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RELAÇÕES ESTATAIS, BENS E INTERVENÇÕES Prof. Luciano Turma: 7º P P1: 19/09 P2: 21/11 01/08 – 1ª AULA – Apresentação (PLANO DE AULA) 08/08 – 2ª AULA Caso Blanco (Séc.XIX) Em 3 de novembro de 1871, Agnès Blanco, 5 anos, ao passar em frente a uma fábrica de processamento de tabaco, foi atropelada e ferida gravemente por um vagonete que saiu subitamente de dentro do estabelecimento, tendo uma perna amputada. O vagonete pertencia a uma empresa estatal de manufatura de tabaco de Bourdeax e era conduzido por quatro empregados. Inconformado, o pai da menina, Jean Blanco, ingressou, em 24 de janeiro de 1872, no tribunal de justiça (civil) com uma ação de indenização (reparação de danos) contra o Estado, alegando a responsabilidade civil (patrimonial) pela falta cometida por seus quatro empregados. A chamada faut du service. Surgiu, então, um conflito entre a jurisdição judicial (causas entre particulares – civil) e a jurisdição administrativa (causas em que o Estado é parte), sendo o Tribunal de Conflitos responsável por decidir de quem era a competência para julgar a causa. A corte, composta por quatro membros de cada jurisdição, enfrentou um impasse, posto que houve um empate (4 x 4). O Ministro da Justiça, Jules Dufaure, presidente do Tribunal de Conflitos, denominado Guardião dos Selos, desempatou, usando sua prerrogativa do Voto de Minerva, em favor do Conselho do Estado, a jurisdição administrativa. Diante dessa decisão superior, prevaleceu a decisão do Conselho do Estado que concedeu uma pensão vitalícia à vítima, lançando, assim, as bases da Teoria do Risco Administrativo que estabelece a responsabilidade objetiva do Estado por danos causados pelos seus agentes. A decisão do caso Blanco foi considerada como fundamento do Direito Administrativo francês CONSTITUIÇÃO FEDERAL -> Art.37º, §6º (“responsabilidade civil do Estado”) Culpa presumida (ou anônima): Diz respeito à responsabilidade subjetiva do Estado. O elemento culpa, presumida, é indispensável para ensejar o dever do Estado de reparar o dano. (Neste caso, inverte-se ônus da prova. Estado deve provar que não agiu com culpa) Responsabilidade Objetiva: Deve-se provar, pela vítima, que o Estado teve uma conduta ilícita. Trinômio necessário: Fato + dano + nexo causal A ordem econômica e financeira -> Toda e qualquer produção e circulação de bens e serviços. “Art.170 a 192 da CF” HISTÓRIA Estado Absentista (Ausente) -> Liberalismo - Precursor do Liberalismo = ADAM SMITCH -> “Laissez faire, Laissez Passer” Welfare State (Estado provedor) -> Intervencionismo do Estado na Economia Ex.: Petrobrás/ Embraer -> Empresas que nascem com esse poder Estado como promotor do bem-estar social John Maynard Keynes -> “Estado intervencionista, mas sem se tornar absoluto. “ESTADO MAIOR” Margaret Thatcher -> Precursora dos anos 90 em Estado mínimo Visão Neoliberal -> Resgate do liberalismo Clássico, pressupondo-se um Estado mínimo. Não defende um Estado ausente, mas minimamente regulador. ORDEM ECONÔMICA Exploração Privada da atividade econômica => LIVRE INICIATIVA De acordo com os Art.: 170, § único da CF e Art.1º, IV da CF. Intervenção do Estado na ordem econômica -> Art. 173 e 174 da CF. O art.173 aborda a exploração direta, pelo Estado, da atividade econômica. Chamado de “Estado Empresário;’ – concede lucro ao Estado. De qual modo? Regime Convencional com os agentes privados -> Art. 173, §1º e 2º da CF. Regime Monopólio -> de acordo com decisão do STF, não pode ser criado por lei, devendo estar estipulado pela CF. -> conforme os art. 176 e 177 da CF. Art. 174 -> Intervenção indireta do Estado na ordem econômica. Não é Estado empresário, mas sim agente normativo e regulador. - Instrumentos Utilizados: Fiscalização, incentivo/fomento, planejamento. Planejamento pode ser: - Indicativo: Setor privado - Determinante: Setor Público Se o congresso quiser, por exemplo, via planejamento, mudar então o foco da exploração da Petrobrás, ele pode. Prestação de Serviços Públicos. “Publicatio” -> Conceder ao ramo, a status de serviço público “Duplicatio” -> Ato de retirar o status A prestação de serviços públicos é uma atividade econômica, haja vista ser produção de bem ou produção de serviços, as com uma diferença: O poder legislativo, qualifica por lei determinada atividade em serviço público, fazendo com que apenas ou Estado ou Empresa (Através de licitação), possa explorá-la. Serviços Públicos Conceito Modalidades de Prestação Princípios Modalidades de Prestação indireta de serviços públicos. Art., 175 -> PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS Conceito de Serviço Público: 15/08 – 4ª AULA 1.3 – Princípios gerais da prestação de serviços públicos Art. 6º, §1º, Lei 8987/95 (“Serviço Público Adequado”) “Leis de Rolland” (1930 – Escola de serviço Público) Princípio da Igualdade -> Universalidade!! Princípio da Continuidade Princípio da Mutabilidade – qualquer mudança decorrente do serviço público afeta.. PRINCÍPIOS - Da continuidade - Da regularidade - Da obrigatoriedade ART. 175, CF => “Incumbe ao Poder Público” Independe de prévio aviso Interrupção em situação de emergência; Interrupção motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; Por inadimplemento do usuário, considerado o interesse coletivo Exceções ao princípio da continuidade Dependem de prévio aviso. Princípio da Modicidade Tarifária – (Art.6º, §1º e Art.11º, Lei 8987/95 OBS: Exceções – (art. 206, IV; art.230, § 2º, CF) Sempre que possível o custo, ou os valores cobrados do usuário devem guardar uma relação direta com os custos de disponibilização do sistema. Se o poder público decide fazer aquilo que ele disse que ia dar e não faz... ele vai ter que colocar dinheiro do próprio dinheiro público... O serviço público é uma atividade remunerada por meio de tributos ou por meio de atividade tarifária. 1.4 – MODALIDADES DE PRESTAÇÃO INDIRETA DE SERVIÇOS PÚBLICO Previsão Constitucional Art.21, XI e XII, CF Art.175, CF Legislação Infraconstitucional base: - Lei 8987/95 - Lei 9074/95 - Lei 11.079/04 CONCESSÃO e PERMISSÃO CONCESSÃO = Lei. 8987/95 - Lei. 11.079/04 COMUNS - (São regidas pela Lei. 8987/95) São feitas por transferência para o particular com risco de empreendimento, para o concessionário. O concessionário é o particular que venceu a licitação e que assinou o contrato! Ela pode ser materializada por dois instrumentos: - Concessão comum simples ou propriamente dita (art.2º, II – LEI 8897/95). => CONCEITO: É o contrato adm. Pelo qual a administração pública transfere a pessoa jurídica ou o consórcio de empresas (apenas) a execução de determinado serviço público, por sua conta em risco e por prazo determinado, mediante remuneração paga pelo usuário (tarifas). O estado não participa do negócio. Não tem prazo mínimo nem máximo, o edital que vai dizer qual é este prazo. Transfere só a execução. O serviço é sempre remunerado (o usuário que vai pagar). - Concessão comum de serviço público precedida de obra pública (art.2º, III, da LEI 8987/95) – CONCEITO: É o contrato administrativo através do qual o poder público ajusta com pessoa jurídica ou consórcio de empresas à execução de determinada obra pública, por sua conta em risco e por prazo determinado, delegando ao executor da obra, após sua conclusão, a exploração do serviço público dela decorrente mediante cobrança de tarifa dos usuários. Remuneração: Tarifas cobradas dos Usuários. Concessionária -> P.J. ou consórcio de empresas vencedoras da licitação e que celebra o contrato. ESPECIAIS – (São Parcerias Públicas privadas regidas pela Lei. 11.079/04) – art.4º Inciso 6ª – o compartilhamentodo risco é objetivo (que vai estar previamente estabelecido o risco) Elas exigem que haja compartilhamento do empreendimento do parceiro público e do parceiro privado (estado e do particular), o poder concedente. O concessionário vai surgir entre o parceiro público e privado. CONCESSIONÁRIA -> Art. 19º, Lei 11.079/04 Sociedade de Propósitos Específicos (SPE) - Concessão Patrocinadas => Remuneração (Art.2º, §1º, Lei 11.079/04) - Concessão Administrativas => Objeto: (Art. 2º, §2º, Lei 11.079/04) Tarifa dos Usuários + Contraprestação pecuniária do Poder Concedente REMUNERAÇÃO - Serviços Administrativos. - Serviços Públicos. 100% da remuneração do parceiro privado advém de contraprestação pecuniária do Parceiro Público. 29/08 – 5ª AULA PPP’S: Requisitos a serem observados Prazo Contratual: PRAZO: Mínimo: 5 anos Máximo: 35 anos, incluída eventual prorrogação. Valor do Contrato: R$ 10.000.000,00 Não pode ter como objeto exclusivo o fornecimento de mão-de-obra ou obra pública ou instalação de equipamentos. Não pode haver delegação de poder normativo, fiscalizatório ou jurisdicional. Art. 9º, p.5º: O controle acionário de uma SPE só pode ser transferido ainda que indiretamente ao Estado em casos de execução de garantias por bancos estatais decorrentes de financiamentos. PERMISSÕES DE SERVIÇOS PÚBLICOS PERMISSÃO: - Art.175, CF - Art. 2º, IV e 40, Lei 8987/95 CONCEITO DOUTRINÁRIO: (desuso) – falava que permissão era um ato (permitir esse ato é então conveniência e oportunidade) e também um ato precário (recebe o ato, sabendo que o poder público pode retirá-lo. CONCEITO LEGAL: art.2º, IV e 40 da Lei 8987/95 - Permissão é a delegação a título precário (revogada a qualquer momento) mediante licitação (celebrar contrato) da prestação de serviços públicos feito às pessoas físicas ou jurídicas pondo em risco sua... É um contrato administrativo de adesão, de natureza precária (revogada a qualquer momento, portanto deverá ter prazo) e mediante a licitação, por meio do qual o poder publico transfere a execução de determinado serviço público à pessoa física e jurídica por sua conta em risco mediante remuneração dos usuários por meio de tarifas. - Contrato de adesão precário e revogável unilateralmente. Permissões qualificadas. - ART. 40 -> DAS PERMISSÕES: contrato de adesão (clausulas pré-estabelecidas) (FALOU DE PESSOA FÍSICA É CONCESSÃO E NÃO PERMISSÃO) AUTORIZAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO?? (Art.21, XI e XII, CF) - Art. 175, CF X Art. 174, CF Estado Regulador (Agente Normativo e Regulador da Atividade Econômica). Concedem-se, permitem-se serviços públicos, autorizam-se atividades (serviços) privadas reguladas. Autorização é ato administrativo unilateralmente fiscalizado pelo Estado, decorrente do poder de polícia. GERAÇÃO DE ENERGIA TERMELÉTRICA (LEI 9.074/95) POTÊNCIA FINALIDADE TÍTULO JURÍDICO Igual ou inferior a 5.000 kw Privado Art.8º Superior a 5.000 kw Privado Autorização Superior a 5.000kw Não for para uso exclusivo do produtor Art.5ª 05/09 – 6ª AULA MODALIDADES DE EXTINÇÃO DOS CONTRATOS DE CONCESSÃO (Art.35 e seguintes – Lei 8.989/95) “Advento (é o que corra tudo certo) do Termo Contratual” (Art.35, I, Lei 8.987/95) - “Ope Legis” -> A prorrogação tem que ser dentro do prazo de validade. Contrato vencido não se prorroga. Toda vez que tem uma prorrogação de contrato de extinção ocorre os: BENS REVERSÍVEIS (Art.36, Lei. 8.987/95) – São bens que devem ser adquiridos pelas concessionárias...Quando não for amortização ou ainda não depreciado (ainda não acabou, em condições de uso). - ART.36: A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados (ou seja, das partes que ele investiu e ainda não foram amortizadas e não tudo) ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido. Em relação ao poder público, você não receberá gratuitamente, deverá indenizar. A palavra reversão remete à ideia de que os bens são adquiridos pelas concessionárias com seus próprios recursos que são indispensáveis dos seus próprios serviços e que cuja a sua amortização deve ser feita, seja por meio de tarifas ou por meio de aporte (contribuição) do poder público e que ao final do prazo de concessão esses bens deverão ser transferidos ao poder público. ANULAÇÃO (Art.35, V, Lei 8.987/95) Art.2º, Lei 4717/65 Art.49 e 59, Lei 8.666/93 - Quando um contrato de concessão vai ser anulado? Quando ele apresentar um vício de legalidade. - Uma anulação de concessão gera indenização entre si? Depende. O limite da anulação está na participação da concessionária... RESCISÃO (Art.35, IV e Art.39 Lei 8.987/95) ART.39: O contrato de concessão poderá ser rescindindo por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais... Os fundamentos da Rescisão são: - Inadimplência do Poder Concedente - Ação judicial movida pela concessionária Art.78, XIV e XV – Lei. 8.666/93 CADUCIDADE => Art. 35, III e Art.38 da Lei 8.987/95) (Rescisão Administrativa) Legitimado: Poder Concedente Fundamento: Inadimplência da Concessionária. A caducidade é um procedimento decorrente de um ato composto. - Notificar a concessionária sobre essa falta para que ela se justifique. Ela pode se justificar e Ok. O poder público aceita a justificativa, mas aplica multa. Se o poder publico não se convencer das razões ele tem que instaurar um processo administrativo que objetive a caducidade... O titular (união, estado, município.... enfim) do poder concedente pode decretar ou não a caducidade. O titulo jurídico que materializa a caducidade é por meio de um: Decreto do Titular do Poder Concedente. (decreto administrativo – via administrativa) A lei diz que os bens reversíveis, a apuração da eventual indenização dos bens reversíveis deverá ser feita durante o bojo do processo administrativo da caducidade. A caducidade independe do prévio pagamento das eventuais indenizações dos bens reversíveis. Encampação (Resgate) - (Art.35, II e Art.37 Lei 8.987/95) Ela permite que o poder público retome o serviço concedido. Fundamento: “Interesse Público”, apenas. Não há necessidade inadimplemento de uma das partes. (Descrito em lei específica!) - A lei especifica é previa encampação. O agente só pode encampar se tiver uma lei especifica autorizando. Se ele vai encampar ou não aí a decisão é dele. A autorização é especifica. - Para se materializar a encampação, a lei exige obrigatoriamente que o poder concedente pague previamente as indenizações eventualmente devidas dos bens reversíveis. Se o poder público não pagar primeiro não pode encampar e não adianta ter autorização. Deverá ter um prévio pagamento das indenizações dos bens reversíveis. - Decreto de Encampação -> Quem expede: Titular do poder concedente ou delegado para isso. (Qualquer sociedade tem o direito de se extinguir, mas sofrerá danos.) Estudar esse tópico pois é bem interessante!! (principalmente a questão da extinção) Falência ou extinção da concessionária -> Art.35, VI – Lei 8.987/95 Art.195 da Lei 11.101/05 Extinção da concessão nessas hipóteses, ocorre “ope legis” - Automaticamente a Adm. é direcionada ao Estado. Bens reversíveis -> os amortizados ficam com o poder público. Distrato (Rescisão amigável) Lei 13.448/2017 -> Criou um novo chamado “Relicitação”, uma hipótese de rescisão amigável Acordo amigável Poder público em conjunto com a concessionária, extinguem a concessão em vigor e poder público abre outra licitação.Concessionária faz o pedido de devolução da concessão e o poder publico tem 24 meses para avaliar. - A lei 13.448/17 ainda não está sendo aplicada, pois há necessidade de um regulamentação -> uma lei que na qual, dirá como funcionará a aplicação A relicitação (a lei supramencionada) só cabe a 03 setores -> ferrovias, rodovias, aeroportos. Obs.: RELICITAÇÃO É UM BOM TEMA PARA O TCC!!) Decisão por arbitragem - Art. 23-A, Lei 8.987/95 - Art. 11, III da Lei 11.079/04 - Lei 13.140/15 (Art.32, §5º; Art.33, § único) Estipula o procedimento pela extinção por arbitragem Bens reversíveis? -> Arbitro decidirá com base no contrato 12/09 – 7ª AULA Exceções ao caráter personalíssimo dos Contratos de concessão Art. 25, Lei 8.987/95 Subcontratação (Art.25, §§1º e 2º, Lei 8.987/95) - Atividades acessórias ou complementares ao contrato de concessão -> A concessionária pode transferir a terceiros, através de contrato específico, a realização de atividades acessórias ou complementares. Esses contratos não são de Direito Público. É contrato particular que é entre particulares. Não extingue o contrato anterior. Apenas diminui o objeto Subconcessão (Art.26, Lei 8.987/95) é a possibilidade legal de se transferir legalmente uma parte da concessão para uma nova concessionária. Assim, a concessionária originária ficará com menos atribuições. A concessionária é quem solicita a subconcessão. A concessionaria originária não terá nenhuma relação com a subconcedente. Deverá haver anuência do poder público. Caso há uma anuência, a escolha será realizada através de licitação. Modalidade Concorrência: - Deve haver previsão no contrato de concessão.A Sub. Terá relação direta com o poder público se sub falir, e aí o poder público assume a parte daquela. (nunca a originária, pois vinculo foi rompido) Contrato de concessão em vigor - é a possibilidade de uma parcela de ser transferida para terceiros. - Previsão no contrato de concessão; - Anuência do Poder Concedente; - Licitação: Modalidade concorrência; Transferência da Concessão e Transferência do Controle Societário da Concessionária (Art.27, Lei 8.987/95)60% Ver ADI 2946 (STF)10% 60% 40% 10% A B C A C B C entra em dificuldades financeiras (sendo que é a mais poderosa) e aí A passa a ter um controle maior. Controle Temporário e Administração Temporária da Concessionária (Art.27 – A, Lei 8.987/95 e Art.5º - A da Lei 11.079/04) Previsão do contrato e autorização previa do poder público e por prazo determinado (o prazo será determinado pelo poder concedente). Clausula que autoriza tudo isso se chama -> “Step-in Right” – é o direito do investidor de assumir o controle da concessionária. No controle há inquisição temporária da empresa. O investidor assume as cotas com propriedade resolúvel (ele não comprou por definitivo). Há transferência resolúvel da propriedade das cotas. No controle se ele fizer de errado ele responde pelo seu próprio patrimônio, por sonegação de tributo. Na administração temporária, o investidor recebe poderes especiais de gestão, como o poder de vetar ações por exemplo, com a finalidade de recuperar aquilo que ele conseguiu. Se o administrador entrar no período em que for gestor quem responde é a concessionária e não a si próprio ou a outros. 26/09 – 8ª AULA PROCESSO DE AGENCIFICAÇÃO NO BRASIL ORIGEM NO BRASIL: Plano de Reforma Administrativa do Estado (Meados da década de 1990) OBEJTIVOS: - Desestatização Agências Reguladoras - Flexibilização da Gestão Pública Agências Executivas CORRENTE DE PENSAMENTO: “New Plubic Management” (Burocrático -> Gerencial) Possuem peculiaridades em relação às autarquias administrativas comuns AGÊNCIAS REGULADORAS NATUREZA JÚRIDICA (O que é e pra que serve?): - Autarquias de regime especial -> Art. 37, XIX da CF. É uma descentralização administrativa Criada por lei especifica, autônoma. São autarquias de regime especial com função regulatória sobre prestação de serviços públicos delegados de iniciativa privada ou de intervenção nas atividades privadas reguladas. Agencias reguladores foram criadas para regular esse novo setor que surgiu entre os agentes econômicos, Estados e usuários Ex: ESTADO USUÁRIOS AE (Agentes Econômicos) CARACTERISTICAS DA AGÊNCIAS REGULADORAS O rótulo de Agência Reguladora é conferido diretamente pela Lei específica que a cria; Possui função regulatória, ou seja, além das atribuições administrativas comuns de poder normativo e poder decisório na via administrativa em ultima instância no setor regulado. PODER NORMATIVO: - ADI 1668/ DF De caráter terciário - ADI 5501/ DF Comparativamente às autarquias comuns, as Agências Reguladoras possuem maior autonomia administrativa financeira em relação ao ente político que as cria. 3.1) Mandato a prazo certo de seus dirigentes - (Lei 9986/00 – Art.5º a 9º + Art. 52, III, F da CF) – agencias são dirigidas por colegiados. 3.2) Impossibilidade de recurso administrativo hierárquico impróprio. -> Toda agencia reguladora é regulada por um presidente que dentre 5 é selecionado 1 presidente para comandar. -> As agencias são dirigidas por colegiados Prazo de 4 meses PRAZO DE QUARENTENA: Art.8º da Lei 9.986/2000 X Art.2º e 6º, II da Lei 12.813/13 Essa lei veio para que todo cargo comissionado começasse a ter prazo de quarentena. O prazo seria de 6 meses. Lei geral revoga a lei anterior, então especificamente o prazo correto será de 6 MESES!!! - Próprios: É aquele que tem por base a hierarquia do próprio ente público. Não dependem de lei especifica. - Impróprios: dependem de lei especifica. Não tem por base a hierarquia, mas tem por base a supervisão ministerial (por ministros). RECURSOS ADMINISTRATIVOS PARECER/ AGEU Nº AC – 51/2006 -> Ela é regulamentada pela Lei Complementar de 73/93 Se o advogado da união e o presidente da união aprovar, ela vira sumula vinculante (ela tem esse poder) 03/10 - 9ª AULA AGÊNCIAS EXECUTIVAS É uma autarquia ou fundação já existente que recebe uma qualificação jurídica por ter celebrado um contrato de gestão com o Ministério Supervisor, no qual, são estabelecidas metas de desempenho em troca de maior autonomia. Art.37, §8º da CF (EC 19/98) Art.51, Lei 9.649/98 - O poder executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos: Ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento; Ter celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério Supervisor Art.51, §1º, Lei 9.648/98 - Qualificação é feita por Decreto do P.R. Art.1º, §1º, Decreto 2.487/98 CONSÓRCIO PÚBLICO Redação dada EC 19/98. Marcos Normativos: - Art. 241, CF - Lei 11.107/05NORMA GERAL - Decreto 6.017/07 Natureza Jurídica: Os consórcios públicos é uma gestão associada entre entes federativos de serviços públicos comuns e só é possível pois vivemos em uma federação. Características: Hoje em dia... A) Os consórcios públicos são formados exclusivamente por entes federativos (união, estados, municípios), mediante subscrição do “protocolo de intenções” (pré-contrato – é o documento mais importante do consórcio) - (Arts.3º a 5º, Lei 11.107/05). O protocolo de intenções, ele é celebrado pelos representantes dos entes federativos. Ele precisa ser ratificado por lei (de cada um dos entes federativos) para celebração, para ser valido. B) Exigência de autorização legislativa para celebração do consórcio público. C) Natureza Jurídica contratual dos Consórcios Públicos D) Personificação do Consórcio Público (exigência legalde instituição de pessoa jurídica de direito público ou privado para execução do contrato de consórcio público) -> Art.6º - Lei 11.107/05 - Art.1º, §1º - Lei 11.107/05 Autarquia Interfederativa De Direito Público (“Associação Pública”) – Art.41, IV do CC. De Direito Privado “Pessoa Jurídica de Direito Privado”. (Associação Privada Interfederativa) CONSÓRCIOS PÚBLICOS Os consórcios públicos de direito público e privado integram de todos os entes federativos!! E) Possibilidade de participação da União - Art.1º, §2º da Lei 11. 107/05 - Art.14º da Lei 11.107/05 F) Duração por prazo certo: Está no Art.4º, I da Lei 11.107/05 PRINCIPAIS CONTRATOS VERIFICADOS NOS CONSÓRCIOS PUBLICOS A) Contrato de Constituição do Consórcio Publico (Art.3º a 5º da Lei 11.107/05) B) Contrato de Rateio (Repasses financeiros): Art.8º da Lei 11.107/05 - É um instrumento contratual pelo qual, os entes públicos consorciados estabelecem as regras de repasse de recursos financeiros entre eles. Em regra, ele é renovado anualmente pois a parte orçamentária é renovada anualmente (vale 1 ano). C) Contrato de Programa (Art.13 da Lei 11.107/05) - Contrato de programa é um instrumento contratual pelo qual, devem ser constituídas e reguladas as obrigações que um ente da federação tenha para com o outro ou para com o consórcio público no âmbito da gestão associada do serviço público. - O contrato de programa tem natureza ultra- ativa (ultratividade – dura além do tempo). 10/10 – 10ª AULA 2. 17/10 – 11ª AULA 3. LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA CONCEITO: As limitações administrativas são restrições estatais impostas por leis ou atos normativos a propriedades publicas ou privadas que acarretam obrigações positivas ou negativas aos seus respectivos proprietários no intuito de satisfazer a função social da propriedade. OBJETO: Bens moveis, imóveis ou serviços privados ou públicos. INSTITUIÇÃO: EXTINÇÃO: INDENIZAÇÃO: 24/10 – 12º AULA TOMBAMENTO (Decreto-Lei 25/1937) Origem Histórica: Torre do tombo (Coroa Portuguesa) Conceito: Instrumento de restrição da propriedade pública ou privada que tem por objetivo proteger o patrimônio histórico-cultural de natureza material (bens materiais). Objeto: Bens móveis e Imóveis (podendo ser pública ou privada). Instituição: Ele pode ser implantado por meio de procedimento administrativo em que seja assegurado contraditório e ampla-defesa ao proprietário perante o órgão ou ente administrativo competente. - U = Autarquia (Ex.: IMPMAN) - SP = Ex.: CONDEPMAT - CPS = Ex.: CONDEPACC É possível restituir tombamento também, por lei ou por sentença judicial. Quanto aos efeitos do tombamento: Tombamento provisório – todos os tombamentos estão valendo, embora ele não seja definitivo. Ele é provisório. Art.10º pelo Decreto-Lei. Começa a valer a partir da notificação do proprietário. Tombamento Definitivo – é quando já houve finalização do processo administrativo e irá levar a registro. 31/10 – 13ª AULA (s/aula) 07/11 – 14º AULA Fases da Desapropriação Fase declaratória (só os entes do poder público): (Tornar público o motivo no qual você está perdendo a propriedade). A do ente competente declara formalmente a utilidade pública, a necessidade pública ou o interesse social em desapropriar determinado (s) bem (s); Desapropriação de bens Públicos Art.2º, §2º, Decreto-Lei 3.365/41 Quem pode emitir esse ato declaratório? Decreto Titular do Poder Executivo (Art.6º, Decreto-Lei 3.365/41) Poder Legislativo (Art.8º, Decreto-Lei 3.365/41) Lei (de efeitos concretos) Diretor Presidente da ANP (Art.3º, §4º, Lei 11.909)Resolução Diretor – Presidente da ANEELResolução Presidente do DNIT Portaria (Art.82, IX, Lei 10.233/01) Tem prazo de validade, chamado prazo decadencial. FASE EXECUTÓRIA: É a fase em que estará autorizada a adoção de medidas concretas na via extrajudicial ou judicial para materialização da desapropriação dos bens contemplados nos atos declaratórios da fase anterior. - Art.3º, DL 3365/41Ação de desapropriação Acordo PRAZOS DECADENCIAIS DO ATO DECLARATÓRIO Fundamento: Utilidade ou necessidade pública - Prazo: 5 Anos a contar da publicação - Sanção: Se caducar o ato declaratório, o ente público que o editou só poderá renová-lo 1 ano após. (Art.10, DL 3.365/41) Fundamento: Interesse Social - Prazo: de 2 Anos - Sanção: Não houve previsão (Art.3º, LC 76/93 e Art.3º da Lei 4.132/62) Prazo de destinação do bem após a desapropriação Interesse Social da Lei 4.132/62: 2 anos Interesse Social para fins de Reforma Agrária: 3 anos (Art.16 da Lei 8.629/93) Interesse Social for para Reforma Urbana: 5 anos (Art.8º, §4º da Lei 10.257/01) L. 10.257/01 – Estatuto da Cidade.
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