Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
MA553/Plínio soluções cap.1 .pdf 1 Teoria dos Nu´meros Soluc¸o˜es dos Exercı´cios do Capı´tulo 1 1. Encontrar, usando o algoritmo da divisa˜o de Euclides, o ma´ximo divisor comum dos seguintes pares de nu´meros: (a) 542 e 234: 2 (b) 9652 e 252: 4 (c) 24573 e 1387: 1 (d) 4276 e 1234: 2 (e) 48762 e 176: 2 (f) 42516 e 97421: 1 (g) 8374 e 24517: 1 (h) 35262 e 12753: 1 2. Achar o mı´nimo mu´ltiplo comum dos seguintes pares de nu´meros: (a) 44 e 32: 352 (b) 234 e 12: 468 (c) 35 e 24: 840 (d) 142 e 742: 52682 (e) 17 e 141: 2397 (f) 42 e 52: 1092 (g) 501 e 2141: 438905 (h) 144 e 64: 576 3. Encontrar uma sequeˆncia de pelo menos 30 inteiros consecutivos e compostos. Soluc¸a˜o: Para ak = 31! + k + 1, temos que a1 = 31! + 2 e´ composto (coloque o 2 em evideˆncia), temos que a2 = 31! + 3 e´ composto (coloque aqui o 3), temos que a3 = 31! + 4 tambe´m e´ composto, e assim por diante, ate´ o a30 = 31! + 31. Com isso, obtemos uma sequeˆncia de 30 inteiros compostos consecutivos. 4. Mostrar, por induc¸a˜o, que: (a) 12 + 22 + 32 + . . .+ n2 = n(n+ 1)(2n+ 1) 6 Soluc¸a˜o: De fato, para n = 1, 12 = 1 = 1(1+1)(2·1+1) 6 = 1·2·3 6 . Supondo va´lida para um n = k, analisemos o caso n = k + 1: (k + 1)((k + 1) + 1)(2(k + 1) + 1) 6 = (k + 1)(k + 2)(2k + 3) 6 = (k + 1)(2k2 + 7k + 6) 6 = (k + 1)[6(k + 1) + k(2k + 1)] 6 = 6(k + 1)2 + k(k + 1)(2k + 1) 6 = (k+1)2+ k(k + 1)(2k + 1) 6 = (k + 1)2 + k2 + . . .+ 32 + 22 + 11 (b) 1 + 3 + 5 + . . .+ (2n− 1) = n2 Soluc¸a˜o: De fato, para n = 1, 1 = 12. Supondo va´lida para um n = k, analisemos o caso n = k + 1: (k + 1)2 = k2 + 2k + 1 = k2 + 2(k + 1)− 1 = (2(k + 1)− 1) + (2k − 1) + . . .+ 5 + 3 + 1. (c) 1 · 2 + 2 · 3 + 3 · 4 + . . .+ n(n+ i) = n(n+ 1)(n+ 2) 3 2 Soluc¸a˜o: De fato, para n = 1, 1 · 2 = 2 = 1(1+1)(1+2) 3 = 1·2·3 3 . Supondo va´lida para n = k, analisemos o caso n = k + 1: (k + 1)((k + 1) + 1)((k + 1) + 2) 3 = (k + 1)(k + 2)(k + 3) 3 = 3(k + 1)(k + 2) + k(k + 1)(k + 2) 3 = (k + 1)(k + 2) + k(k + 1)(k + 2) 3 = (k + 2)(K + 1) + (k + 1)k + . . .+ 4 · 3 + 3 · 2 + 2 · 1 (d) n! > 2n, ∀n ≥ 3 Soluc¸a˜o: De fato, para n = 4, 4! = 24 > 16 = 24. Supondo va´lida para n = k, analisemos o caso n = k + 1: (k + 1)! = (k + 1)k! > (k + 1)2k > k2k > 2 · 2k = 2k+1, pois k ≥ 3, por hipo´tese. (e) n2 > 2n+ 1, ∀n ≥ 3 Soluc¸a˜o: De fato, para n = 3, 32 = 9 > 7 = 2 · 3 + 1. Supondo va´lida para n = k, analisemos o caso n = k + 1: (k + 1)2 = 1 + 2k + k2 > 1 + 2k + 2k + 1 = 2k + 2k + 2 > 2k + 2k + 1 > 2k + 2 + 1 = 2(k + 1) + 1. (f) 9|(10n+1 − 9n− 10),∀n ≥ 1 Soluc¸a˜o: De fato, para n = 1, 102−9−10 = 100−19 = 81, que e´ mu´ltiplo de nove. Supondo va´lida para n = k, analisemos o caso n = k+1: 10(k+1)+1−9(k+1)−10 = 10 ·10k+1−9k−9−10, mas 10k+1−9k−10 = 9q, q ∈ Z⇒ 10k+1 = 9q+9k+10, logo 10 ·10k+1−9k−9−10 = 10(9q+9k+ 10)−9k−19 = 90q+90k+100−9k−19 = 90q+90k−9k+81 = 90q+81k+81 = 9(10q+9k+9), que e´ mu´ltiplo de nove. Portanto, vale tambe´m para n = k + 1. 5. Provar que o produto de 3 inteiros consecutivos e´ divisı´vel por 6. Soluc¸a˜o: Lema: O produto de dois nu´meros consecutivos e´ par. De fato, m(m + 1) e´ par, pois, se m for par, m(m + 1) = 2λ(2λ + 1) = 2p, p ∈ Z, e, se m for ı´mpar, m(m + 1) = (2λ + 1)(2λ + 2) = 2(2λ+ 1)(λ+ 1) = 2q, q ∈ Z. Queremos mostrar que 6|(n− 1)n(n+1). Note que (n− 1)n(n+1) = (n2 − 1)n = n3 −n. Para n = 1, n3−n = 0 e 6|0. Suponha´que 6|k3−k, ou seja, k3−k = 6q, q ∈ Z; analisemos o caso n = k+1: (k+1)3−(k+1) = k3+3k2+3k+1−k−1 = k3−k+3k2+3k = 6q+3k2+3k = 6q+3k(k+1). Pelo lema, 6q + 3k(k + 1) = 6q + 3 · 2q′ = 6q + 6q′ = 6(q + q′), que e´ mu´ltiplo de 6. Observe que 6|(n− 1)n(n+ 1)⇒ 6|(1− n)(−n)(−n− 1). Com isso, ∀n ∈ Z, 6|(n− 1)n(n+ 1). 6. Provar que, para todo n ∈ N, 32n+1 + 2n+2 e´ mu´ltiplo de 7 e que 32n+2 + 26n+1 e´ mu´ltiplo de 11. Soluc¸a˜o: * Para n = 1, 32·1+1+21+2 = 33+23 = 27+8 = 35 = 7 ·5, que e´ mu´ltiplo de 7. Suponha va´lido para n = k, ou seja, 7q = 32k+1 + 2k+2 ⇒ 32k+1 = 7q − 2k+2, q ∈ Z; analisemos o caso n = k+ 1: 32(k+1)+1+2k+1+2 = 32k+2+1+2k+2+1 = 32 ·32k+1+2 ·2k+2 = 32 · (7q−2k+2)+2 ·2k+2 = 7 · 9q − 9 · 2k+2 + 2 · 2k+2 = 7 · 9q − 7 · 2k+2 = 7 · (9q − 2k+2). ** Para n = 1, 32·1+2 + 26·1+1 = 34 + 27 = 81 + 128 = 209 = 11 · 19. Supondo va´lida para n = k, ou seja, 32k+2 + 26k+1 = 11q ⇒ 32k+2 = 11q − 26k+1; analisemos o caso n = k + 1: 32(k+1)+226(k+1)+1 = 32 · 32k+2 + 26 · 26k+1 = 9 · 32k+2 + 64 · 26k+1 = 9 · (11q − 26k+1) + 64 · 26k+1 = 11 · 9q − 9 · 26k+1 + 64 · 26k+1 = 11 · 9q + 55 · 26k+1 = 11 · (9q + 5 · 26k+1). 7. Encontrar inteiros x y tais que (a) 93x+ 81y = 3 ⇒ 31x+ 27y = 1 31 = 27 · 1 + 4⇒ 4 = 31− 27 3 27 = 4 · 6 + 3⇒ 3 = 27− 4 · 6 4 = 3 · 1 + 1⇒ 1 = 4− 3 1 = 31− 27− (27− (31− 27) · 6) = 31− 27− 27 + (31− 27) · 6 = 31− 27− 27 + 6 · 31− 6 · 27 = 7 · 31− 8 · 27 = 7 · 31− 8 · 27 + 27 · k · 31− 31 · k · 27 = (7 + 27k) · 31− (8 + 31k) · 27 (x, y) = (7 + 27k,−8− 31k), k ∈ Z (b) 43x+ 128y = 1 128 = 43 · 2 + 42⇒ 42 = 128− 2 · 43 43 = 42 · 1 + 1⇒ 1 = 43− 42 1 = 43− (128− 2 · 43) = 43− 128 + 2 · 43 = 3 · 43− 128 = 3 · 43− 128 + 43 · k · 128− 128 · k · 43 = (3− 128k) · 43− (128− 43k) · 128 (x, y) = (3− 128k, 43k − 128), k ∈ Z 8. Mostrar que se a b sa˜o inteiros positivos, com (a, b) = [a, b], enta˜o a = b. Soluc¸a˜o: Como sabemos, [a, b] = ab (a,b) . Com isso, temos (a, b) = ab (a,b) . Como (a, b)|a e (a, b)|b, temos a (a,b) · b (a,b) = 1⇒ a (a,b) = b (a,b) = 1⇒ a = b = (a, b). 9. Mostrar que n5 − n e´ divisı´vel por 30 para todo inteiro n. Soluc¸a˜o: Lema 1: Para todon natural, n(7+6n+2n2) e´ mu´ltiplo de 3. De fato, paran = 1, 1·(7+6·1+2·12) = 7 + 6 + 2 = 15 = 3 · 5. Supondo va´lida para n = k, ou seja, 7k + 5k2 + 2k3 = 3q; analisemos o caso n = k+1: (k+1)(7+6 · (k+1)+2 · (k+1)2) = (k+1)(13+10k+2k2) = 15k+10k2+2k3+ 15+10k+2k2 = (2k3+6k2+7k)+6k2+18k+15 = 3q+6k2+18k+15 = 3 ·(q+2k2+6k+5). Lema 2: Para todo n natural, n(n + 1)(n2 + n + 1) e´ mu´ltiplo de 6. De fato, para n = 1, 1 · (1 + 1) · (12 + 1 + 1) = 2 · 3 = 6. Supondo va´lida para n = k, ou seja, k(k + 1)(k2 + k + 1) = k4+2k3+2k2+k = 6q; analisemos o caso para n = k+1: (k+1)((k+1)+1)((k+1)2+(k+1)+1) = (k + 1)(k + 2)(k2 + 3k + 3) = (k2 + 3k + 2)(k2 + 3k + 3) = k4 + 6k3 + 14k2 + 15k + 6 = (k4+2k3+2k2+k)+4k3+12k2+14k+6 = 6q+4k3+12k2+14k+6 = 6q+2k(7+6k+2k2)+6. Pelo lema 1, 6q + 2k(7 + 6k + 2k2) + 6 = 6q + 2 · 3q′ + 6 = 6q + 6q′ + 6 = 6 · (q + q′ + 1). Com isso, podemos provar que 30|(n5 − n). Para n = 1, n5 − n = 15 − 1 = 0, e 30|0. Supondo va´lida para n = k, ou seja, k5 − k = 30q; analisemos o caso para n = k + 1: (k + 1)5 − (k + 1) = k5 + 5k4 + 10k3 + 10k2 + 5k + 1 − k − 1 = k5 − k + 5k4 + 10k3 + 10k2 + 5k = 30q + 5k4 + 10k3 + 10k2 + 5k = 30q + 5k(k3 + 2k2 + 2k + 1) = 30q + 5k(k + 1)(k2 + k + 1). Pelo lema 4 2, 30q + 5k(k + 1)(k2 + k + 1) = 30q + 5 · 6q′ = 30q + 30q′ = 30(q + q′). Por outro lado, como 30|(n5 − n), temos que 30|((−n)5 − (−n)); logo, ∀n ∈ Z, 30|(n5 − n). 10. Mostrar que a equac¸a˜o x3 + 7x+ 17 = 0 na˜o tem soluc¸a˜o inteira. Soluc¸a˜o: Se x3+7x+17 = 0⇒ x3+7x = −17 admite soluc¸a˜o inteira, enta˜o, ja´ que x|(x3+7x), x| − 17. Como 17 e´ primo, os possı´veis valores de x pertencem a {−17,−1, 1, 17}. Por outro lado, (−17)3+7 ·(−17) < −17, (−1)3+7 ·(−1) = −8 6= −17, 13+7 ·1 = 8 6= −17 e 173+7 ·17 > −17. Portanto, na˜o admite soluc¸a˜o inteira. 11. Mostrar que, para nenhum n ∈ N, 2n + 1 e´ um cubo. Soluc¸a˜o: Lema: Para todo x natural, x2 + x e´ par. De fato, x = 2k ou x = 2k + 1; assim, x2 + x = (2k)2 + (2k) = 4k2 + 2k = 2 · (2k2 + k), que e´ par, ou x2 + x = (2k + 1)2 + (2k + 1) = 4k2 + 4k + 1 + 2k + 1 = 4k2 + 6k + 2 = 2 · (2k2 + 3k + 1), que tambe´m e´ par. Suponha que 2n + 1 = m3, logo terı´amos 2n = m3 − 1 = (m − 1)(m2 +m + 1). Como 2|2n, ∀n ∈ N, temos que 2|(k− 1)(k2+ k+1). Mas 2 6 |(k2+ k+1), pois k2+ k e´ par e k2+ k+1 e´ ı´mpar. Assim, 2|(k − 1), para todo k, absurdo. 11. Pode o nu´mero A = 111 . . . 1 formado por trezentos 1’s ser um quadrado? Soluc¸a˜o: Lema: Todo quadrado perfeito na˜o deixa resto 3 na divisa˜o por 4. De fato, se um nu´mero e´ par, (2m)2 = 4m2, que deixa resto 0, se e´ ı´mpar, (2m + 1)2 = 4m2 + 4m + 1 = 4(m2 +m) + 1, que deixa resto 1 na divisa˜o por 4. Assim, todo quadrado perfeito deixa resto 0 ou 1. Logo, na˜o deixa resto 3. O nu´mero na˜o e´ um quadrado, pois deixa resto 3 na divisa˜o por 4. Observe que 111 . . . 111 = 111 . . . 100 + 11 = 100 · 111 . . . 1 + 8 + 3 = 4 · (25 · 111 . . . 1 + 2) + 3 que deixa resto 3 na di- visa˜o por 4. 13. Sejam F1 = 1, F2 = 1 e Fn = Fn−1 + Fn−2, n ≥ 3 (Fn e´ chamado n-e´simo nu´mero do Fibonacci). Mostre que (a) F1 + F3 + F5 + . . .+ F2n−1 = F2n Soluc¸a˜o: De fato, para n = 1, F2·1−1 = F1 = 1 = F2 = F2·1. Supondo va´lida para n = k, analisemos o caso para n = k+1: F2(k+1) = F2k+2 = F2k+1 +F2k = F2(k+1)−1 +F2k−1 + . . .+ F5 + F3 + F1. (b) F2 + F4 + F6 + . . .+ F2n = F2n+1 − 1 Soluc¸a˜o: De fato, para n = 1, F2·1 = F2 = F3 − F1 = F2·1+1 − 1. Supondo va´lida para n = k, analisemos o caso para n = k + 1: F2(k+1)+1 − 1 = F2k+3 − 1 = F2k+2 + F2k+1 − 1 = F2(k+1) + F2k + . . .+ F6 + F4 + F2. (c) F1 + F2 + F3 + . . .+ Fn = Fn+2 − 1 Soluc¸a˜o: De fato, para n = 1, F1 = F3−F2 = F1+2− 1. Supondo va´lida para n = k, analisemos o caso para n = k+1: Fk+1+2−1 = Fk+3−1 = Fk+2+Fk+1−1 = Fk+1+Fk+ . . .+F3+F2+F1. (d) F1F2 + F2F3 + F3F4 + . . .+ F2nF2n+1 = F 22n+1 − 1 Soluc¸a˜o: De fato, para n = 1, F1F2 + F2F3 = F1(F3 − F1) + (F3 − F1)F3 = F1F3 − F 21 + F 2 3 − F1F3 = F 23 − F 21 = F 23 − 1. Supondo va´lida para n = k, analisemos o caso para n = k + 1: F1F2 + F2F3 + . . . + F2kF2k+1 + F2k+1F2k+2 + F2k+2F2k+3 = F 22k+1 − 1 + F2k+1F2k+2+F2k+2F2k+3 = F 2 2k+1− 1+(F2k+3−F2k+1)F2k+3+F2k+1(F2k+3−F2k+1) = F 22k+1 − 1 + F 22k+3 − F2k+1F2k+3 + F2k+1F2k+3 − F 22k+1 = F 22k+3 − 1 = F2(k+1)+1 − 1. 5 14. Mostrar que, para os nu´meros de Fibonacci, definidos no problema anterior, satisfazem: (a) (Fn, Fn+1) = 1 Soluc¸a˜o: De fato, para n = 1, (F1, F2) = (1, 1) = 1. Supondo va´lida para n = k, analisemos o caso para n = k + 1: (Fk+1, Fk+2) = (Fk+1, Fk+1 + Fk) = (Fk+1, Fk) = 1. (b) (Fn, Fn+3) = 1 ou 2 Soluc¸a˜o: Lema: Se a e´ ı´mpar e (a, b) = 1, enta˜o (a, 2b) = 1, com b inteiro. Certamente, se tive´ssemos (a, 2b) = k, com k 6= 1, terı´amos que a = αk e 2b = βk, logo a α = 2b β . Como 2| 2b β , 2| a α ; com isso, terı´amos que 2|a, absurdo, pois a e´ ı´mpar. Observe que (Fn, Fn+3) = (Fn, Fn+2 + Fn+1) = (Fn, Fn + 2Fn+1) = (Fn, 2Fn+1). E´ fato que, se Fn for par. Fn+1 sera´ ı´mpar, se Fn for ı´mpar, Fn+1 podera´ ser par ou ı´mpar. Se Fn for par, (Fn, 2Fn+1) = 2( Fn 2 , Fn+1) = 2 · 1 = 2, pois (Fn, Fn+1) = 1. Se Fn for ı´mpar, temos, pelo lema, que, independente de Fn+1, (Fn, 2Fn+1) = 1, ja´ que Fn e´ ı´mpar e (Fn, Fn+1) = 1. 15. Mostrar que, ale´m de 2 = 13 + 1, nenhum nu´mero da forma n3 + 1 e´ primo. Soluc¸a˜o: Basta observar que n3 + 1 = (n+ 1)(n2 − n+ 1), que e´ composto para n 6= 1. 16. Utilizando a sequeˆncia Rn = n! + 1, n ≥ 1, fornecer uma outra demonstrac¸a˜o para a infinitude dos primos. Soluc¸a˜o: Lema: Se a|b, enta˜o a 6 |b + 1. Suponha que a|b + 1, logo b + 1 = ak ⇒ b = ak − 1 ⇒ ak′ = ak − 1⇒ ak − ak′ = 1⇒ a(k − k′) = 1⇒ a|1, absurdo. Suponha que a sequeˆncia dos primos seja finita. Seja a subsequeˆncia (p1, p2, . . . , pn) dos primos que podem ser escritos na forma pn = n! + 1. Supondo pn sendo o u´ltimo dos primos da forma n! + 1, temos pn+1 = (n+1)!+1 = (n+1)n!+1+(n+1)−(n+1) = (n+1)(n!+1)+1−(n+1) = (n+1)pn−n. Se existe um nu´mero que divida Pn+1, sena˜o ele mesmo ou 1, esse nu´mero divide (n + 1)pn − n. Seja k esse nu´mero. Pelo lema, k na˜o pode dividir (n + 1)pn − n, ale´m de pn ser primo. Logo, pn+1 e´ outro primo da forma (n+ 1)! + 1 que na˜o esta´ na sequeˆncia dos primos, absurdo. 17. Mostrar que todo inteiro maior do que 11 e´ a soma de dois inteiros compostos. Soluc¸a˜o: Queremos mostrar que n = aα+ bβ, com n > 11, a, b,α e β inteiros diferentes de 1. Se n for composto, ou seja, n = λµ, temos que n = λ(k + k′), onde k e k’ sa˜o inteiros; assim, n = λk + λk′, e segue o resultado. Se n for primo, temos que e´ da forma 6m + 1 ou 6m + 5; para n = 6m + 1, n = 6(k + 8) + 1, onde k e´ inteiro, logo, n = 6k + 48 + 1 = 6m + 49, e segue o resultado; para n = 6m+5, n = 6(k′+10)+5 = 6k′+60+5 = 6k′+65, e segue o resultado. Observe que a hipo´tese de n > 11 foi satisfeita; portanto, todo inteiro maior do que onze e´ soma de dois inteiros compostos. 18. Mostrar que 3 e´ o u´nico primo p tal que p, p+ 2 e p+ 4 sa˜o todos primos. Soluc¸a˜o: Suponha que exista outro p 6= 3 tal que p, p + 2 e p + 4 sejam todos primos. p = 2 ou p = 5? Na˜o, pois 2 + 2 = 4 e 5 + 4 = 9, que sa˜o compostos. Logo, p e´ da forma 6k + 1 ou 6k + 5. Se p = 6k+1, temos que p+2 = 6k+1+2 = 6k+3 = 3(2k+1), que e´ composto. Se p = 6k+5, temos que p + 4 = 6k + 5 + 4 = 6k + 9 = 3(2k + 3), que e´ composto. Com isso, obtemos um contradic¸a˜o. Portanto, para nenhum p 6= 3, p+ 2 e p+ 4 sa˜o primos tambe´m. Assim, 3 e´ o u´nico. 19. Achar a soma de todos os nu´meros formados pelas permutac¸o˜es dos dı´gitos 1, 2, 3, 4 e 5, isto e´: 12345 + . . .+ 54321. Soluc¸a˜o: Observe que 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15. Logo, temos: 6 5 4 3 2 1 ... ... ... ... ... + 1 2 3 4 5 1 6 6 6 6 5 20.Provar que na˜o existe n ∈ N tal que 7|(4n2 − 3). Soluc¸a˜o: Lema: Se n e´ natural, enta˜o 7 - (n2 + 1). Como n e´ natural, ele e´ da forma 7k, 7k ± 1, 7k ± 2 ou 7k ± 3, com k natural. Para n = 7k,n2 + 1 = 49k2 + 1 na˜o e´ mu´ltiplo de 7. Para n = 7k ± 1, n2 + 1 = (7k ± 1)2 + 1 = 49k2 ± 14k + 2 = 7(7k2 ± 2k) + 2 na˜o e´ mu´ltiplo de 7. Para n = 7k ± 2, n2 + 1 = (7k ± 2)2 + 1 = 49k2 ± 28k + 5 = 7(7k2 ± 4k) + 5 na˜o e´ mu´ltiplo de 7. Para n = 7k ± 3, n2 + 1 = (7k ± 3)2 + 1 = 49k2 ± 42k + 9 = 7(7k2 ± 6k + 1) + 2 tambe´m na˜o e´ mu´ltiplo de 7. Portanto, 7 6 |(n2 + 1). Suponha que exista n ∈ N tal que 7|(4n2 − 3). Logo, 4n2 − 3 = 7q ⇒ 4n2 − 3+ 7 = 7(q+1)⇒ 4n2 + 4 = 7(q + 1)⇒ 4(n2 + 1) = 7(q + 1)⇒ 7|(n2 + 1). Pelo lema, chegamos numa contradic¸a˜o. 21. Sabendo que o resto da divisa˜o de um inteiro b por 7 e´ 5, calcular o resto da divisa˜o por 7 dos seguintes nu´meros: (a) −b b = 7q + 5⇒ −b = −7k − 5 = 7(−k) + 7− 7− 5 = 7(−k)− 7 + 2 = 7(−k − 1) + 2. −b deixa resto 2. (b) 2b 2b = 14q + 10 = 14q + 7 + 3 = 7(2q + 1) + 3 2b deixa resto 3. (c) 3b+ 7 3(7q + 5) + 7 = 21q + 15 + 7 = 21q + 22 = 21q + 21 + 1 = 7(3q + 3) + 1 3b+ 7 deixa resto 1. (d) 10b+ 1 10(7q + 5) + 1 = 70q + 50 + 1 = 70q + 49 + 2 = 7(10q + 7) + 2 10b+ 1 deixa resto 2. (e) b2 + b+ 1 (7q+5)2+(7q+5)+1 = 49q2+70q+25+7q+5+1 = 49q2+77q+31 = 49q2+77q+28+3 = 7(7q2 + 11q + 4) + 3 b2 + b+ 1 deixa resto 3. 22. Seja Un = 111 . . . 1 um nu´mero formado por n 1’s. Provar que Un primo implica n primo. Soluc¸a˜o: Suponha n = pq, com p e q diferentes de 1. Temos que Un = 111 . . . 1 = 10 n−1 9 = 10pq−1 9 = (10p)q−1 9 = 10 p−1 9 · ((10p)q−1 + (10p)q−2 + . . . + (10p) + 1). Logo, Un e´ composto, absurdo. 23. Mostrar que, se, para algum n, m|(35n+ 26), m|(7n+ 3) e m > 1, enta˜o m = 11. Soluc¸a˜o: m|(35n + 26) e m|(7n + 3) ⇒ 35n + 26 = k1m e 7n + 3 = k2m ⇒ k1 − 4k2 = 35n+26−4(7n+3) = 35n+26−28n−12 = 7n+14⇒ m(k1−4k2) = 7n+14⇒ m|(7n+14). Comomk = 7n+14 = 7n+3+11, em|(7n+3), m|11, ou sejam = 11 oum = 1 (pois 11 e´ primo). Como m > 1, concluı´mos que m = 11. 7 24. Sendo 1 a + 1 b um inteiro, onde a e b sa˜o inteiros positivos, mostrar que a=b. Mostrar tambe´m que a = 1 ou a = 2. Soluc¸a˜o: 1 a + 1 b = b ab + a ab = a+b ab ⇒ ab|(a + b) ⇒ a + b = abq ⇒ a − abq + b = 0 ⇒ a(1−bq) = −b⇒ a|b. Por outro lado, a−abq+b = 0⇒ a−b(aq−1) = 0⇒ a = b(aq−1)⇒ b|a. Portanto, a = b. Logo, a+ b = abq ⇒ a+ a = aaq ⇒ 2a = qa2 ⇒ q = 2a a2 = 2 a ⇒ a|2⇒ a = 1 ou a = 2, pois 2 e´ primo. 25. Mostrar que, se (a, b) = 1, enta˜o (2a+ b, a+ 2b) = 1 ou 3. Soluc¸a˜o: (2a+b, a+2b) = d. Logo, 2a+b = k1d e a+2b = k2d e, portanto, d(2k1−k2) = 2(2a+ b)−(a+2b) = 4a+2b−a−2b = 3a e d(−k1+2k2) = −(2a+b)+2(a+2b) = −2a−b+2a+4b = 3b. Como sabemos, (3a, 3b) = 3(a, b) = 3. Mas (3a, 3b) = (d(2k1 − k2), d(−k1 + 2k2)) = d(2k1 − k2,−k1 + 2k2) = 3. Fazendo (2k1 − k2,−k1 + 2k2) = k, dk = 3⇒ d = 1 ou d = 3. 26. Mostrar que, sendo n um inteiro, o nu´mero n(n+ 1)(n+ 2)(n+ 3) + 1 e´ um quadrado perfeito. Soluc¸a˜o: Basta observar quen(n+1)(n+2)(n+3)+1 = n4+6n3+11n2+6n+1 = (n2+3n+1)2. 27. Determinar todos os nu´meros de 3 algarismos divisı´veis por 8, 11 e 12. Soluc¸a˜o: * 104 + 8n, 0 ≤ n ≤ 111. ** 110 + 11n, 0 ≤ n ≤ 80. *** 108 + 12n, 0 ≤ n ≤ 74. 28. Encontrar todos os inteiros positivos n para os quais (n+ 1)|(n2 + 1). Soluc¸a˜o: Se (n + 1)|(n2 + 1), enta˜o n2 + 1 = (n + 1)q ⇒ n2 − 1 + 2 = (n + 1)q ⇒ (n + 1)(n − 1) + 2 = (n + 1)q ⇒ n − 1 + 2 n+1 = q ⇒ 2 n+1 = q − n + 1 ⇒ 2 n+1 e´ um inteiro. Como 2 e´ primo, n+ 1 = 1 ou n+ 1 = 2⇒ n = 0 ou n = 1. 29. Dados a e b inteiros, com b 6= 0, mostrar que existem inteiros q e r satisfazendo a = qb ± r, 0 ≤ r ≤ b/2. Soluc¸a˜o: Pelo algoritmo da divisa˜o, existem m e n tais que a = mb + n, 0 ≤ n < b. Se b for par, n pode ser b 2 , pois b 2 < b. Se b for ı´mpar, n < b 2 ou n > b 2 . Para qualquer b, se 0 ≤ n ≤ b 2 , fac¸a m = q e n = r; se b 2 < n < b, temos− b 2 > −n > −b⇒ b− b 2 > b− n > 0⇒ b 2 > b− n > 0, fac¸a m = q e r = −n. 30. Mostrar que, se a e b sa˜o inteiros, (a, 3) = (b, 3) = 1, enta˜o a2 + b2 na˜o e´ um quadrado perfeito. Soluc¸a˜o: Lema: Todos os quadrados perfeitos deixam resto 1 ou 0 na divisa˜o por treˆs. De fato, se a = 3k, a2 = 9k2, que deixa resto 0; se a = 3k ± 1, a2 = 9k2 ± 6k + 1 = 3(3k2 ± 2k) + 1, que deixa resto resto 1. Logo, segue o resultado. Suponha que a2 + b2 = c2. Pelo lema, os quadrados de nu´meros 6= 3q deixam resto 1 na divisa˜o por treˆs. Como (a, 3) = 1 e (b, 3) = 1, temos que a 6= 3q e b 6= 3q′; assim, a2 e b2 deixam resto 1 na divisa˜o por treˆs. Ou seja, a2 = 3k1 + 1 e b2 = k2 + 1⇒ a2 + b2 = 3(k1 + k2) + 2, que deixa resto 2, e na˜o 1; logo, a2 + b2 na˜o e´ um quadrado perfeito, contradic¸a˜o. 31. Mostrar que, para n > 1, os nu´meros n4 + 4 e n4 + n2 + 1 sa˜o ambos compostos. Soluc¸a˜o: Basta observar que: *n4+4 = n4+4n2+4−4n2 = (n2+2)2−4n2 = (n2+2)2−(2n)2 = (n2+2+2n)(n2+2−2n), que e´ composto, para n > 1. 8 **n4+n2+1 = n4+2n2−n2+1 = n4+2n2+1−n2 = (n2+1)2−n2 = (n2+1−n)(n2+1+n), que e´ composto, para n > 1. 32. Demonstrar os itens (a), (b) e (c) do problema 13 sem fazer uso de induc¸a˜o. (a) F1 + F3 + F5 + . . .+ F2n−1 = F2n Soluc¸a˜o: F2n = F2n−1 + F2n−2 = F2n−1 + F2n−3 + F2n−4 = F2n−1 + F2n−3 + F2n−5 + F2n−6 = F2n−1 + F2n−3 + F2n−5 + . . . + F6 = F2n−1 + F2n−3 + F2n−5 + . . . + F5 + F4 = F2n−1 + F2n−3 + . . .+ F5 + F3 + F2 = F2n−1 + . . .+ F5 + F3 + F1. (b) F2 + F4 + F6 + . . .+ F2n = F2n+1 − 1 Soluc¸a˜o: F2n+1−1 = F2n+F2n−1−1 = F2n+F2n−2+F2n−3−1 = F2n+F2n−2+F2n−4+ F2n−5−1 = F2n+F2n−2+F2n−4+ . . .+F7−1 = F2n+F2n−2+F2n−4+ . . .+F6+F5−1 = F2n+F2n−2+. . .+F6+F4+F3−1 = F2n+. . .+F6+F4+F2+F1−1 = F2n+. . .+F6+F4+F2. (c) F1 + F2 + F3 + . . .+ Fn = Fn+2 − 1 Soluc¸a˜o: Fn+2−1 = Fn+1+Fn−1 = Fn+Fn−1+Fn−1+Fn−2−1 = Fn+Fn−1+Fn−2+ Fn−2 +Fn−3 − 1 = Fn +Fn−1 +Fn−2 +Fn−3 + . . .+F4 +F4 +F3 − 1 = Fn +Fn−1 + . . .+ F4+F3+F3+F2− 1 = Fn+ . . .+F4+F3+F2+F2+F1− 1 = Fn+ . . .+F4+F3+F2+F1. 33. Mostrar que (a, bc) = 1 se, e somente se, (a, b) = (a, c) = 1. Soluc¸a˜o: *(a, bc) = 1⇒ a 6 |bc e b 6 |a e c 6 |a⇒ a 6 |b e b 6 |a e a 6 |c e c 6 |a⇒ (a, b) = (a, c) = 1. **(a, b) = 1 e (a, c) = 1 ⇒ ∃x1, x2, y1, y2 ∈ Z; 1 = x1a + y1b e 1 = x2a + y2c ⇒ x1a + y1b(x2a+y2c) = 1, pois 1 = x2a+y2c,⇒ x1a+x2y1ab+y1y2bc = 1⇒ a(x1+x2y1b)+y1y2bc = 1⇒ x3a+ y3bc = 1. Como bc 6 |(x3a+ y3bc), bc 6 |x3a⇒ bc 6 |a, e, como a 6 |b e a 6 |c, (a, bc) = 1. 34. Mostrar que se b|c, enta˜o (a+ c, b) = (a, b). Soluc¸a˜o: De b|c, temos c = kb. Logo, (a+ c, b) = (a+ kb, b) = (a, b). 35. Mostrar que se (a, c) = 1, enta˜o (a, bc) = (a, b). Soluc¸a˜o: Suponha (a, bc) = d e (a, b) = d′. Temos que a = q1d e bc = q2d. Como (a, c) = 1, existem x e y inteiros tais que xa + yc = 1. Logo, x(q1d) + yc = 1 ⇒ xq1db + ycb = b ⇒ xq1db + y(q2d) = b ⇒ d(xq1b + yq2) = b ⇒ d|b ⇒ d|(a, b) ⇒ d|d′. Se (a, b) = d′, temos d′|a e d′|b⇒ d′|a e d′|bc⇒ d′|(a, bc)⇒ d′|d. Portanto, d = d′. 36. Mostrar que (a, b, c) = ((a, b), c). Soluc¸a˜o: Por definic¸a˜o, sendo (a, b, c) = d e ((a, b), c) = d′, de (a, b, c) = d, tem-se que d|a, d|b e d|c ⇒ d|(a, b) e d|c ⇒ d|((a, b), c) ⇒ d|d′. Por outro lado, de ((a, b), c) = d′, tem-se que d′|(a, b) e d′|c⇒ d′|a e d′|b e d′|c⇒ d′|(a, b, c)⇒ d′|d. Portanto, (a, b, c) = ((a, b), c). 37. Dizer qual e´ o maior inteiro que pode ser somado ao dividendo sem alterar o quociente quando se divide 431 por 37. Soluc¸a˜o: Observe que 431 = 11 · 37 + 24. 431 | 37 − 407 11 (24) Note que o maior numero que pode ser somado a 431 e´ 12, pois 431 + 12 = 11 · 37 + 36, e se pude´ssemos somar um maior do que 12, como 13, terı´amos: 431 + 13 = 11 · 37 + 37 = 12 · 37, que alteraria o quociente. 9 38. Para cada par de inteiros a e b dado abaixo, encontrar o quociente q e o resto r satisfazendo o algoritmo da divisa˜o de Euclides. (a) a = 59, b = 6. q=9 e r=5 59 | 6 − 54 9 (5) (b) a = −71, b = 5. q=-15 e r=4 −71 | 5 − −75 −15 (4) (c) a = −48, b = −7. q=7 e r=1 −48 | −7 − −49 7 (1) (d) a = 67, b = −13. q=-5 e r=2 67 | −13 − 65 −5 (2) 39. Mostrar que se n e m sa˜o inteiros ı´mpares, enta˜o 8|(n4 +m4 − 2). Soluc¸a˜o: Por hipo´tese, n = 2k1 + 1 e m = 2k2 + 1; logo, n4 + m4 − 2 = (2k1 + 1)2 + (2k2 + 1)2 − 2 = 16k41 + 32k31 + 24k21 + 8k1 + 1 + 16k42 + 32k32 + 24k22 + 8k2 + 1 − 2 = 8(2k41 + 4k 3 1 + k1 + 2k 4 2 + 4k 3 2 + 3k 2 2 + k2). 40. Encontrar o menor inteiro positivo da forma 36x+ 54y onde x e y sa˜o inteiros. Soluc¸a˜o: Sendo d o menor inteiro positivo da forma 36x + 54y, d = (36, 54). Pelo algoritmo de Euclides, d = 18. 54 = 1 · 36 + 18 36 = 2 · 18 + 0 41. Utilizando o processo descrito no Teorema 1.17, expressar o nu´mero 274 nas bases 2, 5, 7 e 9. Soluc¸a˜o: *274 = 256 + 18 = 28 + 16+ 2 = 28 + 24 + 21 = 1 · 28 + 0 · 27 + 0 · 26 + 0 · 25 + 1 · 24 + 0 · 23 + 0 · 22 + 1 · 21 + 0 · 20 = (100010010)2. **274 = 125 + 149 = 125 + 125 + 24 = 2 · 125 + 5 + 5 + 5 + 5 + 4 = 2 · 125 + 4 · 5 + 4 = 2 · 53 + 0 · 52 + 4 · 51 + 4 · 50 = (2044)5. ***274 = 49+49+49+49+49+29 = 5·49+29 = 5·49+7+7+7+7+1 = 5·49+4·7+1 = 5 · 72 + 4 · 71 + 1 · 70 = (541)7. ****274 = 81 + 81 + 81 + 31 = 3 · 81 + 31 = 3 · 81 + 9 + 9 + 9 + 4 = 3 · 81 + 3 · 9 + 4 = 3 · 92 + 3 · 91 + 4 · 90 = (334)9. 42. Transformar para a base 10 os seguintes nu´meros (a) (2351)7 Soluc¸a˜o:(2351)7 = 2·73+3·72+5·7+1 = 2·343+3·49+5·7+1 = 686+147+35+1 = (869)10. (b) (1001110)2 Soluc¸a˜o: (1001110)2 = 0·20+1·21+1·22+1·23+0·24+0·25+1·26 = 2+4+8+64 = (78)10. (c) (7706)8 10 Soluc¸a˜o: (7706)8 = 6 ·80+0 ·81+7 ·82+7 ·83 = 6+7 ·64+7 ·512 = 6+448+3584 = 4038. (d) (11122)4 Soluc¸a˜o: (11122)4 = 2 · 40 + 2 · 41 + 1 · 42 + 1 · 43 + 1·4 = 2 + 2 · 4 + 16 + 64 + 256 = 2 + 8 + 16 + 64 + 256 = 346. 43. Mostrar que se 2n + 1 e´ um primo ı´mpar, enta˜o n e´ uma poteˆncia de 2. Soluc¸a˜o: Suponha n 6= 2m, temos n = 2m · pα11 · pα22 · . . . · pαλλ = 2mk. Note que k e´ ı´mpar. Logo, 2n +1 = 22 mk +1 = (22 m )k +1 = (22 m +1)((22 m )k−1 − (22m )k−2 + (22m )k−3 − . . .− 22 m +1). Como ((22 m )k−1 − (22m )k−2︸ ︷︷ ︸ >0 +(22 m )k−3 − (22m )k−4︸ ︷︷ ︸ >0 + . . .+(22 m )2 − 22m︸ ︷︷ ︸ >0 +1) > 1 e 22 m + 1 > 1, temos que 2n + 1 e´ composto, absurdo. 44. Provar que se d = (a, b), enta˜o d e´ o nu´mero de inteiros na sequeˆncia a, 2a, 3a, . . ., ba que sa˜o divisı´veis por b. Soluc¸a˜o: Se b|ia, para 1 ≤ i ≤ b, temos que ia = tb. Mas a = Ad e b = Bd, com (A,B) = 1. Assim, ia = tb ⇒ iAd = tBd ⇒ iA = tB. Como B - A, temos que B|i. Considere X = {1, 2, 3, . . . , b}. E´ fato que o nu´mero de elementos em x que sa˜o divisı´veis por B e´ q, onde b = qB. Logo, b = qB ⇒ Bd = qB ⇒ q = d. Com isso, o nu´mero de inteiros na seuqueˆncia a, 2a, 3a, . . ., ba que sa˜o divisı´veis por b e´ d. MA553/Plínio soluções cap.4.pdf Capítulo 4 (Exercícios) 1. Avaliar (n), (n) e (n) para os seguintes valores de n: a) 10 b) 35 c) 20 d) 512 e) 10000 f) 1234. Lembremos as definições: (n): Número de divisores positivos de n. (n): Soma dos divisores positivos de n. (n): Número de elementos menores e relativamente primos com n. Sabemos que: (p) = p p 1 e que, se mdc(m, n) = 1, então (m n) = (m) (n). Dessa forma, temos: a) Os divisores positivos de 10 são os elementos do conjunto D10 = {1, 2, 5, 10}. Os números menores do que 10 relativamente primos com este são os elementos de N, com N = {1, 3, 7, 9}. Então: (10) = n(D10) = 4. ∑ (n) = n(N) = 4. Vejamos que 10 = 2 1 5 1 , e mdc(2, 5) = 1. Então, (10) = (2 1 5 1 ) = (2 1 ) (5 1 ) = (2 1 2 0 ) (5 1 5 0 ) = 4. Os outros itens são análogos. Lembrando que, se N = ... , o número de divisores positivos é (1 + 1) (1 + 2) ... (1 + k). 2. Para quais valores de m, (m) é ímpar? Seja m = ... . Então (m) = ( ) ( ) ... ( ) = ( ) ... ( ) = ... ( ) ... ( ). Mas m = ... . Então, (m) = m ( ) ... ( ). Vejamos que, com exceção de m = 2, (m) é par se m é par. Se m é ímpar, então qualquer pi (da decomposição de m em fatores primos) deve ser ímpar. Neste caso, = = (pi 1) é par, uma vez que pi 1 é par. Ou seja, (m) é ímpar apenas para m = 1 e m = 2. 3. Para quais valores de m, (m) divide m? 4. Mostrar que se m e n são inteiros positivos tais que m | n, então (m) | (n). Sejam m = ... e n = ... . Se m | n, é claro que i i, para todo i. Dessa forma, todos os fatores primos ’s de m d v dem a , ou seja, todos os fatores ( )’s de (m) estarão, também, em (n). Dessa forma, (n) = n ∏( ) e m | n, então m ∏( ) = (m) | (n). ∎ 5. Refazer a demonstração do Teorema 4.3 para m = 5 e n = 9. Primeiramente, lembremos: Teorema 4.3: A função de Euler é multiplicativa, isto é, (m n) = (m) (n), para mdc(m, n) = 1. Inicialmente, notemos que (5) = 4 e (9) = 6. Queremos mostrar que (45) = 24. Ora, mas (45) é o número de inteiros positivos que são relativamente primos com 45. Sendo que 45 = 3 2 5, temos que 45 não será relativamente primo com nenhum múltiplo de 3 e com nenhum múltiplo de 5. Dessa forma, sendo N o conjunto em questão, temos: N = {1, 2, 4, 7, 8, 11, 13, 14, 16, 17, 19, 22, 23, 26, 28, 29, 31, 32, 34, 37, 38, 41, 43, 44}. Assim, (45) = |N| = 24, como queríamos provar. ∎ 6. Mostrar que (m) é par se m > 2. Demonstração feita no exercício 2. 8. Mostrar que se f é multiplicativa, então f(1) = 1. Se f é multiplicativa, então f é não nula. Em vista de que mdc(1, 1) = 1, temos que f(1 1) = f(1) ⇒ [f(1)]2 = f(1), o que implica em f(1) = 0 ou f(1) = 1. Se f(1) = 0, então, como mdc(1, n) = 1, f(n) = f(n 1) = f(n) f(1) = 0. Absurdo, pois f é multiplicativa. Dessa forma, f(1) = 1. ∎ 10. Mostrar que um inteiro p é um primo se, e somente se, (p) = p + 1. (⇒) Se p é primo, então os únicos divisores positivos de p são p e 1. Dessa forma, (p) = p + 1. (⇐) Suponhamos que p seja composto. Isto é, além de 1 e p, p possui outros divisores. Seja S a soma destes divisores. Com efeito, (p) = 1 + p + S. Porém, por hipótese, temos que (p) = p + 1, ou seja, p + 1 = p + 1 + S, o que implica em S = 0. Mas S é a soma dos divisores positivos de p, ou seja, S > 0, o que gera um absurdo. Logo, p é primo. ∎ 11. Mostramos que as funções (n) e (n) são multiplicativas. Mostrar que nenhuma delas é completa- mente multiplicativa. Notemos que (n) é o número de divisores positivos de n. Tomemos, como exemplo, n = 4 e m = 2. É claro que mdc(m, n) 1. Temos, porém, que (2) = 2, (4) = 3 e (8) = 4. Com isso, notamos que (8) (2) (4), ou seja, que (2 4) (2) (4), fazendo com que (n) não seja completamente multiplicativa. O mesmo exemplo é válido para a função . Como (n) é a soma dos divisores positivos de n, temos que: (2) = 3, (4) = 7 e (8) = 15. Teremos, então, que (8) (2) (4), isto é, (2 4) (2) (4), o que mostra que esta também não é completamente multiplicativa. 12. Mostrar que para um inteiro fixo r, a função h(n) = nr é completamente multiplicativa. Notemos que, para os inteiros m e n, temos que h(n) h(m) = n r m r = (n m) r = h(m n). h é, portanto, completamente mul- tiplicativa. ∎ 13. Mostrar que as funções F(n) = f(n) g(n) e G(n) = f(n)/g(n) são multiplicativas sendo f(n) e g(n) multi- plicativas com g(n) 0. Sejam m e n inteiros. Teremos que: F(m n) = f(m n) g(m n) = [f(n) f(m)] [g(n) g(m)] = [f(m) g(m)] [f(n) g(n)] = F(m) F(n). Logo, F é multiplicativa. G(m n) = f(m n)/g(m n) = f(m) f(n) / g(m) g(n) = [f(m)/g(m)] [f(n)/g(n)] = G(m) G(n). Logo, G é multiplicativa. ∎ 14. Mostrar, através de um exemplo, que a função F(n) = ∑ nem sempre é completamente mul- tiplicativa caso f(d) seja. É claro que f(d) = d é multiplicativa. Tomando F(n) = ∑ dd , teremos que F(n) = (n). Porém, já foi mostrado no exercício 11 que a função (n) não é completamente multiplicativa, o que completa nosso exemplo. 15. Mostrar que para qualquer inteiro positivo n > 1 existem infinitos inteiros m tais que (m) = n. Tomemos, como base, o fato de que os primos são infinitos. Sendo p primo, tomemos m = p n 1. Da existência de infinitos primos, temos a existência de f tos m’s dessa forma. Sabemos, porém, que (m) = (p n 1) = (n 1) + 1 = n. Dessa forma, existem infinitos valores de m para os quais (m) = n. ∎ 16. Encontrar o menor inteiro positivo m para o qual (m) = 6. Tomemos m = p, com p primo. Caso seja possível encontrar m dessa forma, garantimos que m m1 = p q , com p e q primos. A fim de encontrarmos o menor valor de m, essa suposição é plausível. Então, (m) = (p) = = = p + p 1 + ... + p + 1. Afim de que (m) = 6, deveremos ter p + p 1 + ... + p + 1 = 6, isto é, p + p 1 + ... + p = 5, ou seja, p (p 1 + ... + 1) = 5. Para tanto, deveremos ter p = 5 e p 1 + ... + p + 1 = 1, ou seja, = 1. Temos, portanto, que m = p = 5. A verificação podia, porém, ter sido feita por testes. Temos: (1) = 1, (2) = 3, (3) = 4, (4) = 7 e (5) = 6. 17. Encontrar o menor inteiro positivo m para o qual (m) = 6. Analogamente ao exercício anterior, podemos supor m = p, com p primo. Dessa forma, (m) = p p 1. A fim de que (m) = 6, deveremos ter p p 1 = p 1 (p 1) = 6. Para tanto, teremos: MA553/Plínio soluções cap.2.pdf Teoria dos Números Capítulo 2 (Exercícios) 1. Mostrar que 47 | 223 1. Para mostrar que 47 | 2 23 1, devemos mostrar que 2 23 ≡ 1 (mod 47). Notemos que 2 10 = 1024 = 37 + 47 21. Ou seja, 2 10 ≡ 37 (mod 47) ⇒ 210 ≡ 10 (mod 47). Então, [2 10 ] 2 ≡ (10) 2 (mod 47) ⇒ 220 ≡ 100 (mod 47) ⇒ 220 ≡ 6 (mod 47) (I) Vejamos, agora, que 2 3 = 8 = 47 39, ou seja, 2 3 ≡ 39 (mod 47) (II). De (I) e (II), (2 20 2 3 ) ≡ 6 (39) (mod 47) ⇒ 223 ≡ 234 (mod 47). Mas, 234 = 1 47 5, então 2 23 ≡ 1 (mod 47). ∎ 2. Encontrar o resto da divisão de 734 por 51 e o resto da divisão de 563 por 29. i) Vejamos que 7 2 ≡ 2 (mod 51). Então, (7 2 ) 17 ≡ (2) 17 (mod 51) ⇒ 734 ≡ 217 (mod 51). (I) Porém, ≡ ≡ } ⇒ 210 27 ≡ 4 26 (mod 51) ⇒ 217 ≡ 104 (mod 51) ⇒ 217 ≡ 2 (mod 51). Dessa forma, 2 17 ≡ 2 (mod 51) ⇒ 217 ≡ 49 (mod 51). (II) De (I) e (II), temos que 7 34 ≡ 49 (mod 51), o que indica que o resto da divisão de 7 34 por 51 é 49. ii) Notemos que 5 3 ≡ 9 (mod 29), o que nos dá: 5 63 ≡ 9 21 (mod 29). Como 9 = 3 2 , 5 63 ≡ 3 42 (mod 29) (I) Mas, 3 3 ≡ 2 (mod 29) ⇒ 342 ≡ (2)16 (mod 29) ⇒ 342 ≡ 216 (mod 29) (II) No entanto, 2 8 ≡ 13 (mod 29) ⇒ (28)2 ≡ 132 (mod 29) ⇒ 216 ≡ 169 (mod 29) ⇒ 216 ≡ 24 (mod 29) (III). De (I), (II) e (III), temos que 5 63 ≡ 24 (mod 29), ou seja, o resto da divisão de 5 63 por 29 é 24. 3. Mostrar que se p é um ímpar e a2 + 2b2 = 2p, então “a” é par e “b” é ímpar. Teremos 4 casos: 1º Caso: “a” par e “b” par Dessa forma, teremos: a = 2x e b = 2y (x e y inteiros). Então, a 2 + 2b 2 = 4x 2 + 8y 2 = 4(x 2 + 2y 2 ). Já que a 2 + 2b 2 = 2p, temos que 4(x 2 + 2y 2 ) = 2p ⇒ p = 2(x2 + 2y2), o que é um absurdo, pois p é ímpar. 2º Caso: “a” ímpar e “b” par Dessa forma, teremos: a = 2x + 1 e b = 2y (x e y inteiros). Então, a 2 + 2b 2 = (2x + 1) 2 + 2(2y) 2 = 4(x 2 + 4x + y 2 ) + 1, o que é absurdo, pois a 2 + 2b 2 = 2p. 3º Caso: “a” ímpar e “b” ímpar Dessa forma, teremos a = 2x + 1 e b = 2y + 1 (x e y inteiros) Então, a 2 + 2b 2 = (2x + 1) 2 + 2(2y + 1) 2 = 2(2x 2 + 2x + 4y 2 + 4y + 1) + 1, o que é absurdo, analogamente ao caso 2. 4º Caso: “a” par e “b” ímpar Dessa forma, teremos a = 2x e b = 2y + 1 (x e y inteiros). Então, a 2 + 2b 2 = (2x) 2 + 2(2y + 1) 2 = 2(2x 2 + 4y 2 + 4y + 1). Dessa forma, teríamos que p = 2x 2 + 4y 2 + 4y + 1, verificando o fato de p ser ímpar. D s cas s , , 3 e , tere s que, para “p” í par, a 2 + 2b 2 = 2p somente para “a” par e “b” í par. ∎ 4. Provar que para p primo (p 1)! ≡ p 1 (mod 1 + 2 + ... + (p 1)). Notemos que: (p 1) ≡ 1 (mod p) e (p 1)! ≡ 1 (mod p) (Teorema de Wilson). Pela transitividade, teremos que: (p 1)! ≡ p 1 (mod p). Isso nos mostra que p | (p 1)! (p 1). Temos, também, que (p 1)! (p 1) = (p 1) [(p 2)! 1], ou seja, p 1 | (p 1)! (p 1). Disso, segue que p | (p 1)! (p 1). Como p e p são primos entre si, temos que p p | (p 1)! (p 1), ou seja, (p 1)! ≡ p 1 ( p p ). Notando, porém, que 1 + 2 + ... + (p 1) = p p , tem-se provado o resultado. ∎ 5. Encontrar o máximo divisor comum de (p 1)! 1 e p! (primo). Se p = 2, teremos que (p 1)! 1 = 0 e p! = 2, ou seja, mdc((p 1)! 1, p!) = mdc(0, 2) = 2. Se p = 3, teremos que (p 1)! 1 = 1, ou seja, mdc((p 1)! 1) = 1. Suponhamos, então, p 2. Seja d um divisor comum de (p 1)! 1 e de p!. Notemos que, se d = p, então d (p 1)! 1. Consideremos, portanto, d p. Como d | p! = p (p 1)! e d p, então d | (p 1)!. Mas d | (p 1)! 1, por hipótese. Se d | (p 1)! e d | (p 1)! 1, então d | 1, logo d = 1. Então, mdc((p 1)! 1, p!) = 1, se |p| 2 e mdc((p 1)! 1, p!) = 2, se |p| = 2. Nota: Do Teorema de Wilson, p | (p 1)! + 1. Dessa forma, se p | (p 1)! 1 = (p 1)! + 1 2, então p divide a 2, ou seja, p = 2. 6. Mostrar que para n 4 o resto da divisão por 12 de 1! + 2! + ... + n! é 9. Queremos provar que, para n 4, o resto da divisão de 1! + 2! + ... + n! por 12 é 9. Ou seja, se N = 1! + 2! + ... + n!, queremos mostrar que N ≡ 9 (mod 12). Notemos que 1! + 2! + 3! = 9, e que 4! = 24. Então, 1! + 2! + 3! + 4! + ... + n! = 9 + (4! + 5! + ... + n!) = 9 + 4!(1 + 5 + 6 5 + ... + n (n 1) ... 6 5). Então, para n 4, teremos que 1! + 2! + 3! + ... + n! = 9 + 4! . k. Porém, 4! = 24 = 12 2. Então, 12 | 4! k (k inteiro). Sendo assim, podemos escrever: 1! + 2! + 3! + ... + n! = 9 + 12 m (m ∈ ℤ), para n 4. Logo, se N = 1! + 2! + 3! + ... + n! = 9 + 12 m, então N ≡ 9 (mod 12), tendo provado o resultado. ∎ 7. Mostrar que para n inteiro 3n2 1 nunca é um quadrado. Notemos que 3n 2 1 = 3n 2 3 + 2 = 3(n 1)(n + 1) + 2 = 3k + 2. Basta mostrarmos que nenhum quadrado é da forma 3k + 2. Um número t, qualquer, pode ser das formas: t = 3k, t = 3k + 1 ou t = 3k + 2. Então, (I) t = 3k ⇒ t2 = 9k2 = 3 (3k2) = 3k1 (II) t = 3k + 1⇒ t2 = (3k + 1)2 = 9k2 + 6k + 1 = 3k2 + 1 (III) t = 3k + 2 ⇒ t2 = (3k + 2)2 = 9k2 + 12k + 4 = 3k2 + 1. Dessa forma, temos provado que um quadrado nunca é da forma 3k + 2 e, consequentemente, que 3n 2 1 nunca é um quadrado. 8. Resolver as seguintes congruências. (a) 5x ≡ 3 (mod 24) Vejamos que, existe y inteiro tal que: 5x = 3 + 24y, ou seja, 5x 24y = 3. Procuramos, portanto, soluções para essa Equação Diofantina. Vejamos que: 5 5 24 = 1 ⇒ (3 5) 5 3 24 = 3 ⇒ x = 15 e y = 3 é uma solução particular. Dessa forma, 5 (x 15) 24 (y 3) = 0 ⇒ x = 15 + 3 ⇒ y = 3 + 5 k ⇒ x = 15 + 24 k ⇒ x ≡ 15 (mod 24) Vejamos, porém, que, dada a equação ax + by = c, com d = mdc(a, b), se d | c, então para uma solução particular x = x0, teremos que: x = x0 + ( b ) k (k ∈ ℤ). Para a nossa equação 5x 24y = 3, teremos que d = mdc(5, 24) = 1. Para x0 = 15, teremos: x = 15 + ( ) k = 15 24 k. Isso nos dá a solução x ≡ 15 (mod 24). (b) 3x ≡ 1 (mod 10) Queremos encontrar a solução da equação 3x 10y = 1. Notemos que mdc(3, 10) = 1 | 1. Vejamos que x = 3 e y = 1 é uma solução particular. Dessa forma, 3 (x + 3) 10 (y + 1) = 1 ⇒ x = 3 + 3 ⇒ x = 3 + 10 k (k inteiro) ⇒ x ≡ 3 (mod 10) ⇒ x ≡ 7 (mod 10). (c) 23x ≡ 7 (mod 19) Queremos encontrar a solução da equação 23x 19y = 7. Vejamos que mdc(23, 19) = 1 | 7. Isso garante a existência da solução. Notemos que, 23 = 19 + 4, que 19 = 3 4 + 7, então, multiplicando a primeira igualdade por 3, teremos: 3 23 = 3 19 + 3 4 = 3 19 + (19 7) ⇒ 3 23 + 4 19 = 7, dessa forma x = 3 e y = 4 é uma solução particular. Teremos, então, que 23(x + 3) 19(y + 4) = 0, o que nos dá: x = 3 + 3 ⇒ x = 3 + 19 k (k inteiro). O que nos dá, como solução, a classe de congruências: x ≡ 3 (mod 19), ou seja, x ≡ 16 (mod 19). (d) 7x ≡ 5 (mod 18) Vejamos que mdc(7, 18) = 1 | 5, então existe solução. Dessa forma, queremos a solução da equação 7x 18y = 5. Temos que: 18 2 7 = 4, ou seja, 3 18 6 7 = 3 4 = 12 = (7 + 5). Então, 3 18 7 7 = 5. Assim, uma solução particular para a equação é x = 7 e y = 3. Então, 7 (x + 7) 18 (y + 3) = 0, ou seja, x = 7 + 18 k (k inteiro). As soluções são tais que x ≡ 7 (mod 18) ≡ 11 (mod 18) ⇒ x ≡ 11 (mod 18). (e) 25x ≡ 15 (mod 120) Vejamos que mdc(25, 18) = 5 | 15. Dessa forma, existem 5 soluções. Notemos que 25x 120y = 15 é tal que 5x 24y = 3 e, do item (a), temos que x = 15 (e y = 3) é uma solução particular. Dessa forma, x = 15 + k, para k inteiro. Serão, então, mais 4 soluções. Ou seja, x1 = 15 + 1 = 39, x2 = 15 + 2 = 63, x3 = 15 + 3 = 87 e x4 = 15 + 4 = 111. Dessa forma, teremos as soluções: x ≡ 15 (mod 120), x ≡ 39 (mod 120), x ≡ 63 (mod 120), x ≡ 87 (mod 120) e x ≡ 111 (mod 120). 9. Mostrar que 5n3 + 7n5 ≡ 0 (mod 12) para todo inteiro n. Notemos, inicialmente, que: 5 ≡ 7 (mod 12) e 7 ≡ 5 (mod 12). Teremos, então: (I) Se n ≡ 0 (mod 12) ⇒ { 3 ≡ ≡ ⇒ { 3 ≡ ≡ ⇒ 5n3 + 7n5 ≡ 0 (mod 12) (II) Se n ≡ 1 (mod 12) ⇒ { 3 ≡ ≡ ⇒ { 3 ≡ ≡ ⇒ 5n3 + 7n5 ≡ 12 (mod 12) ⇒ 5n3 + 7n5 ≡ 0 (mod 12) (III) Se n ≡ 2 (mod 12) ⇒ { 3 ≡ ≡ 3 ≡ ⇒ { 3≡ ≡ ≡ ≡ ⇒ 5n3 + 7n5 ≡ 0 (mod 12) (IV) Se n ≡ 3 (mod 12) ⇒ { 3 ≡ ≡ 3 ≡ 3 ≡ 3 ⇒ { 3≡ ≡ 3 ≡ ≡ 3 ⇒ 5n3 + 7n5 ≡ 0 (mod 12) (V) Se n ≡ 4 (mod 12) ⇒ { 3 ≡ ≡ ≡ ≡ ⇒ { 3≡ ≡ ≡ ≡ ⇒ 5n3 + 7n5 ≡ 0 (mod 12) (VI) Se n ≡ 5 (mod 12) ⇒ { 3 ≡ ≡ ≡ 3 ≡ ⇒ { 3≡ 3 ≡ ≡ ≡ (Basta continuar a verificação para n ≡ 6 (mod 12), n ≡ 7 (mod 12), n ≡ 8 (mod 12), n ≡ 9 (mod 12), n ≡ 10 (mod 12) e n ≡ 11 (mod 12)) ∎ Uma outra forma de pensar, é notar que 5 = 12 7. Ou seja, 5n 3 + 7n 5 = (12 7)n 3 + 7n 5 = 12n 3 + 7 (n 5 n 3 ). Dessa forma, como 7 é primo, devemos mostrar que n 5 n 3 é divisível por 12. Para tanto, basta mostrarmos que n 5 n 3 é divisível por 3 e por 4. Se 3 | n, nada temos a provar. Suponhamos, então, que 3 n. Então n ≡ 1 (mod 3) ou n ≡ 2 (mod 3). Se n ≡ 1 (mod 3), então n 5 ≡ 1 (mod 3) e n 3 ≡ 1 (mod 3). Dessa forma, n 5 n 3 ≡ 0 (mod 3), ou seja, 3 | n 5 n 3 . Se n ≡ 2 (mod 3), então n 5 ≡ 2 (mod 3) e n 3 ≡ 2 (mod 3). Dessa forma, n 5 n 3 ≡ 0 (mod 3). Provemos agora que 4 | n 5 n 3 . Ora, n 5 n 3 = n 2 (n 3 n). Ou seja, se n é par, 4 | n 2 e, portanto, 4 | n 5 n 3 . Suponhamos, então, n ímpar. Então, n ≡ 1 (mod 4) ou n ≡ 3 (mod 4). Se n ≡ 1 (mod 4), então n 5 n 3 ≡ 0 (mod 4). Se n ≡ 3 (mod 4), então n 5 ≡ 243 (mod 4) ≡ 3 (mod 4) e n 3 ≡ 27 (mod 4) ≡ 3 (mod 4). Então n 5 n 3 ≡ 0 (mod 4). Dessa forma, n 5 n 3 é divisível por 4. Se 3 | n 5 n 3 e 4 | n 5 n 3 , então 12 | n 5 n 3 , logo 12 | 5n 3 + 7n 5 e, portanto, 5n 3 + 7n 5 ≡ 0 (mod 12). ∎ 10. Seja f(x) = a0 + a1x + ... + anx n um polinômio com coeficientes inteiros onde an > 0 e n 1. Mostrar que f(x) é composto para infinitos valores da variável x. 11. Mostrar que se p1 e p2 são primos tais que p2 = p1 + 2 e p1 > 3, então p1 + p2 ≡ 0 (mod 12). Vejamos que, dividindo um número por, obtemos números da forma 6k, 6k + 1, 6k + 2, 6k + 3, 6k + 4 e 6k + 5. Notemos, também, que 6k, 6k + 2, 6k + 3 e 6k + 4 não são primos. Dessa forma, os números primos são da forma 6k + 1 ou 6k + 5. Como p1 > 3, então p1 5, ou seja, p2 7. Então: Se p1 = 6k + 5, então p2 = 6k + 7, ou seja, p1 + p2 = 12k + 12 = 12(k + 1). Então, p1 + p2 ≡ 0 (mod 12). Se p2 = 6k + 1, então p1 = 6k 1, ou seja, p1 + p2 = 12k. Então, p1 + p2 ≡ 0 (mod 12). ∎ Observação: Notemos que: Se p1 = 6k + 1, então p2 = 6k + 3 (Absurdo, pois p2 é primo). Se p2 = 6k + 5, então p1 = 6k + 3 (Absurdo, pois p1 é primo). 12. Mostrar que para a e b inteiros temos que 3 | (a2 + b2) ⇒ 3 | a e 3 | b. Suponhamos que 3 não divida a pelo menos um entre a e b (suponhamos que 3 a, sem perda de generalidade). Teremos, assim, 6 casos para analisar: (I) a ≡ 1 (mod 3) e b ≡ 0 (mod 3). Dessa forma, { a ≡ 3 b ≡ 3 ⇒ a2 + b2 ≡ 0 (mod 3) ⇒ 3 a2 + b2 (Absurdo!). (II) a ≡ 1 (mod 3) e b ≡ 1 (mod 3). Dessa forma, { a ≡ 3 b ≡ 3 ⇒ a2 + b2 ≡ 2 (mod 3) ⇒ 3 a2 + b2 (Absurdo!). (III) a ≡ 1 (mod 3) e b ≡ 2 (mod 3). Dessa forma, { a ≡ 3 b ≡ 3 ≡ 3 ⇒ a2 + b2 ≡ 2 (mod 3) ⇒ 3 a2 + b2 (Absurdo!). (IV) a ≡ 2 (mod 3) e b ≡ 0 (mod 3). Dessa forma, { a ≡ 3 ≡ 3 b ≡ 3 ⇒ a2 + b2 ≡ 1 (mod 3) ⇒ 3 a2 + b2 (Absurdo!). (V) a ≡ 2 (mod 3) e b ≡ 1 (mod 3). Dessa forma, { a ≡ 3 ≡ 3 b ≡ 3 ⇒ a2 + b2 ≡ 2 (mod 3) ⇒ 3 a2 + b2 (Absurdo!). (VI) a ≡ 2 (mod 3) e b ≡ 2 (mod 3). Dessa forma, { a ≡ 3 ≡ 3 b ≡ 3 ≡ 3 ⇒ a2 + b2 ≡ 2 (mod 3) ⇒ 3 a2 + b2 (Absurdo!). É, então, absurdo supor que 3 a ou 3 b, então 3 | a e 3 | b. ∎ 13. Sejam p1, p2 e p3 primos tais que p = (p1) 2 + (p2) 2 + (p3) 2 é primo. Mostrar que algum dos pi’s é igual a 3. Suponhamos que nenhum dos pi’s seja igual a 3. Ist é, pi ≡ 1 (mod 3) ou pi ≡ 2 (mod 3). Notemos que, se x ≡ 1 (mod 3), então x 2 ≡ 1 (mod 3). Se x ≡ 2 (mod 3), então x 2 ≡ 4 (mod 3) ≡ 1 (mod 3). Dessa forma, (pi) 2 ≡ 1 (mod 3). Então, (p1) 2 + (p2) 2 + (p3) 2 = 1 + 1 + 1 (mod 3) ⇒ p ≡ 3 (mod 3) ⇒ p ≡ 0 (mod 3). Vejamos que pi 2, então p 6. Sendo p primo, temos que p ≡ 0 (mod 3) implica em p = 3, o que é absurdo, pois p 6. Dessa forma, ao menos um dos pi’s eve ser congruente a 0 módulo 3. Sendo que os pi’s sã pri s, e tã a e s u deles deve ser igual a 3. ∎ 14. Mostrar que 3x2 + 4x2 ≡ 3 (mod 5) é equivalente a 3x2 x2 + 2 ≡ 0 (mod 5). Vejamos que: { ≡ 3 ≡ Dessa forma, 3x 2 + 4x 2 ≡ 3 (mod 5) é equivalente a 3x 2 x 2 ≡ 2 (mod 5), ou melhor, 3x 2 x 2 + 2 ≡ 0 (mod 5). 15. Mostrar que p | ( p ) , onde 0 < k < p . Notemos que, ( p ) = p p = p p p = p p p p 3 p = p m (m ∈ ℤ). Então, claramente p | p m = p p 1 m, dessa forma, p | ( p ). ∎ 18. Mostrar que 310 ≡ 1 (mod 112). Vejamos que 3 5 ≡ 1 (mod 242), isto é, 3 5 ≡ 1 (mod 11 2 ). Dessa forma, tem-se imediatamente, que 3 10 ≡ 1 (mod 11 2 ). ∎ 19. Resolver os seguintes sistemas. a) { ≡ 1 mo 2 ≡ 2 mo 3 ≡ 5 mo Inicialmente, notemos que m = 2 3 7 = 42 (I) Temos que: y1 = = 21 Além disso, ̅ é solução particular de y1 x ≡ 1 (mod 2), ou seja, 21x ≡ 1 (mod 2), ou seja, ̅ = 1. (II) Temos que: y2 = 3 = 14 Além disso, ̅ é solução particular de y2 x ≡ 1 (mod 3), ou seja, 14x ≡ 1 (mod 3), ou seja, ̅ = 2. (III) Temos que: y3 = = 6 Além disso, 3̅ é solução particular de y3 x ≡ 1 (mod 7), ou seja, 6x ≡ 1 (mod 7), ou seja, 3̅ = 6. ssa s lu ã é, p rta t , ≡ ∑ bi i i̅ 3 i Então, x ≡ 257 (mod 42), ou seja, x ≡ 5 (mod 42). Os outros sistemas são análogos. Lembrar que, por exemplo, a congruência 2x ≡ 1 (mod 5) equivale a x ≡ 3 (mod 5). 21. Mostrar que a7 ≡ a (mod 21) para todo inteiro a. Basta mostrarmos que a 7 a é divisível por 7 e por 3. Mostremos, inicialmente, que 7 | a 7 a. Notemos que a 7 a = a (a 6 1). Se 7 | a, nada temos a provar. Suponhamos, então, que 7 a. Dessa forma, do Pequeno Teorema de Fermat, temos que a 7 1 ≡ 1 (mod 7), ou seja, 7 | a 6 1, o que prova que 7 | a 7 a. Vejamos, também, que a 7 a = a (a 6 1) = a (a 3 1) (a 3 + 1) = (a 1) a (a + 1) (a 2 a + 1) (a 2 + a + 1). É claro que um dos fatores (a 1), a ou (a + 1) é divisível por 3, dessa forma, a 7 a é divisível por 3. Conclui-se, então, que 7 | a 7 a e 3 | a 7 a, ou seja, 21 | a 7 a, e, portanto, a 7 ≡ a (mod 21). ∎ 22. Mostrar que para a e b inteiros, com mdc(a, b) = 1 temos: a(b) + b(a) ≡ 1 (mod ab). Vejamos que, como mdc(a, b) = 1, temos, do Teorema de Euler, que a (b) ≡ 1 (mod b) e b (a) ≡ 1 (mod a). Ou seja, temos que b | a (b) 1 e a | b (a) 1. Assim, ab | (a (b) 1) (b (a) 1) = a (b) b (a) a (b) b (a) + 1. Porém, ab | a (b) b (a) . Dessa forma, deveremos que ter que ab | a (b) b (a) + 1 ou melhor, ab | a (b) + b (a) 1. Isso implica que a (b) + b (a) ≡ 1 (mod ab). ∎ 23. Provar ou dar um contra exemplo: “Se a e m são inteiros, mdc(a, m) = 1, então m | (1 + a + a2 + ... + a(m) 1) “ Como mdc(a, m) = 1, o Teorema de Euler nos garante que a (m) ≡ 1 (mod m). Ou seja, m | a (m) 1. Mas, a (m) 1 = (a 1) (a (m) 1 + ... + a 2 + a + 1). Ou seja, mdc(a, m) = 1 ⇒ m | (a 1) (1 + a + a2 + ... + a(m) 1). Assim, se m | a 1, não podemos afirmar que m | (1 + a 2 + ... + a (m) 1). Para um contra exemplo, é necessário tomarmos a e m tais que a ≡ 1 (mod m). Tomemos, por exemplo, a = 3 e m = 2. Dessa forma, (2) = 1, ou seja, teremos que 2 3(2) 1) = 1, contrariando a afirmação inicial. 24. Mostrar que se p e q são primos, p q 5, então p2 q2 ≡ 0 (mod 24). Devemos verificar que 3 | p 2 q 2 e 8 | p 2 q 2 . Como p e q são maiores que ou iguais a 5, então ambos são ímpares. Vejamos que, se p = 2k + 1, então p 2 = 4k 2 + 4k + 1, ou melhor, p 2 = 4k (k + 1) + 1. Porém, k (k + 1) = 2k1, ou seja, p 2 = 8k1 + 1. O que nos leva a atribuir q 2 = 8k2 + 1. Então, p 2 q 2 = 8 (k1 k2), ou seja, 8 | p 2 q 2 . Basta verificarmos, agora, que 3 | p 2 q 2 . Ora, nas condições dadas, temos que p e q não são múltiplos de 3. Então, temos, por exemplo, p ≡ 1 (mod 3) ou p ≡ 2 (mod 3). Já verificamos anteriormente, que se x ≡ 1 (mod 3), então x 2 ≡ 1 (mod 3) e que se x ≡ 2 (mod 3), então x 2 ≡ 1 (mod 3). Dessa forma, teremos que p 2 ≡ 1 (mod 3) e, consequentemente, q 2 ≡ 1 (mod 3). Assim, p 2 q 2 ≡ 0 (mod 3), ou seja, 3 | p 2 q 2 . Isso implica, portanto, que 24 | p 2 q 2 , ou melhor, p 2 q 2 ≡ 0 (mod 24). ∎ Capitulo 1: Mostrar que 2n + 1 nunca é um cubo. Para tanto, suponhamos 2 n + 1 = k 3 . Dessa forma, 2 n = k 3 1 = (k 1)(k 2 + k + 1). Vejamos que k 2 + k + 1 = k (k + 1) + 1 Necessariamente, k (k + 1) é par, o que faz com que k (k + 1) + 1 seja ímpar. Isso é um absurdo, pois 2 n = (k 1) (k 2 + k + 1), ou seja, k 2 + k + 1 é um dos fatores de 2 n e 2 n (por ser uma potência de 2) apresenta apenas fatores iguais a 2. Então, 2 n + 1 k 3 , para todo inteiro k, isto é, 2 n + 1 não pode ser um cubo. ∎
Compartilhar