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1 Edvaldo Jerônimo da Silva Júnior – Matriz Extracelular – FCM/UPE Matriz Extracelular Introdução: Os tecidos animais são constituídos por células, mas entre as células existe substâncias que são importantes para o tônus celular e as suas funções. Elas são importantes para o crescimento e para a diferenciação das células. Essas substâncias são denominadas matriz extracelular e são constituídas por complexos de proteínas e polissacarídeos que se organizam formando uma rede. A quantidade de matriz é variável de um tecido par outro. Por exemplo: são abundantes em tecidos conjuntivos como as cartilagens, osso, derme e escassa nos tecidos epiteliais e nervoso. Na interface do tecido epitelial com o conjuntivo, vasos sanguíneos, capilares, a matriz extracelular forma um afina camada que é denominada de lâmina basal. Constituição da Matriz-Extracelular: A matriz extra celular é composta por colágeno e elastina embebidas por um gel hidrofílico de polissacarídeos associados a proteínas ou não. Essa matriz é produzida e secretada por células do tecido conjuntivo e dividem-se em dois tipos: 1) As que formam rede alongadas e fibrilares, são constituídas por colágeno e elastina. 2) Os compostos que se agregam mas que não formam fibrilas, como as glicoproteínas (laminina e fibronectina) e as proteoglicanos e glicosaminoglicanos. Colágeno e elastina: Servem para formar uma rede, a qual confere elasticidade e tônus para a matriz extra celular Fibronectina: Serve para manter aderidas células não epiteliais à lamina basal. Laminina: Mantêm as células epiteliais aderidas à lamina basal. Proteoglicanos e glicosaminoglicanos: Cria um gel hidrofílico , o qual permite a movimentação das células do tecido e a livre circulação de moléculas como hormônios, nutrientes e outros mensageiros químicos. Glicosaminoglicanos e proteoglicanos: Glicosaminoglicanos são polímeros de dissacarídeos que se repetem ao longo de uma cadeia linear e longa. São constituídos por um “amino glicose” e um “ácido urônico”. Os mais importantes são o ácido hialurônico, o dermatam sulfatado, condroitim sulfatado e o heparam sulfatado. Apresentam radicais carboxila (do ácido urônico) e radicais sulfato, exceto o ácido hialurônico. Consequentemente são substâncias com cargas extremamente negativas, o que atrais íons Na+ , tornando o meio osmoticamente hidrofílico , o que cria um gel fluído e possibilitará assim a função dos glicosaminoglicanos. Com exceção do ácido hialurônico , todos os glicosaminoglicanos se ligam covalentemente a uma proteína central, e o conjunto “proteína + glicosaminoglicanos” dá origem ao proteoglicano. Devido ao grande número de cargas negativas, as cadeias heteropolissacarídeas dos glicosaminoglicanos se repelem, o que contribui para a adesão de água às subunidades da cadeia. Além disso, essas cargas negativas conferem a propriedade de compressibilidade da matriz extracelular. Isso se observa quando a matriz é comprimida e a substância que está entre as cadeias heteropolissacarídea extravasam e após a finalização da compressão o líquido volta a sua conformação inicial. A matriz extracelular também é importante na prevenção das patologias, pois dificulta a penetração de seres infecciosos. Algumas bactérias como a estafilococos secretam substâncias que digerem a matriz e assim facilita a sua penetração. 2 Edvaldo Jerônimo da Silva Júnior – Matriz Extracelular – FCM/UPE Ácido Hialurônico Dermatan Sulfatado Ácido Hialurônico: 1) Único que não é sulfatado 2) Não está ligado covalentemente à proteínas e também é encontrado em bactérias. 3) Serve como lubrificante e absorve choques 4) Encontrado no humor vítreo, líquido sinovial das articulações, cordão umbilical e tecido conjuntivo frouxo Dermatan Sulfatado: 1) Encontrado na pele, vasos sanguíneos, válvulas cardíacas Sulfatos de Condroitina: 1) GAG mais ambundante do corpo. 2) Encontrado nas cartilagens , tendões, ligamentos e artéria aorta. 3) Forma agregados de proteoglicanos 4) Na cartilagem liga-se ao colágeno formando redes e mantendo as fibras unidas e fortes. Heparan Sulfatado 1) GAG extracelular encontrados na lâmina basal e como um componente ubíquo das superfícies celulares Proteoglicanos: Os glicosaminoglicanos, com exceção do ácido hialurônico, podem se ligar covalentemente a uma proteína central, formando um monômero proteoglicanos. As cadeias de glicosaminoglicanos mantêm-se separados por repulsão de cargas negativas e as várias cadeias do proteglicano lembra uma “escova de garrafa”. No proteoglicano da cartilagem, as espécies de glicosaminoglicanos incluem o sulfato de condroitina e sulfato de queratan. Aglomerados de Proteoglicanos Monômeros Proteoglicanos 3 Edvaldo Jerônimo da Silva Júnior – Matriz Extracelular – FCM/UPE A ligação da cadeia de carboidratos com a proteína acontece geralmente através de uma trihexosídeo ( galactose-galactose-xilose) e um resíduo de serina. Formando uma ligação glicosídica entre a xilose e a serina. Os monômeros proteoglicanos podem associar-se de maneira não covalente e sim de maneira iônica a uma molécula de ácido hialurônico e assim formar agregados proteoglicanos. Essa associação é estabilizadas por pequenas proteínas que são chamadas de proteínas de ligação.
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