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ARTIGO Preparação do terreno para obras residenciais

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Faculdades Metropolitanas Unidas
Departamento de Engenharia e de Tecnologia
Preparação do terreno para obras residenciais
Ferreira, Bruno; Oliveira, Flavio; Lioi, Francesco; Lima, Gessik; Gomes Giovanna Engenharia Civil, FMU
Antunes, Roberto Luiz dos Santos
Resumo: Vivenciando um mercado exigente em relação a rapidez, assertividade, custos e prazos cada vez mais curtos, a preparação do terreno para edificações se transforma em uma tarefa simples, porém se não for realizada de maneira correta tende a compromete as demais etapas da obra e a construção em si com danos ambientais, futuros custos para o proprietário/ empreendedor com reparação de defeitos e imprevistos durante a realização da fundação. O objetivo desse artigo consiste em evitar possíveis falhas na operação e desgaste com reparos após término da obra. A metodologia a ser empregada será dada com o apontamento das principais atividades correspondentes à “pré obra”, identificando e detalhando os passos necessários para que a preparação seja feita da melhor maneira possível, para que se tenha uma base assertiva sobre o terreno para um planejamento eficaz, capaz de ser beneficiado em relação a custo e prazo. Após efetuar a compra do terreno, torna-se necessário realizar investigações para elaborar um projeto geotécnico de qualidade e, após essa etapa, a leitura e identificação do solo só se finaliza se o serviço preliminar de preparação de terreno for efetivamente realizado, além disso trataremos também da limpeza do terreno e dos ajustes que terreno deverá receber para receber a edificação. 
Palavras-chave: Preparação do terreno; pré-obra; Terraplanagem; Topografia; Tipos de solo.
Introdução
Atualmente há um grande crescimento na quantidade de obras no Brasil, porém o que pouca gente sabe é que há toda uma preparação que deve ser feita anteriormente, para que a obra seja iniciada. Neste contexto, , este artigo apresentará as etapas necessárias, ou seja, tudo que precisa ser realizado para o inicio de uma de maneira correta.
Muitas obras hoje em dia são realizadas sem a devida documentação, como pode ser verificado facilmente pelas ‘obras’ realizadas em zona de risco, como nas favelas. Nota-se, que praticamente todas, se não a maioria, das obras realizadas nessas zonas de baixa renda, não possuem o mínimo necessário do que é exigido para o início de uma obra, ou reforma. Primeiramente essas obra não possuem a documentação necessária exigida pelas prefeituras, há algumas documentações que são solicitadas, tanto para construção quando para algum tipo de reforma, além disso, nesses locais não são feitos estudos importantes, como os de solos, fundamentais para que a fundação seja devidamente calculada, em virtude da edificação a ser construída. Outra questão refere-se, mão de obra não qualificada empregada no desenvolvimento da obra.
Um grande problema nas obras realizadas no Brasil está relacionado a competência dos profissionais envolvidos: todos se acham aptos a realizar o serviço, entretanto, somente os habilitados para tal, como engenheiros, arquitetos, topógrafos, entre outros, podem realizá-lo.
Muitas vezes visualizamos terrenos vazios, sem nenhuma construção em andamento. Algumas dessas obras não conseguem sair do papel simplesmente por não conseguirem alguma documentação necessária para isso.
Fundamentado nestas questões, este artigo identificará as etapas principais de preparação de um terreno para construções residenciais para prever e evitar possíveis falhas na operação, Atualmente temos a Lei 4864/65 | Lei nº 4.864, de 29 de novembro de 1965 que estabelece algumas exigências para a indústria da construção civil. Entretanto, devemos lembrar que obras comerciais ou 		que se qualifiquem em outro tipo, como por exemplo indústrias, hotéis, parques de diversão e etc, podem ter essas fases um pouco diferente. 
Objetivo Geral
O artigo tem como objetivo citar e exemplificar os passos ditos como ‘pré-obra’ ou preparação do terreno, Apresentar e compreender em forma de estudo a importância das etapas necessárias para a preparação de um terreno, visando o desenvolvimento de um planejamento eficaz visando a uma construção de maneira correta.
Objetivos Específicos
Diante do objetivo geral definem-se como objetivos específicos, que contribuíram para o desenvolvimento da pesquisa, os seguintes itens:
- Verificar importância da implementação de um projeto da obra, de acordo com a legislação específica e os estudos adequados para evitar grandes desperdícios;
- Compreender as etapas necessárias para o início da obra, como, remoção de vegetação, realização do perímetro a ser construído, estudo preliminar do projeto, ligações provisórias;
- Entender os aspectos físicos de possíveis terrenos, através da topografia, dimensões, tipos de solo do terreno, etc.;
- A necessidade da sondagem do solo e da realização da movimentação de terra adequada para que não haja interferência na estrutura da edificação; 
- Relacionar os resultados que podem ser obtidos através da implementação desses métodos em uma construção.
Metodologia
Forma de desenvolvimento do artigo
Para atingir os objetivos estabelecidos vamos abordar uma metodologia exploratória e qualitativa abordando os seguintes temas:
 
Etapas iniciais
Pré-obra é todo serviço que precisa ser executado antes da obra propriamente dita, considerara-se pré-obra os seguintes itens:
Limpeza do terreno
Terraplanagem
Estudo de solo
Ligações provisórias 
Documentação
Liberação/aprovação
Planejamento
Documentação 
Antes de dar continuidade na preparação do terreno, deve-se estar atento com a documentação da obra. Para se manter dentro da legalidade, define-se de imediato as características do empreendimento, com relação ao seu tipo, sendo comercial ou residencial, bem como, em relação ao impacto ambiental do mesmo, a fim de verificar se há necessidade do licenciamento ambiental. Em outras palavras, é necessário compreender se o projeto é um agente poluidor na etapa de execução e operação.
Por sua vez, caso não há necessidade do licenciamento ambiental, antes de dar procedimento na documentação verifica-se se o terreno está regularizado. Com a confirmação da legalização do lote, pode-se dar processo no Alvará de Construção (documento fundamental para possíveis fiscalizações), atendendo o código de obras municipal do local. Com o Alvará em mãos, pode-se dar início ao processo de execução.
Posteriormente, é fundamental solicitar o denominado “Habita-se”, que nada mais é do que um documento que certifica a conclusão da obra. Este documento é obtido após a vistoria fiscalizadora de irregularidades no imóvel. Com o mesmo emitido pela prefeitura, atesta que o empreendimento, sendo comercial ou residencial, está pronto para ser habitado.
Limpeza do terreno
O primeiro serviço a ser executado quando se adquire um terreno, chama-se de primeiro serviço pois, é a primeira modificação realizada no terreno. Desta forma, a limpeza nada mais é do que remover as plantas, entulhos, ou construção que exista no terreno, na remoção são retiradas as plantas, porém para remoção de arvores nativas é preciso uma autorização da prefeitura.
Terraplanagem
De acordo com o site E-civil, site de apoio para engenheiros civis, a terraplanagem é um serviço preliminar para a preparação do terreno, afim de evitar futuros problemas de sedimentação para a edificação a ser construída.
Para terraplanar um terreno deve-se identificar as condições do terreno, são três situações possíveis para um terreno: terreno plano, que tem o seu praticamente plano/reto sem muitas curvas de níveis; terreno em aclive, que consiste em um terreno com caída de nível; e por fim terreno em declive, que tem subida de nível, vemos melhor cada um deles, afirma a empresa Jofege, empresa destinada para realização de terraplanagem com foco na pavimentação.
Terreno plano
O terreno plano seria um terreno que possui baixo grau de variação de inclinações tanto para baixo quando para cima, ou seja, o terrenointeiro encontra-se praticamente no mesmo nível. Por se tratar de um terreno praticamente no mesmo nível não há grandes serviços a serem feitos, apenas regularizar para que fique o mais plano possível.
Terreno aclive	Comment by Roberto L. Antunes: idem para terreno plano
O terreno em aclive consiste em um terreno onde existem partes com nível maiores de terra (morros) , em terreno em aclives normalmente são feitos cortes, cortes são movimentações de terras, retiradas, que consiste na retirada de toda a terra que desregula o terreno.
Terreno declive
Um terreno em declive consiste em terreno com descida, em terrenos com declives precisam ser feitos aterros, aterros são preenchimento de terra. Terrenos nessas condições tendem a ter problemas na saída de esgoto.
Sondagem de solo
Outra parte importante no processo ‘pré-obra’ é realizar a sondagem do terreno, onde são realizados estudos para verificar as características do terreno, com isso o engenheiro tem total visibilidade do solo, realizando uma escolha mais assertiva da fundação para que a edificação não venha apresentar defeitos estruturais fututamente. Existem três tipos de terrenos, esses terrenos na verdade são compostos por mistura dos três, mas se leva em consideração o que tem maior quantidades. 
Solo arenoso
Esse tipo de solo é formado por uma grande quantidade de areia, possui uma textura leve e granulosa. É um solo bastante permeável, pois a água se infiltra com muita facilidade pelos espaços vazios.
As edificações construídas nesse tipo de solo que se localizam próximas a lençóis freáticos, podem vir a ter rachaduras na estrutura devido às principais características do solo que são: alta porosidade e permeabilidade, pouca umidade, rápida secagem, pobre em nutrientes e altamente suscetíveis à erosão.
Solo Siltoso
O silte está entre a areia e a argila. É um pó como a argila, mas não tem coesão apreciável. Também não tem plasticidade quando molhado. O solo siltoso possui pouca coesão e se transforma em lama facilmente em contato com a água, o que dificulta construções perto de lençol freático.
Cortes feitos em terreno siltoso não têm estabilidade prolongada, sendo vítima fácil da erosão e da desagregação, precisando mais de manutenção, mão de obra e cuidados para se manter.
O recomendado e mais seguro é fazer o uso de estacas para esse tipo de solo, usando estacas mais profundas, porém como uma escavação focada em evitar problemas com a movimentação do solo, a umidade provida de lençóis freáticos e tempestades podem resultar em escorregamentos e deslizes, sendo assim o cuidado com a segurança e uso de EPIS é essencial.
Solo argiloso
Esse tipo de solo é o oposto do solo arenoso, ele é formado por grãos pequenos e compactos, assim tornando menor o uso de espaços vazios entre os grãos e o tornando impermeável, dificultando a infiltração da água.
Ele é composto por mais de 30% de argila, alumínio e ferro, carregando o nome de "solo pesado".
As principais características do solo argiloso é a riqueza em nutrientes, por esse motivo, esses solo é o foco para a realização de atividades agrícolas, outra característica que o solo carrega é a sua cor avermelhada.
 Devido à alta impermeabilidade o solo argiloso se torna um material preferido nas construções de barragens de terra, pelo motivo da água ter muita dificuldade em se infiltrar, logo não ocorrer deslizes de terra.
Em épocas de chuvas esse solo é o mais recomendado pela boa impermeabilidade, mas pensando em épocas de seca, esse tipo de solo tende a formar uma camada rígida e pouco arejada, prejudicando o desenvolvimento da vegetação.
Uma curiosidade sobre esse solo é que no Brasil ele tem sido utilizado de várias formas e por bastante tempo ao longo da história, desde ferramentas do pilão até modernos tijolos, azulejos e pisos cerâmicos.
Ligações provisórias
Em simultâneo com o fechamento do terreno também são feitas as ligações provisórias, para realizar essa etapa é preciso verificar o que informa a concessionária de abastecimento da região onde será realizada a obra, para que a obra tenha água e energia, que são itens importantíssimos para execução de uma obra.
Após a finalização da obra é necessário fazer a regularização das ligações, tudo de acordo com o que solicita a concessionária, cada concessionária exigem um padrão que vai das dimensões do hidrômetro até o padrão de postes. Além disso é preciso ajustar corretamente o uso para instalar o melhor padrão de energia para a edificação
Etapas iniciais para preparação do terreno
Antes da aquisição do terreno os principais pontos a serem analisados seriam a localização em termos de vizinhança, cidade, facilidade de locomoção. As características do lote, como, inclinação do terreno, tipos de solo, nível do lençol freático, esses são fatores que afetam diretamente no custo, tempo e estética da edificação a ser construída.
Escolha e planejamento do terreno
Localização
Quando se procura um terreno, a primeira coisa que o proprietário pensa é a localização, a facilidade de locomoção, cidades, comércios, escolas, vizinhança, são inúmeros os fatores analisados a favor do bem-estar da família. Outo fator a ser analisado é a valorização que a propriedade passará futuramente, investidores do ramo imobiliário preferem comprar terrenos em locais que ainda estão em desenvolvimento, assim conseguem adquirir a propriedade com preço baixo e mais tarde quando a área se desenvolver conseguem vender com preço superior da aquisição.
Áreas urbanas, locais seguros, subúrbios ou até mesmo se o terreno é uma esquina ou não, o que realmente importa é se a localização se enquadra dentro das necessidades do cliente, sendo assim, conclui-se que não existe uma localização ideal. Além disso é importante seguir a lei de zoneamento normatiza, a ação pública e privada sobre as formas de uso do solo da cidade, um Plano Diretor para quadras e lotes de cada zoneamento descrevendo quais os tipos de edificações que podem ser construídas no local tendo os fatores abaixo como principais exigências:
- Recuos Laterais e Frontais;
- Taxa de ocupação do terreno;
- Coeficiente de aproveitamento;
- Altura máxima da pavimentação.
O objetivo desta lei é moldar o crescimento da cidade com o desenvolvimento social, econômico, cultural e qualificação ambiental. Para isso, as zonas foram divididas em 3 diferentes grupos:
Figura 1 - Organograma Lei de Zoneamento
Fonte: Autoria própria
Dentro dos territórios da Lei de Zoneamento os seguintes fatores devem ser analisados:
Restrições do terreno na prefeitura;
Limitações de construção no local a ser construído;
Documentações da propriedade.
Relacionando a economia atual do País e o crescimento da valorização de imóveis, constatou-se que a valorização imobiliária aumentou em 30% no período de 12 meses até 2018, segundo a pesquisa do especialista Pedro Seixas Corrêa, Coord. Do MBA em Gestão de Negócios Imobiliários da Construção Civil e professor do FGV Management, por essa razão, o cliente proprietário deve estar atento quando na escolha da região a ser construída para que esta venha a ser valorizada ao longo dos anos.
 Segundo gráfico abaixo, em 10 anos o valor do m² aumentou significativamente em R$ 2.800,00. Segundo o economista Marcelo Scarcelli, “não existe investimento certo e errado, existe investimento melhor ou pior quando comparado exclusivamente entre eles”.
Gráfico 1: Crescimento do preço do m² ao ano
Fonte: (SCARCELLI, 2010)
É imprescindível levar em consideração a segurança do local no momento da escolha da localização, quanto menor o índice de violência maior a tranquilidade e qualidade de vida daqueles que frequentarão a edificação. Segundo pesquisas realizada pela Policia Militar de SP, os indicadores de violência se dividem em roubos, latrocínios, assassinatos, furtos e fraudes, observando os indicadores observamos que as áreas mais afastadas do centro da cidade de São Paulo possuem maiores indicadores de mortes, já em relação a roubos e furtos os indicadoresapontam que o centro da cidade é lugar onde há mais boletins de ocorrência registrados.
O mapa abaixo extraído pelo Jornal do estadão e tendo como base os dados fornecidos pelas Delegacias de Policia existentes na cidade indica as regiões mais perigosas de São Paulo.
Figura 2 – Mapa de Criminalidade Bairro a Bairro
Fonte: (Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo, 2017)
Outros fatores que devem ser analisados é se a restrições do terreno na prefeitura, se a limitações de construção no local a ser construído e as documentações da propriedade.
Documentação
Para início de qualquer construção, reforma ou demolição, é necessário ter conhecimento das características do projeto a ser construído ou reformado, em relação aos possíveis impactos ambientais gerados na execução, instalação e operação do empreendimento. Tais características são levantadas e argumentadas, de maneira mais expressiva, com a participação social na tomada de decisões, através de audiências públicas. Este processo faz-se necessário devido à verificação da necessidade do licenciamento ambiental.
O licenciamento ambiental de um empreendimento é fundamental no processo executivo, qualquer empreendimento que possa afetar diretamente ou indiretamente o meio ambiente é necessário obter a licença. 
Segundo o Artigo 58 do Regulamento da Lei nº 997/76 aprovado pelo Decreto nº 8.468/76 e alterado pelo Decreto nº 47.397/02 são sujeitas ao Licenciamento Ambiental (Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação) as seguintes atividades / empreendimentos:
“- Construção, reconstrução, ampliação ou reforma de edificação destinada à instalação de fontes de poluição;
- Instalação de uma fonte de poluição em edificação já construída;
- Instalação, ampliação ou alteração de uma fonte de poluição*.
Artigo 4 - São consideradas fontes de poluição todas as obras, atividades, instalações, empreendimentos, processos, dispositivos, móveis ou imóveis, ou meios de transportes que, direta ou indiretamente, causem ou possam causar poluição ao meio ambiente.
Parágrafo único - Para efeito da aplicação deste artigo, entende-se como fontes móveis todos os veículos automotores, embarcações e assemelhados, e como fontes estacionárias, todas as demais.
Artigo 2 - Considera-se poluição do meio ambiente a presença, o lançamento ou a liberação, nas águas, no ar ou no solo, de toda e qualquer forma de matéria ou energia, com intensidade, em quantidade, de concentração ou com características em desacordo com as que forem estabelecidas em decorrência desta Lei, ou que tornem ou possam tornar as águas, o ar ou solo:
I - Impróprios, nocivos ou ofensivos à saúde;
II - Inconvenientes ao bem-estar público;
III - Danosos aos materiais, à fauna e à flora;
V - Prejudiciais à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade. (Cetesb, 2009) ”
 Código de Obras	Comment by Roberto L. Antunes: descrever o contexto do código de obras para a preparação do terreno
Segundo o IBAM (Instituto Brasileiro de Administração Municipal), o Código de Obras, nada mais é do que “O instrumento que permite à Administração Municipal exercer o controle e a fiscalização do espaço edificado e seu entorno, garantindo a segurança e a salubridade das edificações”. O objetivo da linha de trabalho do IBAM é reforçar a importância deste instrumento para as prefeituras no sentido de assegurar melhor qualidade de vida para seus habitantes. 
“As diretrizes para construção, presentes no Código de Obras e Edificações, complementam-se e devem estar integradas com outros instrumentos urbanísticos, que por sua vez devem ser elaborados ou revisados para o efetivo controle da atividade edilícia no Município.” (INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL, [2017]).
Durante essa etapa, os principais conceitos são que garantem o conforto térmico, segurança, preservação de energia, segurança e disponibilidade de acessos especiais são definidos, o maior foco desse código se direciona para as pessoas portadoras de necessidades especiais ou mobilidade reduzida, onde sua finalidade é melhorar a qualidade de vida para as para todas pessoas, seja na área urbana ou rural do município. O código de obras é de suma importância para que edifícios educacionais, comerciais e hospitalares garantam a acessibilidade, descarte correto de resíduos e corrente de ventilação com variação entre municípios respeitando as normas técnicas para construção. Aprovações de projeto, licença para execução de obras também são definidos por esse código, nele estão definidos os procedimentos para aprovação dos projetos, licenças para execução das obras, fiscalização das obras e aplicação de multas em casos de descumprimento da lei. São necessários cuidados com a legislação urbana, plano diretor municipal e com as normas técnicas existentes para construção civil, pois, assuntos como Taxa de Ocupação e Coeficiente de Aproveitamento do lote, são essenciais para a criação de um projeto.
 Alvará de construção
O Alvará de Construção ou Alvará de Execução (nome pode variar dependendo da cidade), que nada mais é do que um documento emitido pelas prefeituras municipais atestando que o projeto de execução da obra está atendendo a legislação vigente e que existe um responsável técnico pela execução da obra. Este documento garante que a obra foi aprovada pelas autoridades técnicas do município em relação às questões urbanísticas legais, define um prazo e quem será o responsável por construir atendendo as questões de saúde, segurança e meio ambiente. Desta forma, o Alvará é fundamental, pois, sem ela, o projeto está sujeito a multas, correndo risco de possível paralisação. O proprietário também responde criminalmente se ocorrer alguma ocorrência desagradável como acidentes ou se prejudicar construções vizinhas.
Para obter o documento, é necessário ter conhecimento sobre o órgão responsável pela fiscalização de construções na cidade onde se localiza a obra. Sabendo que cada cidade tem uma hierarquia diferente, o órgão responsável pode ser a subprefeitura, secretaria regional, secretaria da habitação, departamento de planejamento, departamento de engenharia ou arquitetura. O proprietário do terreno e o responsável técnico pela execução da obra (engenheiro, arquiteto ou técnico de edificações), é que devem fazer o pedido de emissão munido dos documentos que o órgão solicita.
 O primeiro passo é apresentar na prefeitura o projeto arquitetônico. Cada prefeitura estabelece suas próprias regras para o projeto, porém, as exigências mais comuns para liberação são: 
Planta de locação da obra com os recuos do terreno;
Plantas baixas dos pavimentos; 
Planta de cobertura com caimento dos telhados;
Levantamento planialtimétrico do terreno;
Levantamento planialtimétrico do terreno; 
Plantas das fachadas; 
Tabelas com áreas de iluminação, ventilação e aproveitamento do terreno; 
Registro de responsabilidade técnica (RRT), no caso de o autor do projeto ser arquiteto; 
Anotação de responsabilidade técnica (ART), no caso de o autor do projeto ser engenheiro. Carimbo com informações sobre o terreno, proprietário e autor do projeto. 
Além disso, são exigidos documentos do proprietário os mais comuns são: RG e CPF dos proprietários, cópia da capa do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), cópia da escritura ou contrato de compra e venda do terreno, comprovante de pagamento da taxa para entrada no processo.
Em alguns casos, o terreno poderá estar situado em condomínio fechado, que implica que o mesmo deve atender as exigências do conjunto residencial. Já em situação em que o terreno faz parte de áreas de proteção ambiental ou locais tombados pelo Patrimônio Histórico, deve-se obter a autorização da Secretaria do Meio Ambiente e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Sabendo que o Alvará é um documento municipal, há a possibilidade de custos para emissão deste documento, através de taxas. Esta possibilidade varia de município para município, de gestãopara gestão, sabendo que tal custo pode não ser cobrado em um município, como em outro, poderá ter um valor exorbitante. Assim, é possível afirmar que não há um valor fixo para o Alvará de Construção no Brasil.
Sendo assim, o Alvará de Execução deve estar presente na obra, pois, o mesmo é necessário nas possíveis consultas dos agentes fiscalizadores, bem como, para demonstrar à população que o projeto cumpriu as prescrições legais, e que está de acordo com a regulamentação de seu município, especialmente o Código de Obras.
	 Habita-se
Também chamado de Auto de Conclusão da Obra ou Certificado de Conclusão da Obra, o Habita-se nada mais é do que uma certidão expedida pela Prefeitura atestando que o imóvel, residencial ou comercial, está pronto para ser habitado e que foi construído ou reformado conforme as exigências legais estabelecidas pelo município.
Na prática, o proprietário do imóvel (seja incorporadora, construtora ou pessoa física), faz a requisição perante o órgão competente da Prefeitura em que se estabelece a Obra, a qual deve providenciar uma vistoria no local, por intermédio de engenheiro civil para constatar se a construção erguida realmente reflete o projeto aprovado inicialmente. Este documento é o primeiro passo para a entrega de qualquer empreendimento, e sem ele, não há instalação de condomínio (pois se houver, será irregular), tampouco é possível providenciar a individualização da matrícula perante o cartório de registro de imóveis competente e muito menos obter a entrega das chaves.
A incorporadora ou construtora ao terminar uma obra deve cumprir uma série de requisitos antes da solicitação de expedição do auto de conclusão de obra ou “habite-se”, como, por exemplo, obter a documentação que demonstre a regularidade perante as concessionárias de energia elétrica e água. Também se faz necessária a obtenção do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), a cargo da Polícia Militar. Esse documento atesta que a construção possui as condições de segurança contra incêndio prevista pela legislação e estabelece um período de revalidação.
O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros é indispensável nos seguintes casos:
Construção e reforma;
Mudança da ocupação ou uso;
Ampliação da área construída;
Regularização das edificações e áreas de risco;
Construções provisórias (circos, eventos, etc.).
Após a solicitação de expedição do Cerificado de Conclusão da Obra, o “habite-se”, deve-se esperar pela vistoria no imóvel pelo agente público (Prefeitura) e se constatada alguma irregularidade, poderá resultar no indeferimento do pedido. O certificado tem o objetivo de atestar que a obra foi corretamente conduzida em atendimento à legislação em vigor, encontrando-se segura para ocupação dos futuros moradores, e com as instalações elétricas adequadas.
É importante que o profissional contratado para realizar a obra dê uma atenção especial nas características do terreno, o formato e propriedades do terreno afetam diretamente nos projetos a serem elaborados, como projetos arquitetônicos e estruturais.
Projeto	Comment by Roberto L. Antunes: Esta etapa deveria ser citada no início
Após a aquisição do terreno, é imprescindível a elaboração de um projeto por um engenheiro ou arquiteto, emissão de ART para a identificação do responsável técnico da obra. 
São diversos projetos que podem ser elaborados, cada caso especifico pode exigir um projeto especifico os projetos mais comuns e essenciais são:
- Projeto de aprovação legal: através dele que se atende as exigências do código de obras municipais, cada município tem sua regra, as exigências mais comuns são: taxa de ocupação, taxa de aproveitamento, área de permeabilidade, iluminação, ventilação e os recuos a serem utilizados na obra;
- Projeto executivo: esse projeto elaborado por um arquiteto credenciado no CAU serve como base para os demais, ele deve ser detalhado, deve apresentar materiais, cores, acabamentos, dimensionamentos, móveis, deve ser estudado a topografia, ventos, orientação solar, características do terreno;
- Projeto de fundações: logo após de realizarem a limpeza do terreno, um engenheiro geotécnico avalia as influencias das cargas que a construção irá exercer sobre o solo, através da sondagem do solo, avalia a resistência a compressão e todas as suas características, então é definido o tipo de fundação, o posicionamento e especifica a sua profundidade;
- Projeto estrutural: o projeto estrutural vai detalhar como deverá ser feita a estrutura da edificação, é o sistema que absorve a carga, que transfere para a fundação, que transfere para o solo;
- Projeto elétrico e hidráulica: no projeto de hidráulica é representado os sistemas de reservação, distribuição, coleta e destinação. Deve detalhar a distribuição de água fria, água quente, esgoto e drenagem de aguas pluviais. O projeto elétrico é detalhado as cargas de consumo que será usada na edificação, a quantidade de pontos de energia e tomadas, a quantidade de cabos nos ambientes.
Dependendo da complexidade da construção pode surgir a necessidade da elaboração de outros tipos de projetos como: Projeto urbanístico, Projeto de terraplanagem, Projeto de pavimentação, Projeto de formas, Projeto de impermeabilização, Projeto de instalações de incêndio, Projeto de instalações de gás, Projeto de ar condicionado, Projeto de reaproveitamento de águas pluviais, Projeto de detecção de alarme, Projeto de decoração, Projeto de paisagismo e outros. Com uma grande quantidade de projetos surge a necessidade de alinhar, propor uma conexão harmônica para que um não interfira nas atividades do outro. [2]
Logo após essas etapas, começam a iniciar as atividades no terreno. Mas antes de iniciar as obras, há uma série de coisas a serem feitas, a limpeza, remoção da vegetação existente, remoção de arvores se houver necessidade, movimentação de terra, murar e fazer a ligação de pontos de água e luz.
Início da obra
Delimitação e fechamento do terreno
É importante que o terreno esteja limpo para que possa serem feitas os estudos adequados do solo e enfim dar início às obras, então o primeiro passo é a remoção de vegetação e entulho, logo depois o terreno deve ser murado ou cercado. O local onde será construída a edificação deve ser marcada e estar muito bem identificada no terreno.
Essas etapas de limpeza, organização não tem só como objetivo adequá-lo ao projeto, mas também organiza-lo para definir onde será o canteiro de obra, um local de fácil acesso onde será armazenado o material e onde ficara os ramais e água e energia elétrica e deixa-lo adequado para que possa ser feita o estudo do solo.
Topografia
Então, pode-se afirmar que não é suficiente apenas verificar se o terreno está legal no sistema jurídico, ou se está em um ótimo local, é necessário levar em consideração as características do terreno, como topografia ou o tipo de solo.
O formato e topografia do terreno afetam diretamente no custo, tempo e estética da obra. De um modo geral, um terreno plano há características e condições para se obter uma obra mais econômica, assim como terrenos em aclive, declive ou com grau de inclinação da rua pode gerar custos elevados, há a necessidade de fazer movimentação de terra, fundações mais robustas e com custo mais elevado. 
 Tipos de terreno
Existem 3 tipos de terreno para construir, são eles o terreno plano, em aclive e em declive. O terreno plano é aquele que possuí um baixo grau de inclinação, a frente e o fundo do se encontra quase no mesmo nível. Nesse tipo de terreno há uma facilidade de acesso, a maquinário e escoamento de esgoto de chuva para a rede púbica, uma variedade maior de tipo de fundação que pode ser escolhida de acordo com o tipo de solo e nível do lençol freático. O terreno plano é o que apresenta melhores condições para uma obra mais econômica, pouca movimentação de terra e fundações de baixo custo como sapatas e radier.
Figura 03: Terreno plano
Fonte: (Terreno plano ou com desnível. Qual é melhor para construção?, 2018)
Construir quandose tem um terreno em aclive possibilita um destaque visual melhorado na construção, facilidade de acesso ao esgoto, a movimentação de terra nesse caso é um pouco mais arriscada, sem o auxílio de profissionais adequados pode haver deslizamento de terra, necessidade de fazer contenções e usar um tipo de fundação com um custo mais elevado. Terrenos onde o nível é mais alto que o nível da rua pode proporcionar um certo desconforto acústico, já que a edificação fica mais exposta a ruídos externos. Se exagerado o grau de inclinação do terreno, é necessário fazer cortes de terra em diversos níveis e nesses cortes acrescentar mais fundações.
Figura 04: Terreno em aclive
Fonte: (Solza, 2013)
No terreno declive o fundo do terreno é mais baixo que no nível da frente do terreno, dependendo do grau de inclinação não será possível a engrada de tratores, caminhões, se o orçamento da obra for baixo terá de movimentar de terra de forma manual. Há de se encontrar um problema na saída do esgoto e de água pluvial, se não houver alguma construção vizinha que posso escoar o esgoto e a água pluvial tem que usar formas alternativas para solucionar esse problema, como, fossa séptica ou bombear para a rede superior. Um terreno em declive pode apresentar um conforto acústico e proporcionar uma edificação com mais isolamento visual, bom para quem gosta de privacidade. 
De nenhuma maneira pode-se afirmar que a topografia desvaloriza o terreno, cada caso, cada projeto é uma situação, cabe ao engenheiro, arquiteto encontrar uma solução e fazer com que esse fator seja um diferencial na obra.
Figura 05: Terreno em declive
 Fonte: (Monteiro, 2015)
Laudo geológico do solo
Antes de começar as construções e antes mesmo até dos projetos deve ser feito a sondagem do solo para conhecer as características do solo, para saber quanto o solo existente consegue absorver de carga sem se deformar e o nível do lençol freático. Com ferramentas perfurantes o solo é escavado e através de metodologias técnicas padronizadas o mesmo é testado, só após essa etapa pode ser elaborado o projeto de fundação, que de acordo com a capacidade de absorção de carga que o solo tem e a topografia do terreno pode variar em fundações mais comuns e econômicas e fundações mais robustas com um custo mais elevado.
Tipos de solo
O solo arenoso, comum em grandes partes do nordeste e regiões litorâneas é composto por argila e areia sendo a maior parte dela cerca de 70% é areia. O solo arenoso é leve e bastante granuloso, em geral é um solo bastante poroso, suscetível a ações do lençol freático e das chuvas. Pela sua alta permeabilidade, a água percola com facilidade pelos grãos, tonando exposto a ações erosivas. Apesar de sua baixa ou nula coesão, o que o torna muito suscetível a erosões, construir em solos arenoso não é algo impossível. Esse tipo de solo requer uma atenção especial, nele deve ser analisado minunciosamente todas as características dessa camada e das demais camadas, afim de identificar a mais apropriada para receber a fundação. Há algumas limitações na escolha da fundação, fundações do tipo estaca escavada e tubulões a céu aberto sem fluído estabilizante em areia, não são indicadas por causa das erosões, nesse caso a melhor opção a ser usada seriam as fundações profundas, como, estacas cravadas. Essas características que podem se tornar um problema implicam em um custo maior na obra.
Figura 06: Solo arenoso
Fonte: (Agrishow, 2017)
O solo siltoso é um meio termo entre solo arenoso e argiloso, ele também possui bastante quantidade de areia. A água consegue percolar com facilidade entre os grãos, assim o silte se transforma em lama com mais facilidade e dificulta na construção das fundações. 
Cortes feitos em terreno siltoso não têm estabilidade prolongada, sendo vítima fácil da erosão e da desagregação, precisando mais de manutenção, mão de obra e cuidados para se manter. Nesse caso também é indicado identificas camadas mais apropriadas a receber fundações profundas, e um estudo minucioso do solo por questões de segurança.
Figura 07: Solo siltoso
Fonte: (Fábio, 2012)
O solo argiloso possui a granulométrica menor que dos solos arenosos e siltosos, assim, o solo argiloso possui como principais características, grande retenção de água, grande concentração de nutrientes, maior coesão, mais resistente a erosões sendo um dos preferidos para fundações. Nesse tipo de solo, dependendo do formato do terreno e do estudo feito para identificar a quanto o solo é resistente, é possível usar as fundações mais simples e as de baixo custo, como, os alicerces, sapadas, radier, bloco de concreto e outras fundações rasas. São situações que podem gerar menos gastos, serem feitas num menor espaço de tempo e se obtém ótimos resultados.
Figura 08: Solo argiloso
Fonte: (Tipos de solo existente, 2010)
Nivelamento do terreno	Comment by Roberto L. Antunes: também já foi referenciado...observar!
Após implementação e finalização da limpeza do terreno, dá-se inicio à etapa de terraplanagem que consiste basicamente em transformar o solo (ou determinado local) em um terreno plano.
O serviço de terraplanagem ou terraplenagem são mais requisitados em situações as quais as construções são submetidas a terrenos em declives e aclives, causando assim diversos problemas no momento da construção. 
A terraplanagem é um mecanismo simples para engenharia civil, consiste basicamente em retirar a terra de locais mais altos depositando-a na parte mais baixa do terreno, visando o objetivo de deixar plano. Aparentemente mostra-se ser um processo fácil, mas que envolve algumas análises bem complexas. Levando isso em consideração, é preciso consultar um profissional da área para avaliar o local e ver o que é possível ser feito. 
Para conseguir realizar a remoção e a realocação da terra são utilizadas maquinas de grande porte como, retroescavadeiras, pá carregadoras e tratores de esteira que conseguem realizar o serviço de nivelamento do solo de maneira mais eficiente e rápida comparada a um serviço manual. 
Projeto Geométrico e Geotécnico
O início do serviço é respaldado e orientado pelos projetos geométrico e o geotécnico. O projeto geométrico define linhas e cotas de terraplenagem, já o projeto geotécnico acompanha a exibição dos cálculos que definirão a execução da terraplenagem, as especificações técnicas e construtivas e o controle tecnológico .A evolução do trabalho varia de acordo com as características do terreno que vai ser trabalhado, os acessos a esse local, o tipo de contenção, desníveis a serem escavados, prazo de execução, equipamento utilizado e a eficiência do operador da máquina. As condições meteorológicas também são determinantes para a produtividade. 
Figura 09: Projeto Geométrico
Fonte: (Infraestrutura, 2015)
Figura 10: Projeto Geotécnico
Fonte: (Geotecnica, 2018)
Depois de ser feito o estudo, pode-se escolher o melhor método de terraplanagem para o local em questão, sendo esse por meio de escavação (quando a terra é apenas retirada do local), por aterramento (quando é preciso adicionar terra no terreno), por meio de drenagem (retirada de água do solo), por demolição (construção já existente ser derrubada gerando lugar para a nova edificação) e também por meio da compactação do solo (utilização de rolos compressores afim de gerar estabilidade do terreno). 
Figura 11: Área de corte e Aterro
(FSP, 2012)
O preço para se executar um serviço de terraplanagem varia muito de empresa para empresa, contando principalmente o serviços de maquinas que são cobrados por horas, outro valor importante que as empresas cobram é o valor por cada carga do caminhão para retirar a terra, ainda tem o valor do deposito da terra em que estava sendo retirado que seria em algum lugar autorizado pela prefeitura, mas esse ultimo item pode ser negociável se caso a empresa estivesse fazendo serviços para outras obras e precisem de terra para suprir a demanda, acontecendo isso este valor de depositar a terra em algum lugaraprovado pela prefeitura pode ser eliminado. 
Se uma terraplanagem for mal feita pode ter uma série de problemas, como erosão e deslizamento de terra, por isso é essencial ter uma mão de obra especializada no serviço e de confiança, porque é um serviço primordial para o inicio da construção do terreno.
 Ligações provisórias	Comment by Roberto L. Antunes: Tá muito grande...melhor sintetizar as informações
Ligações de Água
 
Para realizar a 1ª solicitação de água do local, deve-se seguir o passo a passo da concessionária que atende a região onde a obra se localiza. A concessionária instalará a Unidade de Medição de Água (UMA), que é composta por uma caixa metálica ou plástica e um dispositivo de medição. A Unidade de Medição de Água é facilmente encontrada em lojas e casas de materiais de construção, é necessário que seja instalada em substituição do abrigo de ligação e o registro de medição substituindo o cavalete. Antes de solicitar a ligação o usuário não deve violar o Selo de segurança da caixa uma, instalar a caixa UMA seguindo rigorosamente as instruções e após a instalação informar a Sabesp para que a Sabesp efetue a vistoria.
Condições necessárias para execução da ligação de água segundo empresa SABESP, responsável pelo abastecimento de água da cidade de São Paulo:
Terreno delimitado, cercado por muro, arames ou outros materiais, o tornando independente dos imóveis vizinhos e da via pública;
Imóvel em obra ou concluído;
Existência de rede no logradouro, em frente ao local da ligação;
Número do imóvel/placa afixada em local visível;
Acesso livre ao local de instalação da ligação;
Orçamento aprovado;
Caso o local possua rede de esgoto disponível e seja tecnicamente viável, deverá solicitar simultaneamente a ligação de esgoto, premissa para a execução do serviço. Informe-se sobre as condições para o seu imóvel em nossos canais de atendimento;
 A Sabesp não poderá efetuar a ligação se a área não for legalizada ou for de preservação ambiental e se a UMA não estiver instalada de acordo com as orientações fornecidas;
Se na primeira vistoria for constatado que a instalação está fora dos padrões estabelecidos, a segunda vistoria será cobrada;
Quando não houver condições técnicas para a instalação da UMA, o uso do cavalete será autorizado pelo técnico da Sabesp.
Se necessária mais de uma ligação solicite vistoria prévia da Sabesp para orientações.
(SABESP, 2018)
Ligação de Esgoto
A ligação de esgoto deve ser solicitada no momento da solicitação de ligação de água, ambos são tratados e fornecidos pela mesma concessionária, no caso da cidade de São Paulo a SABESP. Antes de solicitar a ligação de esgoto deve-se comprar uma caixa de retenção, cada ramo de atividade requer uma caixa de retenção específica pois o tipo de esgoto gerado difere de acordo com o tipo de estabelecimento. 
Ramos de atividade e suas respectivas caixas de retenção segundo concessionária SABESP:
Supermercados: retenção de gordura.
Shopping Center: retenção de gordura.
Restaurantes, lanchonetes, padarias e afins: retenção de gordura.
Postos de Gasolina, lava-rápido, oficina mecânica e afins: retenção de óleo e areia.
Lavanderias: retenção de felpas.
Hospitais, clínicas médicas, postos de saúde: retenção de gases, ataduras e de gordura (caso haja restaurantes nas instalações).
Marmoraria: retenção de pó de mármore.
Condições para solicitar a Ligação de Esgoto segundo concessionária Sabesp
A placa com o número do imóvel deve estar em local visível;
O acesso ao local deve estar livre;
Orçamento aprovado, se o serviço for pago.
O imóvel não poderá possuir débito com a Sabesp.
Caixa de inspeção ou terminal de acesso para limpeza, dentro dos limites do terreno.
Saída de manilha (tubo cerâmico ou PVC) com diâmetro de 100 mm, 4 polegadas ou diâmetro dimensionado.
Deixar a tubulação descoberta na soleira.
Soleira respeitando o desnível do terreno em relação à rede.
Não pode haver conexão de água de chuva, calha, etc. na rede coletora de esgotos.
(SABESP, 2018)
Ligação de Energia Elétrica
Para solicitar a ligação de energia, deve-se seguir o padrão atribuído pela concessionária local, no caso da cidade de São Paulo, a ELETROPAULO, onde é fornecido um material passo a passo contendo os pré-requisitos a ser realizados antes de solicitar a instalação.
A instalação deverá ser dimensionada conforme a caixa de energia a ser utilizada respeitando todas as normas da ABNT, utilizando a Tabela de Equipamentos para calcular a potencia em Watts necessária para a instalação da rede elétrica. 
O poste responsável pelo recebimento da energia (com a caixa de medidor, electrodutos, cabos e disjuntores devidamente instalados seguindo regras da ABNT) deverá estar previamente instalado por profissionais qualificados, sendo dimensionado de acordo com a carga que será aplicada, após isso a Concessionária deverá ser sinalizada para realização da vistoria e aprovação do Serviço.
Considerações finais
Com tudo após a realização das pesquisas foi verificado que a etapa de preparação de um terreno é uma parte essencial para que uma obra já comece de maneira correta, além disso para que uma obra saia como o previsto é preciso seguir as informações fornecidas neste atigo de forma correta. 
Concluímos que o inicio dos trabalhos se dá pela documentação, sendo necessário obter algumas aprovações juntamente a prefeitura para que os serviços sejam realizados, nessa etapa deve ser entregue um projeto arquitetônico para a aprovação.
Após as aprovações da prefeitura, é realizado os estudos necessários para se iniciar o projeto, esses estudos são de topografia, para verificação dos desníveis do terreno; sondagem, que verifica as características do solo,classificando ele entre, argiloso, siltoso ou arenoso.
A limpeza do terreno consiste na retirada de vegetação, entulho, lixos depositados no local e demolição de construção existente, lembrando que caso haja a existência de arvores nativas e seja prevista sua retirada é necessário que a prefeitura autorize sua remoção. Durante a terraplanagem é verificado se há necessidade de movimentação de terra, seja para corte ou aterro, afim de regularizar e nivelar o terreno de acordo com o necessário. Entre a finalização das etapas citadas acima e o inicio da obra, as ligações provisórias devem ser instaladas seguindo todos os padrões exigidos pelas concessionárias. Foi verificado que a preparação do terreno para a construção necessita de profissionais qualificados para que a edificação a ser construída não seja futuramente afetada.
 
Bibliografia	Comment by Roberto L. Antunes: Numerar na sequência

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