Buscar

ARTIGO_ANÁLISE DE RISCO NA ATIVIDADE DE TESTE HIDROSTÁTICO EM TUBULAÇÃO ENTERRADA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

ANÁLISE DE RISCO NA ATIVIDADE DE 
TESTE HIDROSTÁTICO EM 
TUBULAÇÃO ENTERRADA 
 
EDINEIA CRISTINA DE FREITAS CORDEIRO (UNIVERSO ) 
CHRISCORDEIROBH@HOTMAIL.COM 
Helder Henrique Lima Diniz (UFPE ) 
helder.diniz@terra.com.br 
Wagner Barbosa dos Santos (UFPE ) 
wagner_b_santos@hotmail.com 
Enrique Lopez Droguett (UFPE ) 
ealopez@ufpe.br 
 
 
 
Nos últimos anos, as empresas de construção tem aumentado a 
preocupação com os requisitos de segurança e saúde de seus 
trabalhadores, devido aos inúmeros cenários de perigo encontrado nas 
obras. Dentre os vários ramos de atuação da construção, temos as 
obras de construção e montagem de dutos terrestres. Neste ambiente, 
buscam-se continuamente técnicas de análise de risco eficaz que 
possam levantar os eventos indesejáveis e propor medidas de controle 
evitando assim atrasos ao projeto, perdas materiais, impactos ao meio 
ambiente e principalmente danos as pessoais envolvidas. O objetivo 
deste trabalho é realizar análise dos riscos, da atividade de teste 
hidrostático de uma das linhas de dutos, a qual interligará a refinaria 
em construção ao terminal de armazenamento e de transporte, bem 
como a área portuária no litoral sul do estado de Pernambuco. Nesta 
análise, foram empregadas às técnicas FMEA (Failure modes and 
effects) e HAZOP (Hazard and operability studies) e utilizada à 
ferramenta da qualidade, Ciclo do PDCA (Plan, Do, Check, Action), 
para o gerenciamento os processos de análise. A junção das técnicas, 
análise de risco e qualidade, propõe uma nova metodologia para o 
processo de análise e avaliação dos riscos. A partir da proposta do uso 
do Ciclo do PDCA para gerenciamento das análises de risco foi 
selecionada a linha de dutos, aplicada às técnicas e elaboradas as 
planilhas FMEA e HAZOP como resultado deste trabalho, sendo 
levantadas as medidas de controle existentes, bem como, proposta de 
novas medidas de controle. 
 
Palavras-chaves: Análise de risco, FMEA, HAZOP, Ciclo do PDCA
XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. 
 
 
 
 XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 
 
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. 
 
 
 
2 
 
1. Introdução 
Com o crescimento no segmento da indústria da construção e o aumento expressivo das obras 
em todo o país ao longo dos últimos anos, surgiram inúmeras preocupações com os requisitos 
de segurança e saúde dos trabalhadores deste setor. Segundo a Organização Internacional do 
Trabalho (OIT), o setor de construção é um dos setores mais perigosos. Inserido neste cenário 
de construção tem-se as obras de dutos terrestres que é tida como uma obra horizontal, a 
exemplo da construção de estradas. 
Os dutos terrestres são utilizados para transporte de grande volume de petróleo e os seus 
derivados, dentre outros produtos, por longas distâncias de forma mais eficiente e segura. O 
grande avanço tecnológico tem permitido um maior controle operacional, tornando este tipo 
de modal também utilizado para transportar gás natural, os chamados gasodutos. O modal 
dutoviário se destaca dos rodoviários e ferroviários por permitir maior agilidade, segurança, 
capacidade de fluxo e baixa flexibilidade. 
Neste ambiente, tem-se verificado a busca contínua pela execução segura das atividades, 
sendo empregados esforços para evitar a ocorrência de eventos indesejáveis que possam 
acarretar em atrasos no projeto, perdas materiais, impactos ao meio ambiente e principalmente 
danos pessoais. 
Quando um acidente ocorre são inúmeras as consequências. Nos acidentes, com uma ou mais 
vitimas, devem ser considerados os gastos com pagamento do acidentado enquanto estiver 
impossibilitado de executar sua atividade e caso tenha sofrido lesão incapacitante deve ser 
previsto o pagamento de indenização, conforme previsto em lei. 
Dentre as etapas de uma obra de dutos terrestres são inúmeros os cenários de risco que se 
encontra. Para este trabalho será analisada, especificamente a etapa do teste hidrostático da 
tubulação, que possui um alto potencial de dano. Segundo Quaresma (2007), o teste de 
pressão serve para provar a integridade da tubulação. A pressão do teste hidrostático é 
normalmente igual a 1,5 vezes a pressão de projeto. Em alguns casos, pode ser maior. 
Segundo Oliveira (2009), riscos relacionam-se a condições que, caso venham a ocorrer, 
podem comprometer ou impedir a realização de um dado projeto, isto é, um esforço 
temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. Portanto, uma 
análise adequada e eficaz dos riscos das atividades realizada, poderá assegurar o cumprimento 
deste requisito previsto na Constituição. 
 
 XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 
 
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. 
 
 
 
3 
Existem algumas técnicas utilizadas na análise dos riscos, como Análise Preliminar de Risco 
(APR), que é boa para identificar os riscos e recomendar medidas, porém não é eficiente para 
um controle direto, pois se trata de uma análise inicial qualitativa a qual tem seu 
desenvolvimento na fase de projeto e desenvolvimento de um processo, de um produto ou de 
um sistema. Para realizar uma análise mais profunda para a fase de operação dever-se-ia 
associá-la a técnicas complementares como Análise por Árvore de Falhas e Análise por 
Árvore de Eventos. 
Ao buscar técnicas mais aprofundadas para esta análise qualitativa dos perigos/riscos, 
identificou-se o método da Análise dos Modos Falha e Efeitos - FMEA (Failure modes and 
effects), que segundo Zambrano e Martins (2007), a FMEA consiste em identificar as falhas 
prováveis em projetos ou processo, estabelecer as prioridades para o tratamento das falhas e 
implementar as ações recomendadas. Para auxiliar esta análise dos modos de falha e efeitos, 
será aplicado o Estudo dos Perigos e da Operacionalidade - HAZOP (Hazard and operability 
studies). De acordo com Florence e Calil (2005) é, técnica sistemática para identificar perigos 
e problemas operacionais. Envolve uma visão detalhada da operação do produto, focalizando 
os possíveis desvios dos processos operacionais. 
Desta forma, serão ajustados os métodos de análise de risco escolhido, FMEA e HAZOP, a 
utilização da ferramenta da qualidade Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action), que irá 
gerenciar todo o processo de análise de risco na atividade de teste hidrostático. Encontra-se na 
ferramenta da qualidade este suporte para garantir a eficácia da análise, pois segundo Gomes e 
Mattioda (2011), o Ciclo PDCA é uma ferramenta de qualidade que facilita a tomada de 
decisões visando garantir o alcance das metas necessárias à sobrevivência dos 
estabelecimentos e, embora simples, representa um avanço sem limites para o planejamento 
eficaz. 
Pode-se encontrar a aplicação desta técnica de análise de risco em varias literaturas, como a 
de Florence e Calil (2005), onde aplicou o FMEA para uma nova perspectiva no controle dos 
riscos da utilização de tecnologia médico-hospitalar. Por outro lado, Zambrado e Martins 
(2007) propôs a aplicação da FMEA para avaliação do risco ambiental. Calixto (2006) 
realizou uma avaliação das técnicas de gerenciamento de risco na indústria do petróleo, onde 
apresentou o uso da técnica proposta. Silva (2008) aplicou análise de risco baseada na 
ferramenta FMEA em um gerador de vapor. Já Gomes e Mattioda (2011), realizou um ajustedo Ciclo PDCA as técnicas de prevenção e controle de perdas em segurança do trabalho. 
 
 XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 
 
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. 
 
 
 
4 
Pelo exposto, o presente trabalho visa realizar uma avaliação das condições de segurança na 
atividade de teste hidrostático de uma obra de dutos, a qual interligará a refinaria em 
construção ao terminal de armazenamento e de transporte, bem como a área portuária no 
litoral sul do estado de Pernambuco. O trabalho foi realizado sob dois pontos, o primeiro foi 
da elaboração da planilha FMEA, que serviu como base para segunda etapa, concretização do 
HAZOP da atividade de teste hidrostático. 
 
2. Metodologia 
Para a realização das análises de risco proposta para este trabalho, foi utilizada a Ferramenta 
da Qualidade, PDCA, no intuito de gerenciar todo o processo de análise. Está fusão de 
técnicas, análise de risco e qualidade, busca propor uma nova metodologia ao processo de 
gerenciamento dos riscos. 
Nas Figuras 1 e 2, abaixo, são apresentadas as relações entre as duas Técnicas de Análise de 
Risco que foram abordadas neste trabalho, e suas correlações com cada etapa do Ciclo do 
PDCA. 
A técnica FMEA deve ser aplicada a todos os prováveis modos de falhas dos processos 
escolhidos. 
 Figura 1 – Técnica FMEA x Ciclo do PDCA 
 
Fonte: Adaptação, Gomes e Mattioda (2011) 
 
 
 XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 
 
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. 
 
 
 
5 
(P) Planejamento – Nesta etapa definir o duto em que esteja sendo realizado o teste 
hidrostático, para que seja realizado o levantamento dos componentes do sistema e suas 
respectivas funções através do procedimento escrito; 
 (D) Execução – Deve ser realizada a aplicação dos potenciais modos de falha do processo, 
através da técnica de brainstorming com a equipe envolvida no teste. 
(C) Verificação – Após levantamento dos modos de falha, realizar a verificação dos efeitos e 
sua interação com os demais componentes do sistema. 
(A) Ação – Nesta etapa, deve ser realizada a análise das consequências geradas pela falha 
individual ou combinada, sendo proposta medidas de controle do risco e de emergência e 
apresentada a planilha concluída. 
Para o estudo dos riscos através do Hazop, será aplicada nos nós de processo selecionado para 
que os riscos sejam avaliados e as medidas de controle e controles de emergências sejam 
estabelecidas. 
Figura 2 – Técnica HAZOP x Ciclo do PDCA 
 
Fonte: Adaptação, Gomes e Mattioda (2011) 
 
(P) Planejamento – Deve ser selecionada a etapa do processo com probabilidade da ocorrência 
do dano e que tenha interação com o homem, para que sejam aplicadas as palavras guias; 
 
 XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 
 
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. 
 
 
 
6 
 (D) Execução – Após o levantamento dos desvios e preenchimento do formulário proposto 
deve ser realizada a análise das causas básicas, através da técnica de brainstorming realizado 
com aos responsáveis da área e da experiência da equipe de segurança da área. 
(C) Verificação – Realizar avaliação qualitativa das consequências dos desvios encontrados. 
(A) Ação – Nesta etapa, deve ser realizada a proposta medidas de controle do risco e de 
emergência para os desvios levantados e apresentada a planilha preenchida. 
 
3. Estudo de Caso: análise de risco na atividade de teste hidrostático em tubulação 
enterrada 
3.1. Caracterização da empresa 
O presente estudo de caso foi realizado em um Consórcio formado por duas conceituadas 
empresas de médio porte no mercado de Construção Civil e Óleo & Gás. O escopo do projeto 
deste Consórcio é construção de faixa de dutos, tubovias, montagem de bombas, serviços e 
acessórios de interligações de braços de carregamento em píeres, emissário submarino e fibra 
óptica. 
3.2. Aplicação da Técnica FMEA x Ciclo do PDCA 
3.2.1. (P) Planejamento 
Para aplicação da Técnica FMEA dentre as 13 (trezes) linhas de dutos que foram montadas 
para transporte do Petróleo e seus derivados, escolheu-se a linha Diesel 50, pois era a linha 
que estava sendo testada no período de execução deste trabalho. 
Uma equipe multidisciplinar, composta por Supervisor de segurança, Inspetor de dutos, 
Encarregado do teste hidrostático e um Técnico em mecânica, iniciou a identificação dos 
processos a serem analisados pela técnica FMEA. Dentre os processos citados no 
procedimento foram analisadas duas etapas do processo de execução do Teste Hidrostático, 
sendo estas: o teste de resistência mecânica e teste de estanqueidade. 
O teste de resistência mecânica visava verificar a integridade estrutural e resistência mecânica 
da linha de Diesel 50, assim como aliviar as tensões do duto oriundas da montagem. Já o teste 
de estanqueidade visava garantir que a linha de Diesel 50 estava isenta de vazamentos. 
3.2.2. (D) Execução 
 
 XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 
 
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. 
 
 
 
7 
Para o levantamento dos potenciais modos de falha do teste hidrostático da linha de Diesel 50 
utilizou-se da técnica de brainstorming. Durante a reunião foi exposto pelos participantes 
vários possíveis modos de falha. Após uma revisão das ideias, permaneceram os seguintes 
modos de falhas para cada etapa do processo analisado: 
a) Etapa do teste de resistência mecânica: (1) Variar vazão de enchimento da linha; (2) 
Aplicar material de cobertura insuficiente na cabeça de teste; (3) Interromper o 
funcionamento da bomba de alta pressão; (4) Romper das Mangueiras de alta pressão; 
(5) Aplicar pressão maior que a necessária; (6) Vazar água pelo flange; 
b) Etapa do teste de estanqueidade: (7) Diminuir pressão além do especificado para o 
teste; (8) Vazar água por juntas soldadas; (9) Variar a pressão de início e término do 
teste. 
3.2.3. (C) Verificação 
Após a realização do levantamento dos modos de falhas do processo de teste hidrostático, a 
equipe de estudo, através da técnica do brainstorming onde foram verificados os efeitos de 
cada modo potencial de falha, levando em consideração seus efeitos no sistema e ambiente, 
assim como sua interação com os demais componentes do processo. 
Todos os efeitos possíveis sugeridos por cada membro da equipe foram relacionados no 
quadro branco. Após a participação de todos, cada efeito relacionado foi analisado e os que 
foram considerados condizentes passou a ser relacionado na tabela de análise FMEA, Quadro 
1. 
3.2.4. (A) Ação 
Nesta etapa foram levantadas as medidas de controle do risco e de emergência existentes, bem 
como proposta medidas para aqueles onde foi verificada a ausência de medidas de controle. 
Foi observado que para o controle de emergência o Consórcio possui um procedimento 
específico, Plano de Resposta a Emergências (PRE), que contempla a hipótese acidentaria em 
atividades de teste hidrostático, assim como todos os recursos humanos, materiais e 
financeiros para atendimento a este tipo de emergência. Este procedimento é disponibilizado 
as equipes de teste hidrostático e todos os membros da equipe encontram-se treinados no 
mesmo. 
 
 XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Engenharia de Produção, Infraestrutura e DesenvolvimentoSustentável: a Agenda Brasil+10 
 
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. 
 
 
 
8 
Abaixo é apresentado no Quadro 1 o resultado da análise de um dos modos de falha e efeito 
da atividade de Teste Hidrostático. 
Quadro 1– FMEA da atividade de teste Hidrostático da Linha de Diesel 50 
 
Fonte: Pesquisa de Campo, (2013). 
 
3.3. Aplicação da Técnica HAZOP x Ciclo do PDCA 
3.3.1. (P) Planejamento 
Sabe-se que para uma análise eficaz do estudo do Hazop, este deve ser realizado por uma 
equipe multidisciplinar. Este estudo com a participação de especialistas que possuíam a 
qualificação técnica necessária e que demonstraram interesse em participar deste trabalho. 
Sendo a equipe formada por 4 (quatro) profissionais, sendo: 1 (um) Supervisor de segurança, 
1 (um) Inspetor de dutos, 1 (um) Encarregado de teste hidrostático e 1 (um) Técnico em 
mecânica. 
Na reunião, para o estudo do Hazop, foi realizada a análise do procedimento de teste 
hidrostático para linha de Diesel 50, onde foram selecionadas as etapas do processo, sendo: 
teste de resistência mecânica e teste de estanqueidade. 
 
 XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 
 
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. 
 
 
 
9 
Estas etapas foram selecionadas para que se pudesse realizar a separação das palavras chaves 
do processo e a aplicação das palavras guias, visando à identificação de problemas 
operacionais ou perigos que resultassem de possíveis desvios no processo de execução das 
rotinas previstas no procedimento. 
A definição dos nós de estudo foi feita como sendo cada uma das principais instruções 
descrita no procedimento que se utilizavam do verbo no imperativo ou infinitivo. Cada 
instrução dessas foi dividida em palavras chaves que indicavam ações a serem realizadas 
pelos envolvidos na atividade. Para todas as palavras chaves indicadas, que são as variáveis 
de controle do processo, empregou-se as palavras guias. 
As variáveis de controle e as palavras guias foram empregadas nos três principais processos 
do teste de hidrostático, que foram os nossos nós de estudo e assim foram identificados os 
desvios. 
a) Nó 1 - Etapa do monitoramento de estabilização da linha com pressões que variavam 
de 50% a 99% da pressão de teste estabelecida para o teste de resistência mecânica. 
(1) Palavra-Chave: Volume de ar; 
(1.1) Palavra-Guia: Menor; 
(1.1.1) Desvio: Volume de ar menor que o estabelecido no procedimento; 
(2) Palavra-Chave: Pressão; 
(2.1) Palavra-Guia: Maior; 
(2.1.1) Desvio: Aplicar pressão maior que o estabelecido no procedimento; 
(2.2) Palavra-Guia: Menor; 
(2.2.1) Desvio: Aplicar pressão menor que o estabelecido no procedimento; 
(2.3) Palavra-Guia: Nenhuma; 
(2.3.1) Desvio: Não aplicar nenhuma pressão na linha. 
 
b) Nó 2 - Etapa do monitoramento do teste de resistência mecânica com 100% da pressão 
de teste estabelecida; 
(1) Palavra-Chave: Volume de ar; 
 
 XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 
 
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. 
 
 
 
10 
(1.1) Palavra-Guia: Maior; 
(1.1.1) Desvio: Volume de ar maior que o estabelecido no procedimento; 
(2) Palavra-Chave: Pressão; 
(2.1) Palavra-Guia: Maior; 
(2.1.1) Desvio: Aplicar pressão maior que o estabelecido no procedimento; 
(2.2) Palavra-Guia: Menor; 
(2.2.1) Desvio: Aplicar pressão menor que o estabelecido no procedimento; 
(2.3) Palavra-Guia: Nenhuma; 
(2.3.1) Desvio: Não aplicar nenhuma pressão na linha. 
c) Nó 3 – Etapa do monitoramento do teste de estanqueidade com redução da pressão de 
teste para 90,2%. 
(1) Palavra-Chave: Volume de ar; 
(1.1) Palavra-Guia: Maior; 
(1.1.1) Desvio: Volume de ar maior que o estabelecido no procedimento; 
(2) Palavra-Chave: Pressão; 
(2.1) Palavra-Guia: Menor; 
(2.1.1) Desvio: Reduzir a pressão para um patamar menor que o estabelecido no 
procedimento; 
(2.2) Palavra-Guia: Nenhuma; 
(2.2.1) Desvio: Não aplicar nenhuma pressão na linha. 
3.3.2. (D) Execução 
No prosseguimento da reunião, na etapa de execução, cada desvio levantado foi 
minuciosamente analisado quanto a sua possível causa. As causas prováveis, também foram 
levantadas através da técnica de brainstorming. 
Devido à experiência dos profissionais, que participaram no estudo do Hazop, com a 
execução da atividade de teste hidrostático o estudo segui de forma clara e objetiva. 
 
 XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 
 
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. 
 
 
 
11 
Em cada palavra-guia de uma palavra-chave do Nó em análise, os participantes sugeriam sua 
provável causa que foram relacionadas no quadro branco. Após a segunda rodada de 
sugestões, cada causa sugerida era analisada por todos os participantes do grupo. Depois de 
eliminadas as que não condiziam, separavam-se as que seriam inseridas na planilha do Hazop. 
Esta sequência foi executada, para todas as palavras guias do Nó 1, Nó 2 e Nó 3. Todas as 
consequências levantadas pela equipe de estudo foram relacionadas no Quadro 2, abaixo. 
3.3.3. (C) Verificação 
Seguindo a sequência prevista do estudo, para cada desvio levantado no Nó 1, Nó 2 e Nó 3 
foram analisadas, através da técnica de brainstorming, suas prováveis consequências de forma 
qualitativa direta, onde foi de grande relevância as informações levantadas pelos profissionais 
técnicos, devido às experiências vividas. Nesta etapa, também foram utilizados relatórios de 
investigação e vídeos de acidentes envolvendo teste hidrostático. 
As consequências foram analisadas tanto do ponto de vista a segurança das pessoas e 
comprometimento da operação, como danos materiais e impactos ao meio ambiente. 
Todas as consequências relacionadas aos respectivos desvios foram relacionadas na planilha 
do Hazop, na coluna específica – Consequência, conforme apresentado no Quadro 2, abaixo. 
3.3.4. (A) Ação 
Na etapa final do estudo, a equipe analisou os meios de proteção e atenuação dos perigos que 
existiam a fim de avaliar se os mesmos eram adequados e suficientes para assegurar a 
execução da atividade de teste hidrostático. Para os desvios que foram identificados sem 
medidas de controle, a equipe propôs medidas que pudessem garantir uma execução segura da 
atividade. 
Conforme já mencionado, para o controle de emergência o Consórcio possui um 
procedimento específico para resposta a emergências, que contempla a hipótese acidentaria 
envolvendo a atividade de teste hidrostático, assim como prevê todos os recursos: humanos, 
materiais e financeiros para atendimento a este tipo de emergência. Este procedimento é 
disponibilizado a equipe de teste hidrostático, estando todos os membros da equipe treinados 
no mesmo. 
É apresentado no Quadro 2 abaixo, como resultado proposto para o trabalho a aplicação e 
análise de uma das palavras guias em um dos Nós de estudo (Nó 1). 
 
 XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 
 
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. 
 
 
 
12 
 
 
 
 
Quadro 2 – Hazop para avaliação dos perigos da atividade de Teste Hidrostático da Linha de 
Diesel 50 
 
Fonte: Pesquisa de Campo, (2013) 
 
3.4. Análise dos Resultados 
A utilização da ferramenta da qualidade, Ciclo do PDCA, para gerenciar a análise de risco 
através das duas ferramentas, FMEA e HAZOP,foi de fundamental importância na condução 
das reuniões do grupo de estudo. Todos os participantes tiveram conhecimento das etapas 
propostas para serem executas dentro do PDCA. 
As análises foram realizadas em 5 (cinco) reuniões, sendo 2 (duas) para análise FMEA, que 
consumiu 8 horas de cada participante e 3 (três) reuniões para análise Hazop, consumindo 12 
horas de cada participante. Desta forma, as analises foram realizas em 20 horas de cada 
participante, ou seja, um total de 80 horas. 
A análise através da técnica FMEA levantou 9 (nove) modos de falha prováveis, sendo 6 
(seis) na etapa do teste de resistência mecânica e 3 (três) no teste de estanqueidade, com 25 
 
 XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 
 
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. 
 
 
 
13 
(vinte e cinco) prováveis causas potenciais, que foram desde escolha inadequada de material a 
imperícia do operador. Todos os efeitos foram analisados segundo sua ação no sistema e em 
outros componentes, sendo 11 (onze) efeitos diretos no sistema e 8 (oito) em outros 
componentes. Os métodos de detecção identificados foram 4 (quatro), sendo a utilização 
equipamentos de medição e monitoramento, a parada do equipamento ou inspeção visual. 
Foram encontradas 23 (vinte e três) medidas de controle do risco e de emergência, o grupo de 
estudo sugeriu a implementação de mais 5 (cinco) medidas sendo: 
a) Aplicação de Lista de Verificação (LV) antes do início da atividade; (principalmente 
para os casos onde o modo de falha só é detectado pela inspeção visual do operador) – 
O responsável pela elaboração da LV será o inspetor de dutos; 
b) Aplicação de check list periódico na bomba de alta pressão; – O responsável pela 
aplicação do check list será o Encarregado do Teste Hidrostático; 
c) Realização de manutenção preditiva na bomba de alta pressão; – O responsável pela 
manutenção será o Técnico em mecânica; 
d) Controle dimensional da montagem do flange; – O responsável pela realização do 
controle dimensional é o Inspetor de dutos, que acompanhará toda montagem do 
flange. 
O estudo através da técnica de análise de risco Hazop foi divido em 3 (três) Nós de estudo. 
Para o Nó 1 foram aplicadas 2 (duas) palavras-chaves, que geraram 4 (quatro) palavras-guias, 
sendo respectivamente 4 (quatro) desvios. O Nó 2 (dois) teve a mesma quantidade de 
palavras-chaves, palavras-guias e desvios. O Nó 3 (três) teve 2 (duas) palavras-chaves e 3 
(três) palavras guias. Vale ressaltar que não houve a palavra guia Menor, quando se tratou da 
palavra chave volume de ar, pois a condição ideal de operação é que não ocorra há na linha 
para realização do teste hidrostático. 
As causas foram analisadas chegando-se a um total de 9 (nove) causas básicas, as quais eram 
comuns em alguns dos desvios. Todas as consequências foram analisadas levando em 
consideração a possibilidade de lesão pessoal, dano ao patrimônio e impactos ao meio 
ambiente. Foram encontradas 8 (oito) medidas de controle já estabelecida e comum aos Nós 
de estudo, cabendo ainda a aplicação de outras propostas medidas. 
 
 XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 
 
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. 
 
 
 
14 
a) Verificação para utilização apenas de conexões, válvulas e materiais compatível com a 
classe de teste. – O responsável pela verificação da classe de material a ser empregada 
no teste será o inspetor de dutos. 
Nesta análise também foram empregadas às novas medidas de controle levantadas como 
recomendação na elaboração da planilha FMEA. 
A elaboração das planilhas de análise de risco contribuiu para unir o conhecimento dos 
envolvidos na análise, identificando assim as variáveis de falha do sistema ou desvios da 
atividade de teste hidrostático de dutos terrestres, em uma análise mais aprofundada da tarefa. 
Uma vez que, a equipe só dispõe para realização da atividade da APR – Análise Preliminar 
dos Riscos. 
Os objetivos específicos deste trabalho de levantamento dos dados, identificação e análise dos 
potenciais modos de falha e desvios, utilização da ferramenta da qualidade na condução da 
análise, definição das medidas de controle, a análise dos resultados e aplicação das técnicas 
FMEA e Hazop foram atendidos de forma satisfatória. 
 
4. Conclusão 
A aplicação das técnicas FMEA e Hazop, sendo gerenciadas pelo ciclo do PDCA comprovou 
a capacidade e abrangência da ferramenta da qualidade em gerenciar os processos de análise 
de risco. Estando as etapas das análises bem definidas pelo PDCA as reuniões foram objetivas 
e houve um grande aproveitamento do tempo da equipe de estudo. 
A construção da planilha por uma equipe multidisciplinar favoreceu a aplicação da técnica, 
pois a equipe possuía uma grande experiência na execução deste tipo de teste hidrostático e 
por também terem participado de várias outras análises de risco. Esta análise realizada, 
FMEA, foi à primeira análise deste tipo realizada no Consórcio, que poderá servir como 
instrução de segurança para o dia a dia da atividade. 
A planilha elaborada foi o resultado deste trabalho de pesquisa. A análise dos riscos realizada 
propôs ainda, mais 5 (cinco) medidas de controle para serem aplicadas à atividade de teste 
hidrostático. A análise realizada foi apresentada a Gerência de Segurança do Consórcio, como 
sugestão de implantação deste tipo de análise mais aprofundada aos próximos projetos. 
 
 XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO 
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 
 
Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014. 
 
 
 
15 
Fica a sugestão para ser implantado o modelo proposto, análise de risco e ferramenta da 
qualidade, para as demais atividades operacionais do Consórcio. 
 
REFERÊNCIAS 
CALIXTO, E. – Uma Metodologia para Gerenciamento de Risco em Empreendimentos: 
Um estudo de Caso na Indústria do Petróleo – Eduardo Calixto – XXVI ENEGEP - 
Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Fortaleza - CE, Brasil, 9 a 11 de outubro de 
2006. 
FLORENCE, G. CALIL, S.J. – Uma Nova Perspectiva no Controle dos Riscos da 
Utilização de Tecnologia Médico – Hospitalar / Universidade Estadual de Campinas - SP, 
Brasil, 2005. Rev. Multi Ciência, v.5, n.10, p.138-139, out.2005. 
 
GOMES, R. O.; MATTIODA, R. A. – Técnicas de Prevenção e Controle de Perdas em 
Segurança do Trabalho - Um ajuste ao PDCA / XXXI Encontro Nacional de Engenharia de 
Produção, Belo Horizonte - MG, Brasil, 14p, 2011. 
 
HIRATA, R. N. S.; PINI, R. S. - Controle de Sistemas Instrumentados de Segurança (SIS) 
para o Caso de uma Estação de Compressão de Gás / Robson N. S. Hirata, Rodolfo S. Pini 
- Trabalhos de Conclusão de Curso, São Paulo-SP, Brasil, 2010. 
 
OLIVEIRA, C. A. D. de. – Manual Prático de Saúde e Segurança do Trabalho / Cláudio 
Antonio Dias de Oliveira, Eduardo Milaneli. – São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 520p, 
2009. 
 
OLIVEIRA, M. M.; CATAI, R. E.; SERTA, R.; MAINARDES, C. W.; CANONICO, M. R. 
S. O. - Análise do Gerenciamento de Risco de um Sistema de Caldeira e Vaso de 
Pressão: Estudo de Caso – Michel M. de Oliveira, Rodrigo Eduardo Catai, Roberta Serta, 
Christiane Wagner Mainardes, Maria Regina da S. O. Canonico – XXXI Encontro Nacional 
de Engenharia de Produção, Belo Horizonte - MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011. 
 
QUARESMA, F. J. G., 1936 – Manual Prático de Montagem Industrial / Francisco J. G. 
Quaresma. – Rio de Janeiro: Q3 Editora, 500p, 2007. 
 
ZAMBRANO, T. F.; MARTINS, M. F.– Utilização do Método FMEA para Avaliação do 
Risco Ambiental / Tatiane Fernandes Zambrano; Manoel Fernando Martins – Gestão & 
Produção; volume 14, número 2, páginas 295-309. 2007.

Outros materiais