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Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Profº Wallace Pacienza Lima, PhD. Wallaceplima@hotmail.com 1 Disciplina: Citologia Hormonal e Oncótica Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia DST Doenças Sexualmente Transmissíveis Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Importante problema de saúde pública Mudança do comportamento sexual (difícil) Poucas vacinas disponíveis Portadores assintomáticos; período de incubação (transmissão) DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVÉIS DST: possibilidade de infecção múltipla! Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS - DST BACTÉRIAS Neisseria gonorrhoeae: Gonorréia Treponema pallidum: Sífilis Haemophilus ducreyi: Cancróide ou Cancro Mole Chlamydia trachomatis (sorotipos D-K): Uretrite Não-gonocóccia (UNG) Ureaplasma urealyticum: UNG Mycoplasma hominis e M. genitalium: UNG Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Uretrite por Clamídia Cancro mole, por H. ducreyi Cancro duro, por T. pallidum Uretrite por N. gonorrhoeae Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia BACTÉRIAS Chlamydia trachomatis (sorotipos L1, L2, L3): Linfogranuloma Venéreo (doença sistêmica) Calymatobacterium granulomatis: Granuloma Inguinal (donovanose) Gardnerella vaginalis, Mobiluncus, M. hominis e anaeróbios: Vaginose (primária na mulher) Corrimento vaginal fétido pH vaginal > 4,5 Presença de “clue cells” (células guia) Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Células guia: Vaginose Linfogranuloma venéreo, por C. tracomatis Granuloma inguinal, por C. granulomatis Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia VÍRUS Herpes simples tipos 1 e 2 (HSV): Herpes Genital Vírus da Hepatite B (HVB): Hepatite, Hepatocarcinoma Vírus do Papiloma Humano (HPV) tipos 6 e 11: 90%, Verrugas Genitais (condiloma acuminado) Vírus do Papiloma Humano (HPV) tipos 16 e 18: 70%, Câncer do Colo Uterino Vírus da Imunoeficiência Humana (HIV): AIDS PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS - DST Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia PROTOZOÁRIOS Trichomonas vaginalis: Vaginite, Uretrite FUNGOS Candida albicans: Vaginite (primária), Balanite ARTRÓPODES Sarcoptes scabiei: Escabiose Genital Pediculus pubis: Pediculose Genital PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS - DST Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia DST - Sintomas Presença de corrimento: Gonorréia Uretrite não gonocócica Tricomoníase Candidíase Vaginose (cheiro de “peixe’) Presença de úlceras (aumentam risco de aquisição): Sífilis Cancro mole Linfogranuloma venéreo Granuloma inguinal Herpes Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Assintomáticos: Gonorréia UNG (clamídia) Tricomoníase Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia DST - Transmissão Transfusão T. pallidum HIV HBV Fômites HPV* (sauna, toalhas, banheiros) HBV*, HIV (seringas, tatuagens, alicates) Trichomonas (sauna, toalhas, banheiros) Phthirus pubis * Vacinas disponíveis Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Congênita (via placenta ou canal do parto) Sífilis (Qualquer fase da gestação, especialmente no 1º trimestre) Gonorréia (oftalmite neonatal), Clamídia (conjuntivite, pneumonia) HIV, HBV, Herpes DST - Transmissão Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 14 SÍFILIS Treponema pallidum Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia SÍFILIS A Sífilis ainda é uma importante DST, embora seja menos frequente Sequelas graves (cegueira, paralisia, doenças cerebrais e cardiovasculares) Risco de infecção congênita Morte intra-uterina Anomalias congênitas que podem se manifestar no momento do parto (1º ao 3º mês) Infecção silenciosa, que pode não ser aparente até o 2º ano de vida (deformações faciais e dentárias). Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia *Cancro: Nem todos pacientes passam pelos 3 estágios. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia SÍFILIS - Diagnóstico T. pallidum: não cultivável em meio de cultura artificial Células não coradas pelo Gram (0,2 mm) Diagnóstico baseado em: Microscopia (detecção do microrganismo) • Campo escuro, Fontana Tribondeau, Imunofluorescência Sorologia (detecção de anticorpos em soros de pacientes) • Testes Não-treponêmicos e Treponêmicos Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia SÍFILIS - Diagnóstico Evidenciação do T. pallidum nas lesões Microscopia e PCR Material clínico: material de cancro, nas lesões cutâneas e mucosas ou secreção nasofaríngea Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia SÍFILIS Cancro duro Lesão única, indolor – Sífilis primária Lesões cutâneas – Sífilis secundária Sífilis congênita Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia SÍFILIS - Diagnóstico Sorologia TESTES NÃO TREPONÊMICOS: não específicos Antígeno: cardiolipina • Possibilita a detecção de anticorpos anti lipídeos, formados em resposta à liberação de material lipóide, pelas células danificadas pela infecção ou a lipídeos da superficie do T. pallidum. VDRL (Laboratório de Pesquisa de Doença Venérea) RPR (teste Rápido de Reagina Plasmática) Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia SÍFILIS - Diagnóstico VDRL Teste de microfloculação em lâmina Antígeno: suspensão de cristais de colesterol revestidos de cardiolipina RPR Teste de floculação em cartão Antígeno: partículas de carvão revestidas de cardiolipina São utilizados para controle do tratamento Testes de triagem: alta sensibilidade, simples execução, rápidos e de baixo custo Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia SÍFILIS - Diagnóstico Sorologia TESTES TREPONÊMICOS: específicos (confirmatórios) Antígeno: T. pallidum ou seus antigenos (testículos de coelhos infectados) MHA (Micro-hemaglutinação): antígenos da bactéria ligados a hemácias FTA-ABS (Absorção de Anticorpo Treponêmico Fluorescente): T. pallidum fixado em lâmina de microscopia Não podem ser utilizados para controle do tratamento! Mais sensíveis para diagnóstico de sífilis tardia. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Micro-hemaglutinação FTA-ABS SÍFILIS - Diagnóstico Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 24 GONORRÉIA Neisseria gonorrhoeae Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Gonorréia Causada pela espécie bacteriana Neisseria gonorrhoeae A mulher tem 50% de chance de ser infectada, após um único intercurso com um homem infectado Homem tem 20% de chance de adquirir infecção de uma mulher Infectada Indíviduos assintomáticos (geralmente mulheres) principais reservatórios Infecção pode ser transmitida durante o parto: oftalmite neonatal Normalmente a infecção é localizada, mas pode haver disseminação para outras partes do corpo. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Gonorréia Diplococos Gram negativos Corrimentopurulento Oftalmite neonatal Artrite séptica Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Gonorréia Gênito-urinária Sexo Masculino: uretrite Complicações: infecção crônica da próstata, estreitamento uretral, esterilidade Sexo Feminino: uretrite, cervicite Complicações: endometrite, infecção das tubas e ovários, Doença Inflamatória Pélvica (DIP), esterilidade Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Gonorréia Extra Genitais Localizadas: Faringite Conjuntivite do neonato Proctite Generalizadas (mais comum nas mulheres) Artrite Endocardite Infecção cutânea Meningite Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Gonorréia - Diagnóstico Materiais Clínicos: Secreções (uretral, endocervical, prostática, retal, orofaringe, conjuntival) Urina (1º jato) Esperma Sangue Líquido sinovial Cuidados: NÃO REFRIGERAR! Não utilizar swabs de algodão (dracon ou rayon) Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Gonorréia - Diagnóstico Exame clínico: outras DST apresentam sintomas semelhantes (Chlamidia, Trichomonas) Esfregaço corado pelo Gram e Microscopia Secreção uretral masculina: 95% de sensibilidade e especificidade Secreção vaginal ou endocérvix: 50% sensibilidade e baixa especificidade (microrganismos da microbiota apresentam morfologia semelhante). Cultura: agar Thayer Martin (agar chocolate adicionado de antibióticos). Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Colônias de N. gonorrhoeae em Thayer Martin Gonorréia - Diagnóstico Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Gonorréia - Tratamento Cefalosporinas ou quinolonas (resistência à penicilina) Co-infecção com Clamídia frequente: acrescentar tetraciclina ou doxiciclina no tratamento Clamídia: diagnóstico através de cultura de células, imunoensaios, métodos moleculares. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 33 CANCRO MOLE Haemophilus ducreyi Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia • Chamado de cancro venéreo simples ou cancroide. • Doença infectocontagiosa, essencialmente de transmissão sexual. • Geralmente localizada na genitália externa, às vezes na região anal. • bastonete Gram-negativo. • Predomina no sexo masculino, numa proporção de 20 a 30 casos masculinos para 1 feminino, sendo que a mulher muitas vezes portadora assintomática. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Transmissão O Cancro Mole transmite-se de pessoa para pessoa durante sexo anal, oral ou vaginal. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia • Cultura – É o método diagnóstico mais sensível, porem de difícil realização em vista das características do bacilo. • PCR – É o padrão-ouro, embora ainda de custo elevado, apenas disponível em alguns laboratórios de referência, para pesquisa. • Biópsia – Não é recomendada, pois não confirma a doença. Diagnóstico Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Cancro sifilítico Cancro mole Período de incubação longo (21 a 30 dias) Período de incubação curto (1 a 4 dias) Geralmente lesão única Geralmente lesões múltiplas Erosão/Exulceração Ulcerações Borda em rampa Borda talhada a pique Fundo limpo e liso Fundo sujo, purulento e anfractuoso. Indolor Doloroso Base dura Base mole Involui espontaneamente sem deixar cicatriz. Não involui espontaneamente e cura com sequelas. Adenopatia constante, indolor, múltipla, dura e aflegmásica. Adenopatia em 30 a 50% dos casos, dolorosa, unilateral, supurativa, fistulizante. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Tratamento Terapêutica sistêmica : *Azitromicina 1g VO, dose única *Ceftriaxona 250mg IM, dose única *Eritromicina 500mg VO de 6/6 h, por 7/10 dias *Tetraciclina 500mg VO de 6/6 h, por 7/10 dias *Dixiciclina 100mg VO de 12/12 h, por 7/10 dias Cuidados locais, como a lavagem frequentemente com água e sabão , o paciente deverá ser reexaminado sete dias após o início da terapia . Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Herpes e Hepatite B Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Herpes Simples - labial • A doença é causada por um vírus, HSV-1 (Vírus Herpes Humano). • Caracterizada pelo aparecimento de pequenas bolhas agrupadas nos lábios. • A transmissão se dá pelo contato pelas lesões de indivíduos infectados. O vírus pode permanecer latente no organismo e provocar reincidentes lesões de tempos em tempos. • Não tem cura mas, existem medicamentos antivirais que ajudam a diminuir o período de evolução da crise herpética e os sintomas. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Herpes simples - Genital Causas: • O vírus do herpes simples tipo 2 (HSV-2) origina a maioria dos casos de herpes genital. • É uma infecção transmitida sexualmente que afeta a pele ou as membranas mucosas dos genitais. • O herpes é mais comumente transmitido pelo contato com a pele de uma pessoa infectada que tem lesões visíveis, bolhas ou erupções (uma crise ativa), mas também pode-se contrair herpes pelo contato com a pele de uma pessoa infectada quando NÃO há lesões visíveis (e a pessoa pode nem saber que está infectada) ou pelo contato com os fluidos da boca (saliva) ou da vagina de uma pessoa infectada. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Sintomas: • Muitas pessoas nunca têm lesões, ou apresentam sintomas muito moderados que podem ser confundidos com outros problemas de saúde. • Aparição de pequenas bolhas doloridas cheias de fluido transparente ou cor de palha. • Uma vez que uma pessoa é infectada, no entanto, o vírus se esconde nas células nervosas e permanece no corpo. Pode permanecer "dormente" por um longo período (chamado de latência). A infecção pode se reativar ou piorar a qualquer momento. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Tratamento: • O herpes genital não pode ser curado. • Os medicamentos antivirais podem aliviar a dor e o desconforto durante uma crise, curando as lesões com maior rapidez. • Os mais comuns incluem aciclovir, famciclovir e valaciclovir. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Hepatite B • A hepatite B é a irritação e inchaço (inflamação) do fígado devido à infecção pelo vírus da hepatite B (HBV). • A infecção pode ser transmitida através de: .Transfusão de sangue .Acidentes em laboratórios, hospitais. .Relação sexual com uma pessoa infectada .Tatuagens ou acupuntura com agulhas ou instrumentos contaminados .Agulhas compartilhadas durante a utilização de drogas .Itens pessoais compartilhados com alguém já infectado (lâminas de barbear e cortadores de unhas) • O vírus da hepatite B poderá ser passado para um bebê durante o parto se a mãe estiver infectada. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Sintomas: • Logo que uma pessoa é infectada com o vírus da hepatite B: .Ela pode não apresentar sintoma algum .Pode sentir-se doente por alguns dias ou semanas .Pode sentir-se muito doente (chamada hepatite fulminante) • Após serem infectadas, seus sintomas podem demorar até 6 meses para aparecerem. • Algumas pessoas não conseguem se livrar completamente da infecção da hepatite B. Nesse caso, é chamada de hepatite B crônica. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Diagnostico: • Anticorpo para o HBsAg (antiHBs)• Anticorpos para antígeno core da hepatite B (Anti-HBc) • Antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg) • Antígeno de superfície da hepatite E (HBeAg) • Um paciente com hepatite crônica precisa de exames de sangue constantes para controlar seu estado. • Existem exames para identificar e monitorar os danos causados no fígado. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Tratamento • A hepatite B tem cura quando ela é classificada como hepatite B aguda. Já a hepatite B crônica não tem cura. • Muitos pacientes curam-se sozinhos, sem a necessidade de tratamentos específicos. As próprias células de defesa do organismo conseguem combater o vírus e eliminar a doença. Durante 6 meses o paciente deverá ter alguns cuidados com a alimentação, não beber bebidas alcoólicas, evitar fazer esforços, hidratar-se corretamente e se sentir-se mal poderá recorrer ao uso de analgésicos. • Mas existem alguns pacientes em que o próprio organismo não consegue combater o vírus da hepatite B e estes desenvolvem a hepatite B crônica, necessitando de um tratamento mais específico. Estes poderão tomar medicamentos como o Interferon e Entecavir, entre outros por toda a vida. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia • Complicações: . Carcinoma hepatocelular . Hepatite crônica persistente .Cirrose .Hepatite fulminante, que pode levar à insuficiência hepática. • Prevenção: .Vacinação . Uso de preservativo . Evitar compartilhar objetos • Porém, não pode ser transmitido pelo contato casual, como mãos dadas, partilha de talheres ou copos, beijo, abraço, tosse ou espirro. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia HIV Uma das Mazelas do Século XX Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia HIV X AIDS Qual a diferença? O iniciais HIV significam Human Immunodeficiency Virus Ele afeta os seres humanos destruindo o sistema imunológico; É um vírus, o que significa que pode ser transmitido de pessoa para pessoa; AIDS As iniciais AIDS significam Acquired Immune Deficiency Syndrome O sistema imunológico do organismo foi danificado, resultando em uma série de infecções ou sintomas, que variam de pessoa para pessoa; O HIV é o vírus que causa a AIDS. Nem todos que têm o HIV têm AIDS, mas todos os que têm AIDS têm o HIV. O HIV leva à AIDS quando o sistema imunológico fica tão fraco, que o organismo contrai várias infecções, tais como a tuberculose e o cobreiro. Estas são chamadas de “infecções oportunistas”, porque usam a oportunidade que o HIV oferece para infectar o organismo tais como perda de peso, tumores no cérebro, perda de peso entre outras. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia CARACTERÍSTICAS MORFOLOGICAS E ESTRUTURAIS Envelope Glicoproteolipídico esférico; Espículas glicoprotéicas: gp120 e gp41; Diâmetro Viral: cerca de 100 nm; Core Viral cilíndrico; RNA; Principais Enzimas Virais: Transcriptase Reversa, Protease e Integrase. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia REPLICAÇÃO VIRAL O HIV (Vírus Imunodeficiência Humana) atinge o sistema imunológico, normalmente responsável pela proteção do organismo contra infecções; Células “alvo” do HIV: todas que contém CD4+: principalmente os Linfócitos T; Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia TRANSMISSÃO As principais formas de transmissão do HIV são: Sexual Sanguínea Vertical Além dessas formas, mais frequentes, também pode ocorrer a transmissão ocupacional. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 1- INFECÇÃO AGUDA • A infecção aguda, também chamada de síndrome da infecção retroviral aguda ou infecção primária, ocorre em cerca de 50% a 90% dos pacientes; •O tempo entre a exposição e os sintomas é de cinco a 30 dias; •Viremia elevada; •Sintomas de infecção viral: Febre Fadiga Exantema Cefaléia Linfadenopatia Faringite Mialgia e/ou Artalgia Náusea, Vômito e/ou Diarréia Suores noturnos Entre outros. •Os sintomas duram, em média, 14 dias, sendo o quadro clínico autolimitado. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 2- FASE ASSINTOMÁTICA (LATÊNCIA CLÍNICA) • O estado clínico básico é mínimo ou inexistente. • Pode durar de alguns meses a alguns anos; • Alguns pacientes podem apresentar uma linfoadenopatia generalizada persistente, “flutuante” e indolor; • Prévio histórico clínico: investigando condições de base; • Histórico familiar; • Hábitos de vida; • Exames laboratoriais de rotina: Hemograma completo Níveis bioquímicos Sorologia para sífilis Sorologia para os vírus da hepatite Sorologia para toxoplasmose e citomegalovírus Radiografia de tórax Papanicolaou Perfil imunológico e carga viral Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 3- FASE SINTOMÁTICA INICIAL OU PRECOCE • Sinais e sintomas inespecíficos de intensidade variável; Sudorese noturna Fadiga Emagrecimento Trombocitopenia • Processos oportunistas de menor gravidade, conhecidos como ARC - complexo relacionado à AIDS. Candidíase oral e vaginal Leucoplasia pilosa oral Gengivite Úlceras aftosas Diarréia Sinusopatias Herpes simples recorrente Herpes Zoster Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 4- AIDS / DOENÇAS OPORTUNISTAS • É o estágio mais avançado; • É caracterizada pela alta redução dos Linfócitos T CD4; • Número de células CD4 abaixo de 200 células/mm3; • Presença de uma infecção oportunista: Vírus: Citomegalovirose, Herpes simples, Leucoencafalopatia Multifocal Progressiva; Bactérias: Micobacterioses (tuberculose e complexo Mycobacterium avium- intracellulare), Pneumonias, Salmonelose; Fungos: Pneumocistose, Candidíase, Criptococose, Histoplasmose; Protozoários: Toxoplasmose, Criptosporidiose, Isosporíase; Neoplasias: sarcoma de Kaposi, linfomas não-Hodgkin, neoplasias intra-epiteliais anal e cervical. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia DIAGNÓSTICO Os testes para detecção da infecção pelo HIV podem ser divididos basicamente em quatro grupos: detecção de anticorpos, detecção de antígenos, cultura viral e amplificação do genoma do vírus. Testes de detecção de anticorpos: ELISA (teste imunoenzimático), Western-blot, Imunofluorescência indireta e Radioimunoprecipitação. Testes de detecção de antígeno viral: Pesquisa de Antígeno p24 Técnicas de cultura viral: Cultura de células mononucleares de sangue periférico para isolamento do HIV, Cultura quantitativa de células e Cultura quantitativa de plasma. Testes de amplificação do genoma do vírus: Análise quantitativa direta da carga viral através de técnicas baseadas na amplificação de ácidos nucleicos. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia TRATAMENTO Classes de medicamentos antirretrovirais Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa atuam na enzima transcriptase reversa, incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus cria. Tornam essa cadeia defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza. São eles: Abacavir, Didanosina, Estavudina, Lamivudina, Tenofovir, Zidovudina e a combinação Lamivudina/Zidovudina. Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa bloqueiam diretamente a ação da enzima e a multiplicação do vírus. São eles: Efavirenz, Nevirapina e Etravirina. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Inibidores de Protease atuam na enzima protease, bloqueando sua ação e impedindo a produçãode novas cópias de células infectadas com HIV. São eles: Atazanavir, Darunavir, Fosamprenavir, Indinavir, Lopinavir/r, Nelfinavir, Ritonavir, Saquinavir e Tipranavir. Inibidores de fusão - impedem a entrada do vírus na célula e, por isso, ele não pode se reproduzir. É a Enfuvirtida. Inibidores da Integrase bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela inserção do DNA do HIV ao DNA humano (código genético da célula). Assim, inibe a replicação do vírus e sua capacidade de infectar novas células. É o Raltegravir. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 64 Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia PREVENÇÃO Uso de preservativos em relações sexuais Uso de drogas injetáveis Gravidez e Parto Durante a amamentação Infecções Oportunistas: 1. Trimetoprim – sulfametoxazol 2. Fluconazol 3. Ganciclovir 4. Preparações Orais de Fármacos Antifúngicos. Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia EPIDEMIOLOGIA AIDS em jovens Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia Escola de Ciências da Saúde Curso: Farmácia 69
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