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ACIDENTE OFÍDICO

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ACIDENTE OFÍDICO
Acidente bothrópico efeito inflamatório, coagulante e hemorrágico;
Acidente crotálico principal efeito é o miotóxico;
Acidente elapídico efeito maior (neurotóxico), interfere no sistema colinérgico (coral verdadeira);
Acidente lachético não é comum porque o gênero é de matas fechadas, risco maior pela distância e por demorar atendimento (surucucu); Efeito similar ao bothrópico mas com sintomatologia vagal - SNPS.
Os acidentes mais comuns são bothrópicos e crotálicos, jararaca e cascavel respectivamente.
Índices de acidentes ofídicos no Brasil
Gênero Bothrópico– 73,5% casos 
Gênero Crotálico– 7,5% casos
Gênero Elapídico– 0,7% casos
Gênero Lachesis– 3%
São serpentes que inoculam peçonha, que são produzidas nas glândulas, e são inoculadas pelas presas. 
Em casos de acidentes por animais peçonhentos há um “Programa Nacional de Controle dos Acidentes por Animais Peçonhentos” desde 1986. A notificação por acidente por animais peçonhentos é obrigatória, para se ter uma estimativa da necessidade de anti-soros.
Também se utiliza das campanhas para que diminuam os acidentes por animais peçonhentos. Campanhas para controle do desmatamento, campanhas de utilização de predadores naturais e utilização de EPI quando realizar trabalhos em locais perigosos (cuidado ao mexer com pilhas de lenha, palhadas de milho, cana...).
Medidas de primeiros socorros 
 O que deve ser feito: lavar o local com água e sabão, manter o membro da picada elevado (diminuir edema), hidratar o paciente e levar ao atendimento médico. (VAI CAIR NA PROVA)
 O que não deve ser feito: não sugar a peçonha com a boca, não perfurar o local da picada, não realizar o torniquete (garrote) – porque intensifica os sintomas locais e pode provocar a amputação do membro, ou então causar confusão na hora de identificar o animal pelos sintomas específicos (sistêmicos), não utilizar fitoterápicos, não passar pó de café e não utilizar o “específico pessoa” – extrato feito de forma ilegal, possui um teor alcoólico muito alto e sem comprovação do seu efeito. A utilização de extratos desse tipo causa uma falsa segurança no paciente e que faz com que ocorra uma demora na procura pelo atendimento médico. 
Se possível levar o animal para o hospital, para identificar.
Crotálico, bothrópico e lachético possuem a presa chamada solenóglifa, de fácil inoculação da peçonha. O elapídico possui a presa proteróglifa, o que faz com que a peçonha seja pouco inoculada. 
As serpentes com a presa opistóglifa são classificadas como não peçonhentas, porque não conseguem inocular a peçonha, pois a presa é muito interna, provocam no máximo uma reação local. 
A coral é a serpente que não possui as características principais das serpentes peçonhentas, não possui fosseta loreal e nem presa solenóglifa. 
As caudas se dividem em:
Cauda com guizo crotálico 
Cauda lisa bothrópico
Cauda com espículas (eriçada) laquético.
Gênero Bothrópico
É um gênero presente em matas ciliares, locais úmidos e possuem hábitos noturnos. Aparece principalmente quando há muita chuva e depois sai sol. 
Peçonha: provoca efeitos proteolíticos, coagulantes e hemorrágicos. 
O efeito proteolítico favorece o processo inflamatório local e a absorção da peçonha. 
O efeito coagulante vem a seguir, quando a peçonha cai na corrente sanguínea e ativa os fatores de coagulação, que faz com o efeito local se exacerbe. 
O processo hemorrágico é decorrente do esgotamento dos fatores de coagulação, estão em excesso, esgotam e então provocam a hemorragia. 
A sequência do efeito gera: Lise celular Processo inflamatório Isquemia C.I.D. Isquemia em outros órgãos IRA Esgotamento dos Fatores de Coagulação Hemorragia Hipotensão choque e óbito.
Em casos mais graves pode causar a coagulação intravascular disseminada, levando a isquemia dos órgãos (obstrução de feixes nervosos e vasos sanguíneos), o que causa uma síndrome compartimental, os trombos acabam inibindo a chegada do sangue a determinado tecido o que pode causar morte tecidual. 
Os trombos causam obstrução de outros órgãos também, considerando no caso dos rins, levando a uma insuficiência renal aguda, pela falha na irrigação do órgão. 
 No acidente laquético também ocorre essa sequência de sintomas. No acidente crotálico esse intenso efeito na coagulação não é característico, apenas em 4% dos casos ocorre. 
Sintomas locais
Edema 
Eritema 
Equimose
Bolhas 
DOR LOCAL INTENSA
Complicações no acidente bothrópico
Abcesso
Necrose
Hemorragia local
Síndrome compartimental
Diagnóstico laboratorial
Hemograma Hemácias, plaquetas, leucócitos; (para acompanhar os sintomas)
Coagulograma TC (mais rápido, bom para determinar a quantidade de ampolas a ser utilizada) ,TAP, KPTT – principalmente;
Função renal Uréia e Creatinina; (para acompanhar os sintomas)
Parcial de urina Proteinúria, hematúria, leucocitúria (para acompanhar os sintomas). 
Tratamento sintomático
Abcesso – Antibióticoterapia e profilaxia do tétano (ACM)
Hidratação 
Síndrome compartimental 
Fasciotomia e debridamento do local necrosado.
Tratamento específico
Varia de acordo com os sintomas do paciente;
Manifestação dos sintomas;
Leve, moderado e grave.
Acidente por gênero lachesis 
 Possui os mesmos efeitos do bothrópico, diferenciando apenas na sintomatologia vagal. 
O acidente ocorre por surucucu, serpentes agressivas que ficam em posição de alerta. Localizadas em regiões úmidas, possuem hábito noturno, presentes em florestas fechadas, como a floresta amazônica, zona da mata e mata atlântica -Acidentes raros.
Efeitos Proteolítico; Coagulante e Hemorrágico – igual no bothrópico. 
A peçonha possui a bradicinina e cininogenases que provocam a hipotensão. 
Sintomatologia vagal paciente com sincope (hipotensão acentuada), paciente desliga. 
Relacionado com sistema nervoso parassimpático;
Sintomas 
Dor;
Edema;
Eritema e bolhas;
Necrose;
Síndrome compartimental.
 Hemorragia – Equimose, gengivorragia e epistaxe.
Manifestação vagal: Hipotensão arterial, tonturas, escurecimento da visão, bradicardia, cólicas abdominais e diarreia, choque e óbito. 
 Paciente deve ser tratado rapidamente, pois é um acidente muito grave. 
Diagnóstico laboratorial 
Hemograma;
Função renal e hepática;
Gasometria;
TC, TAP e KPTT.
Tratamento específico
Atropina – para sintomas vagais e bradicardia; 
SAL (soro anti-laquético) –5/10/20 ampolas via IV; 
SAB (soro anti-bothrópico) como terapia alternativa – por possuir sintomas parecidos – geralmente utilizado quando falta SAL.
Tratamento sintomático
Hidratação;
Manter o membro elevado;
Profilaxia do tétano;
Antibióticoterapia.
Acidente pelo gênero crotálico 
A serpente desse gênero vive em regiões secas, semiáridas e rochosas. É característico encontra-las em locais de plantação. 
 Possui o guizo na cauda, fácil de reconhecer.
Peçonha Efeitos
Neurotóxico (Crotoxina – Inibe liberação pré-sináptica de Ach/ Convulxina– Perda do equilíbrio, convulsões, visão turva). 
Miotóxico (Crotamina – Atividade despolarizante de fibras musculares /contração e paralisia muscular esquelética). Crotamina+Crotoxina Rabdomiólise.
Coagulante (Giroxina – Fibrinogênio em Fibrina). 
O efeito neurotóxico se deve a compostos que inibem a liberação da acetilcolina, auxiliando também no efeito miotóxico. No efeito miotóxico, causa despolarização das fibras musculares o que causa a longo prazo a degeneração das fibras musculares, causando rabdomiólise – libera mioglobina, que pode se depositar principalmente nos glomérulos renais – (no tratamento usa anticolinesterases). O efeito coagulante não é característico dessa peçonha, porém quando ocorre, é da mesma forma que do acidente bothrópico: Ativação dos fatores de coagulação, esgotamento dos fatores de coagulação e então provocam coagulação intravascular disseminada e hemorragia. não é comum dessa peçonha. 
O paciente pode ir a óbito pelo depósito de mioglobina nos glomérulos renais, causando uma insuficiência renal aguda. Para diminuir esse depósitodeve-se realizar hidratação intensa.
Sintomas
3 a 6 hrs
Não sente dor no local;
Pele fica flácida;
Cara de bêbado – face miastênica, ptose palpebral principal sintoma e primeiro a aparecer (é mascarado quando se utiliza garrote);
Visão turva;
Fraqueza muscular; 
Dificuldade respiratória.
12 hrs após
Mialgia;
Mioglobinúria (urina marrom) (Rabdomiólise);
IRA (48 hrs);
CID e hemorragia –40% dos casos.
Diagnóstico laboratorial
Parcial de urina;
Hemograma;
TC, TAP, KPTT;
Gasometria;
Eletrólitos (Hipercalemia e hipocalcemia);
Ureia e creatinina – Função renal;
ALT – Função hepática;
CPK, AST, LDH, FA – Lesão muscular;
Eletrocardiograma.
Tratamento sintomático
Abcesso Antibióticoterapia
Alcalinização da urina Bicarbonato de sódio IV com monitorização da gasometria
Acidente por gênero Elapídico
Possui anéis circulares, não possui fosseta loreal, presas proteógrifas e a cauda se afina proporcionalmente.
Peçonha efeito neurotóxico
Neurotoxina pré-sináptica Inibe a liberação de Ach das vesículas não ocorrendo estimulação para contração muscular.
Neurotoxina pós-sináptica Antagonista colinérgico na JNM
Sintomas 
Face miastênica 
Paralisia aguda miastênica – pela inibição da liberação e na ligação na junção neuromuscular
Inicia em minutos após ou primeiras horas:
Dor discreta e parestesia;
Náusea, vômito;
Fraqueza muscular progressiva;
Visão turva, paralisia da musculatura de face, orofaríngea, intercostal e diafragmática; 
Dificuldade em deglutir, fácies miastênica;
Parada respiratória e morte.
Por ter grandes chances de poder causar parada cardiorrespiratória, ao chegar no hospital o médico administra 10 ampolas, para não arriscar complicações. 
Tratamento 
Insuficiência respiratória Neostigmina 0,05 a 0,1 mg/kg IV 
Atropina (para reestabelecer o efeito nicotínico, e diminuir os efeitos muscarínicos).
0,5 mg/kg IV –Adulto 
0,05 mg/kg IV -Criança
 Monitoramento com gasometria
Coleta de amostras
Momento inicial do atendimento;
6 horas após acidente;
6 -12 horas após a administração do soro antiofídico;
24, 48 e 72 horas.

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