias – Regra: as sanções civis, penais e administrativas poderão cumu-
lar-se, sendo independentes entre si, assim como as instâncias civil, penal e administrativa. 
4.4. Penalidades
São penalidades disciplinares: 
I – repreensão;
II – suspensão;
III – demissão;
IV – cassação de aposentadoria;
V – cassação de disponibilidade;
V – multa;
VI – destituição de cargo em comissão ou de função gratificada ou equivalente.
Obs.: advertência não é considerada penalidade, mas ficará registrada.
Ao aplicar as penalidades, serão consideradas:
a) a natureza e a gravidade da infração cometida,
b) os danos delas resultantes para o serviço público,
c) as circunstâncias agravantes ou atenuantes,
d) os antecedentes funcionais.
O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção 
disciplinar.
A destituição de cargo em comissão ou de função gratificada, por critérios de oportunidade e 
conveniência, independe da apuração de falta funcional.
A ação disciplinar prescreverá:
I – em 12 meses, a de repreensão;
 
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II – em 24 meses, meses, as de suspensão, de multa, de demissão por abandono de cargo e 
por ausências sucessivas ao serviço;
III – em 5 anos, a de demissão, de cassação de aposentadoria, de cassação de disponibilidade, 
e de destituição de cargo em comissão ou de função gratificada ou equivalente.
O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido, por supe-
rior hierárquico.
Penalidade Detalhes Prescrição
Repreensão
Aplicada por escrito;
Hipóteses:
I – falta do cumprimento do dever funcional; ou
II – quando ocorrer procedimento público inconveniente.
Deve ter o registro cancelado em 10 anos.
12 meses
Suspensão
A suspensão implicará a perda de todas as vantagens e 
direitos decorrentes do exercício do cargo e aplicar-se-á 
ao servidor:
I – na violação das proibições consignadas nesta lei;
II – nos casos de reincidência em infração já punida com 
repreensão;
III – quando a infração for intencional ou se revestir de 
gravidade;
IV – como gradação de penalidade mais grave, tendo em 
vista circunstância atenuante;
V – que atestar falsamente a prestação de serviço, bem 
como propuser, permitir, ou receber a retribuição corres-
pondente a trabalho não realizado;
VI – que se recusar, sem justo motivo, à prestação de 
serviço extraordinário;
VII – responsável pelo retardamento em processo 
sumário;
VIII – que deixar de atender notificação para prestar 
depoimento em processo disciplinar;
IX – que, injustificadamente, se recusar a ser submetido 
à inspeção médica determinada pela autoridade compe-
tente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumpri-
da a determinação.
Não pode exceder 90 dias.
Quando houver conveniência para o serviço, pode ser 
convertida em multa de 50% por dia de remuneração, 
obrigando o servidor a permanecer no serviço.
Deve ter o registro cancelado em 10 anos.
24 meses
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Demissão
O servidor será punido com pena de demissão nas hipó-
teses de:
I – ineficiência ou falta de aptidão para o serviço, quando 
verificada a impossibilidade de readaptação;
II – indisciplina ou insubordinação grave ou reiterada;
III – ofensa física contra qualquer pessoa, cometida em serviço, 
salvo em legítima defesa própria ou de terceiros;
IV – abandono de cargo em decorrência de mais de 30 
faltas consecutivas;
V – ausências excessivas ao serviço em número superior a 
60 dias, intercalados, durante um ano;
VI – improbidade administrativa;
VII – transgressão de quaisquer proibições dos incisos 
XVII a XXIV do artigo 178, considerada a sua gravidade, 
efeito ou reincidência;
VIII – falta de exação no desempenho das atribuições, de 
tal gravidade que resulte em lesões pessoais ou danos de 
monta;
IX – incontinência pública e conduta escandalosa na re-
partição;
X – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções 
públicas;
XI – aplicação irregular de dinheiro público;
XII – reincidência na transgressão prevista no inciso V do 
artigo 189;
XIII – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimô-
nio estadual;
XIV – revelação de segredo, do qual se apropriou em ra-
zão do cargo, ou de fato ou informação de natureza sigi-
losa de que tenha conhecimento, salvo quando se tratar 
de depoimento em processo judicial, policial ou adminis-
trativo-disciplinar;
XV – corrupção passiva nos termos da lei penal;
XVI – exercer advocacia administrativa;
XVII – prática de outros crimes contra a administração pú-
blica.
A demissão será aplicada, também, ao servidor que, con-
denado por decisão judicial transitada em julgado, incor-
rer na perda da função pública na forma da lei penal
5 anos
(exceto incisos 
IV e V, que 
prescrevem em 
24 meses)
 
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Cassação de 
aposentadoria 
ou 
disponibilidade
Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do ser-
vidor que:
I – houver praticado, na atividade, falta punível com a 
pena de demissão;
II – infringir a vedação prevista no § 2º do artigo 158 (Ao 
servidor aposentado em decorrência de qualquer das 
moléstias tipificadas no parágrafo anterior, fica vedado 
o exercício de outra atividade pública remunerada, sob 
pena de cassação de sua aposentadoria);
III – incorrer na hipótese do artigo 53 (Salvo doença com-
provada por junta médica oficial, será tornado sem efeito 
o aproveitamento e cassada a disponibilidade, se o servi-
dor não entrar em exercício no prazo de 30 dias).
5 anos
Multa 
Quando houver conveniência para o serviço, a pena de 
suspensão poderá ser convertida em multa na base de 
50% por dia de remuneração, obrigando-se o servidor 
a permanecer em exercício durante o cumprimento da 
pena.
24 meses
Destituição de 
cargo em comis-
são ou de função 
gratificada ou 
equivalente
A destituição de cargo em comissão ou de função gratifi-
cada, por critérios de oportunidade e conveniência, inde-
pende da apuração de falta funcional
5 anos
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Questões
1. É INCORRETO considerar efetivo exercício o 
afastamento do serviço em virtude de:
a) Falecimento do cônjuge, até 30 dias.
b) Participação em programas de treina- 
mento regularmente instituído, correla- 
cionado às atribuições do cargo.
c) Doação de sangue, 1 (um) dia por mês, 
mediante comprovação.
d) Casamento, até 8 (oito) dias consecuti-
vos.
e) Férias.
2. No que diz respeito às férias do servidor pú- 
blico estadual, é INCORRETO afirmar que:
a) Para o primeiro período aquisitivo de 
férias serão exigidos 12 (doze) meses de 
exercício.
b) Durante as férias, o servidor terá direito 
a todas as vantagens inerentes ao cargo 
como se estivesse em exercício.
c) Será pago ao servidor, por ocasião das 
férias, independentemente de solicita- 
ção, o acréscimo constitucional de 1/3 
(um terço) da remuneração do período 
de férias, pago antecipadamente.
d) É facultado o gozo de férias em dois 
períodos, não inferioresa 10 (dez) dias 
consecutivos.
e) A falta ao serviço será levada à conta de 
férias.
3. Considere as afirmações a seguir, tendo em 
vista as disposições da Lei Complementar nº 
10.098/94.
I – Exercício é o efetivo desempenho das 
atribuições do cargo e dar-se-á no prazo de 
até 30 (trinta) dias contados da data da pos- 
se.
II – O servidor removido ou redistribuído 
“ex officio” que deva ter exercício em outra 
localidade terá 20 (vinte) dias para entrar 
em exercício, incluído, neste prazo, o tem- 
po necessário ao deslocamento para a nova 
sede.
III – Não será admitida a posse mediante 
procuração.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
4. Conforme a Lei Complementar nº 
10.098/94, assinale a alternativa que NÃO 
contempla si- tuação de afastamento de 
serviço considera- da de efetivo exercício do 
cargo.
a) Férias.
b) Falecimento de cônjuge, ascendente, 
descendente, sogros, irmãos, compa- 
nheiro ou companheira, madrasta ou 
padrasto, enteado e menor sob guarda 
ou tutela, até 8 (oito) dias.
c) Doação de sangue, 2 (dois) dias por 
mês.
d) Licença prêmio por assiduidade.
e) Moléstia, devidamente comprovada 
por atestado médico, até 3 (três) dias 
por mês, mediante pronta comunicação 
à chefia imediata.
5. Considere as afirmações a seguir, tendo em 
vista as disposições da Lei Complementar nº 
10.098/94.
I – O servidor que tiver gozado mais de 30 
(trinta) dias de licença para tratar de inte- 
resses particulares ou para acompanhar o 
cônjuge, somente após um ano de efetivo 
 
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exercício contado da data da apresentação 
fará jus a férias.
II – Perderá o direito às férias o servidor que, 
no ano antecedente àquele em que deveria 
gozá-las, tiver mais de 30 (trinta) dias de fal- 
tas não justificadas ao serviço.
III – O servidor readaptado, relotado, remo- 
vido ou reconduzido, quando em gozo de 
férias, é obrigado a apresentar-se antes de 
concluí-las.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
6. Considere as afirmações a seguir, tendo em 
vista as disposições da Lei Complementar nº 
10.098/94.
I – Pelo exercício irregular de suas atribui- 
ções, o servidor responde civil, penal e ad- 
ministrativamente.
II – A responsabilidade penal abrange os cri- 
mes e contravenções imputadas ao servidor 
nesta qualidade.
III – A responsabilidade civil decorre de ato 
omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, 
que importe em prejuízo à Fazenda Estadu- 
al ou a terceiros.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
7. Considere as afirmações a seguir, tendo em 
vista as disposições da Lei Complementar 
Estadual nº 10.098/94.
I – A readmissão constitui uma das formas 
de provimento de cargo público.
II – A nomeação em caráter efetivo obede- 
cerá, sempre que possível, à ordem de clas- 
sificação dos aprovados, não sendo admi- 
tida a hipótese de opção do candidato por 
última chamada.
III – Posse é a aceitação expressa do cargo, 
formalizada com a assinatura do termo no 
prazo de 15 (quinze) dias, a contar da nome- 
ação, prorrogável por igual período a pedi- 
do do interessado.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
8. Sobre a ajuda de custo, considere as afir- 
mações abaixo, tendo em vista as dispo- 
sições da Lei Complementar Estadual nº 
10.098/94.
I – A ajuda de custo destina-se a compensar 
as despesas de instalação do servidor que, 
no interesse do serviço ou próprio, passe a 
ter exercício em nova sede, com mudança 
de domicílio em caráter permanente.
II – No afastamento para exercício de cargo 
em comissão, em outro órgão ou entidade 
da União, do Distrito Federal, dos Estados 
ou dos Municípios, o servidor receberá aju- 
da de custo do Estado.
III – O servidor ficará obrigado a restituir a 
ajuda de custo quando, injustificadamente, 
não se apresentar na nova sede no prazo de 
30 (trinta) dias.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
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9. Tendo em vista as disposições da Lei Com- 
plementar Estadual nº 10.098/94, conside- 
re as afirmações abaixo.
I – É dever do servidor atender com pres- 
teza o público em geral, prestando as infor- 
mações requeridas que estiverem a seu al- 
cance, inclusive as protegidas por sigilo.
II – É dever do servidor atender com pres- 
teza às requisições para defesa da Fazenda 
Pública.
III – É dever do servidor zelar pela economia 
do material que lhe for confiado e pela con- 
servação do patrimônio público.
IV – É dever do servidor desempenhar com 
zelo e presteza os encargos que lhe forem 
incumbidos, ainda que fora de suas atribui- 
ções.
Quais estão corretas?
a) Apenas I e II.
b) Apenas I e IV.
c) Apenas II e III.
d) Apenas III e IV.
e) I, II, III e IV.
10. Considere as afirmações a seguir, tendo em 
vista as disposições da Lei Complementar 
Estadual nº 10.098/94.
I – Os servidores investidos em cargo em 
comissão ou funções gratificadas terão 
substitutos, durante seus afastamentos ou 
impedimentos eventuais, previamente de- 
signados pela autoridade competente.
II – Por absoluta necessidade de serviço e 
ressalvadas as hipóteses em que haja le- 
gislação específica, as férias poderão ser 
acumuladas até o máximo de três períodos 
anuais.
III – Remuneração é o vencimento do cargo 
acrescido das vantagens pecuniárias esta- 
belecidas em lei ou decreto.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
11. Com base na Lei Complementar Estadual nº 
10.098/94, considere as seguintes afirma- 
ções.
I – O servidor perderá um terço da remune- 
ração, na hipótese de conversão da pena de 
suspensão em multa.
II – O servidor perderá a metade da remu- 
neração, durante o afastamento no exer- 
cício do cargo, na hipótese de prisão para 
perquirição de sua responsabilidade em cri- 
me comum ou funcional.
III – O servidor perderá a parcela da remu- 
neração diária, proporcional aos atrasos, 
ausências e saídas antecipadas, iguais ou 
superiores a 60 (sessenta) minutos.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
12. Com base na Lei Complementar Estadual nº 
10.098/94, considere as seguintes afirma- 
ções.
I – Ao servidor é proibido opor resistência 
justificada ao andamento de documento e 
processo ou execução de serviço.
II – Ao servidor é proibido promover mani- 
festação de apreço ou desapreço no recinto 
da repartição.
III – Ao servidor é proibido utilizar pessoal 
ou recursos materiais da repartição em ati- 
vidades particulares ou políticas, salvo se 
autorizado por superior hierárquico.
IV – Ao servidor é proibido atuar como pro- 
curador ou intermediário junto à repartição 
pública, salvo quando se tratar de benefí- 
 
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cios previdenciários ou assistenciais de pa- 
rentes até o segundo grau e do cônjuge.
Quais estão corretas?
a) Apenas I e II.
b) Apenas I e III.
c) Apenas II e IV.
d) Apenas III e IV.
e) I, II, III e IV.
Gabarito: 1. A 2. E 3. A 4. C 5. D 6. E 7. C 8. C 9. C 10. A 11. C 12. C
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 
FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃOPÚBLICA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 37. A administração pública direta e indireta 
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá 
aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência e, também, 
ao seguinte: 
I – os cargos, empregos e funções públicas 
são acessíveis aos brasileiros que preen-
cham os requisitos estabelecidos em lei, as-
sim como aos estrangeiros, na forma da lei; 
II – a investidura em cargo ou emprego 
público depende de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e 
títulos, de acordo com a natureza e a com-
plexidade do cargo ou emprego, na forma 
prevista em lei, ressalvadas as nomeações 
para cargo em comissão declarado em lei 
de livre nomeação e exoneração; 
III – o prazo de validade do concurso público 
será de até dois anos, prorrogável uma vez, 
por igual período;
IV – durante o prazo improrrogável previsto 
no edital de convocação, aquele aprovado 
em concurso público de provas ou de pro-
vas e títulos será convocado com prioridade 
sobre novos concursados para assumir car-
go ou emprego, na carreira;
V – as funções de confiança, exercidas exclu-
sivamente por servidores ocupantes de car-
go efetivo, e os cargos em comissão, a serem 
preenchidos por servidores de carreira nos 
casos, condições e percentuais mínimos pre-
vistos em lei, destinam-se apenas às atribui-
ções de direção, chefia e assessoramento; 
VI – é garantido ao servidor público civil o 
direito à livre associação sindical;
VII – o direito de greve será exercido nos 
termos e nos limites definidos em lei espe-
cífica; 
VIII – a lei reservará percentual dos cargos 
e empregos públicos para as pessoas por-
tadoras de deficiência e definirá os critérios 
de sua admissão;
IX – a lei estabelecerá os casos de contrata-
ção por tempo determinado para atender a 
necessidade temporária de excepcional in-
teresse público;
X – a remuneração dos servidores públicos 
e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 
somente poderão ser fixados ou alterados 
por lei específica, observada a iniciativa 
privativa em cada caso, assegurada revisão 
geral anual, sempre na mesma data e sem 
distinção de índices; 
XI – a remuneração e o subsídio dos ocu-
pantes de cargos, funções e empregos pú-
blicos da administração direta, autárquica e 
fundacional, dos membros de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, dos detentores 
de mandato eletivo e dos demais agentes 
políticos e os proventos, pensões ou outra 
espécie remuneratória, percebidos cumu-
lativamente ou não, incluídas as vantagens 
pessoais ou de qualquer outra natureza, 
não poderão exceder o subsídio mensal, em 
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, aplicando-se como limite, nos Mu-
nicípios, o subsídio do Prefeito, e nos Esta-
dos e no Distrito Federal, o subsídio mensal 
do Governador no âmbito do Poder Execu-
tivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e 
 
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Distritais no âmbito do Poder Legislativo e 
o subsidio dos Desembargadores do Tribu-
nal de Justiça, limitado a noventa inteiros e 
vinte e cinco centésimos por cento do sub-
sídio mensal, em espécie, dos Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do 
Poder Judiciário, aplicável este limite aos 
membros do Ministério Público, aos Procu-
radores e aos Defensores Públicos; 
XII – os vencimentos dos cargos do Poder 
Legislativo e do Poder Judiciário não po-
derão ser superiores aos pagos pelo Poder 
Executivo;
XIII – é vedada a vinculação ou equiparação 
de quaisquer espécies remuneratórias para 
o efeito de remuneração de pessoal do ser-
viço público; 
XIV – os acréscimos pecuniários percebidos 
por servidor público não serão computados 
nem acumulados para fins de concessão de 
acréscimos ulteriores; 
XV – o subsídio e os vencimentos dos ocu-
pantes de cargos e empregos públicos são 
irredutíveis, ressalvado o disposto nos inci-
sos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 
XVI – é vedada a acumulação remunerada 
de cargos públicos, exceto, quando houver 
compatibilidade de horários, observado em 
qualquer caso o disposto no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro 
técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos 
de profissionais de saúde, com profissões 
regulamentadas; 
XVII – a proibição de acumular estende-se a 
empregos e funções e abrange autarquias, 
fundações, empresas públicas, sociedades 
de economia mista, suas subsidiárias, e so-
ciedades controladas, direta ou indireta-
mente, pelo poder público; 
XVIII – a administração fazendária e seus 
servidores fiscais terão, dentro de suas áre-
as de competência e jurisdição, precedência 
sobre os demais setores administrativos, na 
forma da lei;
XIX – somente por lei específica poderá ser 
criada autarquia e autorizada a instituição 
de empresa pública, de sociedade de eco-
nomia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as 
áreas de sua atuação; 
XX – depende de autorização legislativa, em 
cada caso, a criação de subsidiárias das en-
tidades mencionadas no inciso anterior, as-
sim como a participação de qualquer delas 
em empresa privada;
XXI – ressalvados os casos especificados na 
legislação, as obras, serviços, compras e alie-
nações serão contratados mediante processo 
de licitação pública que assegure igualdade 
de condições a todos os concorrentes, com 
cláusulas que estabeleçam obrigações de pa-
gamento, mantidas as condições efetivas da 
proposta, nos termos da lei, o qual somente 
permitirá as exigências de qualificação técni-
ca e econômica indispensáveis à garantia do 
cumprimento das obrigações. 
XXII – as administrações tributárias da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios, atividades essenciais ao funciona-
mento do Estado, exercidas por servidores 
de carreiras específicas, terão recursos prio-
ritários para a realização de suas atividades 
e atuarão de forma integrada, inclusive com 
o compartilhamento de cadastros e de infor-
mações fiscais, na forma da lei ou convênio. 
§ 1º A publicidade dos atos, programas, 
obras, serviços e campanhas dos órgãos 
públicos deverá ter caráter educativo, infor-
mativo ou de orientação social, dela não po-
dendo constar nomes, símbolos ou imagens 
que caracterizem promoção pessoal de au-
toridades ou servidores públicos.
§ 2º A não observância do disposto nos incisos 
II e III implicará a nulidade do ato e a punição 
da autoridade responsável, nos termos da lei.
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§ 3º A lei disciplinará as formas de partici-
pação do usuário na administração pública 
direta e indireta, regulando especialmente: 
I – as reclamações relativas à prestação dos 
serviços públicos em geral, asseguradas a 
manutenção de serviços de atendimento ao 
usuário e a avaliação periódica, externa e 
interna, da qualidade dos serviços; 
II – o acesso dos usuários a registros admi-
nistrativos e a informações sobre atos de 
governo, observado o disposto no art. 5º, X 
e XXXIII;
III – a disciplina da representação contra o 
exercício negligente ou abusivo de cargo, em-
prego ou função na administração pública. 
§ 4º Os atos de improbidade administrativa 
importarão a suspensão dos direitos políti-
cos, a perda da função pública, a indisponi-
bilidade dos bens e o ressarcimento ao erá-
rio, na forma e gradação previstas em lei, 
sem prejuízo da ação penal cabível.
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de pres-
crição para ilícitos praticados por qualquer 
agente, servidor ou não, que causem pre-
juízosao erário, ressalvadas as respectivas 
ações de ressarcimento.
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e 
as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus 
agentes, nessa qualidade, causarem a tercei-
ros, assegurado o direito de regresso contra 
o responsável nos casos de dolo ou culpa.
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as res-
trições ao ocupante de cargo ou emprego da 
administração direta e indireta que possibili-
te o acesso a informações privilegiadas. 
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária 
e financeira dos órgãos e entidades da ad-
ministração direta e indireta poderá ser am-
pliada mediante contrato, a ser firmado en-
tre seus administradores e o poder público, 
que tenha por objeto a fixação de metas de 
desempenho para o órgão ou entidade, ca-
bendo à lei dispor sobre: 
I – o prazo de duração do contrato;
II – os controles e critérios de avaliação de 
desempenho, direitos, obrigações e respon-
sabilidade dos dirigentes;
III – a remuneração do pessoal."
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às em-
presas públicas e às sociedades de economia 
mista, e suas subsidiárias, que receberem re-
cursos da União, dos Estados, do Distrito Fe-
deral ou dos Municípios para pagamento de 
despesas de pessoal ou de custeio em geral. 
§ 10. É vedada a percepção simultânea de 
proventos de aposentadoria decorrentes do 
art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remune-
ração de cargo, emprego ou função pública, 
ressalvados os cargos acumuláveis na forma 
desta Constituição, os cargos eletivos e os 
cargos em comissão declarados em lei de li-
vre nomeação e exoneração.
§ 11. Não serão computadas, para efeito 
dos limites remuneratórios de que trata o 
inciso XI do caput deste artigo, as parcelas 
de caráter indenizatório previstas em lei. 
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do 
caput deste artigo, fica facultado aos Estados 
e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, me-
diante emenda às respectivas Constituições 
e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio 
mensal dos Desembargadores do respectivo 
Tribunal de Justiça, limitado a noventa intei-
ros e vinte e cinco centésimos por cento do 
subsídio mensal dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, não se aplicando o disposto 
neste parágrafo aos subsídios dos Deputados 
Estaduais e Distritais e dos Vereadores. 
Art. 38. Ao servidor público da administração 
direta, autárquica e fundacional, no exercício de 
mandato eletivo, aplicam-se as seguintes dispo-
sições: 
I – tratando-se de mandato eletivo federal, 
estadual ou distrital, ficará afastado de seu 
cargo, emprego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será 
afastado do cargo, emprego ou função, sen-
do-lhe facultado optar pela sua remuneração;
 
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III – investido no mandato de Vereador, ha-
vendo compatibilidade de horários, perce-
berá as vantagens de seu cargo, emprego ou 
função, sem prejuízo da remuneração do car-
go eletivo, e, não havendo compatibilidade, 
será aplicada a norma do inciso anterior;
IV – em qualquer caso que exija o afasta-
mento para o exercício de mandato eletivo, 
seu tempo de serviço será contado para to-
dos os efeitos legais, exceto para promoção 
por merecimento;
V – para efeito de benefício previdenciário, 
no caso de afastamento, os valores serão de-
terminados como se no exercício estivesse.
Seção II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
(Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios instituirão, no âmbito de sua 
competência, regime jurídico único e planos 
de carreira para os servidores da administração 
pública direta, das autarquias e das fundações 
públicas.
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios instituirão conselho de política de 
administração e remuneração de pessoal, inte-
grado por servidores designados pelos respecti-
vos Poderes. 
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e 
dos demais componentes do sistema remu-
neratório observará: 
I – a natureza, o grau de responsabilidade 
e a complexidade dos cargos componentes 
de cada carreira; 
II – os requisitos para a investidura; 
III – as peculiaridades dos cargos. 
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Fede-
ral manterão escolas de governo para a for-
mação e o aperfeiçoamento dos servidores 
públicos, constituindo-se a participação nos 
cursos um dos requisitos para a promoção 
na carreira, facultada, para isso, a celebra-
ção de convênios ou contratos entre os en-
tes federados. 
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de 
cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, 
VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, 
XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requi-
sitos diferenciados de admissão quando a 
natureza do cargo o exigir. 
§ 4º O membro de Poder, o detentor de 
mandato eletivo, os Ministros de Estado e 
os Secretários Estaduais e Municipais serão 
remunerados exclusivamente por subsídio 
fixado em parcela única, vedado o acrésci-
mo de qualquer gratificação, adicional, abo-
no, prêmio, verba de representação ou ou-
tra espécie remuneratória, obedecido, em 
qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. 
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios poderá estabele-
cer a relação entre a maior e a menor re-
muneração dos servidores públicos, obede-
cido, em qualquer caso, o disposto no art. 
37, XI. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998)
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Ju-
diciário publicarão anualmente os valores 
do subsídio e da remuneração dos cargos e 
empregos públicos. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distri-
to Federal e dos Municípios disciplinará a 
aplicação de recursos orçamentários pro-
venientes da economia com despesas cor-
rentes em cada órgão, autarquia e funda-
ção, para aplicação no desenvolvimento de 
programas de qualidade e produtividade, 
treinamento e desenvolvimento, moderni-
zação, reaparelhamento e racionalização 
do serviço público, inclusive sob a forma de 
adicional ou prêmio de produtividade. 
§ 8º A remuneração dos servidores públicos 
organizados em carreira poderá ser fixada 
nos termos do § 4º. 
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efe-
tivos da União, dos Estados, do Distrito Federal 
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e dos Municípios, incluídas suas autarquias e 
fundações, é assegurado regime de previdên-
cia de caráter contributivo e solidário, median-
te contribuição do respectivo ente público, dos 
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, 
observados critérios que preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. 
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime 
de previdência de que trata este artigo se-
rão aposentados, calculados os seus pro-
ventos a partir dos valores fixados na forma 
dos §§ 3º e 17: 
I – por invalidez permanente, sendo os pro-
ventos proporcionais ao tempo de contribui-
ção, exceto se decorrente de acidente em 
serviço, moléstia profissional ou doença gra-
ve, contagiosa ou incurável, na forma da lei;
II – compulsoriamente, com proventos pro-
porcionais ao tempo de contribuição, aos 
70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (se-
tenta e cinco) anos de idade, na forma de lei 
complementar; 
III – voluntariamente, desde que cumprido 
tempo mínimo de dez anos de efetivo exer-
cício no serviço público e cinco anos no car-
go efetivo em que se dará a aposentadoria, 
observadas as seguintes condições: 
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de 
contribuição, se homem, e cinqüenta e cin-
co anos de idade e trinta de contribuição, se 
mulher; 
b) sessentae cinco anos de idade, se ho-
mem, e sessenta anos de idade, se mulher, 
com proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição. 
§ 2º Os proventos de aposentadoria e as 
pensões, por ocasião de sua concessão, não 
poderão exceder a remuneração do respec-
tivo servidor, no cargo efetivo em que se 
deu a aposentadoria ou que serviu de refe-
rência para a concessão da pensão. 
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposen-
tadoria, por ocasião da sua concessão, serão 
consideradas as remunerações utilizadas 
como base para as contribuições do servidor 
aos regimes de previdência de que tratam 
este artigo e o art. 201, na forma da lei. 
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e cri-
térios diferenciados para a concessão de 
aposentadoria aos abrangidos pelo regime 
de que trata este artigo, ressalvados, nos 
termos definidos em leis complementares, 
os casos de servidores: 
I – portadores de deficiência; 
II – que exerçam atividades de risco; 
III – cujas atividades sejam exercidas sob 
condições especiais que prejudiquem a saú-
de ou a integridade física. 
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de contri-
buição serão reduzidos em cinco anos, em rela-
ção ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor 
que comprove exclusivamente tempo de efetivo 
exercício das funções de magistério na educação 
infantil e no ensino fundamental e médio. 
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decor-
rentes dos cargos acumuláveis na forma 
desta Constituição, é vedada a percepção 
de mais de uma aposentadoria à conta do 
regime de previdência previsto neste artigo. 
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do bene-
fício de pensão por morte, que será igual: 
I – ao valor da totalidade dos proventos do 
servidor falecido, até o limite máximo esta-
belecido para os benefícios do regime ge-
ral de previdência social de que trata o art. 
201, acrescido de setenta por cento da par-
cela excedente a este limite, caso aposenta-
do à data do óbito; ou
II – ao valor da totalidade da remuneração do 
servidor no cargo efetivo em que se deu o fa-
lecimento, até o limite máximo estabelecido 
para os benefícios do regime geral de previdên-
cia social de que trata o art. 201, acrescido de 
setenta por cento da parcela excedente a este 
limite, caso em atividade na data do óbito. 
§ 8º É assegurado o reajustamento dos be-
nefícios para preservar-lhes, em caráter 
permanente, o valor real, conforme crité-
rios estabelecidos em lei. 
 
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§ 9º O tempo de contribuição federal, esta-
dual ou municipal será contado para efeito 
de aposentadoria e o tempo de serviço cor-
respondente para efeito de disponibilidade. 
§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer 
forma de contagem de tempo de contribui-
ção fictício. 
§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à 
soma total dos proventos de inatividade, in-
clusive quando decorrentes da acumulação 
de cargos ou empregos públicos, bem como 
de outras atividades sujeitas a contribuição 
para o regime geral de previdência social, e 
ao montante resultante da adição de proven-
tos de inatividade com remuneração de car-
go acumulável na forma desta Constituição, 
cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. 
§ 12. Além do disposto neste artigo, o regi-
me de previdência dos servidores públicos 
titulares de cargo efetivo observará, no que 
couber, os requisitos e critérios fixados para 
o regime geral de previdência social. 
§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, 
de cargo em comissão declarado em lei de li-
vre nomeação e exoneração bem como de ou-
tro cargo temporário ou de emprego público, 
aplica-se o regime geral de previdência social. 
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Fede-
ral e os Municípios, desde que instituam 
regime de previdência complementar para 
os seus respectivos servidores titulares de 
cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das 
aposentadorias e pensões a serem concedi-
das pelo regime de que trata este artigo, o 
limite máximo estabelecido para os bene-
fícios do regime geral de previdência social 
de que trata o art. 201. 
§ 15. O regime de previdência complemen-
tar de que trata o § 14 será instituído por 
lei de iniciativa do respectivo Poder Executi-
vo, observado o disposto no art. 202 e seus 
parágrafos, no que couber, por intermédio 
de entidades fechadas de previdência com-
plementar, de natureza pública, que ofere-
cerão aos respectivos participantes planos 
de benefícios somente na modalidade de 
contribuição definida. 
§ 16. Somente mediante sua prévia e expres-
sa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá 
ser aplicado ao servidor que tiver ingressado 
no serviço público até a data da publicação 
do ato de instituição do correspondente regi-
me de previdência complementar. 
§ 17. Todos os valores de remuneração con-
siderados para o cálculo do benefício pre-
visto no § 3º serão devidamente atualiza-
dos, na forma da lei. 
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proven-
tos de aposentadorias e pensões concedi-
das pelo regime de que trata este artigo que 
superem o limite máximo estabelecido para 
os benefícios do regime geral de previdên-
cia social de que trata o art. 201, com per-
centual igual ao estabelecido para os servi-
dores titulares de cargos efetivos. 
§ 19. O servidor de que trata este artigo que 
tenha completado as exigências para aposen-
tadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, 
e que opte por permanecer em atividade fará 
jus a um abono de permanência equivalente 
ao valor da sua contribuição previdenciária 
até completar as exigências para aposentado-
ria compulsória contidas no § 1º, II. 
§ 20. Fica vedada a existência de mais de 
um regime próprio de previdência social 
para os servidores titulares de cargos efeti-
vos, e de mais de uma unidade gestora do 
respectivo regime em cada ente estatal, res-
salvado o disposto no art. 142, § 3º, X. 
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste ar-
tigo incidirá apenas sobre as parcelas de pro-
ventos de aposentadoria e de pensão que su-
perem o dobro do limite máximo estabelecido 
para os benefícios do regime geral de pre-
vidência social de que trata o art. 201 desta 
Constituição, quando o beneficiário, na forma 
da lei, for portador de doença incapacitante. 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo 
exercício os servidores nomeados para cargo de 
provimento efetivo em virtude de concurso público. 
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§ 1º O servidor público estável só perderá o 
cargo: 
I – em virtude de sentença judicial transita-
da em julgado; 
II – mediante processo administrativo em 
que lhe seja assegurada ampla defesa; 
III – mediante procedimento de avaliação 
periódica de desempenho, na forma de lei 
complementar, assegurada ampla defesa. 
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demis-
são do servidor estável, será ele reintegrado, 
e o eventual ocupante da vaga, se estável, re-
conduzido ao cargo de origem, sem direito a 
indenização, aproveitado em outro cargo ou 
posto em disponibilidade com remuneração 
proporcional ao tempo de serviço. 
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua des-
necessidade, o servidor estável ficará em 
disponibilidade, com remuneração propor-
cional ao tempo de serviço, até seu adequa-
do aproveitamento em outro cargo. 
§ 4º Como condição para a aquisição da es-
tabilidade, é obrigatória a avaliação especial 
de desempenho por comissão instituída 
para essa finalidade. 
Seção III
DOS MILITARES DOS ESTADOS, 
DO DISTRITO FEDERAL E DOS 
TERRITÓRIOS 
(Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Cor-
pos de Bombeiros Militares, instituições organi-
zadas com base na hierarquiae disciplina, são 
militares dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Territórios. (Redação dada pela Emenda Consti-
tucional nº 18, de 1998)
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Territórios, além 
do que vier a ser fixado em lei, as disposi-
ções do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do 
art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual 
específica dispor sobre as matérias do art. 
142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos 
oficiais conferidas pelos respectivos gover-
nadores. (Redação dada pela Emenda Cons-
titucional nº 20, de 15/12/98)
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Es-
tados, do Distrito Federal e dos Territórios 
aplica-se o que for fixado em lei específica do 
respectivo ente estatal. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
Seção IV
DAS REGIÕES
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União po-
derá articular sua ação em um mesmo complexo 
geoeconômico e social, visando a seu desenvolvi-
mento e à redução das desigualdades regionais.
§ 1º Lei complementar disporá sobre:
I – as condições para integração de regiões 
em desenvolvimento;
II – a composição dos organismos regionais 
que executarão, na forma da lei, os planos 
regionais, integrantes dos planos nacionais 
de desenvolvimento econômico e social, 
aprovados juntamente com estes.
§ 2º Os incentivos regionais compreende-
rão, além de outros, na forma da lei:
I – igualdade de tarifas, fretes, seguros e ou-
tros itens de custos e preços de responsabi-
lidade do Poder Público;
II – juros favorecidos para financiamento de 
atividades prioritárias;
III – isenções, reduções ou diferimento tem-
porário de tributos federais devidos por 
pessoas físicas ou jurídicas;
IV – prioridade para o aproveitamento eco-
nômico e social dos rios e das massas de 
água represadas ou represáveis nas regiões 
de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.
§ 3º Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a 
União incentivará a recuperação de terras 
áridas e cooperará com os pequenos e mé-
dios proprietários rurais para o estabeleci-
mento, em suas glebas, de fontes de água e 
de pequena irrigação.
 
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CONSIDERAÇÕES SOBRE AS 
DISPOSIÇÕES DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
1. Princípios Constitucionais aplicáveis à Administração Pública
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência...
Trata-se dos princípios expressamente trazidos pela CF/88, considerando que há outros 
princípios aplicáveis.
Para memorizá-los, usa-se o macete do “LIMPE”:
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
1.1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
A administração pública só pode agir quando houver lei que determine ou autorize sua 
atuação. Assim, a eficácia da atividade da administração pública está condicionada ao que a lei 
permite ou determina.
Enquanto no âmbito dos particulares, o princípio da legalidade significa que podem fazer 
tudo o que a lei não proíba, no âmbito da administração pública esse princípio significa que o 
administrador só pode fazer o que a lei autorize ou determine.
Esse princípio é o que melhor caracteriza o estado Estado de Direito, pois o administrador 
público não pode agir de acordo com sua própria vontade e sim de acordo com o interesse do 
povo, titular do poder. Como, em última instância, as leis são feitas pelo povo, através de seus 
representantes, pressupõe-se que estão de acordo com o interesse público.
1.2. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE 
O administrador público deve ser impessoal, tendo sempre como finalidade a satisfação do 
intere interesse público, não podendo beneficiar nem prejudicar a si ou determinada pessoa.
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Esse princípio é visto sob dois aspectos:
a) como determinante da finalidade de toda atuação administrativa – inevitavelmente, 
determinados atos podem ter por consequencia benefícios ou prejuízos a alguém, porém, 
a atuação do administrador deve visar ao interesse público, sob pena de tal ato ser 
considerado nulo por desvio de finalidade;
b) como vedação a que o agente público valha-se das atividades desenvolvidas pela 
administração para obter benefício ou promoção pessoal – é vedado a promoção pessoal 
do agente público pela sua atuação como administrador.
Como exemplos de aplicação do princípio da impessoalidade, podemos citar a imposição 
de concurso público como condição para ingresso em cargo efetivo ou emprego público e a 
exigência de licitações públicas para contratações pela administração. 
1.3. PRINCÍPIO DA MORALIDADE
A moral administrativa está ligada à ideia de ética, probidade e de boa-fé. Não basta que a 
atuação do administrador público seja legal, precisa ser moral também, já que nem tudo que é 
legal é honesto.
Ato contrário a moral não é apenas inoportuno ou inconveniente, é considerado nulo.
1.4. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Esse princípio é tratado sob dois prismas:
a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos 
administrativos gerais que devam produzir efeitos externos ou onerem o patrimônio 
público – enquanto não for publicado, o ato não pode produzir efeitos;
b) exigência de transparência da atuação administrativa – finalidade de possibilitar, de 
forma mais ampla possível, controle da administração pública pelo povo.
1.5. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
O princípio da eficiência foi inserido o caput do art. 37 através da EC 19/1998. Visa a atingir 
os objetivos de boa prestação dos serviços, de modo mais simples, rápido e econômico, 
melhorando a relação custo/benefício da atividade da administração pública. O administrador 
deve ter planejamento, procurando a melhor solução para atingir a finalidade e interesse 
público do ato.
Esse princípio, porém, não tem um caráter absoluto, já que não é possível afastar os outros 
princípios da administração sob o argumento de dar maior eficiência ao ato. Por exemplo, não 
se pode afastar as etapas legais (princípio da legalidade) de um procedimento licitatório a fim 
de ter maior eficiência. 
 
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2. Cargos, empregos e funções públicas
São acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos 
estrangeiros, na forma da lei; (Obs.: Lei 8.112/90, art. 5º, § 3º As universidades e instituições de 
pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos 
e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei).
3. Exigência de concurso público
A regra é que a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade 
do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
4. Prazo de validade do concurso
O prazo de validade do concurso público será de até 2 anos, prorrogável uma vez, por igual 
período; ou seja, o prazo pode ser menor do que 2 anos; assim, se o prazo for de 1 ano, poderá 
ser prorrogado por mais 1 ano apenas. 
5. Prioridade de nomeação
Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em 
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre 
novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira. (Obs.: Lei 10.098/04, art. 14, 
parágrafo único Enquanto houver candidatos aprovados em concurso público com prazo de 
validade não expirado, em condições de serem nomeados, não será aberto novo concurso para 
o mesmo cargo). A regra

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