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Aula_4_Ciclo_Menstrual_e_avali

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SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
 
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
 
 
A pituitária (hipófise) anterior das meninas, como a dos meninos, não secreta 
praticamente nenhum hormônio gonadotrópico até a idade de 10 a 14 anos. Entretanto, 
por essa época, começa a secretar dois hormônios gonadotrópicos. 
No inicio, secreta principalmente o hormônio foliculo-estimulante (FSH), que inicia a 
vida sexual na menina em crescimento; mais tarde, secreta o harmônio luteinizante 
(LH), que auxilia no controle do ciclo menstrual. 
Hormônio Folículo-Estimulante: causa a proliferação das células foliculares ovarianas e 
estimula a secreção de estrógeno. 
 
Hormônio Luteinizante: aumenta ainda mais a secreção das células foliculares, estimulando 
a ovulação. 
Hormônios Sexuais Femininos 
 
 
Os dois hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona, são responsáveis pelo 
desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual. 
 
Esses hormônios são compostos esteróides, formados principalmente por colesterol. 
 
Os estrogênios são, realmente, vários hormônios diferentes chamados estradiol, 
estriol e estrona, mas que têm funções idênticas e estruturas químicas muito 
semelhantes. Por esse motivo, são considerados juntos, como um único hormônio. 
Funções do Estrogênio: 
 
o estrogênio induz a proliferação celular de muitos locais do organismo feminino. 
 
Musculatura lisa do útero, aumenta tanto que o órgão, após a puberdade, chega a 
duplicar ou, mesmo, a triplicar de tamanho. 
 
Aumento da vagina e o desenvolvimento dos lábios que a circundam, faz o púbis se 
cobrir de pêlos, os quadris se alargarem e o estreito pélvico assumir a forma ovóide, em 
vez de afunilada como no homem; provoca o desenvolvimento das mamas e leva o 
tecido adiposo a concentrar-se, na mulher, em áreas como os quadris e coxas, dando-lhes 
o arredondamento típico do sexo. 
 
Todas as características que distinguem a mulher do homem são devido ao 
estrogênio. 
 
O estrogênio tem efeitos muito importantes no revestimento interno do útero, o 
endométrio, no ciclo menstrual. 
Funções da Progesterona: 
 
A progesterona tem pouco a ver com o desenvolvimento dos caracteres sexuais 
femininos; está principalmente relacionada com a preparação do útero para 
a aceitação do embrião e à preparação das mamas para a 
secreção láctea. 
 
Em geral, a progesterona aumenta o grau da atividade secretória das glândulas 
mamárias e, também, das células que revestem a parede uterina, acentuando o 
espessamento do endométrio e fazendo com que ele seja intensamente invadido por 
vasos sangüíneos; determina, ainda, o surgimento de numerosas glândulas produtoras 
de glicogênio. Finalmente, a progesterona inibe as contrações do útero e impede a 
expulsão do embrião que se está implantando ou do feto em desenvolvimento. 
CICLO MENSTRUAL 
 
O ciclo menstrual na mulher é causado pela secreção alternada dos hormônios 
folículo-estimulante e luteinizante, pela pituitária ou (hipófise anterior) ou 
(adenohipófise), e dos estrogênios e progesterona, pelos ovários. 
 
O ciclo de fenômenos que induzem essa alternância tem a seguinte explicação: 
 
1. No começo do ciclo menstrual, isto é, quando a menstruação se inicia, a hipófise 
anterior secreta maiores quantidades de hormônio folículo-estimulante juntamente 
com pequenas quantidades de hormônio luteinizante. Juntos, esses hormônios 
promovem o crescimento dos folículos nos ovários e acarretam uma secreção 
considerável de estrogênio (estrógeno). 
 
2. Acredita-se que o estrogênio tenha, então, dois efeitos seqüenciais sobre a 
secreção da hipófise anterior. 
 
Primeiro, inibiria a secreção dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante, 
fazendo com que suas taxas declinassem a um mínimo por volta do décimo dia do 
ciclo. 
Depois, subitamente a hipófise anterior começaria a secretar quantidades muito 
elevadas de ambos os hormônios mas principalmente do hormônio luteinizante. É 
essa fase de aumento súbito da secreção que provoca o rápido desenvolvimento final 
de um dos folículos ovarianos e a sua ruptura dentro de cerca de dois dias. 
 
 
3. O processo de ovulação, que ocorre por volta do décimo quarto dia de um ciclo 
normal de 28 dias, conduz ao desenvolvimento do corpo lúteo ou corpo amarelo, que 
secreta quantidades elevadas de progesterona e quantidades consideráveis de 
estrogênio. 
 
 
 
4. O estrogênio e a progesterona secretados pelo corpo lúteo inibem novamente a 
hipófise anterior, diminuindo a taxa de secreção dos hormônios folículo-estimulante e 
luteinizante. Sem esses hormônios para estimulá-lo, o corpo lúteo involui, de modo 
que a secreção de estrogênio e progesterona cai para níveis muito baixos. É nesse 
momento que a menstruação se inicia, provocada por esse súbito declínio na secreção 
de ambos os hormônios. 
 
 
 
5. Nessa ocasião, a pituitária anterior, que estava inibida pelo estrogênio e pela 
progesterona, começa a secretar outra vez grandes quantidades de hormônio folículo-
estimulante, iniciando um novo ciclo. Esse processo continua durante toda a vida 
reprodutiva da mulher. 
Caso clínico: determinada mulher, com ciclo menstrual regular de 28 dias, resolveu iniciar 
um relacionamento íntimo com seu namorado. Como não planejavam ter filhos, optaram 
pelo método da tabelinha, onde a mulher calcula o período fértil em relação ao dia da 
ovulação. Considerando que a mulher é fértil durante aproximadamente nove dias por 
ciclo e que o último ciclo dessa mulher iniciou-se no dia 22 de setembro de 2011, calcule 
seu período fértil. 
Resposta: Considerando o primeiro dia do ciclo como 22 e que seu ciclo é de 28 dias, 
temos: 
 
 
22 23 24 25 26 27 28 29 30 
[01 02 03 04 05 06 07 08 09] 
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 
 
 
Menstruará novamente no dia 20/10 (n). Ocorrendo a ovulação 14 dias ANTES da 
menstruação, esta se dará no dia 05/10 (considerando a fórmula n - 14, teremos: 19 - 
14 = 5, ou seja, dia 05 será seu provável dia de ovulação). Como seu período fértil 
aproximado localiza-se 4 dias antes e 4 dias após a ovulação, então o início dos dias 
férteis será 01/10 e o término, 09/10. 
Como é comum em algumas mulheres uma pequena variação no tamanho do ciclo 
menstrual, o cálculo para o período fértil deverá compreender o ciclo mais curto e o 
mais longo. 
 
Neste caso, primeiramente a mulher deverá anotar o 1° dia da menstruação durante 
vários meses e calcular a duração de seus ciclos (cada um deles contado do primeiro dia 
da menstruação). A partir daí, deverá proceder da seguinte forma para calcular o 
período fértil: 
 
subtrair 14 dias do ciclo mais longo (dia da ovulação); 
subtrair pelo menos 3 dias do dia da ovulação do ciclo mais curto e somar 3 dias ao dia da 
ovulação do ciclo mais longo. 
 
Caso clínico: suponha que o ciclo mais curto da mulher exemplificada anteriormente 
tenha sido de 26 dias e o mais longo, de 30 dias. O cálculo do período fértil será feito 
assim: 
subtraindo 14 dias do ciclo mais curto: 26 - 14 = 12 a ovulação deverá ter ocorrido no 
12° dia do ciclo mais curto; 
subtraindo 14 dias do ciclo mais longo: 30 - 14 = 16 a ovulação deverá ter ocorrido no 
16° dia do ciclo mais longo; 
 
OBSERVAÇÃO: os cálculos acima só funcionam para mulheres com ciclos regulares (ou 
que sofrem apenas pequenas variações nos ciclos). 
O ciclo menstrual pode ser dividido em 4 fases: 
 
Fase menstrual: corresponde aos dias de menstruação e dura cerca de 3 a 7 dias, 
geralmente. 
 
Fase proliferativa ou estrogênica: período de secreção de estrógeno pelo folículo 
ovariano, que se encontra em maturação. 
 
Fase secretora ou lútea: o final da fase proliferativa e o início da fase secretora é 
marcado pela ovulação.Essa fase é caracterizada pela intensa ação do corpo lúteo. 
 
Fase pré-menstrual ou isquêmica: período de queda das concentrações dos hormônios 
ovarianos, quando a camada superficial do endométrio perde seu suprimento sangüíneo 
normal e a mulher está prestes a menstruar. Dura cerca de dois dias, podendo ser 
acompanhada por dor de cabeça, dor nas mamas, alterações psíquicas, como 
irritabilidade e insônia (TPM ou Tensão Pré-Menstrual). 
Citologia Hormonal 
 
Com certas limitações, o Papanicolau estabelece o status hormonal e a função ovariana 
da puberdade até a menopausa. A avaliação hormonal é baseada nas influências dos 
hormônios sobre o epitélio escamoso não queratinizado que reveste a porção 
intravaginal do colo e a vagina. 
 
O ESTROGÊNIO favorece o crescimento e maturação do epitélio, resultando num 
esfregaço citológico rico em células superficiais (núcleo picnótico e eosinofilia em 80% 
da lâmina). 
 
A PROGESTERONA, tem uma ação de maturação fraca, resultando num esfregaço com 
células intermediárias, cianófilas, agrupadas e com membranas dobradas. 
 
 
A ausência desses hormônios leva a uma acentuada redução do nível de maturação do 
epitélio escamoso (atrofia). 
PADRÕES HORMONAIS FISIOLÓGICOS 
 
Exame citopatológico do recém-nascido: 
Os esfregaços vaginais são um espelho da atividade hormonal materna. 
São compostos por células escamosas superficiais e intermediárias. 
 
 
Exame citopatológico na infância: 
Este período começa com a perda de influência hormonal materna e termina com a 
puberdade. A completa privação hormonal materna promove uma predominância de 
células parabasais, semelhante ao observado na menopausa. 
 
 
Exame citopatológico na puberdade: 
Com o início da puberdade há um aumento de estrogênios circulantes e sinais 
citológicos de maturidade representada em princípio por células intermediárias e, 
finalmente, células superficiais eosinofílica. 
 
A principal indicação para o estudo dos aspectos citológicos de uma menina é a 
presença de infecções vaginais (Tricomoníase) ou presença de tumores ovarianos 
produtores de hormônios. 
 
 
Ciclo Menstrual nos Esfregaços Cervico-vaginais: 
 
• Período Menstrual (1º ao 5º dia): 
Durante o sangramento, os esfregaços contêm sangue, células intermediárias, detritos 
celulares, raras células basais e parabasais. Presença de eritrócitos e leucócitos. 
• Fase Estrogênica - Proliferativa (6º ao 14º dia): 
No início da fase estrogênica, os esfregaços contém predominantemente células 
escamosas intermediárias em agrupamentos e por células superficiais dispersas. 
 
Com o passar dos dias, as células escamosas superficiais tornam-se mais numerosas, os 
eritrócitos, os leucócitos e os macrófagos, facilmente observados no início desta fase, 
tornam-se cada vez mais raros, e finalmente, desaparecem. 
 
Na fase ovulatória , de 11 a 15 caracteriza-se pela presença de Leucócitos e flora 
bacteriana. Há um predomínio de células superficiais, com grânulos ocasionais ao redor do 
núcleo e picnóticos. As células tendem a ser organizadas isoladas. Pouco antes ou 
coincidente com a ovulação o muco é abundante. 
 
• Fase Progestacional - Secretora (16º ao 28º dia): 
Redução progressiva na proporção de células superficiais, sendo essas substituídas 
por células intermediárias com citoplasma pregueado, os leucócitos passam a ser 
numerosos, nos últimos dias do ciclo, as células intermediárias predominam e formam 
uma lâmina ou agrupamentos de células com citoplasma pregueado. 
É comum o encontro de citólise ocasionada por lactobacilos, núcleos nus e detritos 
citoplasmáticos, acompanhados por um número cada vez maior de leucócitos dão ao 
esfregaço aspecto “sujo”. 
Citologia da gravidez. 
 
Durante a gravidez, a citologia vaginal deixa de apresentar modificações cíclicas. 
 
Nas 6 primeiras semanas de gravidez, os esfregaços apresentam um aspecto pré-
menstrual. 
 
O padrão citológico clássico do esfregaço gestacional, composto por lâminas de células 
intermediárias, acompanhadas por numerosas células naviculares, lactobacilos e citólise. 
 
Em geral, o exame de gravidez é caracterizado pelo predomínio de células intermediárias, 
organizadas em grupos muito compactos e uma quantidade variável de células navicular. 
 
A presença de células navicular nem sempre é diagnóstico de gravidez e pode ser 
encontrada em ciclos menstruais normais, menopausa, e situações que ocorrem à 
diminuição de estrogênio ou de aumento de progesterona. 
 
As células intermediárias são ricas em glicogênio e, portanto, predispostos a serem 
lisadas por bacilos Döderlein. 
 
Qualquer alteração na população de células pode indicar um sinal de alerta. Assim, uma 
aumento de mais de 10% do índice eosinofilia ou cariopicnose, associado ao 
desaparecimento das células navicular pode sugerir uma ameaça de aborto. 
Puerpério. 
Após o parto, o aspecto do esfregaço cérvico-vaginal altera-se rapidamente. 
Desaparecem as células naviculares e a citólise surgindo um quadro de atrofia em um 
esfregaço composto por células parabasais e intermediárias. 
 
A atrofia pode persistir durante a lactação; caso contrário ela desaparecerá 
progressivamente com o reinício da atividade menstrual regular. 
Citologia da menopausa. 
 
Imagens citológicas da menopausa variam amplamente. 
Esta variabilidade depende principalmente da quantidade de estrógeno secretado pelo 
ovario. 
O início da menopausa é gradual e prolongada-se em tempo. A diminuição da atividade 
estrogênica está associada com uma diminuição das células de superfície e um 
predomínio de células intermediárias. 
A depressão moderada da atividade estrogênica promove uma diminuição das células 
intermediárias e o aumento de parabasais. 
A ausência de atividade estrogênica produz um esfregaço atrófico. Em geral, esfregaços 
atróficos mostrar um fundo sujo com uma clara predominância de células parabasais 
dispostos isoladamente ou em folhas de tamanhos variados. 
ÍNDICES DE AVALIAÇÃO HORMONAL 
 
Índice Cariopicnótico (Ferin) 
Percentual de células poligonais com núcleo pyknotic independentemente da coloração 
do citoplasma. Este índice deve ser executada em um mínimo de 300 células. 
 
Índice de Eosinofilia (Lichtwitz) 
Percentual de células eosinofílicas, sem levar em conta o aspecto do núcleo. Também 
será estabelecido em um mínimo de 300 células. 
 
Índice de dobramento (Wied) 
Relação entre células maduras dobradas e estendidas sem ter em conta a coloração ou o 
aspecto nuclear. 
 
Índice de maturação (Frost) 
Percentual de células profundas (basais e parabasais), intermediárias e superficiais. É 
expressa em três dígitos consecutivos da esquerda para a direita, que representa o 
percentual de células profundas, intermediárias e superficiais, respectivamente. 
A taxa de maturação de Frost é o mais comumente usado.

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