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1 FINANÇAS CORPORATIVAS Denise R Callado I FINANÇAS E EMPRESAS Finança é definida como a arte e a ciência de administrar o dinheiro. Por este motivo é um tema amplo e dinâmico que afeta não só a vidas das empresas, mas antes de tudo do próprio cidadão – você. Tanto pessoas físicas como jurídicas ganham, gastam e investem dinheiro. Finanças diz respeito ao processo, ‘as instituições, aos mercados e aos instrumentos envolvidos na transferência de dinheiro entre pessoas e órgãos governamentais. Ainda que profissionalmente você não esteja trabalhando diretamente com finanças elas interagem no seu cotidiano. 1.1. Áreas de Concentração das Finanças: - Serviços Financeiros: Dizem respeito a concepção e a oferta de assessoria e produtos financeiros a pessoas físicas e jurídicas, empresas e órgãos governamentais. Oferecidos pelas instituições bancárias e afins, assessoria creditícia, de imóveis, seguros e investimentos. - Administração Financeira: Responsável pela gestão dos negócios das organizações de todos os tipos(com fins lucrativos, sem fins lucrativos, associações, condomínios...) e tamanhos (micro, pequenas, médias ou grandes empresas). Nestas instituições a administração financeira tem como finalidade planejar, conceder empréstimos/créditos a clientes, captação de recursos, investimentos de longo prazo. Sendo assim, o administrador financeiro está envolvido no desenvolvimento das instituições onde atuem razão pela qual muitos executivos se dedicam a área financeira. 1.2. Formas Jurídicas de Constituição das Empresas. Quando uma pessoa jurídica é criada ela se estabelece juridicamente, ganhando uma característica que compõe sua denominação social. No Brasil quais são os tipos de formas jurídicas mais comuns? Empresa individual: Microempreendedor individual - MEI Tipo de empresa individual criada pela Lei Complementar 128/2008 que criou o microempreendedor individual, visando a trazer para a legalidade milhares de brasileiros que trabalhavam por conta própria sem contribuir para nenhuma das esferas de governo. O trabalhador que optar por ser um MEI deve ter um faturamento anual não superior a R$ 60 mil e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. No entanto, não são todos os 2 trabalhadores que podem optar por este tipo de empresa, existe uma lista com as atividades que podem ser exercidas. Empresa individual de responsabilidade limitada - EIRELI Através da Lei 12441/2011, foi criada a Empresa Individual de REsponsabilidade LImitada (EIRELI). Neste tipo de empresa apenas uma única pessoa subescreve todo o valor do capital social, que obrigatoriamente integralizado, não poderá ser inferior a 100 vezes o maior salário- mínimo vigente no País (art 980 A). Desta forma, o empresário individual não precisa responder com seus bens particulares às responsabilidades da empresa criada. Também é obrigatória a posposição do termo EIRELI ao nome empresarial. ar Empresa Limitada: As sociedades por quotas exigem um mínimo de dois sócios. Também conhecida como "Ltda", a sociedade por cotas de responsabilidade limitada é o tipo de sociedade empresária mais comum no Brasil. É formada por dois (sempre) ou mais pessoas, que passam a ser chamados de sócios. As sociedades limitadas - como também são chamadas as Ltda. - são regidas por um contrato social onde são qualificados os sócios, a forma de operação, o capital social investido. Como este é dividido em cotas, o pagamento das obrigações contraídas pela empresa é limitado à participação dos sócios, que não responderão com seus bens particulares. Sociedade Anônima: As sociedades anônimas - conhecidas também como S/A ou S.A. - são sociedades empresárias em que o capital social não é atribuído a uma pessoa específica como o caso das sociedades limitadas. No caso das S/A o capital social é dividido em ações, que podem se ordinárias, que permitem voto em assembleias a seus proprietários, ou preferenciais, que dão preferência no recebimento de dividendos a seus proprietários. Uma empresa constituída sob a forma jurídica das S/A é regida pela Lei 6.404/76, 11638/2007. As sociedades anônimas sempre serão sociedades empresárias e a razão social sempre deverá vir acompanhada das expressões "companhia" - somente no início - ou "S/A". Pela sua complexidade, este tipo de sociedade é recomendado para grandes empresas. Gestão da S/A = Os acionistas votam para eleger os membros do conselho de administração e deliberar sobre questões como a alteração do estatuto social. O Conselho de Administração é o responsável pelo desenvolvimento de planos e objetivos estratégicos, pelas políticas gerais, pela orientação dos negócios, pela aprovação de grandes investimentos, pela contratação ou demissão, pela remuneração e acompanhamento dos principais diretores executivos. Elegem Contrata ACIONISTAS Cons de Administração CEO – Presidente Executivo Vice Pres de RH Vice Pres de Oper.Ind CFO – Vice Pres Finanças Vice Marketing Vice Tec Informação 3 O CEO (Chief Executive Officer, que significa Diretor Executivo) é responsável pela administração da empresa, pela execução das políticas estabelecidas pelo conselho de administração é o gestor. Deve fazer relatórios periódicos aos membros do conselho apresentando os resultados. O CFO ((Chief Financial Officer, que significa Diretor Financeiro) é responsável pela gestão financeira, costuma ser responsável por captação de fundos, tomada de decisões para investimentos, creditos concedidos, gestão de câmbio e outros relacionados as finanças. 1.3 Regime Tributário O regime tributário de cada empresa não se relaciona diretamente com a natureza jurídica de sua constituição. Atualmente podemos encontrar três formas de arrecadação de tributos, que são: Simples Nacional - O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 e posteriores alterações. Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Dentre as facilidades oferecidas está o fato de poder recolher o tributo através de uma única guia e posterior repasse da cota condizente a cada ente da federação. Quanto à classificação do Porte da Empresa através do faturamento, são classificadas em Micro Empresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP). ME – Faturamento Anual até R$ 360.000,00 e EPP de R$ 360.000,01 a R$ 3.600.000,00 Além do faturamento, o tipo de atividade desenvolvida pela empresa pode ser vedar sua participação no Simples Nacional. Lucro Presumido - O lucro presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real. No Lucro Presumido, como o nome propõe há presunção de Lucro e ainda que este não ocorra mas haja faturamento haverá imposto a pagar. Cada tipo de atividade tem uma presunção de lucro ou margem de lucro presumida. Ex.Venda de Mercadorias, serviços hospitalares, transportes de cargas e outros 8%; Combustível 1,6%; Serviços em geral 32%. O faturamento limite para que uma empresa possa permanecer no Lucro Presumido atualmente é de R$ 78.000.000,00.Tanto quanto no Simples Nacional há atividades que não podem participara deste modelo de tributação. Tesoureiro Controller Gerente de Capital; Gerente de Crédito; Gerente de Câmbio, outros Gerente de Contabilidade de Custos; Gerente de Assuntos Fiscais; outros CFO 4 Lucro Real - é a regra geral para aapuração do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica. Ao mesmo tempo em que é o “regime geral” também é o mais complexo. Nesta modalidade, a empresa recolherá seus tributos caso haja resultado positivo – lucro. Havendo prejuízo não há o que pagar e este poderá ser compensado futuramente. Qualquer empresa pode optar por este regime tributário, atendendo aos imperativos legais. Por suas características os bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta, entre outros só podem participar deste regime tributário. Gestão da S/A = Os acionistas votam para eleger os membros do conselho de administração e deliberar sobre questões como a alteração do estatuto social. O Conselho de Administração é o responsável pelo desenvolvimento de planos e objetivos estratégicos, pelas políticas gerais, pela orientação dos negócios, pela aprovação de grandes investimentos, pela contratação ou demissão, pela remuneração e acompanhamento dos principais diretores executivos. 1.4. Função da Administração Financeira. Profissionais de todas as áreas de responsabilidade precisam interagir com o setor de finanças para desempenhar suas tarefas, pois cabe a este departamento, fazer previsões, tomar decisões de acordo com o que foi estabelecido pelo Conselho de Administração. Deste modo, ao avaliar o lançamento de um produto, o gerente financeiro precisa obter do departamento de Mkt previsões de vendas, diretrizes de preços e estimativa de publicidade e promoção. Por esta razão, o administrador financeiro está diretamente relacionado com duas outras ciências a economia e a contabilidade. Outro fator importante é o porte da empresa, nas pequenas a função do administrador financeiro costuma ser realizada pelo departamento de contabilidade. A medida que a empresa cresce, tende a ser um departamento separado que se reporta ao executivo. 1.5. Interação com a Contabilidade e a Economia Economia – os administradores precisam entender o arcabouço da economia e estarem atentos para as consequências das variáveis econômicas, mudanças da política econômica local e ou internacional, política tributária local e ou internacional, saber usar as teorias econômicas como diretrizes para operações eficientes. Alguns exemplos disso são a análise da Oferta e da Demanda( se o mercado estuda novas tecnologias insistir em comercializar antigas é limitar o crescimento ou falir) , Estratégias de Maximização de Lucros (não é somente redução de custos, mas a busca de novos mercados), Definição de Preços (diferenciando-os pela agregação de valor ao produto). O principal princípio econômico usado na administração financeira é o da análise marginal custo benefício, segundo o qual decisões financeiras devem ser tomadas e atos tem que ser praticados quando os benefícios adicionais superarem os custos adicionais.Exemplo: 5 Um administrador financeiro de uma grande loja de departamentos de luxo. Atualmente ele está decidindo se substituirá um dos computadores da empresa por outro mais novo e sofisticado que aceleraria o processamento e permitiria operar um maior volume de transações. O novo computador exigiria o desembolso de R$ 80.000,00 e o antigo poderia ser vendido por R$ 28.000,00 líquidos. Os benefícios totais com a nova aquisição seriam de R$ 100.000,00, os benefícios produzidos pelo computador antigo no mesmo período seriam de R$ 35.000,00. Aplicando a análise marginal, pergunta-se deve o administrador deve substituir os computadores? Benefícios com o novo computador 100.000,00 (-) Benefícios com o computador antigo 35.000,00 (1) Benefícios Marginais (adicionais) 65.000,00 Custo do novo computador 80.000,00 (-)Lucro líquido com a venda do antigo 28.000,00 (2) Custo marginal adicional 52.000,00 Benefício Líquido (1-2) 13.000,00 Como os benefícios marginais adicionais de R$ 65.000,00 superam os custos marginais (adicionais) de R$ 52.000,00.Recomenda-se a compra do computador novo para substituir o antigo. A empresa terá um benefício líquido de R$ 13.000,00 com a decisão Contabilidade – A contabilidade relata informações que ocorreram efetivamente, sustentando seus relatórios através de documentos que comprovam os fatos. Por este motivo a contabilidade apresenta seus relatórios com base nos episódios reais. A contabilidade baseia-se no regime de competência nos quais Receitas e Despesas, são reconhecidas no momento da venda e as despesas quando incorridas. E o administrador financeiro está atento aos fluxos de caixa, entradas e saídas de dinheiro. Ele mantém a empresa solvente para que ela possa dar conta de seus compromissos e promova investimentos. Por esta razão o administrador financeiro está atento ao regime de caixa, aquele que reconhece receitas e despesas somente quando elas ocorrem. Você sabe qual a diferença entre fato econômico e fato financeiro? Um fato econômico não necessariamente se torna imediatamente financeiro. Exemplo: ao emitir uma NF com prazo de recebimento de 60 dias estamos falando de um fato econômico, pelo regime de competência ele ocorreu a receita está lançada na contabilidade com a data de hoje, mas eu posso usar o dinheiro da venda para pagar as contas que vencem amanhã? Não por que financeiramente elas só entrarão no caixa daqui a 60 dias. A emissão da NF é um fato econômico, reconheço a receita. A entrada no caixa daqui a 60 dias é um fato financeiro. EXEMPLO: Uma empresa revendedora de veleiros vendeu uma embarcação por R$ 1.000.000,00 em 2012. O custo do iate para a empresa foi de R$ 800.000,00 este custo foi totalmente desembolsado e pago pela empresa revendedora que ainda não recebeu o valor 6 cobrado pelo comprador do iate. Como fica esta transação para a contabilidade e para o gestor financeiro? Visão Contábil (regime de competência) Valores Visão Financeira (regime de caixa) Valores DRE Receita de Vendas 1.000.000,00 Entrada de Caixa R$ 0,00 (-)Custos 800.000,00 (-) Saída de Caixa (custos) R$ 800.000,00 Lucro do Período 200.000,00 Fluxo de Caixa (R$ 800.000,00) Do ponto de vista contábil a empresa é rentável, este é um bom sinal mas não é o único, tendo em vista que ela precisa de caixa para pagar os compromissos.Neste exemplo a falta de caixa levará o gestor a ter que buscar financiamento para os 60 dias que está descoberto e como sabemos todo dinheiro é um produto e como tal, tem um custo. Por esta razão uma empresa pode ser lucrativa e quebrar. Não que o produto seja ruim ou não tenha mercado, mas pela má gestão de caixa. Por este motivo a visão do gestor financeiro tem que ser amparada por ciências afins para que ele possa atender no curto e no longo prazo o que o Conselho Administrativo espera dele. O mesmo ocorre na sua vida pessoal – Recebimento de Salário é um fato econômico só se torna financeiro quando creditado na sua conta salário. Durante o mês você soma todas as suas despesas: Itens Entrada Saída Aluguel 1200,00 Veículos 400,00 Luz/ Tel 300,00 Supermercado 800,00 Escola 900,00 Lazer 600,00 4200,00 Salário 4000,00 Saldo (200,00) Você constata que vai faltar salário para cobrir as despesas, para não ficar no vermelho precisa conseguir a diferença com alguém, cortar despesas que não tenham ocorrido ainda,aumentar a receita fazendo serviços extras. O Fluxo de Caixa é um instrumento gerencial que controla e informa todas as movimentações financeiras (entradas e saídas de valores) de um dado período, pode ser diário, semanal, mensal, etc., é composto dos dados obtidos dos controles de contas a pagar, contas a receber, de vendas, de despesas, de saldos de aplicações, e de todos os demais elementos que representem as movimentações de recursos financeiros da empresa. Com isso, a informação que ele oferece ao usuário informações para o dia de hoje ou dias futuros. 1.6. Investimentos no Ativo e Financiamentos do Passivo 7 Além do envolvimento constante com o planejamento financeiro as decisões de fontes de financiamento são importantes, pois também influenciarão no caixa futuro das empresas. As decisões de investimento determinam a combinação e os tipos de ativos que a empresa detém. Balanço Patrimonial Ativo Passivo APLICAÇÃO DOS RECURSOS ORIGEM DOS RECURSOS Ativo Circulante Caixa Bancos Clientes=Dupl. a Receber Estoques Passivo Circulante Salários a Pagar Fornecedores=Dupl a Pagar Impostos a Pagar Ativo não Circulante Investimento Permanente Intangível Passivo não Circulante Realiz de Longo Prazo Patrimônio Líquido Capital Social Reservas No Ativo está demonstrado onde a empresa investiu seus recursos, se estão no Circulante são valores de que a empresa terá disponibilidade em prazo inferior a 365 dias e os do Não Circulante são valores de que se demoram em período superior a 365 dias e outros como os do Permanente não estão destinados a tornarem-se disponibilidades, mas compõe os bens de que a empresa se utiliza em seu processo de produção. No Passivo estão as obrigações, no Circulante aquelas que vencerão em período de até 365 dias e no Não Circulante as que têm maior período para serem quitadas. Outra observação importante é a de que o Circulante e o Não Circulante são também chamados de Passivo Oneroso, onde está investido todo o Capital de Terceiros, ou seja, os financiadores externos da empresa. Diz-se oneroso por que não sendo pagos na data combinada haverá acréscimo de juros e multa. Diferentemente destes, no Patrimônio Líquido está o Passivo não Oneroso, onde estão o Capital Próprio da empresa.São assim chamados de não onerosos, por que os recursos ali existentes são da própria empresa. Onerosos Não- Onerosos 8 II DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A Lei das Sociedades por Ações (Lei n° 6.404/76) determinou a estrutura básica das demonstrações financeiras. A legislação fiscal tornou essas determinações obrigatórias também para os demais tipos de sociedades. Por essa razão, todas as empresas, no Brasil, divulgam suas demonstrações financeiras sob a forma prevista na Lei das S.A, alterada recentemente pela 11638/2007 e pela 11941/2009. As demonstrações contábeis representam um veículo de comunicação entre a empresa e diversos agentes internos e externos da empresa. Por meio da interpretação das informações presentes nesses demonstrativos é possível avaliar a evolução econômico-financeira da empresa representada pela liquidez, endividamento e rentabilidade sendo esta análise fonte de informação no processo decisório. PEÇAS CONTÁBEIS ANALISADAS: - Balanço Patrimonial (BP); - Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); - Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) - Demonstrações de Lucros ou Prejuízos Acumulados (Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) - Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) - Demonstração de Valor Adicionado (DVA). 2.1 Interessados nas Informações das Demonstrações Financeiras USUÁRIOS OBJETIVOS INFORMAÇÃO CONTABILIDADE LEGISLAÇÃO Administra- ção ou Acionistas Extrair dados confiáveis para a tomada de decisão eficaz Relatórios Internos e Gerenciais Gerencial ou Empresaria Não há critério. Cada empresa desenvolve seu método Governo Arrecadação de Tributo LALUR e DIPJ Fiscal ou Tributária Regulamento do IR Fornecedo- res e Bancos Analisar a situação Econômica/Fina nceira da instituição Demonstrações Contábeis Societária ou financeira Lei das S/A e instruções da CVM 9 2.2 Análise Vertical Indicadores ou Índices Significam o resultado obtido da divisão de duas grandezas.Em princípio nada dizem precisam ser contextualizados para que possamos obter a informação necessária. Se a empresa tiver R$ 1500 a receber e R$ 1000 a pagar teremos: Contas a Receber = 1500 = 1,50 Contas a Pagar 1000 Primeiro Passo: Achar o índice Segundo Passo: Interpretar o índice Terceiro Passo: Saber se ele é bom razoável ou ruim. Quarto Passo: Conhecer o mercado em que a empresa atua para que de posse do número obtido o confronte com a concorrência (se possível). Análise Vertical Procura-se obter o valor percentual de cada verba, ou de cada grupo de verbas, em relação ao valor global do demonstrativo, ou ainda, de cada verba em relação ao total do respectivo grupo Primeiro Passo: Estoque = 30 = 0,2142 x 100 = 21,42% Ativo Circulante 140 Até mesmo a visualização deste cálculo fala da verticalidade da informação, razão pela qual é tratada análise de vertical e mostra a idéia de participação em um contexto da demonstração. Por exemplo, se ao analisar a DRE desejo saber quanto o Lucro Líquido representa da Receita de Vendas = LL/RV Segundo Passo: Os estoques representam 21,42% do Ativo Circulante. Terceiro Passo: Em princípio é um bom índice, significa que a empresa não está muito estocada mas neste exemplo não há parâmetro de comparação Quarto Passo: Não é um índice que se vincule ao mercado, tem que ser avaliado segundo as diretrizes e interesses da empresa Vejamos a situação abaixo Saldos R$ Anal.Vertical Período X0 X1 X2 Xo% X1% X2% Caixa 200 250 380 3,3 2,8 3,1 D.Receber 3120 4200 5850 52 46,7 47,8 Prov Dev Duvidosos -93 -126 -175 1,6 1,4 1,4 Estoques 2400 3600 5200 40 40 43,4 Outros 373 1076 995 6,2 12 8,1 Ativo Circ. 6000 9000 12250 100 100 100 10 2.3 Análise Horizontal Este método compara em forma percentual o valor de determinada verba em determinado grupo em relação a anos anteriores.Mostrando a evolução de cada conta no tempo. Ano 1 Ano 2 Ano 3 Contas a Receber Contas a Pagar 1,50 1,46 1,39 Ano 1 Ano 2 Decrescimo Evolução Patrimonial Lucro 700.000 910.000 210.000 210/700 = 30% Vejamos a situação abaixo: 19X0 19X1 19X2 19X3 19X4 Rec.Vendas 20000 24000 18000 36000 25200 Variação Ano 20% -25% 100 -30% Cálculo: (24000/20000)-1x100 Ao compararmos índices de vários períodos, analisamos a tendência dos índices ao longo de um período de tempo olhando e comparando horizontalmente no tempo, presente, passado ou ambos. Segundo Passo: Mostra a evolução desta capacidade de entrada de valores em contrapartida com a saída de valores numa sequencia temporal. Terceiro Passo: O número mostra um declínio desta capacidade nos períodos, o que deverá chamar atenção dos gestores para que busquem a razão objetivando voltar aos níveis iniciais ou ainda melhorá-los segundo as condições do mercado. Quarto Passo: Não é um índice que se vincule ao mercado, tem que ser avaliado segundo as diretrizes e interesses da empresa. Vejamos a situação a seguir: Saldos R$ Anal.Vertical Período X0 X1 X2 Xo% X1% X2% Caixa 200 250 380 3,3 2,8 3,1 D.Receber 3120 4200 5850 52 46,7 47,8 Prov Dev Duvidosos -93 -126 -175 1,6 1,4 1,4 Estoques 2400 3600 5200 4040 43,4 Outros 373 1076 995 6,2 12 8,1 Ativo Circ. 6000 9000 12250 100 100 100 11 Observações: - Todos os índices devem ser analisados no conjunto e não isoladamente; - Quando na análise horizontal revelar uma grande evolução de uma conta patrimonial, este fato isoladamente não necessariamente é significativo, se esta conta tiver pouca expressão no Balanço ou na Demonstração de Resultado. - Por outro lado na análise vertical, o aumento de 50% de uma conta que represente 30% do Patrimônio tem muito mais importância que o aumento de 80% em uma conta que represente apenas 1% do Patrimônio. Exercício Faça a análise horizontal e Vertical da Empresa ABC e faça suas conclusões: Saldos Anál Vertical Anal Horizontal XO X1 X2 XO X1 X2 XO X1 ATIVO CIRCULANTE 6000 9000 12250 Caixa 200 250 380 Clientes 3120 4200 5850 Prov Dev Duvidoos -93 -126 -175 Estoques 2400 3600 5200 Diversos 373 1076 995 ATIVO NÃO CIRCULANTE 4000 3500 6800 Imobilizado 5000 5000 9000 Depr Acum -1000 -1500 -2200 TOTAL ATIVO 10000 12500 19050 PASSIVO CIRCULANTE 5000 6550 10550 Fornecedores 1580 2400 3540 Empréstimos 2300 2300 5100 Diversos 1120 1850 1910 PASSIVO NÃO CIRCULANTE - - 1800 Financiamentos - - 1800 PATR LIQUIDO 5000 5950 6700 Capital Integral 4000 4000 5000 Reservas 400 468 410 Lucros Acum 600 1482 1290 TOTAL PASSIVO 10000 12500 19050 1) O que está acontecendo com as contas: Clientes, Estoques, Fornecedores, Empréstimos e Financiamentos ao longo do tempo? 2) O que esta variação sugere para o analista? 12 2.4 -INDICE DE LIQUIDEZ Quando a nossa análise estiver voltada para o problema da solvência dos compromissos com terceiros estaremos preocupados em apreciar o aspecto financeiro da empresa. NO CURTO PRAZO: 1) Índice de Liquidez Corrente Capacidade de pagamento no curto prazo LC = Ativo Circulante = 1,70 Passivo Circulante Este índice atenta para a liquidação de dívidas vencíveis dentro do exercício em até 365 dias. A Interpretação básica é: Para cada R$ 1 de dívida a curto prazo, há R$ 1,70 de dinheiro e valores que se transformarão em dinheiro (AC). Observe que qualquer aumento ou redução no AC e ou no PC vai modificar o resultado do índice. Por isso é fundamental acompanhar as contas que fazem parte deste grupo para entender o que virá do índice Liquidez Corrente Pagamento no Curto Prazo 1,50 Boa folga 1,40 1,30 Normal 1,20 Pouca Folga 1,10 1,00 Apertada 0,90 Deficitária Obs: Há situações especiais de empresas que só vendam a vista ou que não tenham estoques, neste caso, esta fórmula tende a não apresentar resultados expressivos. Capital Circulante Líquido (CCL) Corresponde a diferença entre o montante do Ativo Circulante (AC) e do Passivo Circulante (PC) CCL = AC – PC Deve ser entendido como parcela do Ativo Circulante que não é financiada por recursos de terceiros em curto prazo, ou seja, é financiada por recursos próprios e/ou de terceiros a longo prazo.Está diretamente vinculado ao índice liquidez corrente, pois a parcela que exceder a R$ 1,00 é a que indica a proporção existente de CCL.No exemplo acima para cada R$ 1,67 de AC, R$ 1,00 é financiado pelo PC e os R$ 0,70 por capitais próprios. 2) Índice de Liquidez Seca LS = Ativo Circulante – Estoque = 0,57 Passivo Circulante Interpretação: Para cada R$ 1 de dívida de PC a empresa dispõe de R$ 0,57 de Ativo Circulante 13 Com este índice o que estamos verificando que se a empresa parasse de vender, não pagaria integralmente suas dívidas, teria condições de pagar aproximadamente metade delas. No caso em estudo se compararmos o índice de LC = 1,70 com o LS = 0,57 o que revela uma queda de 64% nos índices e que os estoques representam 66% do AC (0,57LS/1,70LC=0,3352, onde 1-0,3352 =0,6648 x 100 = 66,48%). Quando há uma redução grande na comparação entre LC e LS isto mostra que o LC só foi superavitária porque o volume de estoques está alto,mas atenção estoque na prateleira não significa venda feita, significa que há produto para ser vendido.Então se o LS ficar muito abaixo do LC mostra que a empresa tem muito estoque parado o que não é bom devido ao lento retorno de dinheiro na empresa. É um índice conservador, pois estoque é um item que pode tornar-se obsoleto ou ainda ser perecível o que o tornaria inoperante. Assim,enquanto o índice de LC é global o LS tende a equilibrar uma primeira análise por ser mais conservador, confrontando-o. NO LONGO PRAZO: 1) Índice de Liquidez Geral ou Financeira Mostra a capacidade de pagamento da empresa no Longo Prazo,considerando tudo que se tornará dinheiro (curto e longo prazo) e todas as dívidas já assumidas (curto e longo prazo) LG = Ativo Circulante + Realiz Longo Prazo (NC) = 1,43 Passivo Circulante + Exig L Prazo (NC) Interpretação: Para cada R$ 1 de dívida no curto e longo prazo, há R$ 1,43 a receber no curto e longo prazo. Este índice mede a capacidade geral de solvência tanto de curto quanto de longo prazo, ou seja em 365 dias e em mais de 365 dias. Com isso observamos que este índice não se restringe a ver a capacidade de pagamento apenas de um ano e sim o geral. Confrontando a Liquidez Corrente X Liquidez Geral Atenção para as fórmulas: LC = Ativo Circulante = 1,70 LG = Ativo Circulante + Realiz Longo Prazo (NC) = 1,43 Passivo Circulante Passivo Circulante + Exig L Prazo (NC) Analisando as fórmulas podemos concluir que sempre que a LG for muito inferior a LC essa diferença mostrará o quanto a empresa recorre a capital de terceiro de Longo Prazo. E quando a LG for superior a LC, revela que o acréscimo no numerador trazido pelo RLP foi bem maior que o acréscimo do denominador trazido pelo ELP NO CURTÍSSIMO PRAZO 1) Indice de Liquidez Imediata LI = Disponibilidade(Caixa+Bancos+ Aplic de Baixa Imediata) = 0,12 Passivo Circulante Interpretação: Para cada $ 1 de dívida no curto prazo, há R$ 0,12 de disponibilidade imediata. 14 Nem sempre reduções nesse índice significam dificuldade, pode significar uma política mais rígida de disponível ou uma redução do limite de segurança, no entanto, sucessivas reduções na LI com constantes atrasos de pagamento a fornecedores são indicador relevante de dificuldade financeira. Todos os índices e análises para serem eficientes precisam ser analisados em conjunto. 2.5- INDICES DE ENDIVIDAMENTO Se o índice de liquidez fala-nos da capacidade de pagamento, os que ora vamos ver nos falam dos comprometimentos da empresa – endividamento. No ATIVO como sabemos encontramos a aplicação dos recursos que são financiados pelo PASSIVO, onde está o Capital Próprio e o de Terceiros, origem do endividamento. CAPITAL PRÓPRIO – Como diz o nome é o que pertence a empresa, corresponde ao Patrimônio Líquido em sua totalidade CAPITAL DE TERCEIROS – Representado pelo Passivo Circulante e Não Circulante, considerando que esta participação do Capital de Terceiros pode ser de curto ou de longo prazo. Há larga discussão sobre o que viria a ser melhor utilizar Capital Próprio ou de Terceiros. Não há uma opção que seja ou possa ser definitiva, o momento pelo qual o país e ou o mundo atravessa é que deverá orientar a gestão financeira da empresa para a melhor opção. a) Taxa de Juros – principal ponto de análise, pois como todo produto o dinheiro tomado por empréstimo tem um custo,chamado de custo financeiro. No Brasil do momento as taxas de juros são altas, o que aumenta o custo podendo comprometer a disponibilidade da empresa, principalmente para as pequenas. Como opção, vale a pesquisa de iniciativas públicas junto a bancos que subsidiem os investimentos desejados pelos empreendedores. Se por outro lado a empresa tem dívidas em moeda estrangeira a alta do dolar, faz o endividamento em reais ficar ainda maior, razão pela qual quando o dólar está em baixa há tendência de tomada de capital fora do Brasil que tem juros elevados, o que necessita atenção pois qualquer variável na taxa de cambio afetará a capacidade de pagamento da empresa. b) Endividamento de Curtos Prazo,deverá ser utilizado para financiar o Ativo Circulante. c) Endividamento de Longo Prazo, deverá ser utilizado para financiar o Permanente, isto porque recursos gerados pela expansão ou modernização (aplicação em Máquinas, Equipamentos, instalações etc) demoram a propiciar retorno.Se as dívidas neste caso estiverem no Curto Prazo a empresa terá que buscar alternativas imediatas para saldar compromissos, como por exemplo queimar Estoques para levantar disponibilidade ou recorrer a novos empréstimos a juros mais elevados. d) Empréstimos de Curto Prazo tendem a ser mais onerosos que os de Longo Prazo, pelo próprio princípio econômico da demanda. e) Ponto que merece estudo é a questão do retorno adicional trazido pelo investimento pretendido. O retorno no tempo é capaz de justificar o investimento? 15 QUANTIDADE 1) Participação do Capital de Terceiros sobre Recursos Totais Passivo Circulante + Passivo não Circulante ou Exigivel Total = 0,40 Passivo Total Passivo Total Demonstrando que esta empresa opera com 40% de Capital de Terceiros e por diferença 60% da participação é de Capital Próprio. Este índice está demonstrando que o grau de endividamento do Ativo (aplicação de recursos) é de 0,40, ou seja 40% dos valores do Ativo foram financiados por recursos de terceiros (origem dos recursos) QUALIDADE 2) Composição do Endividamento PC ou PC_______ = 0,80 PC + PNC Exigível Total Demonstrando que 80% do Capital de Terceiros vencerá no Curto Prazo. Mostrando que a maior parte do endividamento está no Curto Prazo.Se a empresa Liquidez Corrente muito próxima de R$ 1,00 tende a não ser uma posição confortável porque com 80% da dívida vencendo no CP e uma LC muito próxima de R$ 1,00 não há folga de caixa e qualquer oscilação no Ativo Circulante fará com que a empresa não tenha recursos para saldar seus compromissos.Sem recursos para pagar o que deve precisará tomar emprestado ou adiar compromissos com terceiros que também trará despesa financeira – juros a pagar. BINOMIO: QUANTIDADE X QUALIDADE – CONSERVADOR X AGRESSIVO Como toda dualidade precisa ser checada em prós e contras que cada uma oferece: EMPRESA ABC EMPRESA DEF Ativo Passivo Ativo Passivo Circ 5200 Circ 3720 Circ 5200 Circ 4800 Não Circ 6800 Não Circ 3480 Não Circ 6800 PL 4800 PL 7200 12000 12000 12000 12000 QUANTIDADE QUALIDADE QUANTIDADE QUALIDADE 60% Cap Terc 40% Cap Próprio 51-52% Endivid. de Curto Prazo 40% Cap Terc 60% Cap Proprio 100% Endivid. de Curto Prazo 16 A empresa ABC é extremamente agressiva, tem quantidade alta de índice de participação de Cap de Terceiros em detrimento de DEF que tem apenas 40%, no entanto, a qualidade do endividamento da empresa ABC é melhor no sentido de ter prazo enquanto a DEF tem todo o endividamento no Curto Prazo. EXERCÍCIO SOBRE O TEMA II Calcule índices de liquidez e endividamento da empresa abaixo, fazendo a análise da situação: a) ATIVO Valores PASSIVO Valores Circulante 310000 Circulante 205000 Caixa 20000 Dupl a Pagar 110000 Dupl a Receber 140000 Sal a Pagar 65000 Estoques 150000 Impostos a Pagar 30000 Não Circulante 375000 Não Circulante 150000 Realiz Longo Prazo 70000 Investimento 70000 Financiamentos 150000 Imobilizado 245000 Depreciação (10000) Patrim Líquido 330000 Capital 345000 Prejuízos Acumul. (15000) 685000 685000 b) Responda: I. LC mede o que na empresa? II. LS demonstra o que na situação da empresa? III. LG abrange o curto e o longo prazo? Explique IV. Com relação a Quantidade e a Qualidade do endividamento o que você entende? c) Observe as empresas abaixo e diga qual das três: Indices Empresa M Empresa N Empresa O LC 1,10 1,50 1,80 LC 0,8 1,10 0,90 LG 1,30 1,50 1,30 1. Tem situação de curto prazo apertada 2. Maior grau de dependência dos estoques 3. Considerando o total da dívida, maior capacidade de pagamento? 4. Qual a que está em melhor situação? 2.6- INDICES DE ATIVIDADE Ao analisarmos estes índices estamos buscando entender a situação financeira da empresa. Vamos analisar quantos dias a empresa demora a receber suas vendas, para pagar compras e renovar estoques. 17 Quanto maior for a velocidade de recebimento de vendas e renovação de estoques, melhor.Em oposição quanto maior o prazo de pagamento das compras melhor. Em situação ideal o Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE) com o Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV) fosse igual ou inferior ao Prazo Médio de Pagamento de Compras (PMPC). Não é tarefa fácil para o gestor alcançar este índice inferior a 1,mas certamente é a meta desejada de toda empresa. Para obter o Prazo Médio de Compras precisamos recorrer a outra fórmula pois não há esta informação nos demonstrativos, mas podemos obtê-lo através da fórmula: CMV = Custo das Mercadorias Vendidas; EI = Estoque Inicial C = Compras; EF = Estoque Final O CMV encontra-se na Demonstração de Resultados; EI e EF localizamos no Balanço. Basta calcular as compras. 1) Prazo Médio de Recebimento de Vendas PMRV = 360 x Dupl Receber = 90 dias Vendas Brutas Este índice indica em média quantos dias a empresa espera para receber suas vendas. Neste caso em média recebe suas vendas com 90 dias. 2) Prazo Médio de Pagamento de Compras PMPC = 360 x Fornecedores = 110 dias Compras Aqui temos a média de quantos dias a empresa demora a pagar suas compras - fornecedores. 3) Prazo Médio de Rotação de Estoques PMRE = 360 x Estoques = 230 dias CMV PMRE + PMRV ≤ 1 PMPC CMV = EI +C - EF 18 Mostra quantos dias em média a empresa leva para vender seu estoque (da compra até a venda de mercadorias). Significa que ficaram paradas na prateleira por 230 dias. Lembre-se quanto mais a empresa demorar para vender suas mercadorias e para receber o produto dessas vendas, maior será o montante dos recursos investidos em estoques e em créditos concedidos a clientes. Como já mencionado toda aplicação de recursos em Ativos precisa contar com origens do Passivo, seja capital próprio ou de terceiros. Todas as vezes em que a empresa demora para rodar seus estoques e toda vez que concede longo prazo aos seus clientes, precisará inevitavelmente de financiamento de giro dos negócios. Podemos concluir que empresas que apresentam demorados prazos de retornodo Ativo Circulante (Estoques e Clientes), precisarão de mais recursos para financiar o estoques parados a espera de comprador. Quanto mais dinamismo a empresa tiver nos estoques e nos recebimentos melhor. 4) Posicionamento de Atividade PA = PMRE + PMRV = 230+90 = 2,90 PMPC 110 Neste caso o índice está bastante negativo. Esta empresa demora a vender e a receber (230+90=320) em contrapartida paga com 110 dias. Esta situação de giro tão lento deve afetar a Liquidez da empresa. 2.7 - NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO – NCG Se compararmos o prazo de retorno do Ativo Circulante com o prazo concedido pelos fornecedores, encontraremos um dado importante – o número de dias em que a empresa precisará de financiamento para complementar o prazo do giro. NCG = PMRE+PMRV-PMPC No exemplo acima teríamos NCG = 230+90-110 = 210 dias Representa o que falta no ciclo financeiro, ou seja, o que o gestor precisará buscar no mercado para fazer face as necessidade futuras. Pois o recebimento de vendas é bastante lento. Há alternativas imediatistas para obter os recursos como Desconto de Duplicatas, Liquidação, mas tendem a trazer sérias conseqüências como a alta taxa de juros de mercado no desconto de títulos e Liquidação implica em redução de margem de lucros. Neste caso o ideal será renegociar os prazos de giro de estoque, de fornecedores e de recebimento de clientes. 19 EXERCÍCIOS SOBRE O TEMA III 1) Um índice de rotação de 3,6 vezes revela que os estoques ficaram parados nas prateleiras, em média: a. 3.6 anos b. 3 anos e 6 meses c. 100 dias d. 10 dias e. 36 dias 2. Dados de um encerramento de exercício: rotação dos estoques........................ 9 vezes prazo de recebimento das vendas...... 35 dias prazo de pagamento das compras........30 dias Pelos dados apresentados, o ciclo de caixa da empresa é de: a. 14 dias b. 95 dias c. 5 dias d. 65 dias e. 45 dias 3. A firma Zeta apresentou no final do exercício: • prazo médio de rotação dos estoques............... 45 dias • prazo médio de pagamento das compras.......... 30 dias • prazo médio de recebimento das vendas.......... 40 dias Afirmativa falsa: a)O ciclo operacional é de 85 dias b)O ciclo financeiro é de 55 dias c)O ciclo de caixa é de 55 dias d)A necessidade de financiamento complementar é de 55 dias e)A necessidade de capital de giro é de 85 dias 4. Se a firma Zeta (da questão3) quiser reduzir o ciclo financeiro em 10 dias poderá fazê-lo: a. aumentando o prazo médio de rotação dos estoques em 10 dias b. reduzindo o prazo médio de pagamento das compras em 10 dias c. aumentando o prazo médio de recebimento de vendas em 10 dias d. aumentando o ciclo operacional em 10 dias e. reduzindo o ciclo operacional em 10 dias 5. Analise a situação abaixo e diga: Incices Empresa R Empresa S Empresa T LC 1,00 1,80 1,20 LS 1,00 0,90 0,85 LG 1,00 1,90 0,80 a)Não mantém mercadorias em estoques? b) Apresenta maior dependência da venda dos estoques para ter solvência? c) Deve estar com maiores dificuldades financeiras? 6- Com base nas Demonstrações Financeiras a seguir, calcular os índices de Liquidez e Endividamento. Após isso faça avaliação da empresa 20 BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO X6 PASSIVO X6 Circulante Caixa Dupls. a Receber Estoques Total do Circulante Não Circulante Realizável a L. Prazo Permanente Total do Não Circulante 100 280 190 570 40 210 250 Circulante Fornecedores Empréstimo Bancário Total do Circulante Não Circulante Financiamentos (ELP) Total do Não Circulante Patrimônio Líquido Capital 250 140 390 10 10 420 Total 820 Total 820 9- Calcule os Índices de Atividade da Cia. Ai Meu Deus e analise o Ciclo Operacional e Financeiro desta Empresa: BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO X2 X3 X4 Circulante Disponível Duplicatas a Receber Estoques Total Circulante 1.000 10.000 6.000 17.000 1.400 12.000 7.150 20.550 2.000 15.000 8.370 25.370 PASSIVO X2 X3 X4 Fornecedores 1000 1600 2000 DRE X2 X3 X4 Rec Bruta (-) Deduções Rec Liquida - CPV Lucro Bruto 50.000 (5.000) 45.000 (23.000) 22.000 80.000 (8.000) 72.000 (36.800) 35.200 140.000 (14.000) 126.000 (64.400) 61.600 Compras 10.000 15.000 21.000 2.8 - INDICES DE RENTABILIDADE/LUCRATIVIDADE Os índices de rentabilidade são índices econômicos, os anteriores tratavam da análise financeira, dirigiam o olhar para capacidade de pagamento e endividamento, bem como retorno das atividades desenvolvidas. Em linhas gerais a rentabilidade é trazida através do lucro obtido pela empresa, no entanto, o lucro simplesmente nada demonstra senão um valor.Dizer que a empresa A teve um lucro de milhões e a empresa B um lucro de milhares não é concludente por si só irá somente informar que uma obteve mais lucro que a outra, mas será que com isso poderemos afirmar que uma obteve melhor resultado que outra? 21 Como você sabe no Ativo encontramos todos os investimentos realizados com a finalidade de obter Receita e por conseqüência lucro. ATIVO PASSIVO Bens e Direitos Aplicação dos Recursos Obrigações Origem dos Recursos DRE – Demonstração Resultado do Exercício Receita Total 1000 Custos de Produção 300 Despesas Gerais 200 Lucro Líquido 500 1⁰ - Alguém financia a empresa (Passivo:Capital Próprio ou de Terceiros) 2⁰ - Invisto no Ativo (adquirindo estoques, maquinários etc) 3⁰ - Como resultado do processo produtivo (vejo a DRE) e o lucro obtido com os investimentos oriundos do Passivo O sócio por esta razão desejará saber quanto e quando sua atividade dará retorno, para tanto temos: 1)Taxa de Retorno sobre Investimentos ou Return on Investment – ROI ROI = Lucro Líquido = 0,20 Ativo Total Significa que para cada $ 1,00 investido há um ganho de $0,20, ou seja, o retorno pleno do valor investido deverá ocorrer em 5 anos.(100/20) 2) Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido ou Return on Equity - ROE ROE= Lucro Líquido = 0,25 Patrimônio Líquido Significa que para cada $ 1,00 investido há um ganho de $0,25, ou seja, o retorno pleno do valor investido pelos sócios deverá ocorrer em 4 anos. 3) Margem de Lucro Líquido ML = Lucro Líquido = 0,30 Vendas Significa quantos centavos de cada real de venda restaram após a dedução de todas as despesas (incluindo o Imposto de Renda), quanto maior a margem melhor. 22 4) Giro do Ativo Giro = Vendas = 0,40 Ativo Total Significa a eficiência com que a empresa utiliza os Ativos, gerando mais vendas. Quanto maior for o giro mais eficientemente os Ativos estão sendo utilizados. Analisando as fórmulas: ML = Lucro Líquido X Giro = Vendas Vendas Ativo Total Por propriedade matemática podemos simplificar: ML = Lucro Líquido X Giro = Vendas = Lucro Líquido ROI Vendas Ativo Total Ativo Total Deste modo ao multiplicar Margem por Giro obtenho o ROI Mesmo assim, empresas podem ter o mesmo ROI com Margem e Giro totalmente diferentes. Empresa Margem Giro ROI A 0,15 1 15% B 0,075 2 15% C 0,2 0,75 15% De acordo com as características de cada empresa, o ganho poderá ocorrer numa concentraçãomaior sobre o giro ou sobre a margem. Empresas que precisam de grandes investimentos, tendem a ter dificuldades em vender o correspondente a uma vez seu Ativo durante o ano, ou precisam de mais tempo para vender, por certo este tipo de empresa irá ganhar na margem, pois o giro é lento. Ex. Hidroelétricas, Metrô, Concessionárias rodoviárias etc, Podemos verificar que são empresas que tem alto nível de investimento em infra-estrutura para desempenharem suas atividades. Outros investimentos que ganham na Margem: hotelaria, comércio de bens de luxo,butiques e alguns prestadores de serviço devido ao know-how obtido em suas profissões. (médicos, dentistas, advogados...) Margem e o Giro de alguns segmentos: (Margem x Giro = ROI) Segmento Margem % Giro ROI % Telecomunicação 54,2 0,19 10,4 Cimento 29,8 0,3 8,8 Aço 13,2 0,72 9,5 23 Bebidas AMBEV 8,4 1,22 10,2 Papel e Celulose 18,3 0,51 9,3 Pneus 3,6 2,16 7,8 Supermercados 3,2 3,31 10,7 Comercio de Veiculos 2,4 4,27 10,3 Postos Combustíveis 1,6 6,03 9,7 Podemos verificar que há as que ganham em margem e outras em giro. EXERCÍCIO SOBREO TEMA IV ATIVO X1 X2 X3 PASSIVO X1 X2 X3 Circulante 1500 2000 3000 Circulante 1200 1500 1700 Disponível 400 450 500 Fornec 200 400 500 Dup a Rec 500 800 1400 Emprest 900 1000 1100 Estoque 600 750 1100 Ctas a Pg 100 100 100 N. Circ 2800 3200 3600 N. Circ 100 120 1000 Real L P 1000 1200 1200 Fianc ELP 100 120 1000 Investim 1100 1350 1800 Imobliz 400 450 500 Patr Liq 3000 3580 3900 Intangível 300 200 100 Capital 3000 3580 3900 4300 5200 6600 4300 5200 6600 DRE X1 X2 X3 Receita 2500 3000 3300 (-) CMV 900 1100 1200 Lucro Bruto 1600 1900 2100 Desp Operacionais Vendas 200 300 350 Administrativas 150 180 200 Financeiras 300 400 500 Lucro Operacional 950 1020 1050 (-) Desp n Operac 110 100 120 Lucro antes do IR 840 920 930 IR/CS 300 320 320 Lucro Líquido 540 600 610 Compras 1100 1350 1800 Calcule os índices de rentabilidade para os 3 anos e faça a análise da situação encontrada.Caso esteja havendo redução de índice, exponha qual o motivo. OBS: Não veja só os índices, avalie o Balanço a DRE e as variações sofridas nos períodos 20X1 ROI 20X2 ROI LL/Ativo = 540/4300 = 12,56% LL/Ativo = 600/5200 = 11,54% 24 20X3 ROI LL/Ativo = 610/6600 = 9,246% Qual foi a queda ocorrida? Usar regra de 3 partindo do ano X1 teremos: 12,56 100 12,56 100 11,54 x 9,24 x 20x1 = 100% 20x2 = 92% (91,87%) 20x3 = 74%(73,¨56%) Ou seja, houve queda na rentabilidade de 26% (100-74) de X1 para X3 20X1 ROE 20X2 ROE LL/PL = 540/3000 = 18% LL/PL = 600/3580 = 17%(16,75%) 20X3 ROE LL/PL = 610/3900 = 16%(15,64%) 18 100 18 100 17 x 16 x 20x1 = 100% 20x2 = 94% (94,44%) 20x3 = 89% (88,88%) Ou seja, houve queda na rentabilidade de 11% (100-89) de X1 para X3 20X1 MG 20X2 MG LL/Vda = 540/2500 = 21,6% LL/Vda = 600/3000 = 20% 20X3 MG LL/Vda = 610/3300 = 18,48% 20X1 Giro 20X2 Giro Vda/AT = 2500/4300 = 0,58 Vda/AT = 3000/5200 = 0,57 20X3 Giro Vda/AT = 3300/6600 = 0,5 20x1 ROI =MGXGIRO 21,6 x 0,58 = 12,56% 20X2 ROI = 20 x 0,57 = 11,54% 20X3 ROI = 18,48 x 0,5 = 9,24% 25 Quem colaborou para que ocorresse esta redução para a redução da ROI, Margem ou Giro?Resp Ambos estão em queda.Verifica-se por regra de 3 que os dois reduzem cerca de 15% cada (100-85 e 100-86º) Margem de Lucro x Giro do Ativo 20X1 21,6% 100 20X1 0,58 100 20X2 20% 92 20X2 0,57 98 20X3 85% 85 20X3 0,50 86 Podemos verificar que houve sensível acréscimo no Custo de X1 para X3, por análise horizontal verificamos que aumentou 33,33% ((1200/900)-1)x100 e as Desp Operac.cresceram 10,52%((1050/950)-1)x100 e a Receita de Vendas não cresceu suficientemente (32%)para acompanhar os custos operacionais((3300/2500)-1)x100 Demais índices: Liquidez X1 X2 X3 LC 1500/1200= 1,25 2000/1500 = 1,33 3000/7000 = 1,76 LS 1500-600/1200 = 0,75 2000-750/1500 = 0,83 3000-1100/1700 = 1,11 LG 1500+1000/1200+100 = 1,92 2000+1200/1500+120= 1,97 3000+1200/1700+1000= 1,55 LI 400/1200 = 0,33 450/1500 = 0,30 500/1700 = 0,29 Endivid Quant 1200+100/4300 = 0,3 1500+120/5200 = 0,31 1700+1000/6600 = 0,40 Qualid 1200/1200+100 = 0,92 1500/1500+120 = 0,92 1700/1700+1000 = 0,62 Ativid PMRV 360X500/2500 = 72 360X800/3000 = 96 360X1400/3300 = 152 PMPC 360X200/1100 = 65,4 360X400/1350 = 106 360X500/1800 = 100 PMRE 360X600/900 = 240 360X750/1100 = 245 360X1100/1200 = 330 PA 240+72/65 = 4,8 245+96/106 = 3,19 330+152/100 = 4,82 A empresa mostra significativo índice de LC, especialmente no último ano, no entanto este índice é generalista por não revelar a qualidade dos itens do AC (estoques estão super avaliados ou obsoletos), outro aspecto é que não há necessariamente sincronismo entre recebimentos e pagamentos, ou seja, as obrigações de CP podem vencer antes dos recebimentos previstos no AC.Em contrapartida a LI disponibiliza algo em torno de 30% das disponibilidades de pagamento de curto prazo o que demonstra que a empresa tem considerável dificuldade de caixa/liquidez para saldar compromissos de curto prazo. A empresa utilizou aproximadamente 30% de cap de terceiros, alterando no último ano, no entanto, observamos que tem 92% de endividamento no CP o que contrasta com sua LI, ou seja tem despesas volumosas no CP mas não tem LI para cumprir. 26 Seus níveis de atividade igualmente são comprometidos, o primeiro ano entre recebimento de venda e pgto de compras obteve 7 dias de necessidade de capital de giro (NCG), nos demais anos esta distancia foi se acentuando o que possivelmente leva a empresa a obter maiores somas em empréstimos que não foram aplicados na produção tendo em vista que o Imobilizado variou muito pouco. A rotação dos estoques da empresa é muito lenta (240,230 e 330 dias)o que faz com que a empresa fique sem movimentação de caixa devido ao longo processo de produção, o que mostra problemas não só no processo produtivo como no setor de vendas. 2.9 -OUTROS INDICES RELEVANTES – REF A AÇÕES Além dos índices de liquidez, endividamento, atividade e rentabilidade, há outros de interesse para investidores em empresas de capital aberto. Estes índices tratam da rentabilidade direta das ações 1) Valor Patrimonial da Ação – VPA É um índice para comparação com o valor de mercado da ação, ou seja, pode-se ter um valor de mercado em bolsa diferente do efetivo. VPA = Patrimônio Líquido Número de Ações do Cap Social 2) Lucro Líquido por Ação – LLA Indica quanto cada ação rendeu no exercício LLA = Lucro Líquido Número de Ações do Cap Social 3) Indice Preço/Lucro Indica quantos exercícios são necessários para que o investidor recupere o valor investido. P/L = Valor de Mercado da AçãoLucro Líquido por Ação (LLA) 27 2.10 FLUXO DE CAIXA É um demonstrativo que visa mostrar os recursos disponíveis na empresa, confrontando entradas e saídas em um determinado período de tempo. A boa gestão de recursos financeiros reduz a necessidade do capital de giro, aumentando lucros, pois, como não recorrerá a empréstimos bancários terá menos despesa financeira. Para melhor analisar o Fluxo de Caixa dividimos em três grupos: a) Fluxos Operacionais – são as entradas e saídas provenientes da venda de produção e serviços. b) Fluxos de Investimentos – representam as entradas e saídas de caixa associadas ‘a venda e compra de imobilizado e investimentos em participações societárias. c) Fluxo de Financiamento – proveniente das transações financeiras de capital de terceiros (dívidas) ou capital próprio (dos sócios). Existem dois métodos de demonstração do fluxo de caixa: método direto e método indireto. Método Direto Feito através da observação direta ocorrida nas disponibilidades, utilizando o regime de caixa onde entradas e saídas monetárias (do dinheiro) são reconhecidas na data em que efetivamente ocorrem. Vejamos o exemplo a seguir: Realização do capital em dinheiro $ 1000 Venda de mercadoria a vista $ 240 Compra a vista de móveis e utensílios $ 50 Pagamento de salário $ 70 Compra de mercadorias a prazo $ 100 Emprest.Bancário de L.Prazo $ 200 Compra a vista de mercadorias $ 150 Pagamento de fornecedores $ 40 Aquis a vista de participação no permanente $ 60 Recebimento de clientes $ 60 Venda de mercadoria a prazo $ 120 Depreciação $ 10 Atenção: Além dessas transações, sabe-se que o Lucro Líquido do Período foi de $ 45 e a Depreciação foi de $ 5 Estas operações resultam nos seguintes saldos: D Caixa C FLUXO DE CAIXA PELO MÉTODO DIRETO 1000 50 Caixa Gerado na Ativid Operacional 40 240 150 Recebimento Clientes 300 60 60 Pagamento Fornecedores (190) 200 70 Pagamento de Salário (70) 40 Caixa Gerado Ativid de Investimento (110) 1500 370 Aquisição Móveis Utensílios (50) 1130 Aquisição Investimento Permanente (60) Caixa Gerado Ativid de Financiamento 1200 Capital Realizado 1000 Recebimento de Empréstimo 200 Saldo disponível Caixa 1130 28 Destaca-se a) No começo de uma atividade comercial é comum registrar mais pagamento do que recebimento, ainda assim, os recebimentos operacionais precisam superar os pagamentos operacionais para que a empresa tenha saldo positivo e isto aconteceu (recebeu 300 e pagou 260 restando 40). b) Os financiamentos em momento inicial tendem a ser mais altos, tanto quanto a partir do momento em que a empresa começa a investir em ativo imobilizado para iniciar ou renovar a atividade operacional. c) Investimentos é o grupo que em geral proporciona saída de caixa somente, por sua própria característica aplica-se com a finalidade de aumentar o retorno da empresa. d) Esta análise facilita ao gestor financeiro identificar problemas financeiros antecipando- se as situações desagradáveis e também verificar onde está a raiz do problema: se nos investimentos, nas operações ou nos financiamentos ou ainda na combinação de alguns.
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