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Sentença Penal Condenatória

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TEORIA DA SENTENÇA 
Capítulo I
TEORIA DA SENTENÇA 
Súmário • 1. Conceito e Generalidades; 2. Requisitos da Sentença Penal; 2.1. Relatório; 2.2. 
Fundamentação ou Motivação; 2.2.1. Preliminares; 2.2.2. Possibilidade de nova definição jurídica do fato; 2.2.3. Sentença condenatória afeta ao rito do Tribunal do Júri; 2.3. Parte Dispositiva ou Conclusiva; 2.4. Parte Autenticativa
1. CONCEITO E GENERALIDADES
O conceito de sentença está intrinsecamente ligado à definição de sen-timento, desejo, vontade externada por meio de um provimento jurisdicio-nal. A palavra sentença deriva de sententia que, por sua vez, vem de sen-
tentiando, gerúndio do verbo sentire, e, por isso, vem à idéia de que, por meio da sentença, o juiz declara o que sente.Sentença é a declaração judicial do direito no caso concreto. Na seara penal, nada mais é do que a decisão do juiz que condena ou absolve o réu.Tecnicamente a sentença se revela como sendo o ato processual que põe termo à acusação, aplicando o direito ao caso individualizado.É o ato processual que põe termo ao processo, decidindo ou não o mérito da causa, ao menos em primeiro grau de jurisdição.Efetivamente, revela-se como sendo o pronunciamento estatal, a par-
tir de um caso concreto, momento em que o julgador dirime o conflito de interesses existente entre as partes, distribuindo o direito e solucionando a controvérsia apresentada em juízo.Sabemos, porém, que tal decisão somente fará coisa julgada às partes com seu respectivo trânsito em julgado, o que poderá ocorrer em qualquer grau de jurisdição, desde que não caiba mais a interposição de eventuais recursos.Além de a sentença conter um comando jurídico voltado às partes em litígio, pelo qual o julgador externa a vontade do próprio Estado na so-lução da lide, como decorrência da análise de uma norma abstrata, o ato produz também efeitos em relação a terceiros, os quais sentem presente 
18
RicaRdo Schmitt
a regulamentação de um caso concreto que restou examinado e decidido, servindo de orientação para futuras condutas análogas.A sentença pode ser vista de forma isolada como ato essencial do pro-cesso, que deve, necessariamente, obedecer a determinados requisitos, ou como ato último e culminante do arco procedimental.Vislumbramos a sentença como sendo o ato processual mais impor-tante e esperado do processo, para o qual todos rumam em direção e pelo 
qual o judiciário encerra seu ofício ao aplicar o direito e solucionar o con-
flito de interesses posto à sua apreciação.
2. REQUISITOS DA SENTENÇA PENALPara ter validade e produzir efeitos no mundo jurídico, a sentença de-verá conter alguns requisitos, cuja omissão pode implicar em nulidade do julgado.
Os requisitos de validade e de eficácia da sentença são comuns para todos os ramos do direito (penal, cível, trabalhista etc), sendo que na esfe-ra penal encontram previsão no artigo 381 do Código de Processo Penal.
Art. 381. A sentença conterá:
I – os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações 
necessárias para identificá-las;
II – a exposição sucinta da acusação e da defesa;
III – a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fun-
dar a decisão;
IV – a indicação dos artigos de lei aplicados;
V – o dispositivo;
VI – a data e a assinatura do juiz.Revelam-se, portanto, requisitos estruturais da sentença penal:1) RELATÓRIO: deverá conter a indicação do nome das partes, salvo quando isso não for possível, hipótese em que deverá indicar elemen-
tos necessários para identificação do acusado (inciso I) e retratar su-cintamente os fatos e teses levantados pela acusação e defesa (inciso II);2) FUNDAMENTAÇÃO: revela a obrigação do julgador em indicar os mo-tivos de fato e de direito que o conduziram à decisão (inciso III), além de mencionar os dispositivos legais aplicados no julgamento (inciso IV);
19
TEORIA DA SENTENÇA 
3) PARTE DISPOSITIVA: é o comando da sentença, o qual espelha o re-sultado do julgamento, devendo estar em absoluta coerência com a parte de motivação, pois se traduz no extrato do que restou decidido pelo juiz (inciso V); e4) PARTE AUTENTICATIVA: são elementos que atuam para dar autenti-cidade à sentença, sendo composto pela menção do local aonde ocor-reu o julgamento, a data do julgado e o nome do julgador com a aposi-ção de sua assinatura (inciso VI). Vemos, então, que os requisitos formais da sentença são condições im-postas pela lei para que o ato tenha validade. Trata-se de exigências legais indispensáveis à validade da sentença. É a forma que deve ser obedecida pelo juiz ao proferir a decisão, a qual, quando cumprida, estampará todas as razões de fato e de direito que levaram o julgador a optar por determi-nada conclusão.Não podemos abrir mão da clareza do julgado ao enfocar circunstân-cias relacionadas a esses requisitos, pois a obscuridade torna certamen-te incompreensível o enfrentamento das questões pelo julgador, criando perplexidade para as partes, circunstância esta que o legislador procurou evitar ao exigir tais requisitos na sentença.Resumindo, são eles:
a) Relatório (histórico do processo): incisos I e II do artigo 381 do 
CPP;
b) Motivação ou Fundamentação (razões de decidir): incisos III e IV 
do artigo 381 do CPP;
c) Parte Dispositiva ou Conclusiva (comando da sentença): inciso V 
do artigo 381 do CPP; e
d) Parte Autenticativa (dados que dão autenticidade ao julgado): in-
ciso VI do artigo 381 do CPP.
2.1. RelatórioÉ o resumo de tudo o que ocorreu de mais importante no curso do 
processo. O relatório, ou a identificação da lide, é a exposição resumida do que ocorreu durante todo processar do feito, de forma simples e lúcida para que quem leia entenda, de imediato, em que consiste a controvérsia. É o histórico do processo.O ato de relatar os autos serve para demonstrar que o julgador exa-minou o feito, que teve acesso a todas as circunstâncias que nortearam a 
20
RicaRdo Schmitt
causa, tendo realizado uma leitura detida e se tornado apto em proferir a decisão.O relatório tem a relevância de situar o leitor no debate, propiciando fornecer os dados necessários para a compreensão da motivação, infor-mando quem são as partes, o que se pretende, qual a questão debatida e o que ocorreu de mais relevante na tramitação do procedimento. Quando bem elaborado, transmitirá exatamente essa noção, ao tempo em que reve-lará, ainda, os principais acontecimentos ocorridos no curso do processo.Trata-se de exposição sucinta das alegações das partes, que são con-dizentes, naturalmente com a pretensão que têm. Não é obrigado o magis-trado a transcrevê-las: basta uma síntese do que aduziram. No relatório devem ser mencionados o número do processo, o(s) 
nome(s) ou a identificação das partes (art. 259 do CPP), o resumo da acu-sação, a data do recebimento da denúncia, a ocorrência de citação regular, o resumo da defesa escrita apresentada, a existência de incidente (quando houver) e sua respectiva decisão, os documentos que foram acostados aos autos, o(s) ato(s) de inquirição das testemunhas arroladas pelas partes e 
interrogatório do acusado (arts. 400 e 531 do CPP), os requerimentos de diligências, se houver e apenas na hipótese do rito comum ordinário (art. 
402 do CPP) e o resumo das alegações finais apresentadas pelas partes, 
com seus respectivos requerimentos finais (arts. 403, caput ou § 3º, 404, 
parágrafo único, 531 e 533, todos do CPP). Na hipótese do processo ter se desenvolvido antes da entrada em vi-
gor da Lei nº 11.719/08, o relatório deverá se amoldar ao rito processual antigo, cabendo a menção do interrogatório depois de ocorrida a citação regular, seguido da apresentação de defesa prévia e, depois de concluída a instrução em Juízo, a existência ou não de requerimentos de diligências 
na fase do artigo 499 do Código de Processo Penal (quando for aplicável), 
sem prejuízo dos demais atos processuais acima identificados. Por sua vez, faz-se importante consignar que, havendo mais de um réu, devemos obrigatoriamente constaro nome de todos, não podendo ser usado termo a exemplo de “Fulano de Tal e Outros”. A identificação nomi-
nal individual de todos se faz necessária.Além disso, atualmente se revela correta a utilização da expressão Mi-
nistério Público ao invés de Justiça Pública como autor nas ações penais públicas, uma vez que àquele compete promover a ação penal pública, nos 
termos do artigo 129, I, da Constituição Federal. Não podemos nos esquecer, ainda, que sentença sem relatório é ato 
processual nulo (art. 564, IV, do CPP), com exceção da prolatada em sede 
21
TEORIA DA SENTENÇA 
dos Juizados Especiais Criminais, por expressa disposição legal na Lei nº 
9.099/95 (art. 81, § 3º).Ademais, devemos ressaltar a imperiosa necessidade em se promover o relatório do processo em provas de concurso público, sob pena de nuli-dade do decisum, com a consequente perda da questão, salvo se no cader-no de prova for expressamente dispensada tal diligência pela banca exami-nadora, o que traduz claramente na desnecessidade de adoção da medida, devendo-se partir de imediato à fundamentação do caso sub examine.Encontram-se materializadas diversas formas para início do relató-rio, sendo muito usual o emprego da expressão “Vistos etc.”. Muito embora existam opiniões contrárias quanto à adoção dessa praxe, tal fórmula se encontra sacramentada na grande maioria das decisões, sem que se tenha qualquer irregularidade no tocante a forma.Não obstante, sem dúvidas, torna-se mais completo dar início ao relatório com o acréscimo de outros dados complementares, a exemplo de “Vistos e examinados este autos de Processo Crime, registrados sob nº 
001/2013, em que é autor o Ministério Público do Estado ___________ / Fede-
ral, por intermédio de seu (sua) Representante Legal e réu Beltrano de Tal”. Devemos ressaltar que tal indicação não quer, de forma alguma, esgotar a melhor forma de se iniciar o relatório, servindo apenas como meio orien-tador à sua disposição. Sob esse aspecto, seguem modelos padronizados de relatórios que podem ser aproveitados em diversas sentenças penais, devendo ser al-teradas tão somente situações peculiares que estejam presentes no caso 
concreto específico a ser analisado.
 ► Modelo de relatório baseado em processo que seguiu o antigo rito 
comum ordinário
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO _____________
COMARCA DE ____________________
____ VARA CRIME
VISTOS E EXAMINADOS estes autos de Processo Crime registrados sob nº 001/2013, em que é autor o Ministério Público do Estado _____________/ Fede-
ral, por intermédio de seu (sua) Representante Legal e réu(s) ____________________.
22
RicaRdo Schmitt
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO ________________ / FEDERAL, por intermédio de seu (sua) Ilustre Representante Legal, em exercício neste 
Juízo/Vara, no uso de suas atribuições legais, com base no incluso auto de 
inquérito policial, tombado sob nº _______ (fls. _______), ofereceu denúncia contra __________________________, brasileiro, solteiro, _______________, nascido 
aos ________________, natural do município de _____________, neste Estado, filho de __________________ e _____________________, residente e domiciliado na Rua ____________________, nº _____, Bairro _____________, neste Município, dando-o como incurso nas sanções previstas pelo artigo ____________________, pela prá-tica do fato delituoso devidamente descrito na peça vestibular acusatória, nos seguintes termos: 
OU 
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO ________________ / FEDERAL, por in-
termédio de seu (sua) Ilustre Representante Legal, em exercício neste Juízo/Vara, no uso de suas atribuições legais, com base no incluso auto de inqué-
rito policial, tombado sob nº _______ (fls. _______), ofereceu denúncia contra 
__________________________, vulgo “________”, brasileiro, solteiro, __________________, nascido aos ________________, natural do município de _____________, neste Esta-
do, filho de __________________ e _____________________, residente e domiciliado na Rua ____________________, nº _____, Bairro _____________, neste Município e ________
________________________, vulgo “________”, brasileiro, casado, ____________, nascido aos ___________________, natural do município de _______________________, Estado 
___________, filho de _______________________ e ______________________, residente e domiciliado na Rua _________________________________, Bairro _______________, nes-te Município, dando o primeiro como incurso nas sanções previstas pelos artigos _________________________________ e o segundo como incurso nas sanções previstas pelos artigos __________________________________, pela prática dos fatos delituosos devidamente descritos na peça vestibular acusatória, nos seguin-tes termos: 
“Consta do procedimento investigatório que sustenta a presente denúncia 
que no dia ____de _______ de _______, por volta das ___________horas, policiais civis 
que estavam em diligência, abordaram os ______________________________________
_, encontrando-os com _____________________________________, razão pela qual, de 
imediato, efetuaram suas prisões em flagrante.
Conduzidos até a Delegacia de Polícia, os Denunciados confessaram a prá-
tica do delito, declarando que ______________________________________.
__________________________________________________________________________________
_______________________________________________________.”
23
TEORIA DA SENTENÇA 
Os Réus foram presos e autuados em flagrante delito, sendo posterior-mente convertidas suas custódias em preventivas, estando atualmente reco-lhidos no Complexo Policial deste Município. OU O Primeiro Réu foi preso e 
autuado em flagrante delito, sendo convertida sua custódia em prisão pre-ventiva, enquanto o Segundo conseguiu OU os demais conseguiram empre-ender fuga do local, sendo decretada sua prisão preventiva OU suas prisões preventivas, estando atualmente ambos OU todos recolhidos na Cadeia Pú-blica Municipal. 
Recebida a denúncia em data de ___________ (fl. _____), o Réu foi regular-
mente citado (fl. ______), interrogado em Juízo (fls. _________), sendo que, por intermédio de Defensor Constituído ou Defensor Dativo ou Defensor Público, 
apresentou defesa prévia (fls. ________), em síntese, não concordando com as imputações que lhe foram atribuídas, requerendo a produção de prova tes-temunhal, tendo arrolado ____ testemunhas. 
Podem ser levantados alguns incidentes, ficando dessa forma o re-
latório na sentença (sucinto):
SUSPEIÇÃO (art. 95, I, do CPP)
A defesa do Primeiro Réu, por intermédio de petição (fls. ______), ofereceu exceção de suspeição deste Juízo, com fundamento no artigo _____________ do Código de Processo Penal, a qual não foi aceita, sendo o incidente autuado em apartado, conforme disposto pelo artigo 100, com sua posterior remes-
sa ao Egrégio Tribunal de Justiça deste Estado, onde restou definitivamente rejeitada. 
INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO ( art. 95, II c/c 108, do CPP)
LITISPENDÊNCIA (art. 95, III, do CPP) 
ILEGITIMIDADE DE PARTE (art. 95, IV, do CPP)
COISA JULGADA (art. 95, V, do CPP)
(Abaixo segue modelo de relatório idêntico para todos os demais 
incidentes supra anunciados)
A defesa do Primeiro Réu, por intermédio de petição (fls. ______), ofere-ceu exceção de ___________________, com fundamento no artigo ____________ do Código de Processo Penal, sendo o incidente autuado em apartado, confor-me disposto pelo artigo 111, e depois de ouvido o (a) Ilustre Representante 
do Ministério Público, foi recusada por este Juízo, conforme decisão de fls. _________, da qual não houve a interposição de qualquer recurso. 
24
RicaRdo Schmitt
No decorrer da instrução processual foram inquiridas _______ testemu-
nhas arroladas na denúncia (fls. __________) e _______ arroladas pela defesa do 
Primeiro Réu (fls. _______) e _______ pela defesa do Segundo Réu (fls. ______), 
sendo inquiridas outras ______ por intermédio de cartas precatórias (fls. _______).
Certidões de antecedentescriminais dos Réus (fls. _______).
Nada requereram as partes na fase do artigo 499 do Código de Pro-cesso Penal. OU Na fase do artigo 499 do Código de Processo Penal, ape-nas a defesa do Segundo Réu requereu diligências, as quais restaram devidamente cumpridas com as inquirições das testemunhas referidas (fls. ________).
Em alegações finais, sob a forma de memoriais escritos (fls. _______), o (a) Ilustre Representante do Ministério Público, após analisar o conjunto proba-tório, entendeu estar devidamente demonstrada a materialidade e autoria dos delitos, bem como a responsabilidade criminal dos Réus, pugnando por suas condenações nos termos da peça exordial acusatória.
Por sua vez, em alegações finais, também sob a forma de memoriais es-
critos, a defesa do Primeiro Réu (fls. _______) e a defesa do Segundo Réu (fls. __________), em síntese, pugnaram por suas absolvições, sustentando, com re-lação ao primeiro a tese da _______________________________________________________ e com relação ao segundo que praticou o fato sob o manto _______________________________________.
OU 
Por seu turno, a defesa do Primeiro Réu, em alegações finais, também sob 
a forma de memoriais escritos (fls. ______), entendendo precárias as provas produzidas nos autos, pugnou pela ______________________________________________.
Por outro lado, a defesa do Segundo Réu, em alegações finais, igualmente 
sob a forma de memoriais escritos (fls. ______), entendendo contraditórias as provas constantes dos autos, pugnou pela _____________________________________. (Possíveis teses defensivas: desclassificação do delito para crime ten-
tado, absolvição do réu por falta de provas, excludentes de antijuridici-
dade, atipicidade do fato delituoso, inexigibilidade de conduta diversa, 
inexistência das causas de aumento de pena, ausência de circunstância 
agravante etc).Vieram-me os autos conclusos.Em suma, é o relato. OU Em síntese, é o relatório.Tudo bem visto e ponderado, passo a DECIDIR:
25
TEORIA DA SENTENÇA 
 ► Modelo de relatório baseado em processo que seguiu o novo rito 
comum ordinário
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO _____________
COMARCA DE ____________________
____ VARA CRIME
VISTOS E EXAMINADOS estes autos de Processo Cri-me registrados sob nº 001/2013, em que é autor o 
Ministério Público Federal / do Estado ___________, por intermédio de seu (sua) Representante Legal e réu(s) ____________________.O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL / DO ESTADO ________________, por intermédio de seu (sua) Ilustre Representante Legal, em exercício neste 
Juízo/Vara, no uso de suas atribuições legais, com base no incluso auto de 
inquérito policial, tombado sob nº _______ (fls. _______), ofereceu denúncia contra __________________________, brasileiro, solteiro, _______________, nascido 
aos ________________, natural do município de _____________, neste Estado, filho de __________________ e _____________________, residente e domiciliado na Rua ____________________, nº _____, Bairro _____________, neste Município, dando-o como incurso nas sanções previstas pelo artigo ____________________, pela prá-tica do fato delituoso devidamente descrito na peça vestibular acusatória, nos seguintes termos:
OU O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL / DO ESTADO ________________, por intermédio de seu (sua) Ilustre Representante Legal, em exercício 
neste Juízo/Vara, no uso de suas atribuições legais, com base no incluso 
auto de inquérito policial, tombado sob nº _______ (fls. _______), ofereceu denúncia contra __________________________, vulgo “________”, brasileiro, soltei-ro, __________________, nascido aos ________________, natural do município de 
_____________, neste Estado, filho de __________________ e _____________________, re-sidente e domiciliado na Rua ____________________, nº _____, Bairro _____________, neste Município e ________________________________, vulgo “________”, brasilei-ro, casado, ____________, nascido aos ___________________, natural do município 
de _______________________, Estado ___________, filho de _______________________ e ______________________, residente e domiciliado na Rua _________________________________, Bairro _______________, neste Município, dando o primeiro como in-curso nas sanções previstas pelos artigos _________________________________ e o segundo como incurso nas sanções previstas pelos artigos __________________________________, pela prática dos fatos delituosos devidamente descritos na peça vestibular acusatória, nos seguintes termos: 
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RicaRdo Schmitt
“Consta do procedimento investigatório que sustenta a presente denúncia 
que no dia ____de _______ de _______, por volta das ___________horas, policiais civis 
que estavam em diligência, abordaram os ______________________________________
_, encontrando-os com _____________________________________, razão pela qual, de 
imediato, efetuaram suas prisões em flagrante.
Conduzidos até a Delegacia de Polícia, os Denunciados confessaram a prá-
tica do delito, declarando que _____________________________________________.
__________________________________________________________________________________
_______________________________________________________.”
Os Réus foram presos e autuados em flagrante delito, sendo posterior-mente convertidas suas custódias em preventivas, estando atualmente re-colhidos no Complexo Policial deste Município. OU O Primeiro Réu foi preso 
e autuado em flagrante delito, sendo convertida sua custódia em prisão pre-ventiva, enquanto o Segundo conseguiu OU os demais conseguiram empre-ender fuga do local, sendo decretada sua prisão preventiva OU suas prisões preventivas, estando atualmente ambos OU todos recolhidos na Cadeia Pú-blica Municipal. 
Recebida a denúncia em data de ___________ (fl. _____), o Réu foi regular-
mente citado (fl. ______) e, por intermédio de Defensor Constituído ou Defen-
sor Dativo ou Defensor Público, apresentou resposta escrita (fls. ________), suscitando, preliminarmente, _________________________________________________, enquanto que no mérito pugnou ___________________________________________, re-querendo a produção de prova testemunhal, tendo arrolado ___________ tes-temunhas. 
Podem ser levantados alguns incidentes, ficando dessa forma o re-
latório na sentença (sucinto):
SUSPEIÇÃO (art. 95, I, do CPP)
A defesa do Primeiro Réu, por intermédio de petição (fls. ______), ofereceu exceção de suspeição deste Juízo, com fundamento no artigo _____________ do Código de Processo Penal, a qual não foi aceita, sendo o incidente autuado em apartado, conforme disposto pelo artigo 100, com sua posterior remes-
sa ao Egrégio Tribunal de Justiça deste Estado, onde restou definitivamente rejeitada. 
INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO ( art. 95, II c/c 108, do CPP)
LITISPENDÊNCIA (art. 95, III, do CPP) 
ILEGITIMIDADE DE PARTE (art. 95, IV, do CPP)
COISA JULGADA (art. 95, V, do CPP)
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TEORIA DA SENTENÇA 
(Abaixo segue modelo de relatório idêntico para todos os demais 
incidentes supra anunciados)
A defesa do Primeiro Réu, por intermédio de petição (fls. ______), ofere-ceu exceção de ___________________, com fundamento no artigo ____________ do Código de Processo Penal, sendo o incidente autuado em apartado, confor-me disposto pelo artigo 111, e depois de ouvido o (a) Ilustre Representante 
do Ministério Público, foi recusada por este Juízo, conforme decisão de fls. _________, da qual não houve a interposição de qualquer recurso. 
No decorrer da instrução processual foi designada audiência una, sendo 
tomadas as declarações do ofendido (fl. ______), promovidas às inquirições 
das testemunhas arroladas pelas partes (fls. _______) e, em seguida, interro-
gado o acusado (fls. ______). Nada requereram as partes na fase do artigo 402 do Código de Processo Penal. OU Na fase do artigo 402 do Código de Processo Penal, apenas a de-fesa do Segundo Réu requereu diligências, as quais restaram devidamente 
cumpridas com as inquirições dastestemunhas referidas (fls. ________).
Oferecidas oralmente as alegações finais em audiência, de acordo com o disposto pelo artigo 403 do Código de Processo Penal, o (a) Ilustre Re-presentante do Ministério Público, depois de analisar o conjunto probató-rio, entendeu estar devidamente demonstrada a materialidade e a autoria dos delitos, bem como a responsabilidade criminal dos Réus, pugnando por 
suas condenações nos termos da peça exordial acusatória (fls. ________), en-
quanto a defesa do Primeiro Réu (fls. _______) e a defesa do Segundo Réu (fls. __________), em síntese, pugnaram por suas absolvições, sustentando a pri-meira a tese da _______________________________________________________ e a segunda que o Réu praticou o fato sob o manto _______________________________________.
OU 
Em alegações finais, sob a forma de memoriais escritos, frente a adoção 
da ressalva prevista no § 3º do artigo 403 do Código de Processo Penal (fls. __________), o (a) Ilustre Representante do Ministério Público, após analisar o conjunto probatório, entendeu estar devidamente demonstrada a materiali-dade e autoria dos delitos, bem como a responsabilidade criminal dos Réus, pugnando por suas condenações nos termos da peça exordial acusatória.
Por sua vez, em alegações finais, também sob a forma de memoriais es-
critos, a defesa do Primeiro Réu (fls. _______) e a defesa do Segundo Réu (fls. __________), em síntese, pugnaram por suas absolvições, sustentando, com re-lação ao primeiro a tese da _______________________________________________________ e com relação ao segundo que praticou o fato sob o manto _______________________________________.
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RicaRdo Schmitt
OU 
Por seu turno, a defesa do Primeiro Réu, em alegações finais, também sob 
a forma de memoriais escritos (fls. ______), entendendo precárias as provas produzidas nos autos, pugnou pela ______________________________________________.
Por outro lado, a defesa do Segundo Réu, em alegações finais, igualmente 
sob a forma de memoriais escritos (fls. ______), entendendo contraditórias as provas constantes dos autos, pugnou pela ____________________________________________. (Possíveis teses defensivas: desclassificação do delito para crime 
tentado, absolvição do réu por falta de provas, excludentes de antijuridi-
cidade, atipicidade do fato delituoso, inexigibilidade de conduta diversa, 
inexistência das causas de aumento de pena, ausência de circunstância 
agravante etc).Vieram-me os autos conclusos.Em suma, é o relato. OU Em síntese, é o relatório.Tudo bem visto e ponderado, passo a DECIDIR:
 ► Modelo de relatório baseado em processo que seguiu o rito espe-
cial da Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006)
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO _____________
 COMARCA DE ____________________
 ____ VARA CRIME
VISTOS E EXAMINADOS estes autos de Processo Cri-me registrados sob nº 001/2013, em que é autor o 
Ministério Público do Estado ________________ / Fe-
deral, por intermédio de seu (sua) Representante Legal e réu(s) ____________________.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO ________________ / FEDERAL, por intermédio de seu (sua) Ilustre Representante Legal, em exercício neste 
Juízo/Vara, no uso de suas atribuições legais, com base no incluso auto de 
inquérito policial, tombado sob nº _______ (fls. _______), ofereceu denúncia contra __________________________, brasileiro, solteiro, _______________, nascido 
aos ________________, natural do município de _____________, neste Estado, filho de __________________ e _____________________, residente e domiciliado na Rua ____________________, nº _____, Bairro _____________, neste Município, dando-o como incurso nas sanções previstas pelo artigo ____________________, pela prá-tica do fato delituoso devidamente descrito na peça vestibular acusatória, nos seguintes termos:
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TEORIA DA SENTENÇA 
OU O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO ________________ / FEDERAL, por in-
termédio de seu (sua) Ilustre Representante Legal, em exercício neste Juízo/Vara, no uso de suas atribuições legais, com base no incluso auto de inqué-
rito policial, tombado sob nº _______ (fls. _______), ofereceu denúncia contra 
__________________________, vulgo “________”, brasileiro, solteiro, __________________, nascido aos ________________, natural do município de _____________, neste Esta-
do, filho de __________________ e _____________________, residente e domiciliado na Rua ____________________, nº _____, Bairro _____________, neste Município e ________
________________________, vulgo “________”, brasileiro, casado, ____________, nascido aos ___________________, natural do município de _______________________, Estado 
___________, filho de _______________________ e ______________________, residente e domiciliado na Rua _________________________________, Bairro _______________, nes-te Município, dando o primeiro como incurso nas sanções previstas pelos artigos _________________________________ e o segundo como incurso nas sanções previstas pelos artigos __________________________________, pela prática dos fatos delituosos devidamente descritos na peça vestibular acusatória, nos seguin-tes termos: 
“No dia ____ de ________ de ______, por volta das ______ horas, os policiais ci-
vis ____________________, _____________________ e __________________, todos lotados na 
13º Circunscrição Policial, receberam uma denúncia anônima informando que 
a Denunciada estava praticando tráfico de drogas na ____________________, no 
Bairro ______________, em frente a sua residência.
Neste momento a guarnição se dirigiu até o local supracitado e com a 
autorização da Denunciada adentrou na residência e lá encontrou junto ao 
guarda-roupa do seu quarto 126 (cento e vinte e seis) pacotes de cannabis 
sativa e mais uma quantidade prensada envolta em fita adesiva plástica, com 
peso bruto de 1.050 Kg (um quilo e cinquenta gramas), conforme laudo de 
constatação de fl. 20.
Infere-se dos autos que também foi encontrado em poder da Denunciada a 
quantia de R$ 1.400,00 (mil e quatrocentos reais) em espécie, distribuído em 
notas de 50, 20, 10 e 5 reais, um aparelho celular marca YY, uma balança de 
precisão e diversos sacos plásticos e fitas adesivas, conforme auto de apreen-
são de fl. 07, fruto da atividade do tráfico de drogas.
Dessume-se dos autos que a Denunciada tinha em depósito a droga com 
o fim de comercializá-la com terceiros, o que já era de se presumir em razão 
da grande quantidade encontrada e a forma individualizada em que estava 
acondicionada, apesar de ter alegado que pertencia ao seu falecido marido 
_______________, conhecido traficante de drogas na região”. 
A Ré foi presa e autuada em flagrante delito, sendo posteriormente con-
vertida sua custódia em preventiva (fl. ____), tendo sido devidamente notifica-
da (fl. _______), oportunidade em que apresentou defesa escrita (fl. __________).
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RicaRdo Schmitt
Laudo pericial definitivo às fls. ____________.
A denúncia foi recebida em data de ___________ (fl. _____), sendo a Ré citada 
(fl. ________) e interrogada (fls. __________), tendo sido inquiridas as testemu-
nhas arroladas pelas partes (fls. ____________).Encerrada a instrução probatória, deu-se início aos debates, tendo o (a) Ilustre Representante do Ministério Público promovido sustentação oral, pugnando pela condenação da Ré nos termos da peça vestibular acusató-ria, uma vez que entendeu estar devidamente comprovada a materialidade 
e a autoria do delito, bem como a responsabilidade criminal da acusada (fls. ______); ao revés, a defesa em sua sustentação oral, pugnou pela absolvição da denunciada, frente à inexistência de provas que possam embasar o pedido 
condenatório (fls. ______).Vieram-se os autos conclusos.Em suma, é o relato.Tudo bem visto e ponderado, passo a DECIDIR:
2.2. Fundamentação ou motivaçãoÉ o momento em que o julgador externa seu posicionamento, decidin-do ou não o mérito da causa. O julgador deve expor suas razões de decidir,promovendo um raciocínio lógico a partir das provas produzidas, anali-sando os fatos a luz das regras de direito, indicando de forma clara seu posicionamento.O juiz é livre na apreciação das provas, mas não independente destas. Não se trata de dar ensejo a julgamentos incontrolavelmente arbitrários, mas, sim, lógicos, realísticos, desprendidos de qualquer preconceito legal no reconhecimento da verdade processual. Não está o juiz dispensado de motivar a sentença. Nisso, precisamen-
te, reside a suficiente garantia do direito das partes e do interesse social. A decisão do juiz está sujeita a recurso para o tribunal superior e a motivação dela é justamente que oferece matéria de censura aos seus possíveis erros e defeitos, quer do ponto de vista lógico, quer do ponto de vista jurídico. 
A liberdade de convencimento não significa que o juiz possa alhear-se do conteúdo da prova aduzida no processo. É-lhe vedado, assim, julgar ex-tra-autos, segundo sua ciência particular ou pela notoriedade do fato, uma vez que tal notoriedade não se apresenta como resultado mesmo da prova. Não há dúvida de que a motivação de qualquer sentença deve cons-tituir elemento essencial da estrutura de tão importante ato judicial. Ela

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