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Amputação de Dígitos

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Fundação Educacional de Ituverava
Faculdade Doutor Francisco Maeda
Clínica Cirúrgica de Grandes Animais
Prof. Me. Luiz Roberto Pena de Andrade Júnior
8° ciclo/ Medicina Veterinária
“AMPUTAÇÃO DE DÍGITOS”
Alunas: Amanda Rodrigues
Heloisa Duella
Iara Maria 
Letícia Gabrielle
Maria Júlia
Ituverava-SP
2018 
Introdução
Amputação é o termo utilizado para definir a retirada total ou parcial do membro acometido.
Considerado um método de tratamento para diversas afecções.
Tem como intuito, prover uma melhora na qualidade de vida do paciente.
Fatores Predisponentes
Instalações → Higiene / Umidade;
Iatrogênica;
Traumatismos.
Indicações
Segundo Turner e Mcilwraith (2002), são indicados em casos de:
Tenossinovite (inflamação da bainha do tendão);
Artrite (inflamação na articulação) infecciosa;
Fraturas;
Deslocamentos das articulações falangianas graves;
Necrose isquêmica;
Osteomielite ( Infecção do osso por micro organismos piogênicos);
Úlcera crônica;
Neoplasia
RAIO-X → DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO
Preparo do paciente
Exames: hemograma e bioquímicos em mãos;
Jejum alimentar: Bovino (12-24 hrs)
 
Jejum hídrico: Bovino (6-12 hrs)
 
Realizar a tricotomia e antissepsia do local a ser operado.
Sempre alertar o proprietário sobre os riscos que o procedimento oferece!
Protocolo Anestésico - BOVINOS
A cirurgia pode ser feita com o animal em decúbito lateral após sedação com XILAZINA ou com o animal em estação após colocado num tronco.
Posteriormente, pode ser usada a Técnica de Bier:
Faz-se um torniquete de borracha (bandagem elástica ou manguito).
Volume máximo de 5 a 10 de AL, entretanto, antes da aplicação do fármaco deve-se fazer a retirada de um volume de sangue semelhante ao que será injetado de anestésico.
Preferencialmente, LIDOCAÍNA 2% sem vasoconstritor nos ramos das veias metatársica dorsal, radial ou metacárpica plantar em membros torácicos e, em membro pélvicos, nos ramos craniais das veias safena lateral ou digital plantar lateral.
Segue-se com a compressão e massagem suave no local da injeção, a fim de evitar o desenvolvimento de hematomas locais.
Técnica Cirúrgica de Bovinos
Descrição da técnica
 A incisão da pele com o bisturi é feita desde o espaço interdigital até circundar a segunda falange, para que o campo não fique obscurecido com sangue. 
Em seguida, são feitas incisões verticais cranial e caudalmente. A pele é dissecada do dedo subjacente, tentando-se salvar o máximo possível de pele para um retalho.
A amputação pode ser feita em dois locais:
Faz-se uma amputação baixa quando apenas o coxim articular e falange distal estão doentes; tal amputação é direcionada através da falange média.
Descrevemos a técnica de amputação alta, usada em casos com acometimento do coxim articular, da falange distal, da articulação da quartela e da falange média. Essa amputação é direcionada através da junção dos terços médio e distal da falange proximal.
A amputação começa com a serra paralela ao eixo longitudinal do membro, até ficar na extremidade distal da falange proximal.
Não se deve serrar em movimento muito rápido, porque pode ocorrer necrose por calor dos tecidos, inclusive o osso, ocasionando desprendimento excessivo durante o período de cicatrização. É preciso cuidado para evitar invadir a cápsula articular do boleto. 
Assim que o dedo tiver sido removido, o excesso de tecido adiposo e todo o tecido necrótico, especialmente o que envolva os tendões e suas bainhas, devem ser bem dissecados da ferida. Se a artéria digital puder ser localizada, deve ser ligada.
 Parte do retalho cutâneo pode ser suturada embaixo, mas quando o campo cirúrgico está inchado em decorrência de infecção e ainda há alguma necrose na região, em geral isso não é possível. 
O fechamento completo não é indicado porque a infecção resolve-se mais rapidamente se o retalho cutâneo não for completamente suturado, permitindo melhor drenagem ventral. 
Aplica-se antibiótico em pó na área e em seguida são colocadas compressas estéreis de gaze. Coloca-se atadura bem ajustada para evitar hemorragia quando se retirar o garrote.
Complicações 
Pré-operatório:
Região cirúrgica inflamada ou com algum tipo de infecção como: artrites da articulação interfalangica distal, necrose da almofada plantar, osteíte e osteólise da terceira falange, entre outras.
Uma antissepsia inadequada.
Materiais não esterilizados corretamente.
Local e forma de contenção deficiente.
Complicações 
Trans-operatório:
O cirurgião deve estar preparado para qualquer tipo de complicação que ocorrer na cirurgia, tanto hemorrágica ou diferença anatômica.
Anestesia Inadequada 
Tomar cuidado em relação a contaminação do campo cirúrgica.
Complicações 
Pós-operatório
Pode ocorrer do animal não se adaptar com a amputação, não apoiando o membro no chão e sobrecarregando os demais.
Infecção cirúrgica.
Deiscência de sutura.
Conduta de pós-operatório
Literatura:
Em toda zona removida, deve ser colocado antibiótico e posteriormente uma bandagem para compressão.
As bandagens são removidas a cada 2 ou 3 dias, mantendo-se o membro com as mesmas até que seja evidente total cicatrização da ferida.
Uma correta antibioticoterapia por via parenteral deve ser administrada durante alguns dias.
O animal deve permanecer num ambiente seco e limpo durante pelo menos duas semanas de forma a diminuir a carga bacteriana em redor da zona afetada.
Conduta de pós-operatório
Indicação:
Administrar antibiótico sistêmico;
Fazer curativos a cada 2 dias para facilitar a rotina;
Deve-se lavar a área com detergente neutro e aplicar furanil nas gazes e colocar em cima do local, em seguida passar atadura e bandagem elástica por cima.
Ao retirar o curativo para trocar sempre observar se há alguma alteração.
???DÚVIDAS FREQUENTES???
EM EQUINOS FAZ O PROCEDIMENTO CIRÚGICO OU É INDICADO EUTANÁSIA?
	ANIMAL É SUBMETIDO À EUTANÁSIA!
http://www.cavalocrioulo.org.br/noticias/detalhes/133717/trabalho-sobre-amputacao-em-equinos-e-concluido-em-lages
COMO É REALIZADA A EUTANÁSIA EM EQUINOS?
É realizada da seguinte forma: 1° Faz MPA no animal (Detomidina ou Xilazina)
						 2° Indução (Cetamina+Midazolam)
						 3° Aplica lidocaína intramedular através de um 							 cateter intramedular (60 ml)
Referências
 
TURNER, A. S.; McILWRAITH, C. W. Técnicas cirúrgicas em animas de grande porte. In: Amputação de Dedo. São Paulo: Roca, 2002. cap. 15 . p. 301-304.

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