Buscar

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR ALTAS BORDAS CONFECÇÕES LTDA

Prévia do material em texto

Sistema de Ensino Presencial Conectado
Ciências contábeis
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR 
 ALTAS BORDAS CONFECÇÕES LTDA
Belo Horizonte-mg
2018
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR 
 ALTAS BORDAS CONFECÇÕES LTDA
Trabalho interdisciplinar apresentado ao 8º Semestre do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Norte do Paraná – UNOPAR.
 
Prof. Maria Luzia Mariano, Dirceu Carneiro, Joenice Diniz, Monica Maria Silva, Regis Garcia e André Machado
Belo Horizonte
2018
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESENVOLVIMENTO	4
2.1	CÓDIGO DE ÉTICA DO CONTADOR	4
2.2	NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE	5
2.3 ALTAS BORDAS CONFECÇÕES LTDA	10
2.3.1 Inventário Permanente – Controle de Estoques	10
2.3.2 Contabilização	10
2.3.3 Balancete de Verificação	14
2.3	ESTILOS DE LIDERANÇA	15
3	CONCLUSÃO	18
REFERÊNCIAS	19
INTRODUÇÃO
Este trabalho surge com o desafio de atender a atividade proposta ao 8º semestre do Curso de Ciências Contábeis. Tendo com temática o estudo da empresa Altas Bordas Confecções Ltda, visa possibilitar a aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas disciplinas desse semestre.
Para dar maior organização ao conteúdo abordado, o estudo foi subdividido em quatro etapas. Na primeira são abordadas questões relacionadas ao Código de Ética Profissional do Contador, assim como os procedimentos que devem ser realizados pelo contador antes de firmar o contrato de prestação de serviços com o seu novo cliente Altas Bordas Confecções.
Já na segunda etapa se aborda a importância das aplicações das normas brasileiras de contabilidade. Além disso, trata-se sobre o princípio da entidade e o regime de competência, explicando as consequências negativas que ocorrem com as empresas que desrespeitam essas normas e princípios, apontando os CPC’s que falam a respeito de sua importância a sua aplicação prática na contabilidade da empresa.
A terceira etapa traz a contabilização dos fatos ocorridos no mês de Março, na empresa Altas Bordas confecções. A partir dos saldos do balancete de verificação disponível em 02/2018, e com base nessas informações apresentadas, são elaborados os razonetes para cada conta, além do inventário permanente de controle de estoques, e balancete de verificação. 
Por fim, a última etapa do estudo traz orientações ao Sr. Adir, proprietário da empresa Altos Bordados Ltda., em relação aos diferentes estilos de liderança, relacionando-os com a tomada de decisão e o impacto nos resultados organizacionais.
 desenvolvimento
CÓDIGO DE ÉTICA DO CONTADOR
A fim de compreender as implicações éticas nas nossas atitudes e nos relacionamentos diários, esta etapa do estudo busca definir o termo “ética”, identificando também os procedimentos que devem ser realizados pelo contador antes de firmar o contrato de prestação de serviços com o seu novo cliente Altas Bordas Confecções. 
A ética constitui um conjunto de valores ou princípios morais que definem o certo ou errado para uma pessoa, grupo ou organização. O comportamento ético acontece quando a organização encoraja seus membros a comportarem-se eticamente de maneira que os membros aceitem e sigam tais valores e princípios. A ética preocupa-se com o comportamento: é uma obrigação de considerar não apenas o bem-estar pessoal, mas o das outras pessoas. A ação, a intenção, a circunstância e as consequências devem ser boas, corretas. 
Ética é a parte da filosofia que estuda a moralidade das ações humanas. Ou seja, se são boas ou más. Para que uma conduta possa ser considera ética, três elementos essenciais devem ser ponderados: ação, intenção e circunstâncias (DIAS, 2003, p.518).
O Conselho Federal de Contabilidade, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, publicou o Código de Ética Profissional do Contador, um documento que cita, dentre outros, os deveres e proibições aos quais os profissionais de contabilidade se submetem.
O capítulo II do Código de ética dos profissionais de contabilidade traz uma série de deveres e proibições inerentes aos profissionais de contabilidade, enquanto o Capítulo III, fala sobre o valor dos serviços profissionais.
Dando ênfase aos artigos 3º e 6º, conforme orientações da atividade interdisciplinar, aborda-se as proibições feitas ao profissional de contabilidade, assim como a fixação do valor cobrado pelos serviços.
O artigo 3º elenca as proibições, onde fica evidente que o profissional não pode assumir serviços ilícitos, ou que possam causar prejuízos moral não apenas a si próprio, mas a toda a classe de contadores. Da mesma não pode agir de maneira contrária a legislação ou ter seu nome ligado a empreendimentos ilícitos. Assim, pode-se dizer que, antes de assumir um contrato o contador deve ter prévio conhecimento da empresa, seus valores, conduta, e postura ética. 
Art. 3º. No desempenho de suas funções, é vedado ao Profissional da Contabilidade: II – assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo moral ou desprestígio para a classe; III – auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra exclusivamente de sua prática lícita; VIII – concorrer para a realização de ato contrário à legislação ou destinado a fraudá-la ou praticar, no exercício da profissão, ato definido como crime ou contravenção; XIV – exercer atividade ou ligar o seu nome a empreendimentos com finalidades ilícitas;
Após conhecer a empresa, e decidir por atendê-la, o contador precisa definir os valores que serão cobrados, fixando-os por escrito, através de contrato, conforme cita o artigo 6º, do Código de Ética. 
Art. 6º - O Contabilista deve fixar previamente o valor dos serviços, por contrato escrito, considerados os elementos seguintes: I - a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade do serviço a executar; II - o tempo que será consumido para a realização do trabalho; III - a possibilidade de ficar impedido da realização de outros serviços; IV - o resultado lícito favorável que para o contratante advirá com o serviço prestado; V - a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou permanente; VI - o local em que o serviço será prestado
Como em qualquer profissão, o contador depara-se com uma série de princípios éticos que devem ser respeitados. Neste caso, em específico, existe um Código de Ética Profissional, que deve ser obedecido, ficando o contador sujeito à sanções do Conselho de Contabilidade caso infringi-lo. 
normas brasileiras de contabilidade
Visando orientar o Sr. Adir, proprietário da empresa Altas Bordas, sobre a importância das aplicações das normas brasileiras de contabilidade, esta etapa do estudo aborda não apenas as Normas, mas também alguns princípios da contabilidade, regimes de apuração e CPC’s que falam a respeito de sua importância a sua aplicação prática na contabilidade da empresa.
As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) são um conjunto de regras e procedimentos de conduta que sem ser observados como requisito para o exercício da profissão contábil. Elas também estabelecem estrutura técnica e procedimentos a serem aplicados na realização dos trabalhos previstos nas normas aprovadas por resolução emitida pelo CFC. Estas normas são editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e devem seguir os mesmos padrões de elaboração utilizados nas normas internacionais. São compostas por normas, interpretações Técnicas e Comunicados Técnicos. 
De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade – CFC, por meio das resoluções 750/93 e 774-94, os princípios que regem a contabilidade são seis: Entidade, Continuidade, Oportunidade, Registro pelo valor original, Competência, e Prudência.
Paiva & Neto (2006) explicam que o princípio da entidade é estabelecido pelo artigo 4º da Resolução 750/93 e visa reconhecer o patrimônio como objeto da contabilidade,consolidando a autonomia patrimonial, a necessidade de estabelecer a diferença entre o patrimônio particular dos demais patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, sociedade ou instituição. 
Para se compreender o princípio da entidade é importante que se faça uma separação entre o patrimônio que pertence à empresa daquele pertencente a seus proprietários. Analisando o artigo 4º da Resolução 750/93 Paiva & Neto (2006, p. 19) depreendem-se:
PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em uma nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. A idéia central deste princípio está na autonomia do patrimônio que pertence à entidade. O Princípio em questão afirma que o patrimônio deve revestir-se do atributo de autonomia em relação a todos os outros patrimônios existentes, pertencendo a uma entidade, enquanto sujeito suscetível à aquisição de direitos e obrigações.
O princípio de competência estabelece que as receitas e despesas devem ser apuradas no período em que ocorrem, independentemente do recebimento ou desembolso. Sobre este princípio, o artigo 9º da Resolução 750/93 estabelece: 
Art. 9º. O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.
 Parágrafo único: O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10).
Além disso, a resolução citada estabelece que o reconhecimento das despesas e receitas se correlatas, deve ser simultâneo.
De acordo com Paiva & Neto (2006, p. 19) o princípio de competência determina quando as alterações no ativo ou passivo resultam em aumento ou diminuição do patrimônio, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais resultantes da observância do princípio da oportunidade.
Conforme Souza (2006) o regime de competência vincula-se totalmente ao evento econômico e não ao evento financeiro, como no regime de caixa. Neste caso, a aplicação do regime de competência pode gerar uma diferença inter-temporal de reconhecimento dos impactos do evento econômico no resultado e no caixa da empresa, diferença esta chamada de accruals, que será melhor detalhada no texto a seguir.
Em inglês, a contabilidade pelo regime de competência é conhecida por accrual basis accounting. O substantivo accrual deriva do verbo to accrue que significa: “1. to happen or result as a natural growth, addition etc.; 2. to be added as a matter of periodic gain or advantage, as interest on money.” Portanto, to accrue significa a adição, ganho ou resultado periódico decorrente de crescimento natural ou juros. Sua origem é atribuída a meados do século XV. Em francês antigo sua grafia era acrue e em latim accrescere, e sempre significou crescimento, incremento, aumento (BORGES et. al., 2010, p. 883)
De acordo com Souza (2006) a palavra accruals remete ao termo provisão ou estimativa. Para o autor, este termo pode ser utilizado para referir-se ao Balanço Patrimonial, no que se refere a obrigação de pagamentos e direito de recebimentos em função de transações ocorridas, ou à porção do resultado que ainda não se realizou efetivamente, ou se realizado, aconteceu em período anterior ao analisado. 
Para Petroni (1992, apud SOUZA, 2006, p. 20) accruals pode ser definido como: “recebimentos e pagamentos esperados de fluxos de caixa futuros de todas as transações correntes e passadas”.
De maneira simplificada, Dechow e Dichev (2001 apud SOUZA, 2006, p. 21) afiram que: “accruals são essencialmente ajustes temporários que transferem o fluxo de caixa para o período onde eles são reconhecidos como resultados”.
Considerando que as empresas trabalham com a premissa de continuidade, torna-se importante registrar as operações conforme elas ocorrem e não esperar para lançá-las apenas quando o caixa for afetado. Sendo assim, é importante que se utilizem métricas capazes de avaliar as empresas em períodos finitos, fazendo com que o regime de competência mostre-se como uma medida de desempenho bastante eficiente (SOUZA, 2006).
A partir das Normas Internacionais de Contabilidade, as Normas Brasileiras de Contabilidade ganharam ênfase com a adoção das Leis nº 11.638 de 28 de dezembro de 2007, 11.941 de 27 de maio de 2009, e com a criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), gerando diversos desafios para as empresas e organizações brasileiras, e profissionais de contabilidade (PASSINI, 2015). 
O CPC é uma entidade autônoma, cujo objetivo e responsabilidade é a emissão e preparo de pareceres técnicos, sobre procedimentos contábeis no Brasil. O CPC foi criado para que se pudesse estabelecer a harmonia das normas brasileiras com as normas internacionais (PASSINI, 2015).
De acordo com o CPC (2012) as demonstrações contábeis são preparadas e apresentadas para todos aqueles que se interessarem por tal, como por exemplo, os usuários externos, visando atender suas finalidades e necessidades diferentes, no caso do Estado, por meio de seus reguladores ou autoridades tributárias, há a possibilidade de determinar exigências específicas que atendam a seus interesses, as exigências, porém, não podem afetar as demonstrações contábeis que forem elaboradas segundo a Estrutura Conceitual imposta pelo CPC 00. 
Estrutura Conceitual prescreve que as Demonstrações contábeis sejam elaboradas com o intuito de fornecer informações úteis a tomada de decisões tanto para o aspecto econômicas quanto para às avaliações dos usuários destas informações em geral, não sendo restritas a grupos de usuários específicos. Essas demonstrações visam principalmente a tomada de decisões econômicas, como: 
Decisão de Compra e Venda instrumentos patrimoniais; 
Avaliação de administração da entidade quanto ao desempenho de sua qualidade e da prestação de contas; 
Avaliação da capacidade de cumprir com seus compromissos quanto a Folha de Pagamento além proporcionar outros benefícios; 
Avaliação da segurança para recuperar recursos financeiros emprestados à entidade; 
Determinar políticas tributárias além de distribuição de lucros e dividendos;
Elaboração e uso das estatísticas da renda nacional ou ainda regulamentar as atividades das entidades. 
Observar e respeitar os princípios fundamentais da contabilidade é algo obrigatório no exercício da profissão. Constitui-se uma condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade. 
Segundo Santos (2011) por meio da aplicação dos princípios da Contabilidade, as empresas conseguem utilizar padrões, trazendo credibilidade para suas demonstrações financeiras, facilitando, e deixando transparente suas demonstrações. Sua aplicação é obrigatória e de essencial importância, entretanto muitas empresas deixam de utilizá-lo, o que ocorre principalmente em empresas de pequeno porte, que utilizam a contabilidade de maneira terceirizada. O proprietário acaba perdendo o controle da situação, as retiradas não são feitas de forma regular, acontecendo a mistura do patrimônio da empresa com o patrimônio do sócio, o que acaba resultando em falência. Portanto, além da utilização dos princípios dar clareza à situação contábil da empresa, também deixa de acarretar multa, uma vez que sua utilização é obrigatória. 
Alguns CPC’s falam sobre a importância dos princípios contábeis na contabilidade da empresa. Segundo o CPC 00 R1, os princípios atuais de Contabilidade comumente aceitos são a entidade, continuidade, denominador comum monetário, registro pelo valor, competência, compreensibilidade, relevância, materialidade, confiabilidade, consistência, essência sobre a forma, neutralidade, prudência, integridade, comparabilidade, tempestividade e oportunidade. 
2.3 altas bordas confecções ltda
2.3.1 Inventário Permanente – Controle de Estoques
2.3.2 Contabilização
1) Aplicação financeira no Banco RendimentoS/A
D – Aplicações Financeiras R$ 15.500,00
C – Banco – R$ 15.000,00
2) Recebimento através de transferência bancária de vendas a prazo realizadas em 02/2018.
D – Banco – R$ 15.880,00
C – Clientes – R$ 15.880,00
3) Compras a prazo (50 dias) de estoques para revenda – 70 camisas manga longa masculina, preço unitário de R$ 305,00 – 50 Calças sociais masculinas, preço unitário de R$ 380,00 (total R$ 40.350)
4) Realizar os lançamentos de apropriação dos impostos a recuperar sobre as compras (ICMS, PIS e COFINS) 
D – Estoques – R$ 40.350,00
C – Fornecedores– R$ 40.350,00
Registro de Impostos
D – PIS a recolher – R$ 665,78
C – Estoques – R$ 665,78
D – COFINS a recolher – R$ 3.066,60
C – Estoques – R$ 665,78
D – ICMS a recolher R$ 7.263,00
C – Estoques – R$ 665,78
5) Venda à vista, recebimento através do Banco Rendimento, de 80 Camisas manga longa masculina – preço venda unitário R$ 455,00 e 90 Calças sociais masculinas – preço venda unitário R$ 502,00 
D – Banco R$ 81.580,00
C - Receita Bruta Vendas R$ 81.580,00
D – PIS sobre vendas - R$ 1.346,07
C – PIS a recolher - R$ 1.346,07
D – COFINS sobre vendas R$ 6.200,08
C – COFINS a recolher R$ 6.200,08
D – ICMS sobre vendas - R$ 14.684,40
C – ICMS a recolher - R$ 14.684,40
D – Custo das Vendas – R$ 48.144,42
C – Estoques – R$ 48.144,42
19
2.3.3 Balancete de Verificação
ESTILOS DE LIDERANÇA
Devido à complexidade do tema, a liderança possui diversos métodos, que podem variar bastante de acordo com cada situação, cada empresa, e cada líder. Krausz (1991) afirma que o líder pode ter “autoridade delegada” ou “autoridade natural”. A autoridade delegada trata de um cargo designado para liderara o grupo, já a autoridade natural emana da dinâmica de relacionamento do grupo, ou seja, o líder toma a frente por conta própria, no entanto, tem a aprovação dos liderados. De acordo com Krausz (1991), a liderança pode ser conquistada pelo “carisma”, uma característica individual inata. 
Existe também o líder executivo, que, normalmente, aspira a ordem entre seus liderados. Já o líder coercitivo ganha legitimidade na violência, sendo que, neste tipo de liderança, medo é a palavra-chave. Existe também o líder distributivo, que muitas vezes, limita-se apenas a distribuir tarefas, o qual está sempre por perto, distribuindo ordens, serviços e cobrando resultados.
O líder educativo exerce a liderança pela troca. Segundo Selznick (1971), a educação é mais que uma técnica de treinamento; também ensina homens a pensar em si mesmos. É o que possibilita ao liderado entender suas próprias necessidades. “O líder inspirador raramente precisa dar ordem, cada um sabe o que fazer e aonde ir”. (PENTEADO, 1981).
Como se percebe, a variedade dos tipos de liderança é imensa, no entanto, resumidamente, estes tipos de liderança seguem à três métodos básicos, o método por coação, o método por persuasão e o método por indução.
No método por coação, o líder age coagindo os liderados, ou seja, ele força, e às vezes obriga a sua equipe a trabalhar. Este líder não utiliza nenhuma técnica de motivação, ele simplesmente ameaça ou amedronta seus subordinados, portanto, os colaboradores se sentem forças e, algumas vezes trabalham sem prazer.
Já no método por persuasão o líder procura persuadir seu grupo, muitas vezes insistindo, apelando e até mesmo chantageando. Como se pudesse vencer os liderados pelo cansaço. E, por fim, tem-se o método por indução, no qual os líderes, com sua personalidade forte, capacidade, talento e entusiasmo induzem e motivam suas equipes ao trabalho.
White e Lippitt foram os pioneiros no estudo de liderança, quando procuraram verificar a influência causada por três diferentes estilos de liderança, a liderança autocrática, a liberal e a democrática. Os autores fizeram um estudo, no ano de 1939 que pretendia verificar o impacto causado por esses três diferentes estilos de liderança em meninos de dez anos, orientados para a execução de tarefas. A partir destes estudos, os estudiosos geraram as seguintes conclusões.
A Liderança autocrática é aquela em que o líder centraliza totalmente a autoridade e as decisões. Neste modelo, seus subordinados não têm nenhuma liberdade de escolha. Como o próprio termo diz, o líder é autocrático, ou seja, dominador, ele apenas emite ordens e espera obediência cega dos subordinados. De acordo com os estudos realizados, os grupos submetidos à este modelo de liderança apresentam maior volume de trabalho produzido, com evidentes sinais de tensão, frustração e agressividade, não demonstrando prazer na realização de seu trabalho. 
No modelo de Liderança liberal, a situação é contrária, pois o líder permite total liberdade para tomada de decisões de seus liderados, trata-se de uma liderança sem firmeza. No estudo realizado pelos estudiosos, observou-se que os grupos submetidos a este tipo de liderança não se saíram bem, nem quanto à qualidade do trabalho, com fortes sinais de individualismo, desagregação do grupo, insatisfação, agressividade e pouco respeito ao líder.
Por fim, o último modelo de liderança imposta pelos estudiosos foi a Liderança democrática, onde o líder é extremamente comunicativo, encoraja a participação dos liderados e se preocupa com o trabalho e com o grupo. Neste modelo, o líder atua como um orientador do grupo. No estudo realizado, os grupos submetidos à liderança democrática apresentaram boa quantidade de trabalho, clima de satisfação, integração grupal, responsabilidade e comprometimento das pessoas.
Na sequência, expõe-se uma grade comparativa entre estes três tipos de liderança, analisando diversos aspectos das teorias, conforme segue.
Tabela 01: Grade Comparativa Tipos de Liderança.
	Aspectos
	Liderança autocrática
	Liderança liberal
	Liderança democrática
	Tomada de decisões 
	Apenas o líder decide e fixa as diretrizes, se nenhuma participação do grupo.
	Total liberdade ao grupo para tomar as decisões, com mínima intervenção do líder.
	As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, que é estimulado e orientado pelo líder.
	Programação dos trabalhos
	O líder dá ordens e determina providências para a execução de tarefas, sem explicá-las ao grupo. 
	Participação limitada do líder. Informações e orientação são dadas desde que solicitadas pelo grupo.
	O líder aconselha e dá orientação para que o grupo esboce objetivos e ações. As tarefas ganham perspectivas com os debates.
	Divisão do trabalho
	O líder determina a tarefa a cada um e qual o seu companheiro de trabalho.
	A divisão das tarefas e escolhas dos colegas são do grupo. Nenhuma participação do líder.
	O grupo decide sobre a divisão das tarefas e cada membro tem liberdade para escolher os colegas. 
	Comportamento do líder
	O líder é dominador e pessoal nos elogios e nas críticas ao grupo.
	O líder assume o papel de membro do grupo e atua somente quando é solicitado.
	O líder é objetivo e limita-se aos fatos nos elogios ou críticas. Trabalha como orientador da equipe.
Fonte: (CHIAVENATO, 2000, p. 213) 
Ao se analisar os distintos modelos de liderança, pode-se concluir que, não há um modelo de liderança pronto, que se adéque exatamente às necessidades de uma empresa, pois as necessidades de estilo podem variar muito. Portanto, evidencia-se que, um bom gestor deve adaptar seu estilo de liderança às necessidades de cada ocasião, aproveitando os benefícios de cada um dos modelos de liderança apresentados.
CONCLUSÃO
A profissão contábil tem suas normas regidas pelo Decreto – Lei nº 806/69 e Decreto nº 66.480/70 e de acordo com o Código de Ética pela resolução do CFC nº 803/96. Hoje, o contador é tido, pelo Novo Código Civil, como o preposto responsável pela escrituração contábil das sociedades empresárias ou dos empresários.
O contador deve conhecer as responsabilidades sociais,éticas, profissionais e legais às quais está sujeito no momento em que passa a realizar seus trabalhos, devendo respeitar os princípios da moral, da ética e do direito, atuando com lealdade, idoneidade e honestidade no desempenho de suas atividades, sob pena de responder civil, criminal, ética e profissionalmente por seus atos.
Concluiu-se ainda que não são só os gestores que tem responsabilidades em relação á empresa, mas também os contadores podem responder civil e penalmente por elas, sempre que houver o seu envolvimento em fraudes que envolvam a área contábil da empresa.
A empresa comercial Altas Bordas Confecções Ltda., criada em 2015, nos seus dois primeiros anos de existência, está passando por alguns problemas financeiros. Esses problemas são resultado da falta de orientação adequada ao empresário que era realizada pelo antigo contador. Verificou-se que, através de procedimentos contábeis corretos, a contabilidade tem muito a contribuir com a gestão financeiras das empresas, pois a partir de relatórios contábeis corretos, o gestor tem a oportunidade de visualizar com maior clareza seus resultados econômicos e financeiros. 
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6.ed. São Paulo: Campus, 2000.
CPC. Pronunciamento Técnico PME Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas. Disponível em: http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/392_CPC_PMEeGlossario_R1_rev%2011_alt.pdf. Acesso em: 20 de Março de 2018.
DIAS, Sérgio Roberto. Gestão de Marketing. São Paulo: Saraiva, 2003.
KRAUSZ, R. O poder nas organizações. São Paulo: EPU, 1991. 
PAIVA, Marcelo José Cruz; NETO, Pedro Lacerda. Os princípios fundamentais de contabilidade e a contabilidade governamental: uma análise à luz do princípio da prudência. Disponível em: <http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2055716.PDF>. Acesso em: 20 de Março de 2018.
PASSINI, A. K. As normas internacionais de contabilidade - IFRS: Adoção no Brasil. RISUS – Journal on Innovation and Sustainability, São Paulo, v. 6, n. 3, p. 97-114, dez. 2015. Disponível em: . Acesso em: 20 de Março de 2018.
PENTEADO, José Roberto W. Técnicas de chefia e liderança. 6. ed. São Paulo:
Pioneira, 1981.
SANTOS, Paula Gonçalves. Aplicação dos princípios contábeis na empresa EPN. 2011. Disponível em: http://www.sinescontabil.com.br/trabalhos/arquivos/2d83e2676b6889f0484b7e38f2c8d00d.pdf. Acesso em: 20 de Março de 2018.
SELZNICK, Philip. A liderança na administração: uma interpretação sociológica. Tradução Arthur Pereira e Oliveira Filho. Rio de Janeiro: FGV, 1971.
SOUZA, Manuela Santin. Fluxo de caixa por regime de competência. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-29112006-165812/pt-br.php>. Acesso em: 20 de Março de 2018.
SOUZA, Manuela. Fluxo de caixa por regime de competência. 2006. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) – Universidade de São Paulo – USP, São Paulo, 2006.

Continue navegando