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Síntese Objetivos Aula 9

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Fundamentos das Ciências Sociais
AULA 9 – A sociologia de Karl Marx.
I – Explicar a concepção marxista de análise da sociedade.
Marx faz uma dura crítica ao modo de produção capitalista e na forma como a sociedade se estruturou através desse modo. Busca organizar o proletário como classe social capaz de reverter sua precária situação e descreve os vários tipos de pensamento comunista, assim como define o objetivo e os princípios do socialismo científico. Ao se aprofundar no estudo da história, Marx elaborou a teoria da luta de classes, pela qual explica a evolução das instituições sociais. “A história de toda a sociedade humana até os nossos dias é uma história de lutas de classes. Senhores e escravos, patrícios e plebeus, barões e servos da gleba, mestres e aprendizes: numa palavra, opressores e oprimidos, frente a frente, sempre empenhados em uma luta ininterrupta, ora velada, ora ostensiva; em uma luta que conduz em cada etapa à transformação revolucionária de todo o regime social ou ao extermínio de ambas as classes beligerantes”. 
II – Entender o método dialético e o materialismo histórico.
A doutrina de Marx se compõe de uma teoria científica, o materialismo histórico, e de uma teoria filosófica, o materialismo dialético. Ele utilizou o método dialético para explicar as mudanças importantes ocorridas na história da humanidade através dos tempos. Ao estudar determinado fato histórico, ele procurava seus elementos contraditórios, buscando encontrar aquele elemento responsável pela sua transformação num novo fato, dando continuidade ao processo histórico.
Marx desenvolveu uma concepção materialista da História, afirmando que o modo pelo qual a produção material de uma sociedade é realizada constitui o fator determinante da organização política e das representações intelectuais de uma época. De acordo com tal concepção, as relações materiais que os homens estabelecem e o modo como produzem seus meios de vida formam a base de todas as suas relações.
O materialismo dialético, de base materialista, procura, por meio de um método dialético, compreender as transformações sociais que ocorrem na sociedade, sendo este inseparável do materialismo histórico. A partir do momento que ocorre uma transformação ou mudança também se transforma e muda a história por meio da ação do homem sobre a natureza. Sendo assim, o materialismo histórico e dialético é um método de análise do desenvolvimento humano, levando em consideração que o homem se desenvolve à medida que age e transforma a natureza e neste processo também se modifica.
III – Identificar os conceitos fundamentais na análise marxista, tais como estrutura, superestrutura e relações de produção.
Marx chama de infra-estrutura a estrutura material da sociedade, sua base econômica, que consiste nas formas pelas quais os homens produzem os bens necessários à sua vida.
A superestrutura corresponde à estrutura jurídico-política e a estrutura ideológica. A posição do marxismo é que a infra-estrutura determina a superestrutura, mas ao tomar conhecimento das contradições, o homem pode agir ativamente sobre aquilo que o determina. As manifestações da superestrutura passam a ser determinadas pelas alterações da infra-estrutura decorrentes da passagem econômica do sistema feudal para o capitalista.
Atribui ao conjunto das condições de produção econômica uma fundamental influência sobre o desenvolvimento das culturas e estabelece a primazia da infra-estrutura social (conjunto das forças produtivas materiais, ou forças econômicas) sobre o que se denominou surperestrutura social (as ideias, ou conjunto dos dados da cultura não material). 
Assim, segundo a doutrina marxista, não são as ideias (superestrutura) que governam o mundo, mas ao lado contrário é o conjunto das forças produtivas materialistas (infra-estrutura) que determina todas as ideias e tendências.
Concluindo, a base material ou econômica constitui a "infra-estrutura" da sociedade, que exerce influência direta na "super-estrutura", ou seja, nas instituições jurídicas, políticas (as leis, o Estado) e ideológicas (as artes, a religião, a moral) da época.
RELAÇÕES DE PRODUÇÃO - Segundo a teoria marxista, nas sociedades de classes as relações de propriedade são expressões jurídicas das relações de produção. Assim, nas sociedades de classes, as relações de produção são relações entre classes sociais, proprietários e não-proprietários. As relações de produção, conjuntamente com as forças produtivas são os componentes básicos do modo de produção, a base material da sociedade. O trabalho é necessariamente um ato social. As pessoas dependem umas das outras para obter os resultados pretendidos. As relações de produção são as formas pelas quais os homens se organizam para executar a atividade produtiva. São constituídas pela propriedade econômica das forças produtivas. Podem ser cooperativistas (ex: mutirão), escravistas (como no período colonial brasileiro), servis (como na Europa feudal) ou capitalistas (como na indústria moderna). Na condição de escravos, servos ou assalariados, os trabalhadores participam da produção somente com sua força de trabalho. Na condição de senhores, nobres ou empresários, os proprietários participam do processo produtivo como donos dos meios de produção.

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