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2º semestre de 2018 FENÔMENOS DE TRANSPORTE I Prof. Karina Klock da Costa 1 Cinemática de Fluidos Campos de velocidade e aceleração F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a Campo de aceleração Logo, para a aceleração: Ԧ𝑎 𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡 = 𝜕 Ԧ𝑣 𝜕𝑡 + Ԧ𝑣 ∙ ∇ Ԧ𝑣 F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 2 Aceleração local Aceleração convectiva Campo de aceleração A aceleração pode ser obtida para as três coordenadas, por: 𝑎𝑥 = 𝜕𝑣𝑥 𝜕𝑡 + 𝑣𝑥 𝜕𝑣𝑥 𝜕𝑥 + 𝑣𝑦 𝜕𝑣𝑥 𝜕𝑦 + 𝑣𝑧 𝜕𝑣𝑥 𝜕𝑧 𝑎𝑦 = 𝜕𝑣𝑦 𝜕𝑡 + 𝑣𝑥 𝜕𝑣𝑦 𝜕𝑥 + 𝑣𝑦 𝜕𝑣𝑦 𝜕𝑦 + 𝑣𝑧 𝜕𝑣𝑦 𝜕𝑧 𝑎𝑧 = 𝜕𝑣𝑧 𝜕𝑡 + 𝑣𝑥 𝜕𝑣𝑧 𝜕𝑥 + 𝑣𝑦 𝜕𝑣𝑧 𝜕𝑦 + 𝑣𝑧 𝜕𝑣𝑧 𝜕𝑧 F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 3 Derivada Material O operador diferencial em relação ao tempo recebe um nome: derivada material. Para enfatizar, atribui-se uma notação especial a ele: 𝐷 𝐷𝑡 Ele é formado ao seguir uma partícula de fluido à medida que ela se movimenta através do campo de escoamento. Outros nomes: derivada total, de partícula, lagrangeana, euleriana e substancial. F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 4 Derivada Material A derivada material é definida por: 𝐷 𝐷𝑡 = 𝜕 𝜕𝑡 + Ԧ𝑣 ∙ ∇ Quando aplicamos ao campo de velocidade, o resultado é o campo de aceleração: Ԧ𝑎 𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡 = 𝐷 Ԧ𝑣 𝐷𝑡 = 𝜕 Ԧ𝑣 𝜕𝑡 + Ԧ𝑣 ∙ ∇ Ԧ𝑣 Chamada de aceleração material. F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 5 Derivada Material Pode ser aplicada a outras propriedades do fluido, além da velocidade, por exemplo, a derivada material da pressão pode ser escrita por: 𝐷𝑃 𝐷𝑡 = 𝜕𝑃 𝜕𝑡 + Ԧ𝑣 ∙ ∇𝑃 Que representa a taxa de variação da pressão no tempo acompanhando uma partícula à medida que ela se movimenta no escoamento. F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 6 2º semestre de 2018 FENÔMENOS DE TRANSPORTE I Prof. Karina Klock da Costa 7 Equações de Bernoulli e Energia F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a Leis de conservação Equações de balanço. Conservação da massa Conservação da energia Conservação da quantidade de movimento linear. F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 8 Conservação da massa A quantidade de matéria é conservada ou transformada no decorrer do processo. A massa m e energia E podem ser convertidas uma na outra, de acordo por a fórmula proposta pro Einstein: 𝐸 = 𝑚𝑐² Sendo c a velocidade da luz no vácuo: c = 2,9979 × 108 m/s Fe n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 9 Conservação da massa A quantidade de massa que escoa através de uma seção transversal por unidade de tempo é chamada de vazão mássica ( ሶ𝑚). Se avaliarmos um elemento de área diferencial, a vazão de massa pode ser expressa por: 𝛿 ሶ𝑚 = 𝜌𝑣𝑛𝑑𝐴𝑐 A componente da velocidade do escoamento normal à área 𝑑𝐴𝑐 é 𝑣𝑛. F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 10 Conservação da massa Tendo-se a variação da vazão mássica em um elemento, é possível determinar a vazão em toda a área por integração: ሶ𝑚 = න 𝐴𝑐 𝛿 ሶ𝑚 = න𝜌𝑣𝑛𝑑𝐴𝑐 Tendo a velocidade média, é possível determinar a vazão. F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 11 Conservação da massa Princípio da conservação da massa: A transferência total de massa para dentro ou para fora de um volume de controle durante um intervalo de tempo Δt é igual à variação total (aumento ou diminuição) da massa total dentro do volume de controle durante Δt. massa total entrando no VC durante ∆t − massa total deixando o VC durante ∆t = variação total da massa no VC durante ∆t 𝑚𝑒 −𝑚𝑠 = ∆𝑚𝑉𝐶 F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 12 Conservação da massa Princípio da conservação da massa: 𝑚𝑒 −𝑚𝑠 = ∆𝑚𝑉𝐶 Em termos de taxa, tem-se: ሶ𝑚𝑒 − ሶ𝑚𝑠 = 𝑑𝑚𝑉𝐶 𝑑𝑡 A massa total é determinada por integração dentro do VC: 𝑚𝑉𝐶 = න 𝑉𝐶 𝜌 𝑑𝑉 Ou, em função da taxa: 𝑑𝑚𝑉𝐶 𝑑𝑡 = 𝑑 𝑑𝑡 න 𝑉𝐶 𝜌𝑑𝑉 F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 13 Componente normal da velocidade O ângulo de saída da velocidade pode variar em relação à área de saída, logo, a componente normal da velocidade pode ser escrita por: 𝑣𝑛 = 𝑣𝑐𝑜𝑠𝜃 = Ԧ𝑣𝑛 Então a vazão mássica diferencial pode ser escrita por: 𝛿 ሶ𝑚 = 𝜌 𝑣𝑐𝑜𝑠𝜃 𝑑𝐴 = 𝜌 Ԧ𝑣𝑛 𝑑𝐴 Sendo que a vazão é obtida pela integração na área: ሶ𝑚 = න𝛿 ሶ𝑚 = න𝜌𝑣𝑛𝑑𝐴 = න𝜌 Ԧ𝑣𝑛 𝑑𝐴 F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 14 Conservação da massa Conservação geral da massa: 𝑑 𝑑𝑡 න 𝑉𝐶 𝜌𝑑𝑉 +න 𝑆𝐶 𝜌 Ԧ𝑣𝑛 𝑑𝐴 = 0 A variação da massa no interior do volume de controle mais a vazão total de massa através da superfície de controle é iguala a zero. Em resumo: o que entra – o que sai = acúmulo. F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 15 Conservação da massa Sendo que o sistema pode possuir mais de uma entrada e mais de uma saída, estabelece-se que as saídas são positivas e as entradas são negativas e devem ser todas somadas: 𝑑 𝑑𝑡 න 𝑉𝐶 𝜌𝑑𝑉 + 𝑠 𝜌 𝑣𝑛 𝐴 − 𝑒 𝜌 𝑣𝑛 𝐴 = 0 𝑑 𝑑𝑡 න 𝑉𝐶 𝜌𝑑𝑉 = 𝑒 ሶ𝑚 − 𝑠 ሶ𝑚 = 0 F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 16 Exemplo Considerar um escoamento unidimensional, com entrada e saída e regime estacionário. Aplicar a equação de conservação da massa no volume de controle. Utilizar a equação para tubos de diâmetro D1 e D2, respectivamente. Encontrar uma equação para v1. 𝑑 𝑑𝑡 න 𝑉𝐶 𝜌𝑑𝑉 +න 𝑆𝐶 𝜌 Ԧ𝑣𝑛 𝑑𝐴 = 0 F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 17 Exemplo 2 Fluido incompressível, regime permanente. F e n ô m en o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 18 A1 v1 ρ1 A2 v2 ρ2 A3 v3 ρ3 Exemplo 3 Tem-se dois fluidos adentrando em um volume de controle, em regime permanente, por entradas distintas, conforme figura abaixo. Sabendo-se que o fluido da entrada 1 é água e da entrada 2, óleo. Determine a vazão e a densidade da mistura que sai em 3 a partir da equação da conservação de massa na forma integral. F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 19 Q = 1 m³/h D = 0,8 m 𝜌 = 800 kg/m³ Q = ? 𝜌 = ? Q = 5 m³/h 𝜌 = 1000 kg/m³ 1 2 3 Aplicação da Lei de Pascal Todos os pontos do fluido em uma mesma linha vertical possuem a mesma pressão. 𝑃1 = 𝑃2 𝑃1 𝐴1 = 𝑃2 𝐴2 F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 20 Exercício Considere um líquido confinado em uma região delimitada por dois êmbolos A e B, de áreas a = 80 cm² e b = 20 cm², respectivamente. Para que o sistema esteja em equilíbrio, desprezando os pesos dos êmbolos e os atritos, sendo a massa em A = 4,0 kg, qual deve ser a massa em B? F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 21 Referências ÇENGEL, Y. A.; CIMBALA, J. M. Mecânica dos Fluidos: Fundamentos e aplicações. 3ª Ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. ISBN: 978-85-8055-490-8. BRUNETTI, F. Mecânica dos Fluidos. 2ª. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. ISBN ISBN 978-85-7605-182-4. FOX, R. W. et al. Introdução à mecânica dos fluidos. 9. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2018. POTTER, M. C.; WIGGERT, D. C. Coleção Schaum: Mecânica dos Fluidos. Porto Alegre: Bookman, 2018. ISBN ISBN 978-85-8260-454-0. F e n ô m e n o s d e T ra n sp o rt e I - P ro f. K a ri n a K lo ck d a C o st a 23 Fenômenos de Transporte I Prof. Karina Klock da Costa
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