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PROINTER IV

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Universidade Anhanguera
Centro de Educação a Distância
Tecnologia em Gestão Ambiental 
Disciplina: Projeto Interdisciplinar Aplicado ao Ensino Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental 
Luiz Fernando Santa Helena de Lima
RA 6218942682
Relatório Parcial PROINTER III
Criciúma, 20 de outubro de 2018.
SUMÁRIO
RESUMO
Este projeto visa realizar uma análise dos processos antropológicos que auxiliam na degradação do solo na região centro-oeste do Brasil. Levando em conta que as principais atividades desenvolvidas nesta região são agricultura e agropecuária, grandes áreas desmatadas afetam diretamente a qualidade do solo dessa região.
Foram elencadas medidas mitigadoras para minimizar os impactos ambientais causados pela atividade econômica da região e consequentemente minimizar a degradação dos solos.
INTRODUÇÃO
Diversos são os fatores que causam a degradação do solo atuando de forma direta e indireta, porém antes mesmo de qualquer explanação, precisamos contextualizar o que é solo. Existem muitas definições diferentes citada por diversos autores.
Solo é o material solto e macio que sobre a superfície da terra, variando muito na superfície da terra, tanto em relação a sua espessura, quanto em relação às suas características, tais como: cor, quantidade de material orgânico, fertilidade, porosidade, etc (COELHO, et al, 2017).
Sugere-se consultar a NBR 6502/1995 que define os termos relativos aos materiais da crosta terrestre, rochas e solos, para fins de geotécnica de fundações e obras de terra.
A EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – é uma instituição brasileira vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, sendo a base de estudos e referência de solos brasileiros. Ela classifica os solos de acordo com suas características. Uma das divisões dentro da Embrapa, é a Embrapa Solos.
De acordo com o IBGE, a região centro-oeste brasileira é composta pelos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. O mapa com a divisão política encontra-se em anexo.
A região centro-oeste encontrasse no planalto regional que se estende nos estados de Mato Grosso do Sul e Goiás, apresentando um solo fértil formado pela terra roxa.
A degradação ambiental ocorre em toda a parte, com maior ou menor intensidade, dependendo das técnicas utilizadas na exploração dos recursos naturais, e da preocupação local destes recursos (CUNHA; GUERRA, 2010).
Um solo degradado é aquele que sofreu modificações de sua natureza, 	seja ela física ou biológica, em consequência de alterações climáticas causadas por fatores naturais ou pela ação antrópica (FONTOURA, 2018).
As principais causas de degradação do solo são as atividades agrícolas, principalmente quando estamos falando do centro-oeste brasileiro. A expansão da monocultura e pecuária extensiva, fizeram com que o bioma do local, o cerrado, fosse imensamente impactado.
Podemos destacar e exemplificar cada uma das principais causas da degradação do solo:
Agricultura – Em sua maioria não se empregam técnicas que podem ajudar na preservação do solo. Devido a isso a sua má utilização acaba por gerar diversas áreas de solo improdutivo, e isso acaba ocorrendo prejuízos não somente ao solo em si, mas para quem utiliza. As queimadas realizadas de forma inadequada, o uso intensivo de máquinas, a não implantação de rotatividade das culturas são os exemplos mais comuns, que auxiliam na degradação do solo. Isso gera prejuízos de nutrientes para o solo, compactação, erosão e aceleração da desertificação.
Agropecuária: Sem dúvida o desmatamento é a grande consequência, tendo em vista que os animais precisam de vastos campos de pastagens. O pisoteamento também auxilia na compactação do solo, favorecendo o processo de erosão do solo, sem falar no esgotamento dos mananciais e a geração de resíduos durante a produção pecuária.
Queimadas: Geralmente a maioria das queimadas ocorre em áreas já desmatadas, estando relacionadas a práticas agrícolas e agropecuárias. Normalmente são utilizadas em preparo do solo para renovação do campo e controle de pragas.
Principais características da economia do Centro-Oeste:
A região Centro-Oeste é a que mais cresce no Brasil, sua principal atividade econômica é a pecuária, embora nos últimos anos a agricultura tenha se intensificado, assim como o setor industrial. Dentre as várias criações que constituem a pecuária, a bovinocultura é a mais representativa na região, são cerca de 70 milhões de cabeças de gado. O Centro-Oeste responde por cerca de 36% da produção nacional, detém o maior rebanho do Brasil. A segunda principal criação é a de suíno, no entanto, os criadores estão dispersos na região, estão respectivamente no sul de Goiás e no Mato Grosso do Sul (FREITAS, 2018).
Destaque também para o desenvolvimento do setor agrícola. Principais gêneros agrícolas produzidos na região: algodão, milho, cana-de-açúcar, soja e sorgo.
Importante atividade de exploração de recursos minerais, tais como: cobre, níquel, calcário, água mineral, ouro, diamante e ferro-nióbio.
A atividade extrativista ocorre, principalmente, na região norte onde há presença da Floresta Amazônica. Nesta área ocorre a extração de borracha e madeiras de lei (mogno, imbuia e cedro).
Quando o ser humano extrapola na exploração de um recurso natural, desencadeia diversos processos de degradação ambiental. Chegamos então, a outro termo de conotação claramente negativa.
Para a PNMA degradação ambiental é “a alteração adversa das características do meio ambiente” (Lei Federal n. 6.938, de 31 de agosto de 1981, art. 3º, II).
A degradação ambiental ocorre em toda a parte, com maior ou menor intensidade, dependendo das técnicas utilizadas na exploração dos recursos naturais, e da preocupação local destes recursos (CUNHA; GUERRA, 2010).
Tem-se que ter consciência que a degradação ambiental está relacionado a alteração de um ambiente, seja ele natural ou construído. E nem sempre um meio ambiente alterado esteja associado a emissão de poluente (SANCHÉZ,2008).
Este trabalho tem por objetivo evidenciar discutindo as problemáticas sobre a degradação do solo na região centro-oeste do Brasil. 
TIPOS DE SOLO, FORMAÇÃO GEOLÓGICO E GEOMORFOLÓGICA DA REGIÃO CENTRO-OESTE
A região do Centro-Oeste é a segunda maior do país em área territorial, abrangendo os estado de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
O relevo do Centro-Oeste é antigo e, por isso, bastante marcado pelos processos erosivos ao longo do tempo geológico, com predomínio dos planaltos (planalto central e planalto meridional) e das planícies (planície do Pantanal), não havendo grandes áreas de depressão.
O relevo do Centro-Oeste é dividido em três principais áreas ou sub-regiões: o planalto central, o planalto meridional e a planície do pantanal, conforme podemos observar no mapa a seguir:
Figura 1: Mapa Da distribuição territorial do relevo Centro-Oeste. Fonte: PENA, 2018.
Em se tratando de solos e suas classificações, primeiramente iremos relacionar os 13 grandes grupos de solos e sua distribuição no Brasil:
Figura 2: Distribuição dos solos no Brasil baseado no Mapa de Solos do Brasil, atualizado segundo o atual Sistema Brasileiro de Classificação de Solos
Especificamente para a região Centro-Oeste temos as seguintes classificações de solo:
Figura 3: Classificação dos solos Região Centro-Oeste: (http://petzoofzea.c om.br/?page_id=2244).
Cambissolos: solo com boa reserva de nutrientes e armazenamento de água.
Gleissolos: desenvolvem-se em relevo plano em ambiente de várzeas e baixada.
Latossolos: é um solo que possui fertilidade naturalmente baixa.
Neossolos: solo com pequeno desenvolvimento pedogenético.
Planossolos: solos que são mal drenados e possui alta suscetibilidade a erosão.
Plintossolos: solo que apresenta baixa fertilidade natural.
MEDIDAS
MITIGADORAS
Para este trabalho não somente será citado uma medida mitigadora.
Rotatividade: Define-se como rotação de culturas uma prática agrícola que consiste em alternar em uma mesma área diferentes culturas vegetais seguindo um plano definido anteriormente. Esta técnica visa tornar o sistema mais produtivo e ambientalmente mais sustentável, restabelecendo o equilíbrio biológico.
Preservação Área de Preservação Permanente: Nas grandes áreas de pastagens, respeitar o limite das áreas de preservação permanente contidas na Lei 12.651/2012. Isso diminui o risco de assoreamento dos rios, erosão do solo, e degradação dos recursos hídricos.
Agropecuária: Realizar também rotatividade das áreas de pastagens, evitando assim o pisoteamento rotineiro do solo. Também realizar rotatividade das plantas forrageiras nos campos de pastagens.
A composição das emissões brasileiras evidencia que a agropecuária foi, em média, nessa década, a segunda fonte mais importante de contribuição para as emissões de gases de efeito estufa (GEE), alcançando, em 2010, segundo esses dados oficiais, 407.072 Gg de CO2 equivalente GWP (MIRANDA, 2017). Nesse componente de emissões pelo setor agropecuário, destaca-se o papel das atividades de pecuária bovina, principalmente a de corte. Para tanto uma das medidas é a recuperação de áreas que já não se usam mais.
Queimadas: Não utilizar este recurso. Muitas vezes a queimada foge do controle e acaba acometendo áreas do cerrado.
IMPORTANCIA PARA O GESTOR AMBIENTAL
A preocupação com a questão ambiental vem se expandindo nas últimas décadas. Diante da necessidade do ser humano organizar as suas atividades produtivas de forma a evitar ou minimizar os diversos impactos ambientais causados no meio ambiente, a gestão ambiental é uma ferramenta importante de planejamento, controle e gestão referente às questões ambientais e visa contribuir para o desenvolvimento econômico, desde que seja de forma sustentável.
Tendo um embasamento das principais fontes degradadoras do solo, podemos criar medidas compensatórias e mitigadoras viáveis para as atividades degradantes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A região centro-oeste possui uma forte economia ligada a agricultura, agropecuária que degradam muito o meio ambiente. Buscar práticas alternativas e propor medidas compensatórias evitam o alto impacto ambiental. 
Em função da presença de três biomas importantes cerrado, pantanal e floresta amazônica, a região possui uma vasta diversidade de fauna e flora e precisa ser preservado. 
Incentivar a criação e implementação de áreas protegidas favorece e auxilia na minimização dos impactos ambientais.
REFERÊNCIAS
COELHO, M. R. et al. Solos: tipos, suas funções no ambiente, como se formam e sua relação com o crescimento das plantas. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/94212/1/Ecossistema-cap3C.pdf. Acesso em: 18 set. 2018.
BRASIL. NBR 6502/1995. Solos e Rochas. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro. 1995. Disponível em: http://licenciadorambiental.com.br/wp-content/uploads/2015/01/NBR-6.502-Rochas-e-Solos.pdf. Acessado em: 18 set. 2018.
	
FONTOURA, T.B. Solo degradado: conceito, causas e impactos da degradação. 2018. Disponível em: <http://www.fertilidadedesolo.com.br/solo-degradado-conceito-causas-e-impactos-da-degradacao/>. Acessado em: 20 set. 2018.
FREITAS, Eduardo de. "Pecuária na região Centro-Oeste"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/brasil/pecuaria-na-regiao-centrooeste.htm>. Acesso em 12 de novembro de 2018.
CUNHA, S.B.; GUERRA, A. J.T. Avaliação e perícia ambiental. 10ª ed. Bertrand Brasil. Rio de Janeiro. 2010.
MIRANDA, S. H. G. Mudanças climáticas, mitigação de emissões e a agropecuária. Disponível em: https://www.cepea.esalq.usp.br/br/opiniao-cepea/mudancas-climaticas-mitigacao-de-emissoes-e-a-agropecuaria.aspx. Acessado em: 12 nov. 2018.
SANCHÉZ, L.H. Avaliação de impacto ambiental: conceitos e métodos. Ed. Oficina de Textos. São Paulo, 2008.
PENA, Rodolfo F. Alves. "Aspectos naturais do Centro-Oeste"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/brasil/aspectos-naturais-centro-oeste.htm>. Acesso em 12 de novembro de 2018.

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