Buscar

DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
FACULDADE DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS
Morfologia da Língua Portuguesa
Professor Luiz Palladino
Grupo 5: Esther Borges, Jéssica Duarte, Juliana Medeiros, Luiza Saraiva, Maria Carolina Souza e Mayara Toshie.
DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA 
Derivação imprópria → processo de transposição de uma palavra de uma classe gramatical para outra;
Conversão → termo utilizado para designar o mesmo processo em gramáticas normativas.
Por que razão tomamos uma palavra de uma classe gramatical e a transpomos para outra classe?
Existe diferença entre os casos de conversão e os casos de derivação?
CASOS DE CONVERSÃO
	Adjetivo → Substantivo (Ex.: os pobres precisam de ajuda ou o impossível acontece);
	Substantivo → Adjetivo (Ex.: um vestido rosa);
	Verbo → Substantivo (Ex.: o poder e o dever);
	Adjetivo → Advérbio (Ex.: ele falou alto).
Sendo os casos 1 – caracterizado pela compatibilidade das funções de caracterização e designação – e 4 – caracterizado por uma identidade de função onde apenas o tipo de objeto apresenta diferença ao ser caracterizado – os de maior ocorrência no PB.
Adjetivo e Substantivo
Designação por caracterização.
Ex.: Quando ficamos velhos, gostamos de relembrar o passado.
Os velhos gostam de relembrar o passado.
Os homens ricos pensam que podem comprar tudo.
Os ricos pensam que podem comprar tudo.
A conversão em sentido contrário não é igualmente natural.
Usar um termo designador para caracterizar um ser é mais complicado porque um ser tem várias propriedades. Sendo assim, o resultado semântico desse tipo de transposição é um ponto-de-interrogação.
Existem exceções tais como o uso de substantivos em função adjetiva para caracterizar cor ou formas compostas em que o termo qualificador tem um sentido bastante geral.
Entretanto, isso não é uma conversão porque o substantivo não adquire as propriedades morfológicas do adjetivo já que não apresentam concordância de gênero e número.
Portanto, a nominalização de adjetivos é diferente da função dos casos de conversão.
A formação de substantivos tem por função a possibilidade de referência a um elemento caracterizador (qualidade ou propriedade) como uma entidade em si.
Na conversão, a referência é aos seres que teriam tal qualidade ou propriedade.
VERBO E SUBSTANTIVO
Uso do infinitivo sintaticamente substantivado em construções de alta formalidade.
Para que haja a conversão, a estrutura precisa deixar de ser verbal.
AVERBIO E ADJETIVO
Bastante recorrente, mas não muito estudado por integrar a língua falada coloquial.
Não existe diferença de função entre a formação do advérbio e a conversão.
A forma adjetiva apresenta uma ideia mais direta e forte e a em –mente apresenta um tom mais neutro e formal.
FUNÇÃO SINTÁTICA, SEMÂNTICA E DISCURSIVA
Alguns processos de formação apresentam função discursiva.
Relevância das funções sintática e semântica nos processos de formação de palavras.
COLOCAÇÃO DO PROBLEMA
Antigamente esse problema não existia, pois na gramática tradicional as classes de palavras eram definidas em termos de critérios mistos.
A descrição de qualquer processo poderia ser entendida de mais de uma maneira englobando diferentes características das palavras.
Uma outra pesquisa que deveria ser feita com relação ao parassintetismo diz respeito aos afixos empregados.
DERIVAÇÃO CONVERSIVA
Também chamada de conversão – termo mais adequado, segundo Basílio –, trata-se do emprego de uma palavra de uma classe lexical em outra classe.
É possível formar uma nova palavra apenas ao trocar a classe da mesma?
Ex.: Daqui para diante, não vou mais caminhar tranquilo.
De repente, ouvimos o seu caminhar compassado.
Ou seja, isso não é um processo de formação de novas palavras. 
Os defensores desse ponto de vista explicam que não houve uma mudança fonológica, mas sim uma mudança semântica de adaptação de sentido e não a criação de um novo significado.
Entretanto, do ponto de vista funcional, estamos diante de um novo vocábulo.
De acordo com Meillet, “uma palavra resulta da associação de um sentido dado a um conjunto de sons, susceptível de um emprego gramatical dado”
Um sufixo apresenta, assim como as palavras, uma identidade fonológica, semântica e funcional. THAT’S WHY consideramos FAMILIAR e TELEFONAR palavras diferentes.
Do ponto de vista funcional, caminhar e caminhar são palavras distintas para a derivação conversiva.
A explicação se baseia na abstração de caminhar se tomada isoladamente , ou seja, não tem existência efetiva na língua.
Outro exemplo é a palavra circular.
Só terá existência se for inserida em algum contexto para adquirir sua identidade funcional, ou seja, vai adquirir a posição de adjetivo, substantivo ou verbo.
TODA PALAVRA, OU TODO ELEMENTO LINGUÍSTICO, POSSUI UMA MARCA FUNCIONAL QUE A DISTINGUE DE TODAS AS OUTRAS.
Segundo Basílio, na teoria gerativa transformacional, as classes de palavras são definidas apenas em termos de propriedades sintáticas.
SEGUNDO SANDMANN a palavra derivada distingui-se da sua base por sua distribuição e seu paradigma diverso 
TODOS OS VOCÁBULOS CONVERTIDOS À NOVA FUNÇÃO PARTICIPAM INTEGRALMENTE DAS PROPRIEDADES MORFOSSINTÁTICAS DOS ITENS DA NOVA CLASSE?
ADJETIVAÇÃO PRECÁRIA – vestido rosa, bolsa areia, etc.
Os novos adjetivos não adquirem as propriedades morfológicas das classes dos adjetivos.
ESSE PROCESSO DE FORMAÇÃO É, DE FATO, PRODUTIVO NO PB CONTEMPORÂNEO?

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais