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Significados do trabalho :Entendemos que o trabalho tem caráter plural e polissêmico e que exige conhecimento multidisciplinar; é também atividade laboral fonte de experiência psicossocial, sobretudo, dada a sua centralidade na vida das pessoas: é indubitável que o trabalho ocupa parte do tempo e espaço em que se desenvolve a vida humana contemporânea. Assim, ele não é apenas fonte de necessidades básicas, é também fonte de identificação e de auto‐estima, de desenvolvimento das potencialidades humanas. Trabalho e profissão são senhas de identidade. Desenvolvimento do trabalho: A história da organização do trabalho é a história do desenvolvimento tecnológico em favor da acumulação capitalista. Os avanços científicos ocorridos em nome do progresso, não conseguiram eliminar as formas de exploração física e psíquica dos trabalhadores. No que tange as técnicas de organização da produção e do trabalho, podemos citar os princípios taylorista, fordista e toyotista. Taylorismo O taylorismo não promoveu mudanças importantes na base técnica do processo de trabalho, sua preocupação foi com o desenvolvimento de métodos e organização do trabalho. Ele aprofundou a divisão do trabalho, assegurando o controle do tempo do trabalhador pela gerência, o que significou uma separação extrema entre concepção e execução do trabalho. A consequência dessa separação resultou na produção de relações sociais antagônicas e de trabalho alienado. De acordo com Braverman, o que Taylor buscava não era a melhor maneira de trabalhar, mas sim uma resposta de como controlar melhor o trabalho alienado. Fordismo Ford mantém o essencial do taylorismo e aperfeiçoa o método, introduzindo a linha de montagem e um novo modo de gerir a força de trabalho, com destaque aos incentivos dados aos trabalhadores por meio do aumento dos níveis salariais. Os trabalhadores sentiram o peso do trabalho duramente mecanizado, rotinizado, gerando um alto índice de absenteísmo, aumento de paralisações, dentre outros. Toyotismo Um novo sistema de organização e competitividade industrial, reproduzido por empresas que pretendem chegar a condição de empresas de categoria mundial. Adaptado à qualquer situação nacional. O referido sistema trouxe um conjunto de inovações, com as quais o objetivo maior era produzir pequenas séries de produtos variados a baixos custos. Isso implicava também na redução de efetivos e a redução de custos. Toyotismo O método é a “gestão pelos olhos”, cujo objetivo é eliminar tudo o que for considerado supérfluo. O ponto forte dessa fábrica mínima é o just in time (no tempo, em cima da margem, evitando estoques), que organiza a produção de modo a fabricar os produtos apenas na quantidade e no momento de serem escoados, o que pressupõe estoque mínimo e cm número reduzido de operários. Segundo Pontes (2002, p. 61): O trabalho assume papel de condicionador da existência humana, independentemente da sociedade que esteja sendo considerada. É ao trabalho que o homem tributa a razão do seu ser social, porque esse propicia o arrancar das potencialidades naturais a seu serviço e, concomitantemente, conduz ao seu auto‐desenvolvimento como espécie. Marx (1974) diz: (...) poderoso meio de substituir trabalho e trabalhadores, amaquinaria transformou‐se imediatamente em meio de aumentar o número de assalariados, colocando todos os membros da família do trabalhador, sem distinção de sexo e idade sob o domínio direto do capital. Alienação e ideologia A Alienação é um produto da (des)humanização das relações sociais que propiciam o estranhamento do sujeito em seu próprio meio, o não reconhecimento deste sujeito como pertencente a seu contexto. “A propriedade privada tornou‐nos tão néscios e parciais que um objeto só é nosso quando o temos, quando existe para nós como capital ou quando é diretamente comido, bebido, vestido, habitado, etc, em síntese, utilizado de alguma forma” (Marx, 1983, p.120) Ideologia é um conjunto de idéias ou pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos. Está em todas as ações: econômicas, políticas e sociais. O significado do trabalho: Segundo Dias (2004, p. 257 ‐ 259): Atividade desenvolvida para modificar a natureza e adaptá‐la para a satisfação de suas necessidades. O trabalho é a natureza humanizada, constituinte, originária do ser social, a objetivação da natureza. O trabalho humano é consciente e proposital, diferente do trabalho dos animais, que é caracterizado pelo instinto. Divisão do Trabalho A divisão do trabalho ocorre não somente como um meio para se alcançar a produção de mercadorias, mas considera a divisão de tarefas entre as pessoas e nas relações de propriedade. É a divisão dos meios de produção e da força de trabalho. O resultado da divisão do trabalho: o estado de alienação do proletariado, que também se reflete nas formas de dominação da burguesia. O Estado passa a ser propulsor da dominação da classe burguesa sobre a classe proletária, preservando o direito a propriedade privada. “Em sua forma contemporânea, a sociedade capitalista caracteriza‐se pela fragmentação de todas as esferas da vida social, desde a produção, com a dispersão espacial e temporal do trabalho, até a destruição dos referenciais que balizavam a identidade de classe e as formas de luta de classes. A sociedade aparece como uma rede móvel, instável, efêmera de organizações particulares definidas por organizações particulares e programas particulares, competindo entre si. (Chaui, 2006, p. 324) Direitos e garantias fundamentais Constituição de 1988 ‐ Art. 6º: São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 64, de 2010) Questão social “ (…) o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura (…) o desenvolvimento nesta sociedade redunda uma enorme possibilidade de o homem ter acesso à natureza, à cultura, à ciência, enfim, desenvolver as forças produtivas do trabalho social (…) na sua contra‐face, faz crescer a distância entre a concentração/ acumulação de capital e a produção crescente da miséria, da pauperização que atinge a maioria da população.” (IAMAMOTO, 1998, p. 27 ‐ 28) Afirmar que a matéria‐prima do trabalho do AS incide sobre as expressões da questão social e, fundamentalmente, sobre como elas são experienciadas, de forma singular, pelos usuários dos serviços prestados pelo assistente social é uma das formas de reconhecimento da perspectiva sócio‐histórica. Inerente à sociedade capitalista, por meio das expressões da questão social, é possível identificar as desigualdades, a exclusão social vivenciada pela classe subalterna com a qual o AS lida cotidianamente. O social e seus significados Segundo Fernandes (2005, p.2): “A sociedade não é algo abstrato, se faz na totalidade das relações dos seres sociais, na força da conjugação dos múltiplos movimentos do sujeitos que nela se inter‐relacionam e a transformam constantemente. A vida humana tem uma dimensão concreta: o desenvolvimento histórico dos meios produtivos da vida das pessoas. O modo de vida dos sujeitos da sociedade é atravessado por diversos fatores concretos tanto quanto pelos fatores de ordem imaterial”. O Serviço Social, Profissão Integrante da Divisão Sócio‐Técnica do Trabalho O QUE SÃO PROCESSOS DE TRABALHO? Segundo Iamamoto (2007, p.429): “ (…) não existe um processo de trabalho do Serviço Social, visto que o trabalho é atividade de um sujeito vivo, enquanto realização de capacidades, faculdades e possibilidades do sujeito trabalhador. Existe, sim, um trabalho do assistente social e processos de trabalho nos quais se envolve na condição de trabalhador assalariado”. PRÁTICA X PROCESSOS DE TRABALHO? “Transitar do foco da prática ao trabalho não é uma mudança de nomenclatura, mas de concepção: o que geralmente é chamado de prática corresponde a um dos elementos constitutivos dos processos de trabalho que é o próprio trabalho” (Iamamoto, 2001, p.95). PROCESSOS DE TRABALHO A estrutura dos processos de trabalho profissional do SS se organizam por meio de serviços e representações. Tais serviços, dependem excessivamente das representações e discriminações teóricas que o profissional realiza acerca do objeto organizacional e institucional, da finalidade de ambos, e, por fim do âmbito da inserção profissional na organização. “As ações dos processos de trabalho e as representações sobre elas operam a lógica que organiza a profissão real” (Gentilli, 2006, p. 26). O recorte do objeto de trabalho opera‐se a partir do recorte de inclusão dos diversos segmentos de cidadãos excluídos dos direitos de cidadania. Assim, a processualidade do trabalho do AS está profundamente relacionada às formas políticas e institucionalizadas de enfrentamento da questão social. O QUE SÃO PROCESSOS DE TRABALHO? Nos processos de trabalho, lançamo‐nos na utilização de diversas operações para atingir os objetivos propostos em nossas ações. Neste movimento operacional, é importante compreender o sentido social da utilização das técnicas e dos instrumentos que dispomos, na relação direta com os sujeitos. Os processos de trabalho visam elucidar o significado social da profissão (enquanto trabalho concreto e abstrato), no processo de produção das relações sociais, no cenário da sociedade brasileira contemporânea. A CONDIÇÃO DE TRABALHADOR ASSALARIADO Atividade assalariada de caráter profissional; Compra e venda da força de trabalho e a presença do equivalente geral: o dinheiro; Condição de trabalhador assalariado, regulado por um contrato de trabalho. Segundo Iamamoto (2007, p. 218): “A condição assalariada envolve a incorporação de parâmetros institucionais e trabalhistas que regulam as relações de trabalho: consubstanciadas no contrato de trabalho, que estabelecem as condições em que esse trabalho se realiza: intensidade, jornada, salário, controle do trabalho, índices de produtividade e metas a serem cumpridas”. Valor de uso e valor de troca. Relativa autonomia: o Assistente Social não detém todos os meios necessários para a realização do seu trabalho. A autonomia profissional é tensionada pela exigência dos empregadores. O processo de trabalho em que se insere não é por ele organizado e nem exclusivamente um processo de trabalho do Assistente Social. O produto do trabalho é aquele que o empregador reconhece de acordo com as suas determinações. PROCESSOS DE TRABALHO Desses processos resultam a própria IDENTIDADE profissional, que, por sua vez, é decorrente da convergência de três fatores: 1. O núcleo identitário. Objeto de trabalho, processo e produto; 2. As representações que expressam a consciência profissional (perspectiva ideológica, política e teórica); 3. Elementos subjetivos (sentimentos e emoções que sustentam a identidade). COMPOSIÇÃO DOS PROCESSOS DE TRABALHO Objeto de trabalho: múltiplas expressões da questão social; Projeto de intervenção: deve ser um instrumento que não só abranja as atividades a serem desenvolvidas, mas que também amplie descritivamente como serão executadas essas tarefas, passando por avaliações e efetivação do processo, atendendo a necessidade do público que demanda as políticas. Teorias e metodologias: teorias e metodologias utilizadas para fundamentar sua prática Interventiva. Instrumentos e técnicas: Uma das formas mais concretas para efetivação e de importância para o trabalho desenvolvido pelos Assistentes Sociais está nos instrumentos e nas técnicas utilizados nas atividades desenvolvidas. Projeto ético‐político: as contribuições dos Assistentes Sociais na perspectiva de consolidação do projeto ético‐político. Direitos sociais: articulação do projeto ético‐político da profissão com a realidade do exercício profissional, para a garantia de direitos nesses espaços sócio‐ocupacionais. COMPOSIÇÃO DOS PROCESSOS DE TRABALHO Produtos do Serviço Social: materialização dos processos de trabalho dos Assistentes Sociais a partir dos produtos que os profissionais atingem com suas práticas. INDEFINIÇÃO PROFISSIONAL Segundo Gentilli (2007, p. 39): “ A falta de discriminações teóricas entre atividades profissionais e atividades organizacionais, assim como a falta de distinção entre atividades, instrumentos empregados e produtos visados, contribuem para o agravamento do quadro de indefinição profissional, com reflexo imediato na sua identidade profissional”. Ao assumir os objetivos da organização como os da própria profissão, parcela dos assistentes sociais demonstra a dificuldade em reconhecer suas atribuições e competências a partir dos instrumentos analíticos e interventivos presentes no exercício profissional. O SERVIÇO SOCIAL E OS NOVOS TEMPOS Evitar a perspectiva do messianismo profissional. Romper com a visão endógena da profissão. O deterioramento dos serviços sociais públicos, implica uma transferência para a sociedade civil, de parcela das iniciativas para o atendimento das sequelas da questão social. Acolhimento do sujeito: aceitação de suas diferenças, das dificuldades e potencialidades. Leitura do fato singular conectado ao conjunto. Habilidade relacional. Tipo peculiar de escuta: dar atenção a tudo o que é trazido pelas pessoas em suas falas. Não nos cabe o julgamento pessoal dos indivíduos. Na análise social, não penalizar o sujeito como “culpado” por sua miséria, alienação, etc. Não se colocar como “controlador” do cotidiano da classe popular. Uma prática que se faz no cenário público, mas que chega a vida privada das pessoas, abrindo‐se grandes possibilidades para uma prática educativa” (Martinelli, 1998, p.40). Ao realizarem suas ações profissionais o AS exerce a função de um educador político, comprometido com a política democrática ou um educador envolvido com a política dos “donos do poder”. PROCESSOS DE TRABALHO E O COTIDIANO Segundo Heller (2004, p.17): a vida do homem inteiro é a vida cotidiana, pois todos os aspectos da individualidade e personalidade do homem são evidenciados na cotidianeidade, e é por meio do cotidiano que o homem coloca em funcionamento seus sentidos, habilidades, intelectualidade, sentimentos e ideologia. Segundo Gentilli (2007, p.14): As singularidades cotidianas vivenciadas pelos profissionais expressam, nas externalidades e nas aparências das microrealidades de cada campo de atuação ou de cada programa de trabalho, as articulações, os nexos e as mediações entre trivialidades e “substâncias” da vida social e da profissão, constituindo‐se espaços nos quais todas as possibilidades estão postas, seja para construir as mudanças desejadas, seja para conformar as que já vieram. “A aproximação com a população é uma das condições para permitir impulsionar ações inovadoras no sentido de reconhecer e atender às efetivas necessidades dos segmentos subalternizados. Caso contrário, o assistente social poderá dispor de um discurso de compromisso ético‐político com a população, sobreposto a uma relação de estranhamento perante essa população, reeditando programas e projetos alheios às suas necessidades, ainda que em nome do compromisso. Para um compromisso com o usuário é necessário romper as rotinas e a burocracia estéreis, potenciar as coletas de informações nos atendimentos, pensar a reorganização do plano de trabalho, tendo em vista as reais condições de vida dos usuários. Em outros termos, identificar como a questão social vem forjando a vida material, a cultura, a sociabilidade, afetando a dignidade da população atendida.” (IAMAMOTO, 2012) O CONHECIMENTO A Lei 8662/93 estabelece que o AS deve: “planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais” Conforme Luckesi (1994), o conhecimento é a compreensão inteligível da realidade, que o sujeito humano adquire através de sua contestação com essa mesma realidade. Podemos dizer que há níveis e graus de conhecimento: oriundo da intuição, do entendimento e da razão crítico‐dialética (como o mais alto nível de conhecimento), esses se constituem em momentos distintos, porém complementares. MÉTODO DIALÉTICO 1. SENSO COMUM 2. ANÁLISE 3. NEGAÇÃO 4. NOVO PATAMAR O COTIDIANO E O MÉTODO DIALÉTICO No cotidiano da vida de cada um, os fenômenos se apresentam como se fossem objetivos, absolutamente reais e concretos. A aparência não é igual a essência. O método dialético se propõe a um desmonte, à destruição da aparente “objetividade do fenômeno”. Pretende conhecer o fenômeno por detrás de sua aparência. O método é o movimento das estratégias para buscar a concretização da finalidade das ações. Tendo em vista uma ética libertária, serão necessárias alternativas de construções de mediações que sejam direcionadas para superação das obscuridades do real. O método, na perspectiva dialética, é pensado para o desmonte do fetichismo das relações sociais, para se obter clareza nos processos de alienações e, ao mesmo tempo, para o trabalho de conscientização, que é o contrário da alienação. A CATEGORIA MEDIAÇÃO E O SERVIÇO SOCIAL Ao contrário do que muitos pensam a mediação não é somente o ato de mediar conflitos, problemas.A mediação que nos referimos aqui consiste numa categoria da teoria crítica marxista, e só é possível por meio do método dialético de análise da realidade. A mediação consiste em um caminho de apreensão do real por meio de sucessivas aproximações, e mais do que um processo reflexivo ela consiste também e necessariamente, em um processo prático‐concreto. Na intervenção profissional do assistente social,a mediação possibilita a construção e reconstrução do objeto de intervenção profissional na busca de uma prática transformadora, possibilitando ao profissional uma atuação de forma crítica e transformadora as demandas da profissão. A categoria mediação ontribui na intervenção profissional do assistente social uma vez que possibilita a compreensão dos fenômenos não como fatos isolados, mas como parte de um complexo social que sofre influências sociais, econômicas, políticas, ideológicas, culturais dentre outras. Este processo de mediação pode ser compreendido através da tríade: singularidade universalidade e particularidade. PRÁXIS A práxis pode ser entendida como o processo de trabalho do AS que se preocupa em desenvolver suas atividades no sentido do movimento das necessárias superações do cotidiano, no trabalho de acompanhamento das transformações do real. A práxis é o movimento das atividades que não se limitam às ações repetidas, reiteradas e reificadas. A revolução do cotidiano deve estar presente na práxis do AS. Uma postura ética, um método e uma práxis não são elementos que se separam; estão interligados e apresentam‐se ao processo de trabalho do AS. O método não é algo que se isola da intencionalidade e da necessidade de direcionar o conjunto de ações planejadas na direção que é apontada por uma ética. Toda metodologia será consequência desta articulação e do processo de construção da práxis. DIMENSÃO INVESTIGATIVA DO ASSISTENTE SOCIAL Um dos princípios fundamentais que compõem as diretrizes curriculares gerais para o SS, emitida pela ABEPSS, em 1996, é o estabelecimento das dimensões investigativa e interventiva como princípios formativos e condição central da formação profissional, e da relação teoria e realidade. Assumir a investigação como suporte do exercício profissional. A dimensão investigativa é a dimensão do novo! Ela questiona, problematiza, testa hipóteses, permite revê‐las, mexe com os preconceitos, estereótipos, supera a mera aparência. Permite construir novas posturas visando a uma instrumentalidade de novo tipo: mais qualificada e que equivale a dizer, mais eficiente e eficaz, competente e compromissada com os princípios da profissão. O SERVIÇO SOCIAL E OS NOVOS TEMPOS Segundo Iamamoto (2001, p.20): “(…) um dos maiores desafios que o AS vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. Enfim, ser um profissional propositivo e não só executivo”. Conforme Iamamoto (2001, p.21). “As possibilidades estão dadas na realidade, mas não são automaticamente transformadas em alternativas profissionais. Cabe aos profissionais apropriarem‐se dessas possibilidades e, como sujeitos, desenvolvê‐las transformando‐as em projetos e frentes de trabalho.” COMPETÊNCIAS DO ASSISTENTE SOCIAL Assistente Social deve ter domínio de três dimensões/competências: Competência ético‐política: O AS não é um profissional “neutro”. Assim é fundamental que o profissional tenha um posicionamento político frente as questões sociais, para que possa ter clareza de qual é a direção a ser tomada na sua prática. COMPETÊNCIAS DO ASSISTENTE SOCIAL Assistente Social deve ter domínio de três dimensões/competências: Competência teórico‐metodológica: É necessário um intenso rigor teórico‐metodológico, a fim de que o profissional enxergue a dinâmica da sociedade para além dos fenômenos aparentes, buscando apreender sua essência, seu movimento e as possibilidades de construção de novas possibilidades profissionais. Assistente Social deve ter domínio de três dimensões/competências: Competência técnico‐operativa: o profissional deve conhecer, se apropriar, e sobretudo, criar um conjunto de habilidades técnicas que permitam, ao mesmo tempo, desenvolver as ações profissionais junto à população usuária e às instituições contratantes. ESPAÇOS SÓCIO‐OCUPACIONAIS Área estatal; Instâncias públicas de controle democrático; Empresas; Fundações empresariais; Organizações privadas não lucrativas; Organizações da classe trabalhadora. DESAFIOS Trabalho com famílias superando abordagens conservadoras; Inserção da profissão na construção de uma sociedade democrática e participativa; Construir DIREITOS SOCIAIS. Reafirmar o Projeto Profissional (na perspectiva de uma globalização contra hegemônica); Formação Profissional e Processo de Permanente Qualificação dos assistentes sociais brasileiros: (enfrentar a questão da precarização do ensino); Ampliação de Postos de Trabalho combinada com a defesa de suas condições. “O Serviço Social é uma profissão investigativa e interventiva. Portanto, as análises de seus estudos e pesquisas precisam ser realizadas a partir de situações concretas e possuir utilidade social, não interessando o conhecimento realizado apenas com finalidade descritiva e contemplativa. Para que os estudos e pesquisas tenham utilidade social é fundamental, além da clareza do projeto ético‐político construído coletivamente pela categoria, o domínio teórico‐metodológico e técnico‐operativo,alicerçados pelo conjunto de conhecimentos, habilidades, atribuições, competências e compromissos necessários à realização dos processos de trabalho, em qualquer espaço ou âmbito de atuação onde o assistente social o realize.” (Fraga, 2010) O SERVIÇO SOCIAL E OS NOVOS TEMPOS Conforme Iamamoto (2001, p.21). “As possibilidades estão dadas na realidade, mas não são automaticamente transformadas em alternativas profissionais. Cabe aos profissionais apropriarem‐se dessas possibilidades e, como sujeitos, desenvolvê‐las transformando‐as em projetos e frentes de trabalho.” Segundo Gentilli (2001, p. 48): “Possibilidades novas de trabalho se apresentam e necessitam ser apropriadas, decifradas e desenvolvidas; se os AS não o fizerem, outros farão, absorvendo progressivamente espaços ocupacionais até então a ele reservados”.
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