Buscar

R01. Direito Processual do Trabalho

Prévia do material em texto

Assuntos da Rodada 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: Formas de solução de conflitos 
trabalhistas. Fontes do Direito Processual do Trabalho. Justiça do Trabalho: 
organização e competência (EC 45/2004). Varas do Trabalho, tribunais 
regionais do trabalho e Tribunal Superior do Trabalho: jurisdição e competência. 
Composição do Tribunal Superior do Trabalho. Do juiz do Trabalho: poderes do 
Juiz do Trabalho; impedimento e suspeição. Serviços auxiliares da justiça do 
trabalho: secretarias das Varas do Trabalho; distribuidores; oficiais de justiça e 
oficiais de justiça avaliadores. Ministério Público do Trabalho: organização. 
Processo judiciário do trabalho: princípios específicos do processo do trabalho; 
princípios gerais do processo aplicáveis ao processo do trabalho (aplicação 
subsidiária e supletiva do CPC ao processo do trabalho). Atos, termos e prazos 
processuais. Distribuição. Custas e emolumentos. Partes e procuradores; jus 
postulandi; substituição e representação processuais; capacidade postulatória 
no processo do trabalho; assistência judiciária; honorários de advogado. 
Nulidades no processo do trabalho: princípio informador; momento de arguição, 
preclusão. Exceções. Audiências: de conciliação, de instrução e de julgamento; 
notificação das partes; arquivamento do processo; revelia e confissão. Da prova 
testemunhal: quantidade de testemunhas e causas de impedimento e 
suspeição. Prova documental: falsidade documental. Prova pericial. Honorários 
periciais: responsabilidade pelo pagamento. Dissídios individuais: forma de 
reclamação e notificação; reclamação escrita e verbal; requisitos da petição 
inicial no processo do trabalho; legitimidade para ajuizar. Procedimento 
ordinário e sumaríssimo. Procedimentos especiais: inquérito para apuração de 
falta grave, homologação de Acordo Extrajudicial, consignação em pagamento, 
ação monitória, ação rescisória e mandado de segurança. Sentença e coisa 
julgada; liquidação da sentença: por cálculo, por artigos e por arbitramento. 
Dissídios coletivos: competência para julgamento, legitimidade para 
propositura, extensão, cumprimento e revisão da sentença normativa; efeito 
suspensivo. Da ação civil pública: legitimidade e cabimento no processo do 
trabalho. Execução: iniciativa da execução; do incidente de desconsideração da 
 
Rodada #1 
Direito Processual do Trabalho 
 
Professor Milton Saldanha 
 
 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
2 
personalidade jurídica; execução provisória; execução por prestações 
sucessivas; execução contra a fazenda pública; execução contra a massa falida. 
Citação; depósito da condenação e da nomeação de bens; mandado e penhora; 
bens penhoráveis e impenhoráveis. Embargos à execução; impugnação à 
sentença; embargos de terceiro. Praça e leilão; arrematação; remição; custas 
na execução. Recursos no processo do trabalho: princípios gerais, prazos, 
pressupostos, requisitos e efeitos; recursos em espécie: recurso ordinário, 
agravo de petição, agravo de instrumento, recurso de revista, embargos no 
TST, embargos de declaração, embargos infringentes e agravo regimental. 
Reclamação Correcional. Do incidente de uniformização de jurisprudência. Do 
Incidente de Recursos de Revista e Embargos Repetitivos (IN 38/TST). Do 
Processo Judicial Eletrônico: peculiaridades, características e prazos; normas 
aplicáveis ao processo judicial eletrônico. Súmulas da Jurisprudência 
uniformizada do Tribunal Superior do Trabalho sobre Direito Processual do 
Trabalho. Súmulas Vinculantes do Supremo Tribunal Federal relativas ao Direito 
do Trabalho. Instruções Normativa do Tribunal Superior do Trabalho que tratam 
de Processo do Trabalho – números 38, 39 e 40. 
 
Recados importantes! 
➢ Você poderá fazer mais questões destes assuntos no teste semanal, 
liberado ao final da rodada. 
➢ Tente cumprir as metas na ordem que determinamos. É fundamental para 
o perfeito aproveitamento do treinamento. 
➢ Qualquer problema com a meta, envie uma mensagem para o WhatsApp 
oficial da Turma Elite (35) 9106 5456. 
➢ O curso será realizado com a previsão da reforma trabalhista (Lei 
13.467/2017), conforme item 18.2 do edital do TST. “A legislação com 
vigência após a data de publicação deste Edital, bem como as alterações 
em dispositivos constitucionais, legais e normativos a ela posteriores não 
serão objeto de avaliação nas provas do Concurso. Em matéria de 
Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho será́ 
observado o texto da Lei no 13.467, de 13/7/2017.” 
➢ Assim, mesmo antes do início da vigência da lei 13.467/2017 ela poderá 
ser cobrada. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
3 
a. Teoria 
 
FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS TRABALHISTAS 
 
No mundo contemporâneo são distintos os métodos de solução de conflitos, 
podendo, basicamente, ser classificados em três grupos: autodefesa, 
autocomposição e heterocomposição. 
 
1. Autodefesa 
A autodefesa ocorre quando o próprio sujeito busca afirmar, 
unilateralmente, seu interesse, impondo sua vontade à outra parte e à 
própria comunidade que o cerca. 
O significado da autodefesa remete à ideia de defesa própria, uma defesa 
pessoal, uma forma primitiva de solucionar conflitos, que pode ser 
autorizada, tolerada ou proibida pelo legislador. 
De certo modo, a autodefesa autoriza o exercício de coerção por um 
particular, em defesa de seus interesses. Atualmente, tem-se restringido, 
ao máximo, as formas de exercício da autodefesa. Podemos citar como 
exemplo de autodefesa ainda admitido a legítima defesa. 
Já em matéria trabalhista, encontramos exemplo de autodefesa, 
autorizada e regulamentada pelo Estado: o direito de greve. 
Art. 9o, CF/88 - É assegurado o direito de greve, competindo aos 
trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os 
interesses que devam por meio dele defender. 
§ 1o - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o 
atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
4 
§ 2o - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. 
A greve constitui importante exemplo da utilização da autotutela na 
dinâmica de solução de conflitos coletivos trabalhistas. Outro exemplo 
seria o lockout (greve dos empregadores – vedado pela Lei no 7.783/89). 
 
2. Autocomposição 
Na autocomposição, o conflito é solucionado pelas partes, de forma 
pacífica e negociada, sem a intervenção de outros agentes no processo de 
pacificação do conflito. 
A autocomposição pode ser unilateral, seja pela aceitação ou renúncia 
de uma das partes ao interesse da outra. Ou também pode ser bilateral, 
ocorrendo concessões recíprocas, com natureza de transação. 
A autocomposição merece destaque no âmbito laboral, pois é uma 
importante forma de solução de conflitos trabalhistas. São exemplos de 
autocomposição: 
Acordo coletivo de Trabalho (ACT) - Sindicato x Empresa 
Art. 611, § 1o, CLT - É facultado aos Sindicatos representativos de 
categorias profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais 
empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem 
condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das 
acordantes respectivas relações de trabalho. 
Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) - Sindicato x Sindicato 
Art. 611, CLT - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter 
normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de 
categorias econômicas e profissionais estipulam condições detrabalho 
aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações 
individuais de trabalho. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
5 
Cabe, ainda, falarmos acerca da mediação. Na mediação o terceiro, ou 
seja, o mediador não tem poderes de decisão e também não poderá 
impor a solução do conflito. 
Sendo assim, o mediador é o interventor que busca um consenso entre as 
partes conflitantes da negociação coletiva visando proporcionar a 
realização de um instrumento jurídico (convenção ou acordo coletivo). 
Desta forma, na mediação exige-se a participação de três sujeitos: as 
partes em conflito e o mediador que tem a função de atingir o equilíbrio 
em torno do qual o consenso das partes se perfaz. 
Importa ressaltar que, o mediador não impõe solução no conflito coletivo 
existente entre as partes sendo apenas o intermediário do diálogo entre 
os sujeitos da negociação coletiva tentando convencê-los por meio de 
recomendações, de sugestões. 
 
3. Heterocomposição 
A heterocomposição ocorre quando o conflito é solucionado por meio da 
intervenção de um agente exterior à relação conflituosa original. Ao invés 
das partes isoladamente ajustarem a solução de sua controvérsia, 
submetem seu conflito a terceiro, em busca de solução. 
A heterocomposição trata-se de forma indireta de solução de conflitos 
porque a decisão que põe fim a controvérsia é originária de um terceiro 
estranho à relação conflitual. 
Nesse liame, os meios heterocompositivos se diferenciam dos meios 
autocompositivos. Nos meios heterocompositivos, a composição dos 
conflitos é feita por um terceiro investido de poderes para decidir, já nos 
meios autocompositivos, a presença do sujeito estranho ao conflito 
apenas se exige para coordenar o diálogo entre os litigantes (mediação). 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
6 
Desde já, cabe ressaltar que a classificação das modalidades de 
heterocomposição não é uníssona na doutrina, o assunto é controvertido. 
a) Arbitragem: é meio procedimental heterocompositivo, ou seja, o 
árbitro deve atuar em conformidade aos limites impostos pelas partes 
do conflito julgando conforme as regras convencionadas pelos sujeitos 
litigantes. Esse procedimento termina com o laudo arbitral que tem 
caráter obrigatório para o seu cumprimento entre as partes do litígio. 
Assim, na arbitragem, o árbitro tem que ser conhecedor da matéria e 
pode impor a decisão (tribunal arbitral). 
b) Jurisdição: na jurisdição, o conflito submetido ao Estado é por ele 
solucionado, mediante processo judicial. O Estado, parte estranha à 
controvérsia, por meio do seu poder normativo, soluciona o litígio 
coletivo aplicando ao caso concreto regras legais abstratas para os 
sujeitos em conflito que não podem modificar ou escolher os 
mandamentos legais impostos. 
 
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
As fontes são divididas em materiais e formais. 
 
1. Fontes Materiais 
As fontes materiais referem-se aos fenômenos sociais, políticos e 
econômicos que inspiram a formação das normas juslaborais, todo e 
qualquer pressão exercida pelos trabalhadores em face do empregador 
buscando novas e melhores condições de trabalho influenciam no 
surgimento e modificação dos preceitos normativos, e representam a 
fonte material do Direito do Trabalho. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
7 
 
2. Fontes Formais 
No que se refere às fontes formais do Direito Processual do Trabalho não 
se confundem com as fontes do Direito do Trabalho. 
As fontes formais do Direito Processual do Trabalho representam as 
normas que regulam o Processo do Trabalho em si e também a Justiça do 
Trabalho. Dividem-se em1: 
• Fontes formais diretas, as quais abrangem a lei em sentido 
genérico (atos normativos e administrativos editados pelo Poder 
Público) e o costume; 
• Fontes formais indiretas, que são aquelas extraídas da doutrina e 
da jurisprudência; 
• Fontes formais de explicitação, também denominadas de fontes 
integrativas do direito processual, como por exemplo a analogia, 
os princípios gerais de direito e a equidade. 
A Constituição Federal e as Emendas Constitucionais são fontes formais 
do Direito Processual do Trabalho, ocupando o topo da pirâmide 
hierárquica. É a lei suprema, aquela que regulamenta e organiza o nosso 
Estado, contendo previsões essenciais sobre o Processo do Trabalho. 
No ápice da hierarquia está a Constituição Federal e as Emendas 
Constitucionais, logo abaixo vêm as leis infraconstitucionais. 
As leis também são fontes formais do Direito Processual do Trabalho. São, 
em sentido amplo, normas infraconstitucionais, normas que se 
encontram abaixo da Constituição Federal, servem para regular vários 
aspectos do Direito Processual do Trabalho. 
No patamar infraconstitucional, podem ser citadas como fontes formais 
 
1 LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. 14 ed. São 
Paulo: Saraiva, 2016. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
8 
diretas e base do Direito Processual do Trabalho: a própria Consolidação 
das Leis do Trabalho (CLT), que dedica o Título X ao Processo Judiciário 
do Trabalho; a Lei nº 5.584/1970, que dispõe acerca das normas 
procedimentais e complementares aplicáveis ao processo trabalhista; o 
Código de Processo Civil (CPC), aplicável de forma subsidiária (art. 769 da 
CLT); Lei n. 6.830/80 (lei de execução fiscal); e a Lei Complementar 
75/1993, que dispõe sobre a organização, as atribuições e o Estatuto do 
Ministério Público da União. 
A doutrina e a jurisprudência também ocupam um importante papel na 
interpretação do Direito Processual do Trabalho. 
 
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
Conforme estabelece o art. 111 da Constituição Federal de 1988, são órgãos da 
Justiça do Trabalho: 
• Tribunal Superior do Trabalho 
• Tribunal Regional do Trabalho 
• Juiz do Trabalho (ou Vara do Trabalho) 
 
Atenção! O órgão de cúpula da Justiça do Trabalho não é o Supremo Tribunal 
Federal (STF), mas sim o Tribunal Superior do Trabalho (TST). É muito comum 
o examinador perguntar se o STF é órgão da justiça do trabalho, a resposta é 
NÃO. 
 
1. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - TST 
O TST tem sede em Brasília-DF, possui jurisdição em todo o território 
nacional, e é composto por exatos 27 ministros (não é máximo, nem 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
9 
mínimo, são EXATOS 27 ministros), que devem ser brasileiros (natos ou 
naturalizados), com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo 
Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado 
Federal. 
Dica! TST – Trinta Sem Três = 27 
Os membros do TST são chamados de Ministros e não juízes. 
A composição do TST é da seguinte forma: Quatro quintos (4/5) são 
ministros oriundos dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT`S); um 
quinto (1/5) de seus membros é composto por advogados e membros 
do Ministério Público (regra do chamado “quinto constitucional”) com 
mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e de efetivo exercício, 
respectivamente. 
Importante! Escolha de Ministro do TST via “regra do quinto 
constitucional”: Primeiramente, o Presidente do TST oficia a OAB e o 
Ministério Público do Trabalho sobre para que elaborem e enviem ao TST 
uma lista sêxtupla. O TST vai elaborar a partir dessa lista sêxtupla uma 
lista tríplice que será encaminhada ao Chefe do Executivo, para que no 
prazo de 20 dias ele escolha um nome. O nome escolhido vai ser 
sabatinado e aprovado por maioria absoluta do Senado Federal. E se 
aprovado, será nomeado pelo Presidenteda República. 
A Presidência, Vice-Presidência e a Corregedoria são cargos eletivos de 
direção, com mandato de 2 anos. 
Funcionarão junto ao TST (acrescidos pela EC 45/2004): 
 
a) Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento dos 
Magistrados do Trabalho (ENAMAT): encarregada de 
promover e regular os cursos para ingresso e promoção na 
carreira. Depois que o candidato foi aprovado no concurso de 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
10 
provas e títulos, antes de ingressar na atividade, passará por um 
curso de formação, o mesmo ocorrerá para os promovidos. 
 
b) Conselho Superior Da Justiça Do Trabalho (CSJT): é 
encarregado da supervisão administrativa, financeira, 
orçamentária e patrimonial da Justiça do Trabalho de 1o e 2o 
graus. Órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito 
vinculante. É formado por 11 membros: 3 do TST; 5 
Desembargadores; Presidente e Vice do TST; Corregedor-Geral 
da Justiça do Trabalho. 
 
1.1. Órgãos do TST 
▪ Tribunal Pleno 
▪ Órgão Especial 
▪ Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) 
▪ Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI) 
▪ 8 Turmas 
▪ 3 Comissões Permanentes 
 
1.1.1. Tribunal Pleno: Integram o Tribunal Pleno os Ministros da Corte. 
 
1.1.2. Órgão Especial: O Órgão Especial tem em sua composição o 
Presidente, o Vice-Presidente do Tribunal e o Corregedor-Geral da 
Justiça do Trabalho, os 7 Ministros mais antigos e, ainda, 7 
Ministros eleitos pelo Tribunal Pleno. 
 
1.1.3. Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC): A Seção 
Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) é constituída por 9 
Ministros, tendo em sua composição o Presidente, o Vice-
Presidente do Tribunal e o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
11 
e mais 6 Ministros. 
 
1.1.4. Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI): A Seção 
Especializada em Dissídios Individuais (SDI) é constituída por 21 
Ministros, tendo em sua composição o Presidente, o Vice-
Presidente do Tribunal e o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho 
e mais 18 Ministros. A SDI pode funcionar com sua composição 
plena ou também poderá ser dividida em duas subseções: SDI-1 e 
SDI-2. 
 
1.1.5. Turmas: O TST é composto de 8 Turmas, que são constituídas por 
três Ministros, a Presidência ficará a cargo do Magistrado mais 
antigo. Serão necessários os três Ministros para que ocorra o 
julgamento da lide. 
 
1.1.6. Comissões Permanentes 
- Comissão de Regimento Interno 
- Comissão de Jurisprudência e de Precedentes Normativos 
- Comissão de Documentação 
 
2. TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO – TRT 
Os Tribunais Regionais do Trabalho constituem a 2ª Instância da Justiça do 
Trabalho. Atualmente, são 24 Tribunais Regionais, que estão 
distribuídos pelo território nacional. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
12 
O Estado de São Paulo possui dois Tribunais Regionais do Trabalho: o da 
2ª Região, sediado na capital do Estado e o da 15ª Região, com sede em 
Campinas. 
NÃO há Tribunal Regional do Trabalho nos seguintes Estados: Tocantins, 
Amapá, Acre e Roraima. Contudo, todos os Estados estão vinculados a 
um Tribunal, como por exemplo o Tocantins é vinculado ao TRT da 10a 
Região que tem sede em Brasília-DF. 
Os Tribunais Regionais do Trabalho têm competência para apreciar 
recursos ordinários e agravos de petição e, originariamente, apreciam 
dissídios coletivos, ações rescisórias, mandados de segurança, entre 
outros. 
Os TRTs compõe-se de, no mínimo, sete juízes ou desembargadores, 
recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo 
Presidente da República dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 
65 anos. Na composição dos membros do TRT também se respeita o 
quinto constitucional, sendo os demais oriundos da magistratura de 
carreira, que são promovidos alternadamente por antiguidade e 
merecimento. 
Atenção! A EC 45/2004 alterou o art. 112 da CF/88 ao excluir a 
obrigatoriedade de um TRT em cada Estado da federação. Os TRT`s são 
divididos por regiões e não Estados! 
Os TRTs possuem competências originárias e derivadas. As competências 
originárias são as que iniciam no próprio TRT, como é o caso dos dissídios 
coletivos, por exemplo. Já as derivadas são as que já existem, ou seja, já 
há um processo em curso, como é o caso dos recursos, por exemplo. 
Os TRT`S deverão criar a justiça itinerante, que consiste no 
deslocamento da vara do trabalho, dentro do limite territorial de sua 
jurisdição, com a realização de audiências e demais funções de atividade 
jurisdicional. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
13 
Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar 
descentralizadamente, constituindo câmaras regionais, a fim de 
assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do 
processo. A estrutura do TRT se desloca para locais mais distantes. 
Tanto a Justiça Itinerante quanto as Câmaras Regionais NUNCA poderão 
ultrapassar o limite de sua jurisdição. 
 
3. JUÍZES DO TRABALHO OU VARAS DO TRABALHO 
A Vara do Trabalho é, em regra, a primeira instância das ações de 
competência da Justiça Trabalhista, sendo competente para julgar conflitos 
individuais surgidos nas relações de trabalho. Tais controvérsias chegam à 
Vara na forma de Reclamação Trabalhista. A Vara é composta por um Juiz 
do Trabalho titular e um Juiz do Trabalho substituto. 
O Juiz do Trabalho ingressará na carreira como Juiz do Trabalho Substituto, 
após aprovação em concurso público de provas e títulos, sendo designado 
pelo Presidente do TRT para auxiliar ou substituir nas Varas do Trabalho. 
Após dois anos de exercício, o Juiz do Trabalho substituto torna-se vitalício. 
Alternadamente, por antiguidade ou merecimento, o Juiz será promovido a 
Juiz Titular da Vara do Trabalho e, posteriormente, pelo mesmo critério, ao 
Tribunal Regional do Trabalho. 
Atenção! A EC 24/99 extinguiu a figura dos juízes classistas 
(representantes da categoria econômica e profissional) e as juntas de 
conciliação e julgamento, que foram substituídas pelas Varas do Trabalho 
que são compostas por um juiz titular e um substituto, exercendo a 
jurisdição de forma singular, o que significa dizer que o juiz titular julga 
alguns processos e o juiz substituto julga outros. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
14 
Em 1946 a Justiça do Trabalho foi integrada ao Poder Judiciário e, mais do 
que isso, os Tribunais Regionais do Trabalho substituíram as antigas 
Câmaras Regionais. 
Importante! Existem locais em que não existem juízes do trabalho. 
Nesses casos, por LEI, os Juízes de Direito serão investidos de 
jurisdição trabalhista, ou seja, vai julgar as causas trabalhistas também. 
Todavia, das sentenças que proferir caberá recurso para o TRT e não TJ. 
Quanto ao processo de execução, o feito retorna ao juiz de direito, mas se 
for criada Vara do Trabalho os autos serão remetidos à Justiça do Trabalho. 
Se trata de alteração de competência em razão da matéria (competência 
absoluta), vide art. 43 do CPC. 
 
JUSTIÇA DO TRABALHO: JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA 
 
1. Jurisdição – Trata-se de poder-dever do Estado em pacificar conflitos, ou 
seja, de “dizer o direito” em determinada situação, assegurando a ordem 
jurídica. Deve-se ter em mente que a jurisdição é una e o que é passível de 
distribuição entre os órgãos jurisdicionais é apenas o seu exercício. 
 
2. Competência – Tendo em vista o supra conceito de jurisdição, temos que a 
competência é a parcela de jurisdição atribuída a determinado órgão 
jurisdicional, ou seja, é a quantidade de jurisdiçãodistribuída entre os mais 
diversos órgãos e agentes responsáveis por “dizer o direito”. Assim, a 
competência limita o exercício do poder jurisdicional, sendo que alguns 
doutrinadores a chamam de “medida da jurisdição”. 
 
2.1. Classificação da Competência – Existem várias divisões quanto a 
classificação da competência. Por uma questão didática falaremos 
primeiro do conceito das competências absolutas e relativas. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
15 
 
2.1.1. Competência Absoluta e Relativa 
A competência absoluta baseia-se nos fatores de ordem pública, 
devendo ser obrigatoriamente obedecidos, sob pena de nulidade. A 
incompetência absoluta pode ser declarada ex-oficio pelo juiz 
(por iniciativa do próprio juiz, por dever do cargo). Se ele não 
declarar, a parte poderá alegá-la a qualquer tempo ou grau de 
jurisdição por uma simples petição nos autos. Os atos que o juiz 
incompetente praticou serão considerados válidos, no entanto, os 
atos decisórios serão considerados nulos. Declarada a 
incompetência absoluta remete-se os autos ao juízo competente. 
A competência relativa tem como fundamento questões de 
interesse predominantemente das partes. Esses critérios de 
competência poderão ou não ser obedecidos, tendo natureza 
jurídica relativa, ou seja, NÃO podem ser declarados ex-oficio. 
O juiz não pode por iniciativa própria rejeitar a ação, somente a 
parte interessada poderá arguir a incompetência relativa, e terá que 
fazê-la no momento oportuno, caso não o faça, prorroga-se a 
competência, e o juiz que era incompetente passa a ser 
competente. 
Importante! A incompetência absoluta poderá ser declarada ex-
oficio pelo juiz. Já a incompetência relativa NÃO poderá ser 
declarada ex-oficio, tem que ser suscitada pela parte interessada 
que, ficando inerte, ocorrerá a prorrogação da competência. 
A prorrogação da competência somente poderá ocorrer quando o 
juízo for relativamente competente, nunca quando for 
absolutamente incompetente. Nesse sentido, quando a parte não 
opõe a exceção de incompetência relativa, o juízo que era 
inicialmente incompetente torna-se tacitamente competente. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
16 
Nos termos do art. 62 do CPC, a competência em razão da matéria, 
pessoa ou função são competências absolutas, ou seja, são 
inderrogáveis por convenção das partes. 
A competência em razão do valor e do território podem ser 
prorrogadas, já que são competências relativas. 
 
2.1.2. Competência em razão da Matéria e em razão da Pessoa 
Art. 114, CF. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
 
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de 
direito público externo e da administração pública direta e indireta 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre 
sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, 
quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição 
trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 
VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, 
decorrentes da relação de trabalho; 
VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos 
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no 
art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das 
sentenças que proferir; 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
17 
IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na 
forma da lei. 
 
a) Relações de Trabalho 
Compete às Varas do Trabalho processar e julgar as ações oriundas das 
relações de trabalho, como determinado pelo art. 114 da Constituição 
Federal. 
Art. 114, CF/88 - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
 
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de 
direito público externo e da administração pública direta e indireta da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
A Emenda Constitucional 45/2004 foi responsável por um expressivo 
acréscimo na competência da Justiça do Trabalho: 
COMPETÊNCIA 
ANTES DA EC 45/2004 DEPOIS DA EC 45/2004 
A Justiça do Trabalho era 
competente para julgar, em regra, 
apenas as ações decorrentes das 
relações de emprego 
(pessoalidade, subordinação, não 
eventualidade, onerosidade). 
A Justiça do Trabalho passa a ser 
competente para processar e 
julgar as ações oriundas das 
relações de trabalho gênero que 
engloba as relações de emprego, 
autônomos, avulsos, temporários 
etc. 
 
Art. 652, CLT - Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento: 
a) conciliar e julgar: 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
18 
I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade 
de empregado; 
II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações 
por motivo de rescisão do contrato individual de trabalho; 
III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o 
empreiteiro seja operário ou artífice; 
IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual de 
trabalho; 
V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores 
portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da 
relação de trabalho. 
Os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o 
empreiteiro seja operário ou artífice e as ações entre trabalhadores 
portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra 
- OGMO decorrentes da relação de trabalho. Essas ações já eram de 
competência da Justiça do Trabalho antes mesmo da edição da EC 
45/04. 
Compete ressaltar que está FORA da competência da Justiça do 
Trabalho as ações oriundas de cobrança de honorários de profissionais 
liberais (médicos, engenheiros, arquitetos, advogados). 
A Constituição Federal traz em seu inciso I do artigo 114 como 
competência da Justiça do Trabalho, processar e julgar as ações 
oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de Direito 
Público externo (Estados Estrangeiros e Organismos Internacionais) e 
da Administração Pública direta e indireta da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios. 
 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
19 
b) Entes de Direito Público Externo 
Estados Estrangeiros e Organismos Internacionais: 
Os Estados Estrangeiros praticam ATOS DE IMPÉRIO, aqueles que 
dizem respeito a soberania do Estado. Quando atuam nessa condição não 
se submetem à Justiça brasileira, a exemplo da concessão de vistos, 
tendo IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO (não se submetem a fase de 
conhecimento do processo trabalhista) e IMUNIDADE DE EXECUÇÃO 
(seus bens não poderão ser expropriados pela Justiça brasileira), ou seja, 
têm imunidade absoluta. 
Os Estados Estrangeiros praticam também ATOS DE GESTÃO, que os 
equiparam aos particulares, dizem respeito, por exemplo, a contratação 
de pessoas. NÃO tem IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO, ou seja, não são 
imunes à Justiça brasileira. Ocorre quando um Estado estrangeiro 
contrata um empregado brasileiro e não paga seu salário devidamente, 
logo, o Estado estrangeiro não estará imune à Justiça do Trabalho. O que 
não ocorre é a Justiça brasileira ir até esse Estado estrangeiro para 
executá-lo, o Estado estrangeiro tem IMUNIDADE DE EXECUÇÃO, 
sendo assim, a execução será realizada por meio de carta rogatória. 
Aos OrganismosInternacionais aplicam-se as regras do tratado que os 
criou, as imunidades são regidas pelas normas internacionais (em regra 
terão imunidade absoluta). 
Os Estados deverão respeitar as normas que criaram os organismos 
internacionais. Normalmente, os organismos internacionais terão 
IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO e IMUNIDADE DE EXECUÇÃO, salvo se 
houver expressa renúncia. Dessa forma, quando houver expressa 
renúncia nos Tratados Internacionais que criaram os Organismos 
Internacionais, não haverá imunidade de jurisdição ou de execução. 
OJ 416, SDI-1 TST: As organizações ou organismos internacionais gozam 
de imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
20 
internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes 
aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos 
praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na 
hipótese de renúncia expressa à cláusula de imunidade jurisdicional. 
 
c) Entes da Administração Direta e Indireta 
Os trabalhadores da administração direta e indireta podem ser celetistas, 
estatutários ou figurar em outro regime jurídico administrativo, vejamos: 
- Celetistas: possuem com o poder público um vínculo de emprego. 
- Estatutários: possuem com o poder público um vínculo 
administrativo. 
- Outros regimes jurídicos administrativos. Ex. trabalhadores temporários 
contratados sem concurso público pelo poder público para atender 
necessidade de excepcional interesse público. 
O STF afirmou na ADI 3395 que a relação de trabalho entre o Poder 
Público e seus servidores apresenta caráter jurídico-administrativo e, 
portanto, a competência para dirimir conflitos entre as duas partes é 
sempre da Justiça Comum, e não da Justiça do Trabalho. 
Sendo assim, o STF tornou defeso à Justiça do Trabalho a apreciação de 
causas instauradas entre o Poder Público e os servidores a ele vinculados 
por típica relação baseada no regime estatutário ou jurídico-
administrativo (temporários). 
Conclui-se, então, que em se tratando de litígio entre o Poder Público e 
servidor público estatutário, este NÃO poderá ajuizar reclamatória 
trabalhista na Justiça do Trabalho. O mesmo ocorre com o servidor 
contratado pelo ente público, temporariamente. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
21 
Importante! Estão FORA da Justiça do Trabalho os trabalhadores 
estatutários e os decorrentes de outros regimes jurídicos administrativos 
(temporários). 
É possível ajuizar Reclamação Trabalhista contra Administração Pública, 
direta ou indireta, na Justiça do Trabalho, quando os servidores estiverem 
a ela vinculados por relação CELESTISTA. 
Nos demais casos, tratando-se de servidor público federal a ação poderá 
ser ajuizada na Justiça Federal.
 Tratando-se de servidor público 
municipal ou estadual a reclamatória poderá ser ajuizada na Justiça 
Estadual. 
 
d) Greve 
A Justiça do Trabalho é competente para julgar:
 
Ações que envolvam o exercício do direito de GREVE. 
A Lei no 7.783/1989 dispõe sobre o exercício do direito de greve, 
competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade e sobre os 
interesses a serem defendidos. 
A referida Lei estabelece que a greve deverá ser exercida de maneira 
pacífica, de forma nenhuma os envolvidos poderão violar ou constranger 
os direitos e garantias fundamentais dos outros, veda-se, também, a 
ameaça ou dano à propriedade ou a pessoa. 
O abuso do direito praticado pelos grevistas, se praticados atos ilícitos ou 
até mesmo crimes, serão responsabilizados, conforme o caso, segundo a 
legislação trabalhista, civil ou penal. 
De acordo com a Súmula 189 do TST, compete à Justiça do Trabalho 
declarar a abusividade ou não greve. Vejamos: 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
22 
Súmula 189, TST - A Justiça do Trabalho é competente para declarar a 
abusividade, ou não, da greve. 
Todavia, cumpre destacar que a Justiça do Trabalho NÃO tem 
competência para apreciar controvérsias decorrentes do exercício do 
direito de greve pelo servidor público estatutário, uma vez que o STF, na 
ADI 3395, excluiu da competência da Justiça do Trabalho as ações 
oriundas do Poder Público e seus servidores estatutários, tal como é a 
greve. 
Durante a greve, os trabalhadores podem ameaçar ou até mesmo ocupar 
a sede da empresa, nesses casos, o empregador poderá ajuizar ações de 
natureza possessória, com pedido preventivo de não ocupação ou 
desocupação, a depender da situação. 
Diante disso, o STF editou a Súmula Vinculante 23 que designa a Justiça 
do Trabalho como competente para processar e julgar as ações 
possessórias oriundas do exercício do direito de greve da iniciativa 
privada, ou seja, as greves dos servidores estatutários NÃO são de 
competência da Justiça do Trabalho. 
Súmula Vinculante 23 STF: A Justiça do Trabalho é competente para 
processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício 
do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. 
 
e) Representação Sindical 
A Justiça do Trabalho é competente para julgar:
 
Ações sobre REPRESENTAÇÃO SINDICAL. 
A relação sindical é intrínseca ao Direito do Trabalho, assim, todas as 
ações que envolvam os Sindicatos devem ser analisadas pela Justiça 
Trabalhista, sobretudo as ações sobre representação sindical entre 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
23 
sindicatos e sindicatos, sindicato e empregado, e entre sindicatos e 
empregadores. 
 
f) Mandado de Segurança (MS), Habeas Corpus (HC) e Habeas Data 
(HD) 
A Justiça do Trabalho é competente para julgar:
 
Mandado de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato 
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição. 
Na Justiça Laboral verifica-se a necessidade de impetrar-se o habeas 
corpus quando o empregador de alguma forma restringir a liberdade de 
locomoção do empregado. Essa limitação está ligada, geralmente, ao não 
pagamento de dívidas. 
A Constituição Federal consagra o Mandado de Segurança no art. 5o, 
LXIX que dispõe que “conceder-se-á mandado de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, 
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade 
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder 
Público”. 
Estudaremos mais a frente que no Processo do Trabalho as decisões 
interlocutórias são irrecorríveis de imediato. Diante de tal situação, as 
partes podem recorrer ao mandado de segurança em face de decisão 
interlocutória que ferir direito líquido e certo. 
Súmula 214, TST - Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, 
da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo 
nas hipóteses de decisão: 
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação 
Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
24 
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; 
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos 
autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo 
excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. 
A autoridade pública a que se refere o mandamento constitucional pode 
ser um Auditor Fiscal do Trabalho, um Membro do Ministério Público do 
Trabalho; um Oficial de Cartório que se recusa a efetuar o registro de 
entidade sindical etc. 
Já o habeas data é muito pouco utilizado na Justiça Trabalhista, uma vez 
que o mandado de segurança soluciona os problemas. Um servidor 
celetistapoderá utilizar-se do habeas data para ter acesso ao seu 
prontuário no Estado, quando este lhe for negado ou, ainda, para ter 
acesso a lista de empregadores que tenham mantido trabalhadores em 
condições análogas às de escravo. 
O STF, na ADI 3.684, concedeu liminar com efeito ex tunc para declarar a 
incompetência da Justiça do Trabalho para processar e julgar ações 
penais. 
Dessa forma, a Justiça do Trabalho NÃO é competente para processar e 
julgar ações decorrentes de crime contra a organização do trabalho, é o 
que estabelece o art. 109, V, CF, sendo de competência da Justiça 
Federal. 
 
g) Conflito de Competência entre os seus órgãos 
A Justiça do Trabalho é competente para julgar:
 
Os CONFLITOS DE COMPETÊNCIA ENTRE SEUS ÓRGÃOS (JT, TRT, 
TST), salvo nos casos de competência do STJ e do STF.
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
25 
h) Dano Moral e Patrimonial 
A Justiça do Trabalho é competente para julgar:
 
DANO MORAL e PATRIMONIAL decorrentes das relações de trabalho, 
inclusive em razão de acidente do trabalho.
 
Súmula Vinculante 22, STF. A Justiça do Trabalho é competente para 
processar e julgar a ação de indenização por DANOS MORAIS e 
PATRIMONIAIS decorrentes das relações de trabalho propostas por 
empregado contra empregador, inclusive aquelas que não possuíam 
sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda 
Constitucional 45/2004. 
Súmula 367, STJ: A competência estabelecida pela EC n. 45/2004 não 
alcança os processos já sentenciados. 
Ainda com relação ao acidente do trabalho, vale destacar que a Justiça do 
Trabalho é competente para processar e julgar tanto as ações 
indenizatórias ajuizadas pelo empregado contra o empregador, como 
também as movidas pelos sucessores contra o empregador. 
 
i) Penalidades Administrativas 
A Justiça do Trabalho é competente para julgar:
 
PENALIDADES impostas pelos órgãos de fiscalização do trabalho 
(inclusive MS). 
O órgão de fiscalização aplicou uma multa na empresa, mas a empresa 
pretende recorrer administrativamente dessa multa, sendo assim, o art. 
636, CLT dispõe que é necessário o depósito prévio da multa para que o 
recurso seja admitido. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
26 
No entanto, o STF julgou esse artigo inconstitucional, pois viola o princípio 
da ampla defesa e do contraditório e também contraria o direito de 
petição. 
Súmula 424, TST. O § 1º do art. 636 da CLT, que estabelece a exigência 
de prova do depósito prévio do valor da multa cominada em razão de 
autuação administrativa como pressuposto de admissibilidade de recurso 
administrativo, não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988, 
ante a sua incompatibilidade com o inciso LV do art. 5º. 
 
j) Contribuições Sociais 
A Justiça do Trabalho é competente para: 
EXECUTAR, de ofício, as CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS decorrentes das 
sentenças que proferir. 
Ressalte-se que quanto às contribuições fiscais, tem competência apenas 
para determinar a sua retenção, não podendo executá-las de ofício. 
Súmula 368, TST - I - A Justiça do Trabalho é competente para 
determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da 
Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, 
limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos 
valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de 
contribuição. 
Importante! Conforme o art. 114, VIII, da Constituição, a Justiça do 
Trabalho é competente para a execução de ofício das contribuições sociais 
previstas no art. 195, I, a, e II, da CF/88 e acréscimos legais decorrentes 
das sentenças que proferir, o que inclui a contribuição denominada SAT 
(seguro de acidente do trabalho) em razão de sua natureza de 
contribuição para a seguridade social, destinada ao financiamento de 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
27 
benefício relativo à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio 
no trabalho. 
OJ 414, SDI-1, TST. Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, 
da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que 
tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 
195, I, "a", da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios 
relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no 
trabalho (arts. 11 e 22 da Lei no 8.212/1991). 
Já as contribuições devidas à terceiro, ou seja, as destinadas ao sistema 
S (Senac, Senai, Sesi, Sebrae, etc.) não objetivam custear a seguridade 
social, mas sim às entidades privadas de serviço social e formação 
profissional vinculadas ao sistema sindical, razão pela qual sua execução 
NÃO se insere na competência da Justiça do Trabalho. 
 
2.1.3. Competência em razão da função 
É também chamada de competência hierárquica, pois está 
vinculada a estrutura organizacional da Justiça do Trabalho. 
Juízes do Trabalho: Tem competência residual, ou seja, tem 
competência naquilo que não estiver expressamente disciplinado 
para os TRTs nem TST. Assim, julgam toda espécie de lide 
individual trabalhista, com exceção das previstas para os TRTs e 
TST. 
TRT: É competente para julgar originariamente diversas 
questões, como Dissídios coletivos, conflitos de competência 
entre Varas do Trabalho em sua jurisdição, HC e MS contra ato 
de juiz de primeiro grau. 
TST: É competente para julgar originariamente ações rescisórias 
contra suas decisões, conflitos de competência entre TRTs, bem 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
28 
como dissídios coletivos e greve, quando ultrapassarem a 
jurisdição de um TRT. (art. 67 do seu Regimento Interno). 
 
2.1.4. Competência Territorial 
A regra para a definição da competência territorial na Justiça do 
Trabalho é o LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. 
Art. 651, CLT: A competência das Varas do Trabalho é 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou 
reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha 
sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
Pode ser que tenhamos mais de um lugar da prestação de 
serviços, para os concursos públicos devemos considerar o juízo 
competente o do ÚLTIMO lugar da prestação dos serviços. 
O art. 651 da CLT determina como competência territorial o local 
da prestação dos serviços. Entretanto, existem três EXCEÇÕES à 
regra geral. 
 
a) Empregado agente ou viajante comercial: 
Quando o empregado for agente ou viajante comercial a 
competência será da Vara da localidade em que a empresa 
tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado 
e, na falta, será competente a Vara da localização em que o 
empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 
Art. 651, § 1o, CLT – Quando for parte no dissídio agente ou 
viajante comercial, a competência será da Junta da localidade 
em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado 
esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
29 
localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade 
mais próxima. 
 
b) Competência da Justiça do Trabalho Brasileira para os 
empregados brasileiros trabalhando no estrangeiro: 
A competência será das Varas do Trabalho quando o empregado 
for brasileiro trabalhando em agência ou filial no exterior. 
Art. 651, § 2o, CLT – A competência das Juntas de Conciliação e 
Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios 
ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o 
empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional 
dispondo em contrário. 
 
c) Empregador quepromove a realização de atividade 
fora do lugar do contrato. 
Em se tratando de empregador que promove realização de 
atividade fora do lugar do contrato de trabalho, é o que 
geralmente ocorre com as empresas teatrais ou de transporte 
interestadual, é assegurado ao empregado apresentar 
reclamação trabalhista no foro da celebração do contrato ou no 
foro da prestação dos serviços. 
Art. 651, § 3o, CLT – Em se tratando de empregador que 
promova realização de atividades fora do lugar do contrato de 
trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no 
foro da celebração do contrato ou no da prestação dos 
respectivos serviços. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
30 
Via de regra, aplica-se o principio da territorialidade, ou seja, 
aplica-se a legislação “material” do país da prestação do serviço. 
 
Exceções ao principio da territorialidade: 
a) Quando o empregado for transferido para trabalhar no estrangeiro 
(trabalhava no Brasil e é removido, cedido ou contratado por empresa 
brasileira para trabalhar a seu serviço no exterior) aplica-se a lei 
brasileira se for mais favorável do que a do local da prestação 
dos serviços. 
b) Caso o trabalhador tenha sido contratado no Brasil para trabalhar no 
exterior, faz jus aos direitos do local da prestação dos serviços além 
dos garantidos pela Lei 7.064/1982. 
 
2.1.5. Competência em razão do valor da causa. 
O ordenamento jurídico brasileiro pode atribuir a determinado 
órgão a competência para julgar determinada matéria em razão 
do valor da causa, como existe nos Juizados Especiais Civis, que 
julgam causas de até 40 salários mínimos. Não é aplicado na 
Justiça do Trabalho, pois a competência das Varas do Trabalho é 
irrestrita quanto ao valor. 
 
2.2. Conflito de Competência 
O conflito de competência pode ser positivo ou negativo. No primeiro 
caso, dois ou mais juízes se declaram competentes para julgar a 
causa. Já na segunda hipótese, dois ou mais juízes se declaram 
incompetentes para julgar o processo. Também pode ocorrer conflito 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
31 
de competência quando houver divergência entre dois ou mais juízes 
acerca da reunião ou separação de processos. 
O conflito de competência originado entre os órgãos da Justiça do 
Trabalho será solucionado pelas normas contidas na própria CLT 
e pelos artigos 102, I, “o” e 105, I, “d”, da Constituição 
Federal. 
Art. 102, CF/88 - Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo- lhe:
 
I - processar e julgar, originariamente: 
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e 
quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e 
qualquer outro tribunal; 
Art. 105, CF/88 - Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente:
 
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, 
ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e 
juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais 
diversos; 
Art. 803, CLT. Os conflitos de jurisdição podem ocorrer entre:
 
a) Juntas de Conciliação e Julgamento e Juízes de Direito investidos 
na administração da Justiça do Trabalho; 
b) Tribunais Regionais do Trabalho;
 
c) Juízos e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Ordinária; 
Art. 808, CLT. Os conflitos de jurisdição de que trata o art. 803 serão 
resolvidos:
 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
32 
a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Juntas e entre 
Juízos de Direito, ou entre uma e outras, nas respectivas regiões; 
b) pelo Tribunal Superior do Trabalho, os suscitados entre 
Tribunais Regionais, ou entre Juntas e Juízos de Direito sujeitos à 
jurisdição de Tribunais Regionais diferentes; 
c) Revogado pelo Decreto Lei 9.797, de 1946
 
d) pelo Supremo Tribunal Federal, os suscitados entre as 
autoridades da Justiça do Trabalho e as da Justiça Ordinária. 
Assim, os conflitos serão resolvidos pelos TRT’s e TST e, também, 
pelo STJ, quando o conflito de competência ocorrer entre órgãos de 
justiças diferentes (entre quaisquer tribunais; entre tribunais e juízes 
a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos, 
ressalvada a competência do 
STF prevista no artigo 102, I, alínea “o” da CF) e pelo STF 
quando o conflito envolver Tribunal Superior (entre o STJ e qualquer 
outro tribunal; entre tribunais superiores e entre tribunais superiores 
e qualquer outro tribunal). 
Em razão do princípio hierárquico, NÃO se configura conflito de 
competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do trabalho 
a ele vinculada. 
Súmula 420, TST - Não se configura conflito de competência entre 
Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. 
 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
33 
b. Mapas mentais 
 
 
 
FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS 
TRABALHISTAS
AUTODEFESA
A autodefesa ocorre quando o 
próprio sujeito busca afirmar, 
unilateralmente, seu interesse, 
impondo sua vontade à outra 
parte. É uma forma primitiva de 
solucionar conflitos.
Em matéria trabalhista, 
encontramos exemplo de 
autodefesa, autorizada e 
regulamentada pelo Estado: o 
direito de greve.
AUTOCOMPOSIÇÃO
Na autocomposição, o conflito é
solucionado pelas partes, de 
forma pacífica e negociada.
A autocomposição pode ser 
unilateral, seja pela aceitação ou 
renúncia de uma das partes ao 
interesse da outra. Ou também 
pode ser bilateral, ocorrendo 
concessões recíprocas, com 
natureza de transação. 
São exemplos: ACT e CCT
MEDIAÇÃO
Na mediação o terceiro, ou seja, 
o mediador não tem poderes de 
decisão e também não poderá 
impor a solução do conflito. 
HETEROCOMPOSIÇÃO
A heterocomposição ocorre 
quando o conflito é solucionado 
por meio da intervenção de um 
agente exterior à relação 
conflituosa original. Ao invés das 
partes isoladamente ajustarem a 
solução de sua controvérsia, 
submetem seu conflito a terceiro, 
em busca de solução.
Jurisdição: na jurisdição, o 
conflito submetido ao Estado, 
parte estranha à controvérsia, e é
por ele solucionado, mediante 
processo judicial. Os sujeitos em 
conflito não podem modificar ou 
escolher os mandamentos legais 
impostos.
Arbitragem: o árbitro deve atuar 
em conformidade aos limites 
impostos pelas partes do conflito 
julgando conforme as regras 
convencionadas pelos sujeitos 
litigantes. Esse procedimento 
termina com o laudo arbitral que 
tem caráter obrigatório para o seu 
cumprimento entre as partes do 
litígio. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
34 
 
 
 
COMPOSIÇÃO DOS PRINCIPAIS TRIBUNAIS: 
 
 
 
 
 
ÓRGÃOS 
DA JUSTIÇA 
DO 
TRABALHO
TST
TRT
JUIZ DO 
TRABALHO
27 • (Trinta Sem Três = 27)TST
11 • (Somos Time de Futebol)STF
33 • (Somos Todos Jesus)
Jesus morreu com • 33 anosSTJ
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
ANTES DA EC 45/2004 COM A EC 45/2004 DEPOIS DA EC 45/2004 
Havia dúvida quanto a 
competência da Justiça do 
Trabalho para as ações 
indenizatórias decorrentes de 
acidente de trabalho. 
 
Algumas ações foram 
ajuizadas na Justiça Comum e 
outras foram ajuizadas na 
Justiça do Trabalho. 
Foi inserido o inciso VI no art. 
114 determinando que: 
Compete a Justiça do Trabalho 
processar e julgar o dano 
moral e patrimonial 
decorrente das relações de 
trabalho. 
 
Dessa forma, a Justiça do 
Trabalho é competente para 
julgar os danos morais epatrimoniais decorrentes de 
acidente do trabalho. 
Depois da EC as novas ações 
serão ajuizadas na justiça do 
Trabalho. 
 
Quanto as ações ajuizadas na 
Justiça Comum antes da 
promulgação da EC, que: 
Já possuíam 
sentença de 
mérito 
NÃO 
possuíam 
sentença de 
mérito 
Ficam na 
Justiça 
comum. 
Serão 
deslocadas 
para a JT. 
CONFLITO OBSERVAÇÕES ÓRGÃO JULGADOR 
 Conflito entre duas varas do 
trabalho. 
 
 Conflito entre juiz do trabalho e 
juiz de direito investido da jurisdição 
trabalhista 
 
 
 
Ambos subordinados 
mesmo TRT 
 
 
 
TRT
 
(art. 808, “a”, CLT) 
 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
36 
 
 
 Conflito entre duas Varas do 
Trabalho 
 Conflito entre juiz do trabalho e 
juiz de direito investido da jurisdição 
trabalhista 
 
 
 
 
Subordinados a TRT 
diversos 
 
 
 
 
TST
 
(art. 808, “b”, CLT) 
 
Conflito entre dois TRT’s 
TST
 
(art. 808, “b”, CLT) 
Conflito entre órgãos de justiças 
diferentes como, por exemplo:
 
• Conflito entre juiz do trabalho e 
juiz de direito 
• Conflito entre juiz do trabalho e 
juiz federal 
 
• Conflito entre TRT e juiz federal 
 
• Conflito entre TRT e juiz de direito 
 
 
 
STJ
 
(art. 105, I, “d”, CF) 
 
Conflito envolvendo Tribunal 
Superior, como por exemplo: 
 Conflito entre TST e TJ 
 Conflito entre TST e TRF 
 
 
STF
 
(art. 102, I, “o”, CLT) 
 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
37 
c. Revisão 1 
1. (FCC) TRT – 24a Região 2017 – Analista Judiciário – Área Judiciária 
Asclépio, residente e domiciliado em Manaus, participou de processo seletivo e 
foi contratado na cidade de Brasília, onde se localiza a sede da empresa Orfheu 
Informática S/A, para trabalhar como programador, na filial da empresa no 
Município de Campo Grande. No contrato de trabalho as partes convencionaram 
como foro de eleição a comarca de São Paulo. Após dois anos de contrato, 
Asclépio foi dispensado por justa causa sem receber nenhuma verba rescisória, 
retornando para Manaus. Não concordando com o motivo da sua rescisão, o 
trabalhador resolveu ajuizar reclamação trabalhista em face da sua ex-
empregadora. Conforme a regra de competência territorial prevista na lei 
trabalhista a ação deverá ser proposta na Vara do Trabalho de 
(A) Brasília, por ser a sede da empresa reclamada. 
(B) Brasília, por ser o local da contratação. 
(C) Manaus, local de seu domicílio. 
(D) Campo Grande, local da prestação dos serviços. 
(E) São Paulo, foro de eleição contratual. 
 
2. (FCC) TRT – 24a Região 2017 – Analista Judiciário – Oficial de Justiça 
Avaliador Federal 
A Constituição Federal do Brasil e a Consolidação das Leis do Trabalho 
instituíram regras sobre organização e competência da Justiça do Trabalho e 
dos órgãos que a compõem. Em observância a tais normas, 
(A) é competência da Justiça do Trabalho a apreciação de ação proposta por 
empresa para anulação de penalidade imposta em auto de infração lavrado por 
auditor fiscal do trabalho, por inobservância da cota de contratação de pessoas 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
38 
com deficiência. 
(B) o Supremo Tribunal Federal, em sede de ação direta de 
inconstitucionalidade, interpretou ser da competência da Justiça do Trabalho a 
apreciação de demandas entre o Poder Público e seus servidores, a ele 
vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-
administrativo. 
(C) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de dezessete Ministros, 
escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta anos e menos de sessenta e 
cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo 
Presidente da República após aprovação pela maioria simples do Senado 
Federal. 
(D) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove 
juízes, recrutados exclusivamente na respectiva região, e nomeados pelo 
Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de 
sessenta e cinco anos. 
(E) a Justiça do Trabalho passou a ser competente para julgar as ações de 
indenização por dano moral decorrentes da relação de emprego somente a 
partir da Emenda Constitucional n° 45/2004, visto que o texto original da 
Constituição Federal de 1988 e a jurisprudência do Tribunal Superior do 
Trabalho não admitiam o processamento de tais ações na Justiça Especializada. 
 
3. (FCC) TRT – 24a Região 2017 – Analista Judiciário – Oficial de Justiça 
Avaliador Federal 
A empresa Olimpos Construções S/A, com sede em Brasília, contratou 
empregado brasileiro através de sua sucursal em São Paulo, para gerenciar as 
obras existentes na Turquia, lugar onde prestou serviços durante dois anos. 
Rescindido o contrato o empregado retorna ao Brasil, pretendendo acionar o 
seu empregador em razão de créditos trabalhistas que entende devidos. Nessa 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
39 
situação, conforme regra prevista na Consolidação das Leis do Trabalho, 
(A) é incompetente a autoridade judiciária brasileira, para conhecer da 
reclamação trabalhista, que deveria ser ajuizada na Turquia, local da prestação 
dos serviços. 
(B) se houver foro de eleição expressamente previsto no contrato, será este o 
competente para conhecer da reclamação trabalhista. 
(C) será competente para conhecer da ação trabalhista o foro de opção 
contratual do empregado, podendo ser o da contratação, da prestação de 
serviços ou o da demissão. 
(D) a autoridade judiciária brasileira é incompetente, devendo a ação ser 
proposta no País em que o empregado foi contratado. 
(E) a autoridade judiciária trabalhista brasileira é competente para conhecer da 
reclamação trabalhista, salvo se houver Convenção Internacional dispondo em 
contrário. 
 
4. (FCC) TRT – 3a Região 2015 – Analista Judiciário – Área Judiciária 
Em relação às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, 
(A) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não 
abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos Juízes de Direito, com Recurso para 
o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. 
(B) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, não podendo, nas comarcas não 
abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos Juízes de Direito, com Recurso para 
o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. 
(C) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não 
abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos Juízes de Direito, com Recurso para 
o respectivo Tribunal de Justiça. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
40 
(D) há, atualmente, no Brasil, 22 Tribunais Regionais do Trabalho, sendo um 
em cada Estado, exceto no Estado de São Paulo que possui dois Tribunais 
Regionais do Trabalho. 
(E) compete aos Tribunais Regionais do Trabalho, julgar os recursos ordinários 
interpostos em face das decisões das Varas e também, originariamente, as 
ações envolvendo relação de trabalho. 
 
5. (FCC) TRT – 20a Região 2016 – Analista Judiciário – Área Judiciária 
A Constituição Federal expressamente prevê regras que organizam a estrutura 
da Justiça do Trabalho, e tratam da sua competência. Conforme tal regramento, 
(A) os juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da 
carreira, que comporão o Tribunal Superior do Trabalho serão indicados pelos 
próprios Regionais, alternativamente, e escolhidos pelo Congresso Nacional. 
(B) os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a 
realização de audiência e demais funções deatividade jurisdicional, nos limites 
territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e 
comunitários. 
(C) haverá pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho em cada Estado e no 
Distrito Federal, e a lei instituirá as Varas do Trabalho, podendo, nas comarcas 
onde não forem instituídas, atribuir sua jurisdição a Vara do Trabalho mais 
próxima. 
(D) os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato 
questionado envolver matéria sujeita à jurisdição da Justiça do Trabalho serão 
julgados e processados na Justiça Federal, por se tratar de remédios jurídicos 
de natureza constitucional. 
(E) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove 
juízes, que serão recrutados na respectiva região, e nomeados pelo Presidente 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
41 
do Tribunal Superior do Trabalho dentre brasileiros com mais de trinta e menos 
de sessenta e cinco anos. 
 
6. (FCC) TRT – 20a Região 2016 – Analista Judiciário – Área Judiciária 
Hera participou de processo seletivo e foi contratada como música 
instrumentista da Orquestra do Banco Ultra S/A, no Município de Itabaiana/SE, 
onde tem o seu domicílio. No contrato de trabalho foi estipulado como foro de 
eleição para propositura de demanda trabalhista o Município de Aracaju/SE. O 
banco possui agências em todos estados do Brasil e a sua sede está localizada 
em Brasília/DF. Durante os oito meses em que foi empregada do Banco, Hera 
exerceu suas funções apenas no Município de Aracaju/SE. Caso decida ajuizar 
reclamação trabalhista em face de seu ex-empregador, deverá propor em 
(A) Aracaju, porque foi o local da prestação dos serviços. 
(B) Aracaju, por ser o foro de eleição previsto em contrato de trabalho. 
(C) Itabaiana, porque é o foro do seu domicílio. 
(D) Brasília, por estar situada a sede do Banco reclamado. 
(E) Aracaju, Itabaiana ou Brasília, dependendo da sua própria conveniência 
como reclamante. 
 
7. (FCC) TRT – 20a Região 2016 – Analista Judiciário – Oficial de Justiça 
Avaliador Federal 
Zeus é estivador inscrito e atuando como trabalhador avulso no Porto do Rio de 
Janeiro. Há alguns meses ele não tem concordado com os repasses que estão 
sendo efetuados pelos trabalhos realizados, entendendo ser credor de 
diferenças. Consultou um Advogado para ajuizar ação em face do Órgão Gestor 
de Mão de Obra e o operador portuário, demanda esta que deverá ser proposta 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
42 
perante a 
(A) Justiça Comum Estadual, porque o trabalhador avulso é considerado 
autônomo sem vínculo de emprego com o órgão de mão de obra. 
(B) Justiça do Trabalho, ainda que o pedido seja somente de diferenças de 
repasses. 
(C) Justiça do Trabalho, desde que formule pedido principal de reconhecimento 
de vínculo de emprego e, acessoriamente de diferenças de repasses. 
(D) Justiça Federal, porque a matéria portuária é de segurança do Estado 
Federativo e, portanto, de ordem nacional. 
(E) Justiça Comum Estadual ou Justiça do Trabalho, visto que se tratando de 
matéria de relação de trabalho em sentido amplo, cabe ao trabalhador a opção. 
 
8. (FCC) SEGEP-MA 2016 – Procurador do Estado 
De acordo com a jurisprudência dominante do Tribunal Superior do Trabalho, 
NÃO compete à Justiça do Trabalho 
(A) declarar a abusividade, ou não, da greve. 
(B) a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente do 
Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade social. 
(C) processar e julgar ações ajuizadas por empregados relativas ao 
cadastramento no Programa de Integração Social (PIS). 
(D) determinar o recolhimento das contribuições previdenciárias incidentes 
sobre os salários pagos no período do vínculo de emprego reconhecido em 
juízo. 
(E) processar e julgar ações de indenização por dano moral e material oriundas 
de acidente do trabalho e doenças a ele equiparadas, quando estas forem 
propostas pelos dependentes e sucessores do trabalhador falecido. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
43 
 
9. (FCC) ELETROBRAS-ELETROSUL 2016 - Direito 
Em relação à competência da Justiça do Trabalho, conforme normas previstas 
na Consolidação das Leis do Trabalho aplicáveis a matéria, 
(A) a regra da competência das Varas do trabalho é determinada pela 
localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao 
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
(B) a competência da Vara do Trabalho se dá pelo local em que o empregado 
tenha domicílio, como regra, em razão do princípio da proteção ao trabalhador. 
(C) quando for parte na ação agente ou viajante comercial, a competência da 
Vara do Trabalho será determinada pelo local onde está sediada a matriz da 
empresa. 
(D) não compete à Vara do Trabalho o julgamento dos dissídios resultantes de 
contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice. 
(E) as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o 
órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho não 
estão abrangidas na competência da Justiça do Trabalho, mas sim da Justiça 
Comum Federal. 
 
10. TRT 4a Região 2016 – Juiz do Trabalho Substituto 
Considere as assertivas abaixo sobre competência em casos de acidente de 
trabalho. 
I - Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que tenham como causa de 
pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e 
saúde dos trabalhadores. 
II - A ação indenizatória proposta pelos sucessores do trabalhador vítima de 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
44 
acidente de trabalho fatal é de competência da Justiça Estadual, já que se trata 
de questão de direito civil. 
III - A ação indenizatória proposta por servidor público estatutário em razão de 
acidente de trabalho será de competência da Justiça do Trabalho. 
Quais são corretas? 
(A) Apenas I 
(B) Apenas II 
(C) Apenas III 
(D) Apenas I e II 
(E) I, II e III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
45 
d. Revisão 2 
11. (CONSULTEC) Prefeitura de Ilhéus – BA 2016 - Procurador 
De acordo com a Constituição Federal, o Tribunal Superior do Trabalho tem, 
dentre outras, a função de uniformizar a jurisprudência trabalhista e é 
composto de vinte e sete Ministros escolhidos dentre brasileiros 
(A) com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos. 
(B) com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos. 
(C) com mais de trinta e cinco e menos de sessenta anos. 
(D) com mais de trinta e menos de sessenta anos. 
(E) com trinta e cinco e menos de sessenta anos. 
 
12. TRT 2a Região 2016 – Juiz do Trabalho Substituto 
Em relação à competência da Justiça do Trabalho, segundo a Constituição da 
República, a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e as Súmulas da 
Jurisprudência Uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, para as ações que 
atualmente venham a ser ajuizadas, analise as seguintes proposições: 
I- A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória 
ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da 
iniciativa privada. 
II- A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação ajuizada 
por empregado em face de empregador relativa ao cadastramento no Programa 
de Integração Social. 
III- A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações que 
tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas 
relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores. 
 
DIREITOPROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
46 
IV- A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação sobre 
representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e 
entre sindicatos e empregadores. 
V - A Justiça do Trabalho não é competente para processar e julgar as ações 
ajuizadas contra entidades privadas de previdência buscando-se o complemento 
de aposentadoria. 
Responda: 
(A) Somente as proposições I, II e lll estão corretas 
(B) Somente as proposições l, ll e V estão corretas 
(C) Somente as proposições II,III e IV estão corretas 
(D) Somente as proposições II, III e V estão corretas. 
(E) Todas as proposições estão corretas. 
 
13. (FCC) TRT – 9a Região 2013 – Analista Judiciário – Área Judiciária 
Conforme normas legais aplicáveis à organização da Justiça do Trabalho, 
incluindo o Tribunal Superior do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e 
as Varas do Trabalho, é correto afirmar que 
(A) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, 11 juízes, 
recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente 
do Tribunal Superior do Trabalho dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 
65 anos. 
 
(B) o Conselho Superior da Justiça do Trabalho funcionará junto ao Tribunal 
Superior do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão 
administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de 
primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
47 
efeito vinculante. 
(C) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de 17 Ministros, togados e 
vitalícios, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 60 anos, 
nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pelo Congresso 
Nacional. 
(D) dentre os Ministros do Tribunal Superior do Trabalho, 11 serão escolhidos 
dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, integrantes da carreira da 
magistratura trabalhista, três dentre advogados e três dentre membros do 
Ministério Público do Trabalho. 
(E) em cada Estado e no Distrito Federal haverá pelo menos um Tribunal 
Regional do Trabalho, e a lei instituirá as Varas do Trabalho, podendo, nas 
comarcas onde não forem instituídas, atribuir sua jurisdição aos juízes de 
direito, sendo que nesse caso os recursos são julgados diretamente pelo 
Tribunal Superior do Trabalho. 
 
14. TRT 2a Região 2016 – Juiz do Trabalho Substituto 
Em relação à competência dos órgãos da Justiça do Trabalho, segundo a 
Constituição da República, a Consolidação das Leis do Trabalho, a atual 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça e 
as Súmulas da Jurisprudência Uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, 
analise as seguintes proposições: 
I - Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do 
Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. 
II - Compete ao próprio Tribunal Regional do Trabalho dirimir o conflito de 
competência entre juízes trabalhistas vinculados ao mesmo Tribunal Regional 
do Trabalho; no entanto, tratando-se de conflito de competência entre juízes 
trabalhistas vinculados a Tribunais Regionais do Trabalho distintos, compete ao 
Superior Tribunal de Justiça dirimir o conflito de competência. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
48 
III - Na lide trabalhista, compete ao Tribunal Regional do Trabalho dirimir o 
conflito de competência entre juiz trabalhista e juiz estadual investido de 
jurisdição trabalhista na mesma Região. 
IV - Na Justiça do Trabalho, a decisão interlocutória que acolhe exceção de 
incompetência territorial, com a remessa dos autos para outra Vara do 
Trabalho, vinculada ao mesmo Tribunal Regional do Trabalho a que se vincula o 
juízo excepcionado, enseja recurso imediato. 
V - E competente o Tribunal Regional do Trabalho para julgar mandado de 
segurança contra ato de seu presidente em execução de sentença trabalhista. 
Responda: 
(A) Somente as proposições l,II e III estão corretas. 
(B) Somente as proposições l,lll e V estão corretas 
(C) Somente as proposições II,III e IV estão corretas. 
(D) Somente as proposições II,III e V estão corretas. 
(E) Todas as proposições estão corretas. 
 
15. (FCC) TRT - 14ª Região 2016 – Analista Judiciário – Oficial de 
Justiça Avaliador Federal 
Há previsão legal atribuindo aos órgãos judicias as questões que devem estar 
afetas ao seu julgamento, assim como os órgãos judiciais trabalhistas têm 
traçados em lei os seus poderes para conhecer e solucionar as lides. Sobre o 
tema, conforme ordenamento jurídico é INCORRETO afirmar: 
(A) Como regra, a competência das Varas do Trabalho é determinada pela 
localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao 
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
(B) Compete às Varas Cíveis da Justiça Federal julgar as ações envolvendo 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
49 
trabalhadores portuários e os operadores portuários ou Órgão Gestor de Mão de 
Obra − OGMO, decorrentes da relação de trabalho, por envolver questão 
estratégica nacional. 
(C) A Justiça do Trabalho tem competência para analisar e decidir sobre as 
ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores 
pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. 
(D) Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações de indenização 
por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho. 
(E) É da competência das Varas do Trabalho conhecer e julgar os dissídios 
resultantes de contratos de empreitada em que o empreiteiro seja operário ou 
artífice. 
 
16. (FCC) TRT - 14ª Região 2016 – Analista Judiciário – Área Judiciária 
Conforme norma constitucional é competência da Justiça do Trabalho processar 
e julgar 
(A) ação de reparação por dano material em face do órgão previdenciário em 
razão de não concessão de aposentadoria por invalidez. 
(B) demanda possessória envolvendo um sindicato de categoria profissional que 
alega ser proprietário do prédio onde está estabelecido o Sindicato da 
respectiva categoria econômica. 
(C) ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores 
pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. 
(D) execuções, de ofício, de imposto de renda dos diretores não empregados de 
sociedades anônimas que mantém relação de trabalho com essas empresas. 
(E) ação ordinária de trabalhador em face da Caixa Econômica Federal em razão 
de não ter sido autorizada movimentação de sua conta vinculada do FGTS. 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
 
 
 
50 
 
17. (FCC) TRT - 14ª Região 2016 – Analista Judiciário – Área Judiciária 
Apolo, auditor empregado da empresa de auditoria externa Fenix S/A, foi 
dispensado por justa causa diante da alegação de desídia no desempenho das 
suas funções. O trabalhador pretende ajuizar reclamatória trabalhista 
questionando o motivo da rescisão e postulando o pagamento de verbas 
rescisórias e horas extraordinárias não remuneradas. No caso, trata-se de 
empregador que promove realização de atividades fora do lugar do contrato de 
trabalho. De acordo com as regras de competência territorial Apolo deverá 
ingressar com a ação: 
(A) Somente no local da prestação de serviços. 
(B) No foro de celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos 
serviços. 
(C) Não havendo regras na Consolidação das Leis do Trabalho sobre a matéria, 
poderá escolher qualquer comarca do Estado em que tem seu domicílio. 
(D) No foro de eleição previsto no contrato de trabalho firmado entre as

Outros materiais