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Diversidade Cultural na Escola

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MONTE SERRAT
BRAIANE DOS SANTOS
ESKALENA ADRIANA
FERNANDA MOURA
JOCIELE RIBEIRO 
RAFAELA BRILHANTE 
A cultura como ponto de partida e a diversidade como conquista política e social 
Diversidade Cultura no cotidiano escolar do professor
Santos
2018
CENTRO UNIVERSITÁRIO MONTE SERRAT
BRAIANE DOS SANTOS
ESKALENA ADRIANA
FERNANDA MOURA
JOCIELE RIBEIRO 
RAFAELA BRILHANTE 
A cultura como ponto de partida e a diversidade como conquista política e social 
Diversidade Cultura no cotidiano escolar do professor
Trabalho Interdisciplinar Dirigido apresentado ao Centro Universitário Monte Serrat como exigência parcial para a aprovação na disciplina Trabalho Interdisciplinar Dirigido do Curso de Pedagogia.
 Orientador(a):Prof. Adriana 
Santos
2018
 
BRAIANE DOS SANTOS
ESKALENA ADRIANA
FERNANDA MOURA
JOCIELE RIBEIRO 
RAFAELA BRILHANTE 
A cultura como ponto de partida e a diversidade como conquista política e social 
Diversidade Cultura no cotidiano escolar do professor
Trabalho Interdisciplinar Dirigido apresentado ao Centro Universitário Monte Serrat como exigência parcial para a aprovação na disciplina Trabalho Interdisciplinar Dirigido do Curso de Pedagogia.
 Orientador(a):Prof. Adriana 
BANCA EXAMINADORA
Nome do examinador:
Titulação:
Instituição:
Nome do examinador: 
Titulação:
Instituição:
Local: Centro Universitário Monte Serrat–UNIMONTE
Data da aprovação:__/__/_
“Ser livre é conseguir flutuar entre a diversidade e a multiplicidade, sem perder a própria identidade”
(Dimos Iksilara)
A CULTURA COMO PONTO DE PARTIDA E A DIVERSIDADE COMO CONQUISTA POLÍTICA E SOCIAL
SOUZA, Maria José; SANTOS, João dos; SILVA, Maria Aparecida da.
Centro Universitário Monte Serrat
Resumo
O presente ensaio propõe-se a discutir o tratamento da diversidade dado pela escola ao longo da História e investigar as diversas percepções sobre a diversidade no ambiente escolar. Buscamos aprofundar o tema proposto a partir da seguinte problematização: Tendo em vista a atual conformação das famílias brasileiras, como o professor e a escola lidam com as atividades que envolvam a temática familiar? Com base nas discussões mediadas por nossos professores em sala de aula, além de pesquisa bibliográfica e análises dos resultados de entrevistas e questionários, propomos como hipótese: ainda hoje a escola não prepara os professores, ou não quer se preparar para lidar com os diferentes tipos de famílias. A sociedade por si só já é conservadora no diz respeito à formação familiar e então acaba sendo reproduzido dentro das escolas, e os professores por não serem aptos acabam não sabendo lidar com as situações que enfrentam no cotidiano escolar. O referencial teórico pesquisado destacou que esses comportamentos dificultam a concentração e a aprendizagem pode ser considerada um aviso para o professor intervir junto com a turma, ou mesmo orientar os pais a buscarem apoio especializado. A análise das percepções dos entrevistados nos revelou grande desconhecimento, insegurança ou preconceito das escolas, ao se direcionarem às famílias, prevalecendo um favorecimento pela família tradicional. Em vista disso, as demais configurações familiares nem sempre estão sendo consideradas. Tais reflexões nos levaram a considerar que a escola é um espaço intermediário de educação entre a família e a sociedade, sendo um ambiente voltado para a construção da personalidade moral, de cidadãos autônomos que buscam de maneira consistente e virtuosa a felicidade e o bem pessoal e coletivo. Por isso a escola pode ajudar os alunos e os pais a lidar com a diversidade das relações familiares e, principalmente, dar apoio para as famílias com uma conformação diferente. Para isso, é fundamental que professores e funcionários estejam convencidos de que todas as relações amorosas são validas e que qualquer criança quando é amada e cuidada pode ser feliz e saudável, independentemente do tipo de arranjo familiar que ela tenha.
Palavras-chave: Cultura. Diversidade. Escola. Percepções.
Introdução
	Por que uma preocupação com essa instância educativa? A escola é um lugar privilegiado na construção de valores sociais homogêneos e condutas socialmente valorizadas. Mas a questão que se impõe é se a escola está preparada para lidar com essas mudanças sociais que se colocam em várias condições. Será que o professor está preparado para lidar com esta nova realidade? Como será que se encontra a questão da formação de educadores? Há uma preocupação do Estado em alinhar o currículo escolar com as novas disposições da sociedade brasileira? Como se pode notar, as dúvidas são inúmeras. Entretanto, há a percepção de que se está apenas começando a abrir os olhos para essas questões. Ou seja, o caminho ainda é longo na construção de uma escola e de um processo educativo que acolhe novos arranjos familiares.
Nossa pesquisa tem como objetivo a diversidade cultural como uma variedade que influência na construção do comportamento humano e suas consequências no espaço escola, como exemplo a não aceitação que caracteriza uma antiga discriminação na opção sexual.
A instituição escolar é um lugar de socialização onde se iniciam as primeiras relações de amizades e interações com diferentes culturas. Assim, a escola não pode deixar de se preparar para melhor acolher os diferentes moldes familiares, as quais, na atualidade, manifestam-se com maior frequência, ao reivindicarem seu espaço na sociedade e, portanto, também no ambiente escolar. 
Alguns formatos familiares ainda sofrem preconceitos diante de uma cultura tradicional que tem grande dificuldade de aceitar as diferentes famílias, um dos arranjos familiares que se incluem nestes casos são as uniões homoafetivas, que nos dias atuais vem crescendo a cada dia e, como consequência, a ampliação formal do conceito de família. 
	Nesse sentido, a escola necessita estar atenta às mudanças sociais, alterando costumes e contribuindo para uma nova cultura escolar. A forma de comunicação entre escola e família necessita ser mais receptiva, democrática e acolhedora. Diante do que foi citado, se faz necessário conhecer e analisar de que forma as instituições realizam ou podem realizar o acolhimento das famílias, para que se possa pensar em caminhos de aproximação com os diferentes formatos familiares. Para desenvolver o estudo procuramos conhecer como é que a escola e os professores lidam com as situações de discriminação em seu cotidiano escolar.
 O surgimento da educação escolar 
Quando ainda não existiam escolas, a educação de crianças e jovens era feita em seu meio familiar e na comunidade em que viviam, com ensinamentos de práticas e rituais comunitários. Só recebia a educação formal aqueles que tinham nascido no alto das classes sociais.
	No Brasil a historia da educação tem inicio em 1549 com a chegada dos jesuítas pregando os ensinamento religioso e propagando a fé cristã, que durante mais de 200 anos foram praticamente os únicos educadores do Brasil, fundaram inúmeras escolas de aprendizagem, porem único interesse dos padres jesuítas era a escola secundaria, foram expulsos de suas colônias e de Portugal e 1759 pelo Marques de Pombal que criou a instituição de subsidio literários , um imposto criado para financiar o ensino primário, mas que não deu muito certo.
	A educação e a cultura só tomaram um novo impulso em 1808 quando a sede do Reino de Portugal e a família real vieram para o Brasil, criando instituições culturais e cientificas de ensino técnico e dos primeiros cursos superiores, que tinham como objetivo preencher demandas de formação profissional.
	A educação tonou-se predominante a partir de uma didática posta, no fim do século XIX, com um método distinto. Historicamente a educação se tronou sinônimo de escola, porem a mesma não deve ser confundia com escolarização, já que ocorrepela pratica e participação nas varias experiências e espaços sociais no decorrer da vida.
	Mesmo que não baseada no que foi dito acima, com a chegada do capitalismo, a educação e a família se distinguiram e se aprimoraram, o que era uma grande família acabou tornando-se restrita a pai, mãe e filhos somente.
As escolas passaram a ser responsáveis pela educação, encarregadas da reprodução cultural, dos valores sociopolíticos e da qualificação para o trabalho, assumindo funções econômicas e ideológicas (CARVALO, 2004). A escolarização fez-se uma forma disciplinada e qualificada de educação, sendo visto como o principal cenário de desenvolvimento próprio de crianças e jovens. 
	O âmbito educacional participa do movimento de renovação, assim como ocorre em diversos setores sociais, varias reformas de ensino foram feitas em campo estadual, grandes geração de educadores surge tentando implantar os ideais da Escola Nova.
	Ate o fim do regime militar já havia ocorrido varias mudanças no campo da educação, questões educacionais deixavam o sentido pedagógico de lado e assumia caráter político, profissionais de outras áreas assumiam postos na educação, neste período surgiram vários projetos educacionais e até os dias atuais ainda há muita mudança a serem feitas no planejamento educacional, porem a educação continua a ter as mesma características impostas em todos lugares do mundo, a de manter o ‘STATUS QUO” para aqueles que frequentam os espaços escolares, e de oferecer bem pouco o conhecimento básico que seriam aproveitados pelos educandos em suas vidas praticas. 
Podemos concluir que a educação no Brasil teve um começo, meio e fim bem marcante, feita com rupturas notáveis e características próprias em cada período.
A dificuldade na aceitação da diversidade no Brasil: aspectos antropológicos
Desde o século passado até os dias atuais houve grandes mudanças no âmbito familiar. A sociedade moderna caracteriza-se por grandes mudanças, essas mudanças repercutem fortemente na vida familiar, desde o modelo de formação até o provedor do sustento, entre outros aspectos.
O modelo ideal de família anteriormente era composto por um homem e uma mulher e se baseia no casamento, ou seja, união estável e econômica, socialmente assegurado, e possivelmente de longa duração. No qual a esposa trabalha em casa sem ser remunerada, enquanto o marido trabalha fora por um salário e dessa união há a existência de filhos. O adulto sabe mais que a criança e deve mostrar seu poder pelo exercício da disciplina. Há clareza entre certo e errado e mecanismos de repressão dos desvios. Esse ideal de família ao longo dos anos foi mudando, o homem deixou de ser o principal provedor, a mulher ganhou o direito de prover sua família.
Novas práticas, leis e modos de ser família têm sido criados ou legitimados, desta forma, vivemos um momento de revisão de ideias, valores, imagens e opiniões sobre o que é família, que apesar de antigo, está sempre adquirindo um caráter de novidade, de polêmica e “problema social”. Segundo Manuel Castells, não é o fim da família que esta em jogo, mas sim uma reformulação da mesma, estabelecendo uma crescente diversidade de parcerias entre pessoas que desejam compartilhar suas vidas e criar filhos. De fato, o modelo de sociedade está em constante transformação, da modernidade à contemporaneidade temos um processo de transição entre a sociedade disciplinar, , para uma sociedade de controle. Saímos de um cárcere total para o controle aberto e contínuo. A família é uma parcela dessa sociedade que acompanha essa transição diretamente influenciada e a criança desde o momento que nasce asa a ser influenciada pelo comportamento da família que a cerca, por suas crenças, culturas, valores morais e sociais, essas transformações alteram as atuais relações familiares, as mesmas ocorrem por um processo de influências entre os membros de uma família e distintos ambientes presentes na sociedade em que vivem, sendo o ambiente escolar um dos principais influenciadores, e a instituição familiar acaba por absorver essa influência externa, tanto a família quanto a escola são pontos de apoio e sustentação ao ser humano, quanto melhor for à parceria entre ambas, melhores serão os resultados na formação do indivíduo, é papel do professor se tornar um profissional que colabora para que os alunos tenham uma visão crítica do mundo, levando-os a ter uma postura autônoma.
A escola deve reconhecer a importância da colaboração dos pais na história e no projeto escolar dos alunos e auxiliar as famílias a exercerem o seu papel na educação, na evolução e no sucesso profissional dos filhos e, concomitantemente, na transformação da sociedade (POLONIA; DESSEN, 2005, p. 304).
Paulo Freire (2000) nos alerta para esta contextualização, onde exemplos fazem necessários. Filhos não devem imitar cegamente os pais, mas os mesmos devem testemunhar ações coerentes entre o que se prega e o que se faz, ficando clara a busca com humildade e com trabalho, da educação em uma perspectiva ética e democrática, não assumindo atitudes puritanas. “Moral, sim, moralismo não” (FREIRE, 2000, p. 38). 
Para isso, pais e educadores responsáveis por essas ideias, devem primeiro derrubar os seus próprios julgamentos. Às vezes, sem se dar conta, um pai ou professor acaba compartilhando uma opinião baseada em um julgamento prévio, sem fundamento sério ou imparcial.
Esse comportamento não é positivo e pode incentivar uma prática semelhante entre as crianças e os jovens. É preciso ter em mente que um bom exemplo é a melhor forma de educar e, por isso, é essencial para vencer as barreiras do preconceito.
A filosofia da diferença
 	A filosofia da diferença baseia-se no estudo da singularidade e da particularidade que cada pessoa possui, estuda o fenômeno da diversidade, da pluralidade, singularidade e das diferentes culturas, a filosofia procura expressar no ambiente escolar o pensamento critico, a resistência e criação de conceitos próprios do espaço educacional. Com a pedagogia de Paulo Freire podemos compreender que qualquer pessoa sabe, porém, nem sempre sabe que sabe, a partir de suas ideias percebemos que nenhum ser humano é mais culto que o outro, apenas existe pessoas diferentes e culturas semelhantes, diferenciadas, mas que podem ser complementares. Para compreendermos a singularidade do ser humano basta notar seus traços, seus olhares, sorrisos, jeito que fala, as pessoas possuem expressões e fisionomia diferentes. 
Gilles Deleuze relata que a diferença foi continuamente vista como o mais temível dos males, no mínimo, ela causava estranheza e mal-estar por sua capacidade de furtar-se a qualquer tipo de modelo ou regra preestabelecida. De um modo ou de outro, a diferença encontrava-se excluída do Ser - como algo que não pertencia a sua essência. A compreensão de um conceito qualquer, na obra deleuziana, pressupõe a ideia de que todo pensador é, inicialmente, um criador de conceitos. Mas para Deleuze não se trata de conseguir ou não conceituá-la a diferença, trata-se, isto sim, de libertá-la do jugo de uma razão que tende a desqualificar tudo aquilo que ameaça o seu perfeito equilíbrio. É preciso, portanto, libertar a diferença, retirá-la de sua condição de maldição para o pensamento. Somente assim será possível compreender e apreender a diferença pura.
 
A revolução é a potência social da diferença,
 o paradoxo de uma sociedade,a cólera da própria idéia social.
(Gilles Deleuze)
 	A filosofia procura demonstrar dentro do âmbito escolar aquilo que lhe é próprio, o raciocínio crítico de cada um, barreiras para criar novas concepções. A filosofia procura integrar no espaço escolar que o ser pratique sua mente através do diálogo e no choque entre as diferenças e a construção de sua própria história. A diversidade das conformações familiares diversas tem desenvolvido não só no intelecto, mas também suas consequências na sociedade, gerando a necessidade de aceitar e conviver com o diferente. As crianças e os jovens percebem naturalmenteisso dentro da escolar, onde as artimanhas surgem cotidianamente, e a forma em que vão olhar essa diversidade será uns dos fatores principais na formação do caráter e do perfil pessoal, pais e docentes e sociedade, juntos, precisa dialogar com seus filhos e educandos sobre respeitar a diversidade na escola por meio da comunhão em harmonia com o diferente, seja ele de raça, gênero, religião ou comportamento. O prejulgamento leva as pessoas criarem critérios sem compreender ou dar a oportunidade de algum tipo de contato, assim elas são privadas de aprender com o outro, dividir suas idéias, suas sabedorias etc. Quando nos respeitamos simplificamos o trabalho em grupo, fugimos da intimidação, o mal-estar, e assim favorecemos o ambiente escolar, abrindo portas para um conhecimento maior e melhor, derrubando barreiras desnecessárias. Eliminar o prejulgamento dentro da sala de aula trará benefícios para toda a vida, um aluno que entende e descontinua o preconceito compartilha de forma mais clara assim gerando um convívio diverso, trilhando um caminho livre de barreiras. 
A importância da interdisciplinaridade na escola. 
Os educadores são participantes frequentes no processo de formação de identidades dos educandos, sempre os ajudando a se estabelecerem como sujeitos, é necessário que o educador tenha consciência sobre a escolha do conteúdo que será aplicado em sala de aula, facilitando o estimulo dos alunos na construção de novos conhecimentos e a partir de suas identidades culturais. Moreia e Silva (1194), destaca que o currículo existente organizado e transmitido nas instituições educacionais, é um “palco” político com três pilares relevantes: a Ideologia, a cultura e o poder. No que diz respeito a ideologia, o autor ressalta a importância de explorar o conhecimento transformado em currículo escolar, já que a mesma está sempre presente no processo de criar identidades sociais e individuais no interior das instituições. Com relação a cultura, o currículo é um campo de produção e de política cultural e não um canal de algo a ser transmitido, para que possa haver um entendimento do papel e das ideias transmitidas do educador em seu método de ensino, seria necessário um conhecimento de si próprio, caso isso não ocorra corre o risco, com a globalização, de não possibilitar aprendizados que favoreçam a construção de um sujeito independente habilitado com a sua natureza e fundamento.
O educador interdisciplinar vem ao encontro deste papel integrador e transformador, possibilita que o aprendiz encontre o seu desenvolvimento genuíno, na medida em que respeita e honra a história de vida dos sujeitos envolvidos no processo de aprendizagem. Contempla a troca, no diálogo, o pensar do outro, exige o exercício da subjetividade para a intersubjetividade (FAZENDA, 1995).
Segundo fazenda, é importante que os educadores trabalhem com a interdisciplinaridade, destacando as diferenças que existem em familiares de uma forma mais lúdica, deixando de lado alguns pré-conceitos que cada um faz consigo, porque cada pessoa tem uma educação e cultura em casa, sendo assim cada ação e mudança têm haver com o currículo, pois para obter uma boa formação do homem deve ser refletido as necessidades e identidades que pode ser influenciado na parte curricular e nas tendências pedagógicas, portanto seria essencial o papel dos educadores ajudar os educandos a se encontrarem na sua própria historia.
Dessa forma, cabe ao educador ser um revolucionário, uma pessoa que possa inovar criar e ousar, obtendo uma forma de exercitar o diálogo com outras maneiras de conhecimento, não deixando de contribuir a valorização das experiências como, por exemplo, o cotidiano de cada educando, expandindo o leque de conhecimento até o modo cientifico, para que exista uma relação com o mundo dentro do educando e fora.
 O que foi possível concluir sobre a interdisciplinaridade é que ela se torna um caminho que pode revitalizar e curar um cenário de identidades, não mudando o sujeito em si. 
Análise das respostas aos questionários e entrevistas 
A pesquisa foi realizada em escola de ensino fundamental pública e privada. Optamos por levantar os dados junto aos profissionais da área da educação. Assim, por meio de entrevista, buscamos conhecer a visão destes profissionais, usamos um questionário com perguntas abertas e fechadas, com o intuito de conhecer a opinião destes profissionais. O caráter da pesquisa foi exploratório e descritivo, dessa forma foi feito um levantamento bibliográfico para o embasamento teórico e coleta de dados por meio das entrevistas e questionários. Para o questionário, foram elaboradas 6 questões fechadas e 10 abertas relacionadas ao tema escolhido. Os questionários foram enviados online, ao total foram respondidos 80 questionários.
As questões foram elaboradas com a intenção de conhecer a opinião sobre como a escola lida com os novos arranjos familiares, como é a comunicação entre a escola e estes novos formatos. E também para compreender o que este profissionais esperavam por parte da escola para que essa participação acontecesse de maneira efetiva.
A primeira pergunta do questionário buscou conhecer, se é importante que a educação escolar aborde questões de gênero, raça e sexualidade nas salas de aula. A maioria respondeu que, situações, ou dúvidas por parte dos alunos em sala de aula sobre sexualidade já aconteceram, em outras palavras, o tema não fica do ‘lado de fora’ dos muros das escolas; ao contrário, ela se faz presente no seu cotidiano.
A questão três e seis procurou saber se os professores se sentem preparados para abordar a diversidade sexual e em que medida a formação continuada pode auxiliar no dia-a-dia na sala de aula, para desconstruir preconceitos, preparando os alunos para a diversidade, de acordo com a resposta da grande maioria, muitos não receberam, qualquer tipo de orientação na sua formação para lidar com questões relativas a este tema. Mesmo após a formação acadêmica, a maioria não fez qualquer curso de capacitação para lidar com tais questões. Não é de estranhar, portanto, que diante de situações envolvendo questões de sexualidade em sala de aula, apareçam respostas como, por exemplo: “emiti minhas experiências e posições pessoais sem embasamento teórico”.Quase a maioria dos professores concorda que a escola deve realizar um trabalho de educação sexual
Na questão cinco, quando perguntado o que fazer quando um aluno (a) sofre preconceito dentro da escola, e até que ponto o professor deve interferir nessas situações.A maioria relata que isto é comum, em que um aluno ou uma aluna são alvos de gozação por parte dos colegas por apresentarem comportamentos considerados “culturalmente” não adequados em relação ao seu sexo parecem ser, realmente, situações comuns nas escolas. Muitos disseram que já presenciaram situações desse tipo. A maioria das respostas descrevendo tais situações refere-se a alunos e não alunas. No caso dos alunos, há uma clara associação com a questão da homossexualidade. O mesmo não ocorre, com a mesma frequência, em relação às alunas.
Ao serem questionados a respeito de como a escola lida com os atuais arranjos familiares diante as festas comemorativa, a maioria respondeu que, certas escolas têm preferido abandonar a rotina de datas comemorativas, devido alguns questionamentos da sociedade. Estes alertam ser pouco inclusivo comemorar o dia das mães e dia dos pais, visto que na escola tem crianças que não convivem com seu pai ou mãe biológicos ou adotivos por falecimento ou outros motivos.
A partir dos resultados obtidos no questionário, constatamos que em determinados momentos a grande maioria tem uma opinião parecida, já em outros não. Portanto, há concepções e crenças que são compartilhadas pelos professores e outras não. Por exemplo, a questão da homossexualidade, tema bastante polêmico que levantou não apenas posicionamentos diversos, mas, em alguns casos, em profunda oposição. Portanto, há concepções e crenças sobre determinados assuntos, inseridas no amplo espectroque denominamos que são compartilhadas por alguns, mas não por outros.
Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso. Amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade.
(Paulo Freire,1985).
A escola, assim como as demais instituições sociais, é perpassada por conflitos, pela tensão entre estabilidade e mudança, entre a reprodução de preconceitos e o questionamento dos mesmos. Portanto, há espaço, sim, para a construção nas escolas de estratégias de combate às diversas formas de preconceito, em sintonia com a construção de uma cultura democrática de valorização da diversidade existente em nossa sociedade.
Notou-se que muitos dos profissionais expressam-se de modo mais conservadores e diversificados no trato com as famílias, muitas vezes deixando transparecerem certa indecisão ou ignorância nas formas de comunicação com as famílias. Porém, quando se referem às datas comemorativas algumas escolas, ao proporem a ‘festa da família’, parecem querer ser mais inclusivas, apesar da forma que é feito. Esta preocupação das escolas alinha-se às evidências sociais em que as famílias podem ser diferentes e, passaram a se manifestarem mais e, com toda a sua diversidade. Como esta realidade à escola necessita pensar em melhorar o seu diálogo e a sua acolhida. Percebeu-se que as escolas se comunicam mais facilmente com uma estrutura familiar tradicional, já imposta por uma hereditariedade de uma sociedade mais preconceituosa e conservadora.
 	Talvez, devido a este ambiente conservador, os profissionais da educação, estão sendo um tanto reticentes ao se reportarem ou admitirem, de fato, que existem diferentes configurações familiares nas diversas comunidades escolares. Portanto, diante do que foi analisado nos questionários, acredita-se que a forma mais inclusiva de se comunicar com as famílias seria orientando os profissionais através de formação continuada. O que foi percebido, na teoria os professores se portam normalmente quando o formato familiar é diferente, mas na pratica além de se sentirem desconfortáveis a escola não os prepara.
Conclusão
Ao falar mais pontualmente sobre a questão educacional em seu sentido amplo, se constata que o desafio é enorme, uma vez que o educador deve atender algumas exigências que formatam suas ações, de modo a privilegiar os direitos das crianças como superiores a preconceitos e moralidades que reforçam modelos excludentes e impedem a inclusão de todos em um sistema social.
Essas diferenças, indiferenças e preconceitos precisam ser superados, para o bem da evolução da humanidade. É preciso sair dos julgamentos morais, e reconhecer a cada um o direito e a capacidade de combinar sua identidade cultural e sua participação no universo. Somente assim poderemos viver juntos, iguais e diferentes.
Portanto, durante todo o processo de, pesquisas de experiências, coletas e análises de dados, percebeu-se que para uma parceria significativa na relação família e escola, ainda são muitos os desafios a serem vencidos, a começar pela relação dentro da própria escola, entre gestores, professores, coordenadores, e todos trabalhando em torno dos mesmos objetivos democraticamente, ficará mais fácil trazer a família e comunidade externa para o âmbito escolar. As escolas devem valorizar essas relações, com disposição para ousar, criando meios para que essa interação seja prazerosa, buscando temas de interesses comuns, fazendo e refazendo, se necessário, os caminhos na busca dessa importante união. Sabendo que a força dessas duas instituições é insubstituível para o enfrentamento dos problemas e na busca de novos caminhos para uma educação mais justa, igualitária e de qualidade a todos, ficou evidente a importância da união dessas duas entidades para a formação afetiva, social e cognitiva do aluno.

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