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Mistura e Injeção em ciclo Otto Prof. Cesar Ricardo Weschenfelder Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. O operador do motor Otto pode variar a carga e/ou a rotação do motor alternando a posição do acelerador, que por sua vez atua sobre a válvula borboleta na entrada do ar no motor. Conhecida a vazão de ar, encontra-se instalado no trajeto um dispositivo automático que deverá dosar a quantidade correta de combustível para a quantidade de ar admitida. A dosagem do combustível será feita por um carburador ou por um sistema injetor. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Relação combustível-ar (F) Como descrito anteriormente, é a relação entre a massa, ou vazão em massa de combustível, e a massa de ar, ou a vazão em massa de ar, que formam a mistura. Também se utiliza a relação inversa ar-combustível. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Nota-se que a grande dificuldade do sistema de alimentação é colocar ar no interior do cilindro para posterior combustão. A quantidade de combustível é muito menor. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Relação combustível-ar estequiométrica (Fe) É a relação combustível-ar quimicamente, isto é, supondo uma combustão completa esse valor servirá como referência. Por exemplo supondo a gasolina tendo uma composição média C8H18 e o ar tendo em volume aproximadamente, 21% de oxigênio e 79% de nitrogênio: Lembrando que a composição da gasolina é variável e o etanol contem certa porcentagem de água. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Fração relativa combustível-ar (FR) E a relação entre certa relação combustível-ar e a relação estequiométrica de um dado combustível. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Tipo de mistura em relação ao comportamento do motor Do ponto de vista da admissão, a relação combustível-ar é simplesmente o quociente entre a massa de combustível e a massa de ar que entram no motor, entretanto, do ponto de vista da combustão, o comportamento da mistura não depende apenas da sua composição média, mas principalmente da homogeneização do vapor de combustível no ar. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Em certas condições, pode-se ter uma mistura com FR>1 apresentando comportamento de mistura pobre, por falta de homogeneização, tem-se, como exemplo, o caso do motor frio, no qual a falta de vaporização causa sinais de pobreza, mesmo que a mistura, em media, esteja extremamente rica. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Quanto ao comportamento do motor, as misturas serão classificadas em quatro tipos fundamentais. Limite pobre • É mistura mais pobre possível em combustível, que ainda possibilite manter o motor estável e operando. A chama, excessivamente lenta, irá manter-se durante grande parte do curso de expansão e possivelmente até o fim do escape, início de admissão. • Esse fenômeno provoca o superaquecimento da câmara e a ignição da mistura admitida, causando retorno de chama (back fire). O motor nessa situação torna-se instável, não conseguindo rotação constante, mesmo fixando o acelerador. • Obviamente, o limite pobre é uma situação indesejável. A sua apresentação visa a demonstrar que no motor Otto existe um limite inferior de pobreza da mistura, abaixo do qual o motor não poderá funcionar Em condições normais, de uma forma geral, o limite pobre para motores Otto acontece para misturas com FR entre 0,7 e 0,85. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Mistura econômica • Em geral, é uma mistura levemente pobre, de forma que o excesso de ar provoque uma combustão completa e adequada do combustível admitido. E a mistura que, na condição desejada para o motor, produz o mínimo consumo especifico. Contribui também para a redução da emissão de monóxido de carbono (CO). Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Mistura de máxima potência • É uma mistura levemente rica, de forma que o excesso de combustível provoque a combustão completa e adequada do ar que o motor pode admitir. É a mistura que, numa dada rotação e posição do acelerador, produz a máxima potência. Nessa situação aumenta a probabilidade da emissão de monóxido de carbono (CO). Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Limite rico • É uma condição na qual o excesso de combustível dificulta a propagação da chama. A vaporização em excesso (consome energia térmica), sem a respectiva combustão (libera energia térmica), por falta de ar, provoca diminuição da temperatura na câmara de combustão, com consequente extinção da chama. • Ao ultrapassar o limite rico, o motor não funciona (popularmente chamado de motor afogado). Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. As ferramentas utilizadas são: Carburador; Sistema de injeção mecânica para motores Otto. Sistema de injeção eletrônica para motores Otto. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Carburador elementar O carburador elementar foi utilizado durante anos como ferramenta básica para estabelecer a relação combustível- ar para um motor em estudo, sendo que atualmente encontra-se em desuso. Promovia a dosagem da quantidade de combustível desejada, para certa vazão de ar admitida no motor. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Constitui-se de um reservatório denominado cuba (9), no qual o nível do combustível é mantido aproximadamente constante por uma boia (8) que através de uma válvula de agulha (10), regula a entrada de combustível enviado por uma bomba (11). A vazão de ar é regulada pela perda de carga estabelecida por uma borboleta aceleradora (2), Na qual tem acesso o operador, por meio do acelerador. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. O ar passa por um Venturi (ou difusor - 4) que na garganta aumenta a velocidade do fluxo, causando depressão e a consequente sucção do combustível da cuba (5). A vazão do combustível, para uma dada sucção, pode ser dimensionada por uma perda de carga maior ou menor. Esta é estabelecida em função do tamanho do gicleur (orifício calibrado - 5) utilizado. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Ao aumentar a vazão de ar pelo Venturi (abrindo a borboleta ou aumentando a rotação pela menor carga no eixo do motor), a velocidade na garganta aumenta, com consequente aumento da depressão e, portanto da sucção do combustível, mantendo uma relação combustível- ar aproximadamente constante. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Essa constância não existe, pois o Venturi sente a vazão em volume do ar e a relação combustível-ar é em massa. Conforme a velocidade do ar aumenta, a densidade do mesmo diminui produzindo uma vazão em massa menor do que a que seria produzida se o ar fosse incompressível. Dessa forma, para vazões cada vez maiores, a mistura tem uma tendência a enriquecer cada vez mais. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Sistema de injeção De forma análoga ao carburador elementar, uma vez fixada a rotação e a posição da borboleta aceleradora, o sistema de injeção proporcionara a variação damassa de combustível admitida para se atingir a relação ar- combustível desejada. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Carburador Se for levantada a curva característica de um carburador elementar; será observado que, para a borboleta muito fechada, a vazão de ar é tão baixa na garganta do Venturi que não haverá sucção de combustível, produzindo FR=0. Ao abrir a borboleta, a mistura irá enriquecendo, assim conclui-se que o carburador elementar não é capaz de atender as misturas desejadas pelo motor a menos que seja dotado de alguns dispositivos auxiliares que deverão fazer a curva do carburador coincidir com a do motor. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Basicamente os sistemas auxiliares aplicados num carburador são: Sistema de partida à frio: composto por uma segunda borboleta que proporciona arraste de combustível por todos os orifícios proporcionando uma mistura bastante rica assegurando facilidade de iniciar o funcionamento (ligar) mesmo à frio. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Sistema de marcha lenta e progressão: garantem uma passagem suave da marcha lenta para as rotações mais altas através de furos situados estrategicamente acima da borboleta, introduzindo combustível com a carga. Sistema principal: constituído de uma saída (ligada a cuba) que fornece o combustível na garganta do Venturi. Sistema de aceleração rápida: insere, por meio de bomba de membrana, quantidade adicional de combustível, sempre que há brusca abertura da borboleta aceleradora compensando assim a entrada de ar adicional. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Injeção mecânica para motores Otto O Sistema de injeção mecânica é utilizado desde 1925 em motores de avião, pois independe dos efeitos da gravitação permitindo trabalhar em qualquer posição e apresentar menor sensibilidade ao congelamento. A partir de 1950, começou a ser usado com bombas em linha em veículos de competição. Este sistema: • Não possui sistema eletrônico de gerenciamento. • Injeta o combustível continuamente. • Apresenta controles de partida a frio; marcha lenta; aceleração parcial e aceleração total. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Injeção eletrônica para motores Otto Os requisitos cada vez mais exigentes para as emissões dos gases de escape dos MCIs fazem com que se busquem métodos cada vez mais aperfeiçoados e independentes de recursos humanos, para a alimentação de combustível dos motores. Para essa finalidade, utiliza- se o sistema de injeção eletrônica. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. A injeção eletrônica de combustível para motores do Ciclo Otto é um desenvolvimento antigo que saiu de modelos puramente mecânicos para sistemas atuais que se valem do desenvolvimento e da redução de custos pelos quais passou a eletrônica. O carburador eletrônico se vale dos mesmos recursos da injeção eletrônica, aplicados para a automação de algumas funções do carburador convencional. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. É importante não confundir o sistema de injeção para motores do Ciclo Otto com o utilizado em motores do Ciclo Diesel. Nesses últimos a injeção se realiza diretamente na câmara de combustão, no fim da compressão, pois é a entrada do combustível que comanda o inicio da combustão por autoignição. Por causa disso, o Sistema de injeção Diesel trabalha com alta pressão, pois além de pulverizar o combustível, devera injetar a pressões superiores as de compressão e até de combustão, já que a injeção normalmente se prolonga ate esta fase. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Já no motor do ciclo Otto quem comanda a ignição é a faísca, Sendo a taxa de compressão mais baixa, para que o combustível não se inflame espontaneamente durante a compressão. Nos sistemas mais difundidos atualmente (PFI), o combustível será injetado no sistema de admissão, junto à válvula de admissão ou no próprio coletor de admissão e admitido por sucção, com o fluxo de ar durante a abertura da válvula de admissão. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Logo, o sistema injetor para Otto não precisa ser de alta pressão, a homogeneização da mistura é realizada no próprio coletor de admissão e se completa no interior cilindro durante a admissão e compressão. O sistema de injeção Diesel controla a quantidade de combustível, independentemente do consumo de ar. No motor do ciclo Diesel, o controle da carga é realizado pela quantidade de combustível injetada numa certa quantidade de ar. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. No motor Otto, a qualidade da mistura deve se manter próxima da estequiométrica para que a propagação da chama seja adequada. Logo, o sistema injetor deve possuir um sensor para a vazão de ar a fim de que possa dosar automaticamente a vazão de combustível. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. As vantagens que o sistema injetor tem sobre um sistema de carburação convencional são em geral: • Maior controle da mistura ar-combustível. • Maior economia de combustível. • Melhor dirigibilidade, principalmente a frio. • Controle automático das rotações máxima e mínima. • Melhor controle do nível de emissões. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. A melhor dosagem do combustível em cada condição de uso do motor é um dos responsáveis pelos menores níveis de emissões de poluentes. Sinais de entrada na Engine Control Unit (ECU) considerados no cálculo da massa injetada de combustível. Os sinais de entrada são os impulsos elétricos provenientes de sensores e interruptores dos subsistemas (ar - combustível - elétrico) que informam as condições instantâneas de funcionamento do motor. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. O subsistema de ar determina a quantidade de ar admitido pelo motor em todos os regimes de funcionamento do motor, através dos componentes: • Filtro de ar. • Corpo de borboleta. • Coletor de admissão. • Sensor de posição de borboleta. • Sensor de temperatura do ar. • Sensor de pressão absoluta. • Sensor de vazão de ar. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. A construção do corpo de borboleta para uma dada aplicação é uma solução prática onde são satisfeitos os seguintes compromissos: dirigibilidade, emissões de gases poluentes e consumo de combustível. Acionada via pedal do acelerador pelo motorista, a posição angular da borboleta determina a quantidade de ar admitida pelo MCI. O acionamento da borboleta pode ser via cabo, conectado mecanicamente ao pedal do acelerador, ou via chicote elétrico, por meio de sinais elétricos comandados pela Engine Control Unit (ECU) Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Outro elemento importante no subsistema de ar é o coletor de admissão que deve distribuir o ar admitido de forma igualitária a todos os cilindros do motor, com dispersão inferior a 5%. Os coletores atuais são construídos em poliamida de forma a reduzir custos, perda de carga, e transferência de calor do “vão”do motor para o ar de admissão. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Encontram-se fixados no coletor, o corpo de borboleta, o sensor de temperatura do ar, os injetores e as tomadas de pressão absoluta, servo freio, regulador de pressão de combustível e entrada de recirculação dos gases do cárter (blow by). Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. O subsistema de combustível fornece a quantidade adequada de combustível, sob pressão, em todos os regimes de trabalho do motor quando o motor é desligado o sistema deve manter uma pressão residual, de forma a evitar a formação de bolhas de vapor de combustível, que poderão comprometer a próxima partida. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. O combustível é pressurizado por uma bomba elétrica, instalada ao longo da linha de combustível, antes do filtro de combustível. Também utiliza-se a bomba de combustível instalada no interior do tanque de combustível. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. O tubo distribuidor ou fuel rail armazena e distribui o combustível às válvulas injetoras. A quantidade de combustível armazenada é maior que a quantidade necessária ao funcionamento do motor, de forma a evitar oscilações de pressão junto às válvulas injetoras, garantindo pressão igual de combustível para todas as válvulas injetoras. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Também se considera parte do sistema combustível o canister, filtro de vapor de combustível (6), cuja finalidade é controlar as emissões evaporativas. Trata-se de um filtro de carvão ativado que acumula os vapores de combustível provenientes do Sistema de combustível, mais especificamente do tanque de combustível (8). Os vapores acumulados no canister são admitidos pela depressão no coletor de admissão por meio de uma tomada do coletor de admissão. O fluxo desses vapores é controlado pela válvula de purga (4). Essa válvula é comandada pela ECU, e, quando aberta, permite o fluxo de vapores ao coletor de admissio, promovendo assim a limpeza do canister de maneira ecológica. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. O subsistema elétrico tem as seguintes funções: • Alimentação elétrica de todos os componentes do sistema. • Detecção e medição das condições de trabalho do motor e geração de sinais correspondentes. • Interligação de componentes. • Processamento de sinais elétricos recebidos dos sensores. • Controle da massa de combustível através de pulsos enviados às válvulas injetoras. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Os sistemas de injeção podem ser classificados: • Quanto à tecnologia: analógica ou digital. • Quanto ao número de injetores: monoponto (single point) ou multiponto (multipoint). • Quanto à sequencia de injeção simultânea (full group) ou sequencial fasado. • Quanto à posição do injetor: junto ao corpo de borboleta (CFI – central fuel injection), próximo à válvula de admissão (PFI - port fuel injection) ou no interior da câmara de combustão (DI - Direct injection); • Quanto ao combustível utilizado no sistema dedicado (utiliza um único combustível) ou sistema multicombustível (Flex), que utiliza misturas de combustível. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Monoponto Multiponto Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Sistema analógico de injeção eIetrônica Os primeiros sistemas de injeção eletrônica aplicados no Brasil foram os sistemas analógicos. Esses sistemas são PFI (port fuel) multiponto, analógicos, com injeção full group. O controle do sensor de oxigênio (sonda lambda) é feito e o sistema é dedicado a um único combustível. E não há diagnose embarcada. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Sendo esse sistema um sistema full group, os injetores se abrem durante o mesmo período a cada volta do motor portanto, apenas a metade da massa, de combustível necessária é injetada a cada abertura do injetor. O controle automático de marcha lenta tem a função de manter a rotação do motor em uma faixa aceitável para todas as condições de funcionamento. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Nos sistemas analógicos, o controle de marcha lenta é feito por uma válvula de marcha lenta. Essa válvula controla a passagem adicional de ar durante a partida e a fase de aquecimento do motor. Além dessa passagem, ha ainda uma passagem adicional de ar para compensar o torque requerido pelo compressor do condicionador de ar, passagem esta controlada por uma válvula solenoide. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Com esses primeiros sistemas de injeção eletrônica de combustível, já era possível interromper a alimentação do motor em manobras de desaceleração com o veiculo engrenado (cut-off), garantindo menor consumo de combustível e menor emissão de poluentes. Essa estratégia considera a posição do pedal do acelerador, indicada pelos interruptores de posição da borboleta. Esses mesmos interruptores são responsáveis por comandar o enriquecimento de combustível a plena carga. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Sistema digital de injeção eletrônica Os sistemas digitais foram aplicados num segundo momento da injeção. A eletrônica digital permite a utilização de estratégias de controle de motor mais complexas e eficazes. Esses sistemas São PFI (port fuel) multiponto, digitais, com injeção sequencial fasada. O controle do sensor de oxigênio (sonda lambda), o sistema é flexível à misturas de combustível e ha diagnose embarcada. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. Outra grande vantagem da injeção eletrônica digital sobre a analógica é a flexibilidade de se alterar os parâmetros de controle da lógica (dados de calibração). Esses dados ficam armazenados na memória do microprocessador ao passo que em sistemas analógicos os parâmetros de controle eram definidos por componentes físicos. Ou seja, os módulos digitais permitem sua aplicação em diversos motores, bastando alterar dados de software, o que contribuiu significativamente para a redução do custo do componente. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. A ECU (Engine Control Unit) é um microprocessador cuja função é a de operar o programa de controle, onde são consideradas as informações que chegam dos sensores e gerados os comandos para os atuadores. Para isso, o sistema conta com dois tipos de memória: • A memória ROM; • A memória RAM. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. A memória ROM que: • Armazena o programa que faz funcionar a ECU e nunca se apaga; • Armazena as características do motor (os mapas de injeção e de ignição); • Não permite alterações. A memória RAM que: • É permanente para leitura/cálculos; • É volátil, ou seja, se apaga ao desligar a alimentação da ECU; • Armazena mapas adaptativos de desgaste do motor, modos de dirigir e possíveis falhas do motor. Formação da mistura combustível-ar nos motores do ciclo Otto. O processo de injeção sequencial fasado promove a injeção de combustível fasada ao PMS de cada cilindro, juntamentecom a centelha de ignição. Com isso, obtém-se um controle da quantidade de combustível muito mais preciso e atualizado a cada evento de combustão.
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