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SEMINÁRIO farmacognosia

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SEMINÁRIO 
Testes Físico-químico
Solanum lycocarpum
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Lobeira
Lobeira,fruto do lobo(alimento lobo-guará)
Solanum Lycocarpum ST. Hil. –Família Solanacea (mesma que o tomate e pimenta malagueta).
Fruto da Lobeira (em destaque)
Arbusto ou arvoreta de até 5 m de altura , copa arredondada e aberta, com distribuição por todo o Bioma Cerrado. Folhas simples , alternas, de consistência firme, densamente recobertas por tricomas (“pêlos”), margens irregulares, variando de 16-28 cm de comprimento. Floresce por todo o ano. Suas flores são hermafroditas, com 05 sépalas cuja porção soldada permanece aderida ao fruto, 05 pétalas lilases com a base soldada umas às outras; 05 estames com grandes e evidentes anteras amarelas, que liberam o pólen por pequenos orifícios em suas extremidades; o ovário é súpero, dividido em dois compartimentos (lóculos), característico da família Solanaceae (ovário com 2 lóculos).
Sobre a Lobeira
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Indicações
Parte usada
Preparo e dosagem
Emoliente, anti-reumática, é muito utilizada no tratamento do diabetes, obesidade, para quem altas taxas de colesterol (CRUZ, 1982). Apesar de sua intensa utilização, existe poucos estudos farmacognósticos. Parte usada-folhas. Preparo-banho e compressa: 1 xícara de chá de folhas picadas para 1 litro de água fervente. Aplicar nos locais afetados 4 vezes ao dia por 10 minutos. Xarope: macerar 1 xícara de chá de rodelas do fruto e flores. Despejar ½ litro de água fervente. Deixar repousar por 12 horas. Coar, levar ao fogo 3 xícaras de açúcar cristal e preparar uma calda. Adicionar à calda a infusão preparada e mexer por 5 minutos. Guardar em um frasco de vidro muito bem limpo. Beber de 5 a 6 colheres de sopa ao dia.Indicações- tônico, contra asma, gripes e resfriados. flores e frutos. infuso: 1 xícara de chá de flores e rodelas do fruto para 1 litro de água fervente. Deixar esfriar. Adoçar com mel. Beber de 4 a 5 xícaras de café do chá ao dia.Fonte: Rodrigues e Carvalho 2001 
Utilização medicinal da lobeira
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Detalhes da planta
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No mercado brasileiro, a maioria dos produtos à base de plantas não são submetidos ao controle de qualidade e nem a testes que comprovam sua eficácia e segurança, expondo a população a riscos de saúde desconhecidos. Situação esta inaceitável, numa época em que as exigências de segurança, eficácia e qualidade, estabelecida pelas agências regulamentadoras de medicamentos, se tornaram mais rígidas. A permanência ou entrada no mercado desses produtos estão relacionadas ao desenvolvimento de estudos científicos objetivando a obtenção de matérias-primas controladas, o desenvolvimento de tecnologias apropriadas para a obtenção de extratos vegetais e, especialmente, a realização de ensaios clínicos.
INTRODUÇÃO
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Em Métodos físicos e físico-químicos (5.2), foi realizada uma revisão completa dos Métodos de espectrometria atômica (5.2.13), bem como dos métodos de cromatografia (5.2.17) que foram reescritos e se encontram bem mais completos. Foi incluído texto sobre métodos de eletroforese capilar (5.2.22.1) e inúmeros outros que passaram ou por revisão completa ou por modificação de texto.Para os Métodos químicos (5.3), foi realizada revisão completa dos ensaios limite, com ênfase para a eliminação do uso de ácido sulfídrico e a inclusão da espectrometria atômica no Ensaio limite para metais pesados (5.3.2.3). Incluiu-se o Ensaio iodométrico de antibióticos (5.3.3.10), cujo procedimento era, anteriormente, descrito em cada monografia passando, agora, a contar com um método geral próprio.
Fonte: Farmacopéia Brasileira, pag. 07
Números indicativos no texto se refere ao conteúdo nos capítulos.
Farmacopéia Brasileira
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Apesar de sua intensa utilização, existe poucos estudos farmacognósticos envolvendo S. lycocarpum, o que se faz necessária a realização dos mesmos visando estabelecer parâmetros de qualidade e padronização desta planta medicinal, atestando a sua pureza, autenticidade, melhor época de colheita, avaliação dos processos de secagem,determinação da umidade, teor de extrativos, teor de cinzas totais e cinzas insolúveis emácido, teor de constituintes químicos, dentre outros estudos (FARMACOPÉIABRASILEIRA, 1988; SIMÕES et al., 1999; ALBERTON et al., 2001; FRANCO, 2001;CARDOSO, 2002). 
ESTUDOS DA PLANTA
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Os materiais utilizados foram:
-Frutos de Solanum lycocarpum (com estabilização - CE e sem estabilização - SE);
Balança com Infravermelho (INFRATEST); Mufla; Estufa de secagem com circulação de
ar e aquecimento; Medidor de pH; Dessecador.
MATERIAIS E METODOLOGIA
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As técnicas Farmacopéicas (Farmacopéia Brasileira 4a edição) (1988) e da WHO (1998), mais utilizadas no controle de qualidade e que foram utilizadas neste trabalho são: análise granulométrica, determinação da perda por secagem em estufa com circulação de ar, determinação da perda por dessecação em Balança com Infravermelho (INFRATEST),
determinação da densidade aparente não compactada, determinação do teor de cinzas totais e cinzas insolúveis em ácido, determinação do pH da droga vegetal e determinação do teor de extrativos.
METODOLOGIA
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Parâmetros de Qualidade
Resultados obtidos (média ± DP)
CE* SE*
Diâmetro médio das partículas
0, 814 mma ± 0,082 0,814 mm ± 0,082
Densidade aparente não compactada 0,637 g/cm3b ± 0,025 0,60 g/cm3 ± 0,015
Perda por secagem 78,12 %a ± 0,009 77,25 % ± 0,007
Perda por dessecação em estufa 8,20 %b ± 0,175 7,21 % ± 0,138
Teor de cinzas totais 3,18 %b ± 0,102 3,03 %, ± 0,404
Teor de cinzas insolúveis em ácido 0,10 %b ± 0,033 0,07 % ± 0,033
Teor de extrativos 29,83 %b ± 2,081 36,00 % ± 4,582
pH 4,74b ± 0,011 4,74 ± 0,015
*CE = secagem com estabilização; SE = secagem sem estabilização
a Média ± desvio padrão obtido a partir de 5 determinações; b Média ± desvio padrão obtido a partir de 3 determinações.
Análises física e físico-química do pó dos frutos de Solanum lycocarpum
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Os resultados dos testes físico-químicos demonstraram que a droga vegetal utilizada encontra-se dentro dos parâmetros de controle de qualidade dos órgãos oficiais para drogas vegetais em geral, já que não existem parâmetros de comparação para S. lycocarpum. Cabe salientar ainda a importância de se definirem parâmetros de controle de qualidade para plantas medicinais muito utilizadas pela população brasileira e que nem ao menos tem seus estudos físico-químicos concluídos.
CONCLUSÕES
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