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Introdução ao Direito Empresarial

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Núcleo Preparatório Exame da Ordem
ÍNDICE
Parte I
Fundamentos teóricos
2. Introdução ao Estudo do Direito Empresarial ...............................................................................02
3. Teoria Geral do Direito Societário e Sociedades Empresárias ....................................................25 
4. Falência e Recuperação de Empresas ........................................................................................36 
5. Títulos de Crédito...........................................................................................................................47
Parte II
Explicação detalhada de como elaborar as principais peças processuais.
Peças Processuais ...................................................................................................................68
Parte III
DICAS DE ESTUDOS 
A bibliografia básica e técnicas para otimizar o estudo 
1. Dicas de Estudo...........................................................................................................................145
2. Indicação bibliográfica..................................................................................................................146
3. Peças ...........................................................................................................................................147
4. Questões ......................................................................................................................................150
Introdução ao Estudo do Direito Empresarial
	
1- Pessoa Jurídica: São organizações constituídas por uma coletividade de pessoas ou por uma massa de bens, dirigidos à realização de interesses comuns, às quais a ordem jurídica atribui personalidade.
- Empresa: “Atividade Econômica Organizada”.
- Empresário: Art. 966 Código CC.
- Sociedade Empresária: Art. 981 CC.
- Estabelecimento Empresarial: Conjunto de bens necessários para a exploração da empresa.
2- Classes de Empresários
- Empresário Individual: Art. 966 CC.
- Empresário Coletivo: Art. 983 CC (“Sociedades Empresárias”).
3- Condições para o exercício da atividade empresarial (Art. 972 CC);
4- Pessoas Impedidas de Exercer a atividade empresarial (Art. 1011 CC):
Servidores Públicos (Lei n.º 8112/90);
Falidos (Lei n.º 11.101/2005);
Agentes Políticos;
Penalmente Proibidos;
Magistrados;
Estrangeiros.
5- Sociedade Empresária é a pessoa jurídica que explora uma empresa.
Art. 981 do CC: "Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício e atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados".
Personalização das Sociedades Empresária.
Princípio da Autonomia da Pessoa Jurídica: 
Autonomia de Atuação (Teoria Organicista): A deliberação tomada pela sociedade, por exemplo, é o resultado da somatória das vontades individuais de seus sócios, da mesma forma que o ato praticado pela sociedade, por intermédio da pessoa natural de qualquer de seus sócios é o ato dela e não dele, que simplesmente atua como se fosse a propria sociedade.
Autonomia Patrimonial: O patrimônio social não responde pelas dívidas dos sócios; só pelas dívidas da sociedade. 
Início da Personalização: Registro de seus Atos Constitutivos.
Término da Personalização: Com o advento do procedimento dissolutório, que pode ser judicial ou extrajudicial. Esse procedimento compreende três fases: dissolução, liquidação e a partilha.
Limites da Personalização.
Empreendedores e Investidores.
6- Obrigações Gerais do Empresário e da Sociedade Empresária
a) Registrar-se no Órgão Competente, antes de dar início à exploração de sua atividade (Art. 1150 e ss do CC e Lei n.º 8934/94); 
b) Manter escrituração regular de seus negócios (Art. 1179 CC).
		
7- Registro de Empresa
- Finalidade do Registro: Art. 1.º, incs. I, II e III, da Lei n.º 8934/94.
- Efeitos Jurídicos: 
 a) Sociedades Empresárias: Aquisição de Personalidade Jurídica ( Art. 985 CC).
	a.1) Assunção de Capacidade para direitos e obrigações;
		a.2) os sócios não mais se confundem com a pessoa da sociedade;
		a.3) a pessoa jurídica possui patrimônio próprio;
		a.4) a sociedade pode alterar sua estrutura interna.
	b) Empresário: Proteção jurídica e gozo das prerrogativas próprias de empresário.
	7.1- Órgãos de Registro de Empresa
		a) SINREM – Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis;
		b) DNRC – Departamento Nacional de Registro do Comércio (Juntas Comerciais).
		7.2- Atos de Registro
		Matrícula;
		Arquivamento;
		Autenticação.
	Modalidade
	Finalidade
	
Matrícula / e Cancelamento
	Leiloeiros
Tradutores públicos e intérpretes comerciais
Trapicheiros
Administradores de Armazéns-Gerais
	
Arquivamento
	Atos Constitutivos, Alterações, Dissoluções de firmas individuais, sociedades empresárias e cooperativas
Atos relativos à consórcios e grupos de sociedades
Qualquer ato de interesse do empresário ou da sociedade empresária
	Autenticação
	Livros Mercantis
Cópias de Documentos Assentados
		
7.3- Conseqüências da Falta do Registro
a) Responsabilidade Ilimitada dos Sócios das Sociedades Empresárias; b) Ausência de Legitimidade ativa para requerer o pedido de falência de outra sociedade empresária ou empresário (art. 97, par. 1.º, Lei n.º 11.101/2005); c) Impedimento para requerer a recuperação judicial (art. 51, V, Lei n.º 11.101/2005); d) Multas de natureza da administrativa e fiscal; e) A atividade desempenhada fica forçosamente restrita ao universo da informalidade.
		
8- Manter escrituração regular de seus negócios
		O exercício regular da atividade empresarial pressupõe a organização de uma contabilidade.
Funções da manutenção regular da escrituração: 
1) Gerencial (possibilita avaliar os resultados da atividade desenvolvida); 
2) Documental (necessidade de demonstração dos resultados da atividade empresarial); 
3) Fiscal (relaciona-se ao controle da incidência e pagamento de tributos).
No direito brasileiro, a previsão genérica do dever de escrituração está prevista no art. 1.179, caput, do Código Civil para o empresário e a sociedade empresária, e de forma específica no art. 177 da Lei n.º 6.404/76 para as sociedades anônimas.
-Espécies de Livros: Para o direito empresarial o único livro obrigatório é o Diário. Entretanto, existem outros livros que são exigidos levando em consideração a atividade desenvolvida e a conformação jurídica da sociedade empresária (p. ex.: Art. 100 da Lei n.º 6.404/76).
 Obs.: De todas as atividades mercantis a única que não está obrigada a ter o livro Diário e a atividade bancária, uma vez que poderá substituí-lo pelo Livro de Balancetes Diários e Balanços (Lei n.º 4.843/65) - Ler art. 1.185 do Código Civil de 2002.
- Requisitos Extrínsecos: Visam conferir segurança jurídica. A escrituração deverá observar o disposto no art. 1.183 do Código Civil.
- Extravio dos Livros: Hipóteses de caso fortuito ou força maior - Publicação do ocorrido em jornal de grande circulação do local do estabelecimento e comunicado a Junta Comercial no prazo de 48 horas (Dec. 486/69).
- Eficácia probatória dos Livros: Fazem prova contra o próprio empresário ou sociedade empresária; contra outro empresário ou sociedade empresária; contra não-empresários (Arts. 378, 379 e 380 do CPC).
- Conseqüências da Falta de Escrituração: Dividem-se em sancionadoras e motivadoras.
a) Sancionadoras: Importa em penalização do empresário - Órbita Civil: Eventual presunção dos fatos alegados pela parte adversa; Órbita Penal: Crime Falimentar (art. 178 da Lei n.º 11.101/2005); 
b) Motivadoras: Negam ao empresário um benefício que poderia usufruir caso tivesse cumprido a obrigação - 1) Inacessibilidade à Recuperação Judicial; 2) Ineficáciaprobatória (art. 379 do CPC).
	- Escrituração
			
Exibição dos Livros: Princípio do Sigilo (art. 1190 CC/2002). Considerava-se que o empresário tinha o direito de manter reservadas informações que somente lhe diziam respeito, como os seus ganhos e despesas. O referido princípio está ligado, portanto, a tutela da privacidade. 
			A privacidade (Princípio do Sigilo) foi paulatinamente sendo excepcionada e hoje em dia não poder ser oposta contra: a) Autoridades Fiscais (art. 1.193 CC/2002); b) Ordem Judicial (art. 1.191 CC/2002).
			Súmula 439 do STF: "Estão sujeitos à fiscalização tributária, ou previdenciária, quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto de investigação."
Pressuposto para apreciação dos Livros Empresariais pela Autoridade Fazendária ou Previdenciária: Instauração de procedimento administrativo da Fazenda ou INSS. 
Trata-se de uma formalidade preliminar que serve como comprovação da natureza oficial do procedimento, oferecendo garantias ao empresário ou a sociedade empresária, e requisito de admissibilidade para o prosseguimento da medida. Seguem-se então duas alternativas:
 a) Expedição de intimação para comparecimento no posto fiscal; 
 b) Comparecimento no próprio estabelecimento. 
Conseqüências nos casos de irregularidade nos Livros: Lavratura do Auto de Infração.
Exibição dos Livros por Ordem Judicial: Exibição Parcial (art. 382 CPC) e Exibição Total (art. 381 CPC - P. ex: 105 da Lei 6.404/76). 
Apreciação dos Livros por acionistas e sócios cotistas de sociedades empresárias: Arts. 1.021 CC/2002.
		
Demonstrações Contábeis Periódicas
		
Levantamento de Balanços anuais, patrimonial e de resultado (Arts. 1.179 CC/2002).
		
Exemplo da Sociedade Limitada: A obrigação se resume ao levantamento do balanço geral do ativo e passivo e a demonstração dos resultados, observadas as técnicas geralmente aceItas pela contabilidade (art. 1184 usque 1189 CC/2002). Periodicidade: Em regra anual. Exceções: Sociedades Anônimas (art. 204 da LSA) e as instituições financeiras (art. 31 da Lei n.º 4.594/64).
		Conseqüências para a Falta das Demonstrações Contábeis Periódicas: (Comentários sobre o art. 178 da Lei n.º 11.101/2005). 
Dificuldade de acesso ao crédito bancário;
 Impossibilidade de participar em licitação promovida pelo Poder Público (Lei n.º 8.666/93, art. 31, I); Impossibilidade de requerer recuperação judicial;
 Os administradores da sociedade anônima e da sociedade limitada responderão, perante os sócios, por eventuais prejuízos advindos da inexistência do documento. 
			
	Estabelecimento Empresarial
Conceito: "É o conjunto de bens reunidos para a exploração da atividade econômica".
Motivo de ser objeto de tutela no direito empresarial: preservação do investimento realizado na organização da empresa.
Goodwill of a trade = fonds de commerce = fundo de empresa: Sobrevalor nascido da atividade empresarial.
Fundo de empresa caracteriza-se como um atributo do estabelecimento empresarial.
Natureza Jurídica do Estabelecimento Empresarial
Embora existam 09 teorias acerca da natureza jurídica do estabelecimento, compondo um leque de visões que vão desde a personificação do complexo de bens até a negativa de sua relevância para o direito, de acordo com os ensinamentos de FABIO ULHOA COELHO (in Curso de Direito Comercial, volume 1, São Paulo : Saraiva, 2002, p. 99) basta destacar apenas três pontos essenciais: 
1.º) o estabelecimento empresarial não é sujeito de direito;
2.º) o estabelecimento empresarial é uma coisa; e
3.º) o estabelecimento empresarial integra o patrimônio da sociedade empresária.
Distinção: Estabelecimento Empresarial - Empresa - Sociedade Empresária.
Elementos do Estabelecimento Empresarial
O Estabelecimento Empresarial é composto por bens materiais e imateriais.
 a) Materiais: Mercadorias, Estoque, Utensílios, Veículos, Maquinaria, etc...
b) Imateriais: Bens Industriais (patente de invenção, de modelo de utilidade, registro de desenho industrial, marca registrada, nome empresarial) e o ponto (local em que se explora a atividade econômica).
Atributos do Estabelecimento Empresarial
Aviamento: Potencial de lucratividade da empresa. Não se caracteriza como elemento do estabelecimento empresarial. Aviamento = Fundo de Empresa.
Clientela: Conjunto de pessoas que habitualmente consomem os produtos ou serviços de determinado empresário ou sociedade empresária.
Proteção ao Ponto : Locação Empresarial
Ponto: "É o local em que se encontra o estabelecimento empresarial".
Quando o empresário e/ou sociedade empresária são proprietários do imóvel em que se estabeleceram, o direito de inerência ao ponto é assegurado pelo direito de propriedade de que é titular. Entretanto, quando os mesmos não são proprietários, mas locatários, a proteção do seu direito de inerência ao ponto decorre de disciplina específica.
Proteção Jurídica: "Decorre da sua importância para o sucesso da empresa". 
Lei de Luvas (1934): De acordo com a sistemática estabelecida, o comerciante e o industrial que locasse imóvel para exploração de sua atividade, por prazo determinado de no mínimo 5 anos, e não tivesse mudado de ramo nos últimos 3 anos, poderia pleitear a renovação compulsória do vínculo locatício.
Lei de Locação Predial Urbana vigente (Lei n.º 8.245/91, art. 51): A sistemática da Lei de Luvas foi mantida.
Requisitos da Locação Empresarial
Lei n.º 8.245/91, art. 51: A locação somente será considerada empresarial quando for permitido ao locatário pleitear a renovação compulsória do contrato.
Requisito Formal: contrato escrito com prazo determinado;
Requisito Temporal: mínimo de 05 anos de relação locatícia;
Requisito Material: exploração da mesma atividade econômica por pelo menos 3 anos ininterruptos.
Comentários:
-Requisito Formal: Ler art. 56 da Lei n.º 8.245/91;
-Requisito Temporal: acessio temporis;
-Requisito Material: Este requisito está relacionado com o sobrevalor agregado ao imóvel.
Proteção ao Ponto : Locação Empresarial (cont.)
Art. 51 da Lei n.º 8.245/91 (direito do locatário de inerência ao ponto)
Procedimento: O direito de inerência ao ponto é exercido através de ação judicial própria denominada Renovatória.
Prazo Decadencial para propositura da Ação Renovatória - Entre 01 ano a 06 meses antes do término do prazo do contrato a renovar. 
Exceção de Retomada - Art. 5.º, inc. XXII, da CF (Direito de Propriedade): A renovação compulsória do contrato de locação empresarial não pode ser incompatível com o exercício do direito de propriedade, pelo locador. Por essa razão admite-se a exceção de retomada, na ação renovatória. ( Fundamento Legal - Arts. 52, incs. I e II, e 72, incs. I, II, III e IV, da Lei n.º 8.245/91): a) realização de obras no imóvel, que importem sua radical transformação por exigência do Poder Público; b) reformas no imóvel que o valorizem, pretendidas pelo locador; c) insuficiência na proposta apresentada pelo locatário, na ação renovatória; d) melhor proposta de terceiros; e) transferência de estabelecimento existente há mais de um ano, pertencente ao cônjuge, ascendente ou descendente do locador, ou a sociedade empresária por ele controlada; e f) uso próprio.
Obs. : Importante ressaltar que o rol acima transcrito é apenas exemplificativo, ou seja, em qualquer caso, se a renovação compulsória da relação locatícia importar a impossibilidade de o locador exercer plenamente o seu direito de propriedade, ainda que a hipótese não se encontre especificamente contemplada na lei como fator impeditivo da renovação, esta não pode ocorrer, porque o contrário representaria desobediência à norma constitucional assecuratória daquele direito. 
Indenização do Ponto
Se caracterizada a locação empresarial e proposta a ação renovatória dentro do prazo, o locatário terá, em determinadas situações, direito à indenização pela perda do ponto, caso o locadorobtenha a retomada do imóvel.
Pressupostos para o empresário ter direito à indenização pela perda do ponto:
Caracterização da locação como empresarial, com o atendimento aos requisitos formal, material e temporal; b) ajuizamento da ação renovatória dentro do prazo; c) acolhimento de exceção de retomada.
Hipóteses em que caberá a indenização pela perda do ponto:
se a exceção de retomada foi a existência de proposta melhor de terceiro; b) se o locador demorou mais de 03 meses, contados da entrega do imóvel, para dar-lhe o destino alegado na exceção de retomada; c) exploração no imóvel da mesma atividade do locatário; d) insinceridade da exceção de retomada.
Desta lista, apenas as duas primeiras são especificadamente mencionadas na lei (LL, art. 52, § 3.º), decorrendo as demais dos princípios gerais do direito, que vedam o enriquecimento ilícito e tutelam a boa-fé (vide Fábio Ulhoa Coelho, in Curso de Direito Comercial, vol. I, São Paulo : Saraiva, 2002, p. 110/112)
Parâmetro de indenização pela perda do ponto
Em todos os casos tratados a indenização consistirá no ressarcimento: a) dos prejuízos decorrentes da mudança; b) dos prejuízos gerados pela perda do lugar (ponto); c) dos prejuízos ocasionados pela desvalorização do fundo de empresa. Consistirá ainda no ressarcimento dos lucros cessantes.
Comentários: O art. 75 da Lei 8.245/91 preceitua que, "na hipótese do inc. III do art. 72, a sentença fixará desde logo a indenização devida ao locatário em conseqüência da não prorrogação da locação, solidariamente devida pelo locador e o proponente. 
Breves Considerações sobre "Shopping Center"
Conceito: É um empreendimento no qual os espaços comerciais são alugados para empresários com determinados perfis, de forma que o complexo possa atender diversas necessidades dos consumidores.
Adesão ao Empreendimento: O universo legal, que compreenderá o empreendimento, se constituirá, na verdade, de três documentos autônomos, cujos conteúdos imporão obrigações distintas: 
1) Após a aprovação da construção do empreendimento é elaborada uma Escritura Declaratória de Normas Gerais Complementares dos Contratos de Locação. Caso o empreendimento seja constituído nos moldes da Lei 4.591/64, será elaborada uma Convenção Condominial acompanhada do Regimento Interno; 
2) Contrato de Locação; 
3) Estatuto da 
Associação dos Lojistas.
res sperata : Prestação retributiva das vantagens em se estabelecer num complexo empresarial dessa natureza.
tenant mix: planejamento de distribuição do espaço.
Contrato de Locação em Shopping Center
-Natureza Jurídica: Contrato Atípico.
-Aspectos Jurídicos: 
-Contrato celebrado por prazo inferior a 05 anos; 
-Contrato celebrado por prazo superior a 05 anos.
-Denúncia Vazia
-Ação Renovatória
-Exceção à Retomada
Alienação de Estabelecimento Empresarial
-Breve recapitulação sobre estabelecimento empresarial e seus elementos.
Contrato de Trespasse & Cessão de Cotas Sociais de Sociedade Limitada ou Alienação de Controle de Sociedade Anônima.
No contrato de trespasse o estabelecimento deixa de integrar o patrimônio de um empresário ou sociedade empresária (o alienante) e passa para o de outro (o adquirente).
Objeto do contrato de trespasse : Complexo de bens corpóreos e incorpóreos utilizados na exploração da empresa.
O contrato de trespasse terá que ser arquivado no Registro Público de Empresas Mercantis e de publicado na imprensa oficial (art. 1.144 do novo CC).
A eficácia da alienação ficará subordinada ao pgto de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação, caso não restem bens suficientes ao alienante para solver o seu passivo (art. 1145 do novo CC).
O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento (art. 1.146 do novo CC).
Cláusula de Não-Restabelecimento: Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência (Art. 1.147 do novo CC).
Obrigações de Ordem Trabalhista e Fiscal ligadas ao Estabelecimento Empresarial
Independente do advento do novo CC, o adquirente do estabelecimento empresarial é sempre sucessor do alienante, em relação a obrigações trabalhistas e fiscais ligadas ao estabelecimento, nos termos da legislação aplicável.
Neste caso também não se observará o disposto no art. 1.146 do novo CC, que libera o alienante após o decurso de 01 ano da publicação do respectivo contrato de trespasse na imprensa oficial, quanto aos créditos vencidos, ou do vencimento, quanto aos demais.
-Responsabilidade do adquirente pelas Obrigações Trabalhistas: Art. 448 da CLT.
-Responsabilidade do adquirente pelas Obrigações Fiscais: Art. 133 CTN.
 
		Trespasse e Locação Empresarial
Cessão da Locação: Autorização do Locador (art. 13 da Lei n.º 8.245/91).
-Expressa;
-Tácita: inércia por 30 dias a partir da notificação.
 Art. 1.148 do novo CC: Poderá o locador rescindir o contrato, nos 90 dias seguintes à publicação do contrato de alienação na imprensa oficial, se houver justa causa.
Ação Renovatória.
		
Elementos Imateriais do Estabelecimento Empresarial
1- Propriedade Industrial
Noções Introdutórias
Origem Histórica: Inglaterra em 1623 (Statute of Monopolies) - Previa outorga de patentes para invenções pelo prazo de 14 anos.
Convenção de Paris para Proteção da Propriedade Industrial em 1880 (Inicialmente foram apenas 11 países signatários: Bélgica, Brasil, Portugal, França, Guatemala, Itália, Holanda, São Salvador, Sérvia, Espanha e Suíça).
Objetivo: Proteção dos bens imateriais do empresário e da sociedade empresária ligados à atividade por eles desenvolvida.
Natureza Jurídica: Propriedade imaterial, de cunho incorpóreo. 
Regime Jurídico
Propriedade Industrial: Direito de Propriedade (arts. 5.º, inc. XXIX da CF e Lei n.º 9.279/96).
		
Bens Integrantes da Propriedade Industrial
Integram a propriedade industrial a invenção, o modelo de utilidade, o desenho indistrial e a marca.
a) Invenção: É o produto da inteligência humana que objetiva criar bens até então desconhecidos para aplicação industrial.
Modelo de Utilidade: É o instrumento, utensílio ou objeto destinado ao aperfeiçoamento ou melhoria de uma invenção preexistente.
b) Desenho Industrial: É a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial.
c) Marca: Sinais distintivos visualmente perceptíveis.
- Quanto a sua apresentação ou forma, marca pode ser classificada da seguinte forma:
Nominativas: identificadas por palavras;
Figurativas: mais conhecidas como logotipos;
Mista: quando numa mesma marca são identificadas formas figurativas e nominativas juntas;
Tridimensional: é aquela representada pelo formato característicom não-funcional e particular que é dado ao próprio produto ou ao seu recipiente.
2- Direito Imaterial (direito industrial & direito autoral)
Direito Imaterial ou Intelectual - Direito Industrial (invenção, o modelo de utilidade, o desenho industrial e a marca) 
Direito Autoral (obra científica, artística, literária e de programas de computador). 
Em termos de regras gerais, é possível distinguir o direito industrial do direito autoral nos termos da tabela abaixo:
	Objetos de Distinção
	Direito Industrial
	Direito Autoral
	Protege
	Quem registrou
	Quem idealizou
	Extenção da Proteção
	Idéia Inventiva
	Forma como a idéia se exterioriza
	Direito de ExclusividadeDecorre de um ato administrativo
	Decorre do ato de criação da obra
Patenteabilidade
São patenteáveis a invenção e o modelo de utilidade. Estabelece a Lei de Propriedade Industrial que para a patente ser concedida, a invenção ou o modelo de utilidade deve preencher os seguintes requisitos:
Novidade: a invenção não deve estar compreendida no estado da técnica (vide arts. 11, §1.º e 12, incs. I, II e III da Lei 9.279/96);
Atividade Inventiva: Originalidade. Não pode ser mero desdobramento daquilo que já é de domínio público (art. 14 da Lei 9.279/96); 
Aplicação Industrial: Somente é patentável aquela invenção ou modelo de utilidade que possa ser utilizado em escala industrial (art. 15 da Lei 9.279/96).
Invenções e Modelos de Utilidade não patenteáveis: Art. 18 da Lei 9.279/96.
Segredo Industrial
Não está o empresário obrigado a patentear determinado invento, pois tal procedimento caracteriza-se como uma faculdade. Se entender mais conveniente, seu titular poderá guardá-los em segredo, não disponibilizando ao público os métodos, os projetos, as composições que materializam seu invento.
Vantagem: O segredo industrial se eterniza em suas mãos.
Desvantagem: O fato de terceiro conseguir através de meios lícitos e méritos próprios, obter o mesmo resultado alcançado pelo seu inventor primitivo.
Art. 195, inc. XI, da Lei 9.279/96: Proteção do Segredo Industrial.
Registrabilidade
Se a patente refere-se à invenção e ao modelo de utilidade, o registro diz respeito ao desenho industrial e à marca. 
Desenho Industrial
Estabelece a Lei de Propriedade Industrial que para o desenho industrial ser registrado e, conseqüentemente, ter o seu criador direito de exclusividade sobre ele, devem estar presentes três requisitos:
Novidade: o desenho industrial não deve estar compreendido no estado da técnica (art. 96, caput, e § 3.º, da Lei 9.279/96); 
Originalidade: é original aquele desenho industrial quando dele resulte uma configuração visual distintiva, em relação a outros objetos (art. 97 da Lei 9.279/96); 
Desimpedimento: será registrado o desenho industrial que não estiver contemplado nas hipóteses previstas no art. 100, incs. I e II, da Lei 9.279/96.
			
Marca
Estabelece a Lei de Propriedade Industrial que para a marca ser registrada e, consequentemente, ter o seu criador direito de exclusividade sobre ela, devem estar presentes três requisitos:
Novidade Relativa: Cumprir a finalidade de identificar, direta ou indiretamente, produtos e serviços, destacando-os dos seus concorrentes; 
Não-Colidência com Marca Notória: vide art. 126 da Lei 9.279/96;
Desimpedimento: será registrada a marca que não estiver contemplada nas hipóteses previstas no art. 124 da Lei 9.279/96.
Princípio da Especialidade: 
	Pelo "princípio da especificidade, a proteção da marca registrada é limitada aos produtos e serviços da mesma classe, salvo quando o INPI a declara "marca de alto renome". Nesta hipótese, a proteção é ampliada para todas as classes.
			Exploração da Propriedade Industrial
				Prioridade (art. 127 da Lei 9.279/96).
				Licença de Direito Industrial.
				Cessão de Direito Industrial.
				Degeneração de Marca Notória.
			Extinção do Direito Industrial
			Extingue-se o direito industrial pelas seguintes razões:
				Decurso do Prazo de Duração: 
	Direito Industrial
	Prazo
	
Patente de Invenção
	O que ocorrer por último: 20 anos, contados da data do depósito, ou 10 anos contados da concessão (art. 40, pár. único, da LPI)
	
Patente de Modelo de Utilidade
	O que ocorrer por último: 15 anos, contados da data do depósito, ou 07 anos contados da concessão (art. 40, pár. único, da LPI)
	Registro de Desenho Industrial
	10 anos, a contar do depósito, admitidas até 03 prorrogações sucessivas, por período de 05 anos cada (art. 108 da LPI)
	Registro da Marca
	10 anos, contados da concessão, sendo cabíveis sucessivas prorrogações, por igual período (art. 133 da LPI)
Caducidade: Fator extintivo decorrente do abuso ou desuso no exercício do direito industrial. b.1) Em relação à patente se o titular não explorar (diretamente ou por licença voluntária) a invenção ou o modelo de utilidade, de modo a atender às demandas do mercado, tendo decorridos 03 (três) anos da concessão, poderá ser requerida a licença compulsória. Decorridos 02 anos do licenciamento compulsório, a caducidade poderá ser declarada pelo INPI, de ofício ou a requerimento do interessado (art. 68 e 80 usque 83, da LPI);	b.2) Registro da Marca: Fluência de 05 anos sem exploração econômica. 
Falta de Pagamento da Retribuição devida ao INPI: Arts. 78, inc. IV, e 119, inc. III, ambos da LPI).
Renúncia do Titular: Desde que não cause prejuízo a terceiros (Arts. 78, inc. II e 119, inc. II, ambos da LPI).
Inexistência de Representante Legal no Brasil, se o titular e domiciliado ou sediado no exterior: LPI, art. 217.
Processo Administrativo no INPI
-Pedido de Patente: A tramitação compreende quatro fases (depósito, publicação, exame e decisão).
-Pedido de Registro de desenho Industrial.
-Pedido de Registro de Marca.
Nome Empresarial
É aquele utilizado por um empresário para se identificar, enquanto sujeito exercente de uma atividade econômica.
Divide-se em 02 (duas) espécies: 
a) Firma (tem por base necessariamente um nome civil) e 
b) Denominação (pode tomar por base qualquer expressão linguistica). 
Proteção ao Nome Empresarial: Art. 34 da Lei 8934/94 (Princípios da Veracidade (Art. 1.165 do CC/2002) e da Novidade(Art. 1.166 do CC/2002).
Diferenças entre Nome Empresarial e Marca
O nome empresarial identifica o sujeito de direito, enquanto a marca identifica, direta ou indiretamente, produtos ou serviços.
	Elementos Distintivos
	Nome Empresarial
	Marca
	Orgão de Proteção
	Junta Comercial
	INPI
	Âmbito de Proteção
	Estadual
	Nacional
	Âmbito Material da Proteção
	Independe o ramo de atividade
	Está restrita à classe dos produtos ou serviços
	
Prazo de Duração
	Enquanto estiver em funcionamento regular (vide art. 60, § 1.º, da Lei n.º 8.934/94)
	10 anos, com possibilidade de sucessivas prorrogações por igual período
Explicações sobre Título de Estabelecimento
Processo Administrativo no INPI
São patenteáveis a invenção e o moelo de utilidade. Estabelece a Lei de Propriedade Industrial que para a patente ser concedida, a invenção ou o modelo de utilidade deve preencher os seguintes requisitos:
Novidade: a invenção não deve estar compreendida no estado da técnica (vide arts. 11, §1.º e 12, incs. I, II e III da Lei 9.279/96);
Atividade Inventiva: Originalidade. Não pode ser mero desdobramento daquilo que já é de domínio público (art. 14 da Lei 9.279/96); e
Aplicação Industrial: Somente é patenteável aquela invenção ou modelo de utilidade que possa ser utilizado em escala industrial (art. 15 da Lei 9.279/96).
 Pedido de Patente :
O pedido de patente de invenção ou de modelo de utilidade segue tramitação que compreende quatro fases: depósito, publicação, exame e decisão.
1) Depósito (art. 19):
-Requerimento;
-Relatório Descritivo;
-Reivindicações (deverá o requerente definir com exatidão aspectos técnicos da invenção e do modelo de utilidade, a ponto de justificar a proteção legal).
 -Desenhos, se for o caso;
-Resumo (é precedido pelo título da invenção, sendo redigido de forma a permitir uma compreensão do problema técnico e da solução proposta pela invenção);
-Pagamentos das retribuições.
2)Publicação:
Têm por finalidade dar ciência aos interessados da existência do pedido de concessão de direito industrial.
3)Exame Formal;
4)Decisão.
-Da Expedição da Concessão da Patente: Art. 38 e seguintes.
-Duração da Patente:
	Direito Industrial
	Prazo
	
Patente de Invenção
	O que ocorrer por último: 20 anos, contados da data do depósito, ou 10 anos contadosda concessão (art. 40, pár. único, da LPI)
	
Patente de Modelo de Utilidade
	O que ocorrer por último: 15 anos, contados da data do depósito, ou 07 anos contados da concessão (art. 40, pár. único, da LPI)
-Nulidade da Patente (Art. 50 e seguintes):Prazo para alegação – 06 meses;
-Ação de Nulidade (art. 56).
Processo Administrativo no INPI
-Pedido de Registro de Marca: Introdução: Arts. 122, 123 e 124 da LPI
-Quanto à natureza a marca pode ser:
a) de produto ou serviço;
b) de certificação;
c) coletiva.
-Processamento:
Depósito : Art. 155;	
Exame Formal;
Oposição de Terceiros (prazo: 60 dias): arts. 158 e 159;
Decisão: art. 160.
Da Expedição do Certificado de Registro: Art. 161 e seguintes.
Duração do Registro:
	Registro da Marca
	10 anos, contados da concessão, sendo cabíveis sucessivas prorrogações, por igual período (art. 133 da LPI)
-Nulidade do Registro (Art. 165 e seguintes):Prazo para alegação – 180 dias;
-Ação de Nulidade: 
-Prazo Prescricional: 05 anos;
-Foro Competente: Justiça Federal.
		
Proteção no Âmbito internacional
O Brasil, como país unionista, ou seja, pertencente à União de Paris, assumiu compromisso internacional de conferir prioridade a determinados pedidos de patente ou registro industrial.
Procedimento:
O ato de efetivar o depósito perante o INPI confere ao requerente proteção em todos os países unionistas de acordo com os seguintes prazos:
Invenção e Modelo de utilidade: 12 (doze) meses;
Marca e Desenho Industrial: 06 (seis) meses.
Caso o requerente objetive proteção em âmbito internacional, deverá antes da expiração dos prazos acima previstos entabular o depósito nos respectivos países desejados 
Formas de Efetivação dos Depósitos de Pedidos Nacionais no Exterior:
a) Requerimento diretamente no país desejado, de acordo com as normas e regulamentos previstos;
b) Pedido de Tramitação para Concessão de Patente.
O Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes - PCT foi firmado em 19 de junho de 1970, em Washington, como a finalidade desenvolver o sistema de patentes e de transferência de tecnologia. Prevê basicamente meios de cooperação entre os países industrializados e os países em desenvolvimento. Até julho de 2000 são 108 países signatários do PCT. O PCT tem como objetivo simplificar, tornando mais eficaz e econômico, tanto para o usuário como para os órgãos governamentais encarregados na administração do sistema de patentes, o procedimento a seguir, no caso de uma solicitação para proteção patentária em vários países.
No que se refere ao pedido internacional, o tratado prevê basicamente o depósito internacional e uma busca internacional. O depósito do pedido internacional deve ser efetuado em um dos países membros do PCT e tal depósito terá efeito simultâneo nos demais países membros nomeados (designados ou eleitos) pelo depositante quando por ocasião do depósito. O Pedido Internacional, junto com o relatório internacional da busca, é publicado após o prazo de dezoito meses contados a partir da data de depósito do primeiro pedido.
A Busca Internacional prevista é obrigatória e poderá ser realizada por uma das Autoridades Internacionais de Busca junto ao Tratado. O resultado da Busca Internacional é encaminhado ao depositante e demais países designados pelo mesmo no ato do depósito. Os depositantes residentes ou domiciliados no Brasil poderão escolher as seguintes Autoridades de Busca: 
1. Escritório Europeu de Patentes; 2. Escritórios de Patente da Suécia; 3. Escritórios de Patente Áustria; e 4. Escritórios de Patente dos Estados Unidos.
O Capítulo II do Tratado prevê, ainda, um exame preliminar internacional, opcional para o depositante, realizado por Autoridades Internacionais de Exame. Os países para os quais o depositante deseje que sejam enviados os exames internacionais poderão ser eleitos por ocasião do depósito ou o mais tardar no 19º (décimo nono) mês a contar do depósito ou da prioridade, se houver.
O Tratado não interfere com as legislações nacionais dos países membros, havendo inclusive, autonomia no que se refere à aceitação e utilização da Busca e/ou do Exame Internacionais. É importante ressaltar que o pedido internacional não elimina a necessidade quanto à instrução regular do pedido diante dos Escritórios Nacionais da cada um dos países nomeado pelo depositante. Este processamento diante dos Escritórios envolvidos recebe o nome de Fase Nacional do pedido internacional e deverá ser iniciado dentro do prazo de vinte meses (quando não houver exame internacional) ou trinta meses (no caso de exame internacional). 
Uma das principais vantagens do sistema para o usuário é que antes do início da Fase Nacional, o mesmo, já com conhecimento do Relatório de Busca Internacional, poderá avaliar as possibilidades reais de patenteabilidade do seu pedido, prosseguindo ou não com o mesmo. Esta avaliação é importante em vista dos gastos de tramitação necessários nas respectivas Fase Nacionais.
Os relatórios internacionais de busca e exame facilitam o trabalho dos examinadores dos Órgãos Oficiais. O público, tomando conhecimento o pedido de patente junto com o relatório de busca, pode melhor compreender e avaliar a invenção.
Com a finalidade de auxiliar os depositantes, a OMPI preparou um guia especial para os usuários (PCT Applicant's Guide) onde todos os detalhes para o regular processamento do pedido internacional, assim como as exigências e o processamento quando da Fase Nacional em cada um dos países membros, são devidamente mencionados e esclarecidos.
O pedido internacional tornou-se operacional a partir de 01 de junho de 1978. O Brasil assinou o tratado quando de sua conclusão, ratificando-o em 09 de janeiro de 1978.O Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (Patent Cooperation Treaty - PCT) tem como objetivo principal a simplificação do processo simultâneo de um pedido de patente em diversos países, como a emissão rápida de um relatório de busca, que permite ao depositante avaliar a patenteabilidade de sua invenção e considerar a continuidade do processamento de seu pedido nos diferentes países.
O Regime Jurídico da Concorrência
“No plano da atividade econômica, concorrência vem a ser a atuação independente de várias empresas (empresários e/ou sociedades empresárias) para conseguir o maior número de contratos com a mesma clientela, oferecendo os preços, as qualidades ou as condições mais favoráveis.”
		
Introdução
- Após detida análise dos arts. 5.º, XXIX, 170 e 173, 4.º, todos da Constituição da República, conclui-se: 
(i) que a liberdade de concorrência deve ceder lugar para a tutela temporária dos direitos industriais; e (ii) que a liberdade de concorrência deve também levar em consideração a proteção a ser assegurada a propriedade dos nomes empresariais e dos demais sinais distintivos que o empresário e/ou sociedade empresária utiliza para o exercício de sua atividade.
Regras Relativas à Concorrência
É possível dizer que as regras relativas à concorrência, no plano econômico, segundo o fim a que se destinam, podem envolver: (i) proteção à liberdade de competição; (ii) proteção à lealdade na competição; (iii) proteção aos direitos imateriais que o empresário e/ou sociedade empresária possui para o exercício da atividade empresarial; e (iv) limitações à liberdade de concorrência.
Sob esse aspecto observa-se que há duas formas de concorrência que o direito repudia, para fins de livre iniciativa: a desleal e a perpetrada com abuso de poder econômico (Infração à Ordem Econômica).
Natureza dos Atos de Violação às Regras de Concorrência
- Usurpação: uso indevido de direitos de propriedade industrial;
- Confusão: imitação dos direitos de propriedade industrial de outrem;
- Difamação: tentativas de denegrir a imagem do concorrente;
- Contrários à Moralidade: envolvem práticas de suborno de empregados do concorrente para obtenção de segredos industriais...;
- Dominação deMercado: ou de restrição de livre competição (p.ex.: Cartel e Monopólio).
Fundamentos legais
- A disciplina jurídica da concorrência, designada como DIREITO CONCORRENCIAL, encontra-se regrada por normas insertas nos seguintes diplomas legais: Lei de Propriedade Industrial (Lei n.º 9279/1996), Lei de Economia Popular (1.521/1951), Código de Defesa do Consumidor (Lei n.º 8.078/1990) e na Lei de Defesa da Concorrência (Lei n.º 8884/1994). 
I – A Lei de Defesa da Concorrência
- Lei n.º 8.884/1994.
- Infrações da Ordem Econômica: análise dos arts. 20, 21 e 54.
- Irrelevância da Culpa:
	A responsabilização administrativa do empresário ou sociedade empresária em virtude de infração da ordem econômica independe de culpa. No entanto, não é técnico chamar a hipótese de objetiva, à semelhança do que se verifica com a responsabilidade civil independente de culpa.
- Órgãos Administrativos de Repressão às Infrações: 
	Compete ao CADE (Conselho Administrativo de defesa Econômica), auxiliado pela SDE (Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça).
		II – SDE
	Órgão do Ministério da Justiça que desempenha o papel de fiscalizador das atividades econômicas exercidas por quem detém a posição dominante em mercado relevante de bens ou serviços, competindo-lhe, dentre outras funções, adotar medidas preventivas e celebrar compromissos de cessação de práticas abusivas, instaurar e instruir processos administrativos para apuração e repressão de infrações à ordem econômica, remetendo-os para julgamento pelo CADE (art. 32 e ss).
		III - CADE
- Natureza Jurídica: Tribunal Administrativo, sob a forma de autarquia, vinculado ao Ministério da Justiça, com função judicante.
- Composição: Presidente e 06 Conselheiros, nomeados pelo Presidente da República.
- Decisões do CADE:
a) Natureza Administrativa;
b) Estrutura (Art. 46);
c) Possibilidade de Execução Judicial (Art. 60);
d) Do Compromisso de Desempenho.
A proteção dos direitos imateriais do empresário e da sociedade empresária
	No regime jurídico da concorrência existe a necessidade de tutelar os direitos imateriais empregados pelos competidores no exercício de sua atividade empresarial, a fim de que seja assegurada a lealdade na competição. 
As disposições que protegem, portanto, os empresários e sociedades empresárias, individualmente considerados, contra a concorrência predatória, ofensivas dos direitos que possui para atuar como agente econômico, encontram fundamento na defesa do patrimônio empresarial, para evitar o desvio de clientela, e na defesa do interesse do consumidor, para proporcionar-lhe adequada informação acerca dos bens e dos serviços que lhes são ofertados, bem como dos competidores que os ofertam, atuando no meso ramo de atividade e na mesma região.
- Sob esse prisma, as condutas, que devem ser reprovadas, encontram-se descritas na lei n.º 9.279, de 1996, que regula a Propriedade Industrial, conforme abaixo descrito:
a) Art. 195: identifica os crimes de concorrência desleal;
b) Arts. 189 e 190: identifica os crimes contra o registro de marca;
c) Arts. 183 a 185: identifica os crimes contra patente de invenção ou de modelo de utilidade;
d) Arts. 187 e 188: identifica os crimes contra os desenhos industriais.
	Na órbita do direito privado, a adoção dessas condutas típicas caracteriza, também, ato ilícito, do qual decorre o dever de indenizar, não só por conta da regra geral de abstenção contida no art. 186 do Código Civil, mas também pelo disposto no art. 209 da Lei de Propriedade Industrial.
- Cabe, ainda, observar que o Código de Defesa do Consumidor contempla figuras típicas de crimes contra as relações de consumo alguns dos quais caracterizando, de modo reflexo, infrações à lealdade na competição (Arts. 63, 64, 66, 67, 68 e 70 da Lei n.º 8.078/90). 
	Limitações Convencionais à Livre Concorrência
	São inúmeros os contratos empresariais de duração que estabelecem cláusulas de exclusividade, tanto de aprovisionamento como de região ou zona de atuação. 
Exclusividade de Aprovisionamento: significa a obrigação de aquisição de produtos, mercadorias ou serviços de um mesmo e único fornecedor.
Exclusividade de Região: deve ser entendida como a de exploração da atividade empresarial em uma área geográfica determinada, com exclusão de outros concorrentes.
- Por óbvio que essas cláusulas criam evidente restrição à concorrência. Para que essas cláusulas tenham validade e eficácia, é necessário:
a) que decorram naturalmente de uma atividade integrada, que cria uma espécie de parceria entre empresários na colocação dos produtos ou serviços no mercado. (P.ex.: Contratos de Revenda ou Distribuição, Representação Comercial e Franquia).
b) que a restrição à concorrência por elas provocada seja adequada e limitada à consecução dos fins contratuais, não chegando ao ponto de provocar ou caracterizar ação voltada para o domínio do mercado;
c) que não ofendam ou restrinjam o direito de escolha dos consumidores, bloqueando-lhes as opções.
Pactos de Não Concorrência: Ex.: Art. 1147 CC (Cláusula de Não- Restabelecimento).
- É importante destacar que para a validade e eficácia de tais ajustes, também restritivos de concorrência, é preciso, já aí, que sejam adjetos de negócios jurídicos de cuja essência decorra naturalmente a proibição de competir; e que estabeleçam, dentro de critérios razoáveis, o período e a área geográfica de sua incidência.
	Nesses casos, não se coloca a questão da defesa dos interesses do consumidor, pois são celebrados para garantir a essência do próprio negócio.
(Teoria Geral do Direito Societário)
I - Introdução: Para compreensão do Direito Empresarial na nova sistemática do direito privado, inaugurado com o advento do Código Civil de 2002, torna-se indispensável a correta concepção dos significados das expressões Empresa, Empresário, Sociedade Empresária e Estabelecimento Empresarial.
Empresa: Atividade Econômica Organizada.
A Figura do Empresário: Art. 966 do Código Civil.
Sociedade Empresária: Vide art. 981 do CC: "Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício e atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados".
A Personalização das Sociedades Empresária.
O Princípio da Autonomia da Pessoa Jurídica: Autonomia de Atuação (Teoria Organicista): A deliberação tomada pela sociedade, por exemplo, é o resultado da somatória das vontades individuais de seus sócios, da mesma forma que o ato praticado pela sociedade, por intermédio da pessoa natural de qualquer de seus sócios é o ato dela e não dele, que simplesmente atua como se fosse a própria sociedade.
Autonomia Patrimonial: O patrimônio social não responde pelas dívidas dos sócios; só pelas dívidas da sociedade. 
Início da Personalização: Registro de seus Atos Constitutivos.
Término da Personalização: Com o advento do procedimento dissolutório, que pode ser judicial ou extrajudicial. Esse procedimento compreende três fases: dissolução, liquidação e a partilha.
Limites da Personalização.
Empreendedores e Investidores.
II – A Figura do(a) Sócio(a)
Caracteriza-se como sócio(a), qualquer pessoa, física ou jurídica, que figura no ato constitutivo com parcela de participação no capital social.
Das condições para figurar como sócio: Análise do art. 972 do Código Civil.
A questão dos Menores e Incapazes: Embora já tenha havido alguma polêmica sobre esse tema, atualmente resta pacífico o entendimento de que menorez e incapazes podem ser sócios em sociedades empresárias, desde que sejam observadas as seguintes condições: (i) o capital social seja ou esteja totalmente integralizado, (ii) não participe da administração social; e (iii) haja cláusula de salvaguarda quanto a futuros aumentos de capital.
Número de Sócios: A legislação em vigor não estabelece limite máximo e, em sua concepção contratualista,pressupõe a presença de no mínimo dois sócios.
Obrigações dos Sócios: Pagamento do valor da quota/ação.
Sócio Remisso: Em caso de descumprimento: a) responderá pelo dano emergente da mora (art. 1004, caput, do CC) ou b) exclusão (art. 1004, par. único, do CC); c) reduzir-lhe a quota ao montante já integralizado (art. 1004, caput, do CC).
Espécies de Sócios: Investidor, Empreendedor e Empregado.
Direitos dos Sócios:
Direitos Essenciais ou Individuais: São direitos que não podem ser suprimidos ou alterados por deliberação da maioria societária, a não ser com a sua concordância: 
a) Manter a participação no capital social;
b) Exclusão sem justo motivo e fora das hipóteses previstas no contrato social;
c) Direito de Fiscalização ;
d) Direito aos Lucros;
e) Direito ao Acervo;
f) Direito de Retirada (art. 1029 do Código Civil);
g) Direito de Preferência (art. 1081, § 1.º do Código Civil);
h) Direito de Voto;
i) Direito de Recesso.
Direitos Sociais ou Coletivos: Dependem da aprovação da maioria do capital social:
a) Perceber dividendos.
III - Capital Social
Capital Social representa a somatória dos valores (em bens ou dinheiro) que os sócios trazem para formar o patrimônio da sociedade, seja no momento de sua constituição, seja em virtude de deliberações posteriores que o aumentem pelo ingresso de novos recursos ou que o reduzam, quer por perda significativa do mesmo patrimônio, que por se revelar excessivo aos fins sociais.
Capital Social e Patrimônio: Capital Social e Patrimônio devem ser equivalentes no momento de constituição da sociedade empresária, uma vez que adquirindo "vida" a sociedade passa a atuar no mundo jurídico para a realização do objeto social. Alfredo de Assis Gonçalves Neto assim leciona sobre o tema: "(...) capital social é um valor permanente, uma cifra fixa que permanece como referencial do valor, não do patrimônio de cada dia, mas da massa patrimonial que os sócios reputaram ideal para a sociedade atuar." (Lições de direito societário : regime vigente e inovações do novo código civil. São Paulo : Editora Juarez de Oliveira, 2002, pág. 170).
Função do Capital Social:
a) Determinar a performance financeira da sociedade empresária; 
b) Critério de Responsabilidade dos sócios pelas dívidas sociais; e
c) Tornar capaz o exercício da empresa.
Efetividade e Intangibilidade do Capital Social: 
a) Princípio da Efetividade: o capital social deve corresponder aos valores que os sócios trouxeram para sua formação do patrimônio da sociedade empresária; 
b) Princípio da Intangibilidade: o capital social deve permanecer sem alteração, salvo se o contrário determinar a lei ou deliberarem os sócios.
Capital Social Mínimo
Capital Social Subscrito
Capital Social Integralizado
(Capital Subscrito é o montante de recursos prometidos pelos sócios para a formação da sociedade; Integralizado, o que os sócios efetivamente lhe entregam)
IV – Ato Constitutivo do Contrato de Sociedade 
Ato Constitutivo: Instrumento de criação da sociedade, através do qual os sócios organizam as regras básicas de funcionamento da sociedade, tais como o montante do capital social e a contribuição devida por cada um, a forma de administração, o objeto social, etc...
Pressupostos para criação das sociedades empresárias: pluralidade de sócios e affectio societatis.
Elementos Essenciais do Ato Constitutivo
a) Agente Capaz;
b) Objeto Lícito;
c) Forma Legal: Registro de Empresas (arts. 967 e 1.150, ambos do Código Civil e Lei n.º 8.934/94); Registro Civil das Pessoas Jurídicas (art. 998 Código Civil).
Natureza Jurídica: Para explicar a natureza jurídica do contrato de sociedade adota-se a Teoria do Contrato Plurilateral (Tullio Ascarelli): Restou demonstrado nesta teoria que a sociedade enfeixa vínculos jurídicos diversos a seguir relacionados: 
os que unem a vontade dos sócios na exteriorização da vontade social perante terceiros;
os que se estabelecem entre cada qual dos sócios e a sociedade, nas suas relações externas; 
os que são gerados internamente entre os sócios por força das deliberações sociais.
Sociedades de Pessoas e de Capitais
Sociedades de Pessoas: Têm no relacionamento entre os sócios a razão de existir. A vinculação entre os sócios funda-se no intuitu personae. Portanto, as cotas são, assim, intransferíveis, a fim de que não ingresse um estranho na sociedade.
As sociedades de responsabilidade ilimitada (sociedade em nome coletivo) ou mista (sociedade em comandita simples e a sociedade em comandita por ações) e a sociedade simples são todas de pessoas, porquanto as cotas sociais somente podem ser transferidas com o consentimento dos demais sócios (art. 1003, comb. com o art. 999, ambos do Código Civil).
Sociedades de Capitais: Inexiste personalismo. Ex.: Sociedade Anônima.
Sociedades Limitadas: Não se encontra sujeita a uma norma rígida, podendo o respectivo contrato convencionar ou não a intransferibilidade das cotas. Interpretação do art. 1.057, caput, Código Civil.
Sociedades Regulares: São aquelas que, contratadas por escrito, têm os seus atos constitutivos inscritos no registro competente. Arts. 45 e 985, ambos do Código Civil.
Sociedades Irregulares: Faltando o instrumento inscrito ou a sua inscrição, a sociedade será considerada irregular ou de fato. 
V – Dissolução de Sociedades: A dissolução, entendida como procedimentos de terminação da personalidade jurídica da sociedade empresária, abrange três fases: a dissolução (ato ou fato desencadeante), a liquidação (solução das pendências obrigacionais da sociedade) e a partilha (repartição do acervo entre os sócios).
Causas da Dissolução: 
Vontade dos sócios (art. 1033, II e III, Código Civil e art.206, da LSA);
Decurso do prazo de duração (LSA, art.206, I, c; 1033, I, Código Civil)
Unipessoalidade (LSA, art. 206, I, do art. 1033, IV, do Código Civil);
Extinção de autorização de funcionamento (LSA, art. 206, I, e; art. 1033, V, do Código Civil);
Morte do sócio (art. 1028, II, do Código Civil).
Causas da Dissolução mediante processo judicial:
Falência (LSA, art. 206, II, c; art.1044, do Código Civil);
Anulação do Ato Constitutivo (art. 1034,I, Código Civil);
Irrealizabilidade do objetivo social (LSA, art.206, II, b; art. 1034, II, in fine , do Código Civil);
Advier outra causa de dissolução estabelecida pelo contrato social (art. 1035 do Código Civil). 
A questão da Regularidade Fiscal (Instrução Normativa n.º 89, de 02.08.2001 do Departamento Nacional de Registro do Comércio):
O Procedimento Dissolutório pode ser veiculado por: a) Decisão Judicial; b) Decisão da Assembléia; c) Distrado nas Sociedades Limitadas.
- Dissolução Extrajudicial (extinção): Necessita da apresentação das seguintes Certidões: Certidão de Quitação de Tributos e Contribuições Federais; Certidão Negativa de Débito do INSS; Certidão de Regularidade do FGTS; Certidão Negativa de inscrição de Dívida Ativa da União; Certidão Negativa de Débito da dívida ativa estadual.
- Dissolução Judicial: Os procedimentos de verificação da regularidade fiscal da sociedade dissolvida, pelos órgãos arrecadadores, são realizadas durante a fase de liquidação.
VI - Da Resolução da Sociedade em Relação a um Sócio ((Dissolução Parcial da Sociedade Empresária)
O princípio da preservação da empresa orientou a consolidação, na doutrina e jurisprudência, da figura da dissolução parcial. Através deste procedimento superou-se problemas surgidos entre os sócios, sem o comprometimento da existência da sociedade, e, em conseqüência, garantindo a preservação da atividade econômica por ela explorada. 
A dissolução parcial, assim, representou inovação no direito societário, destinada a aprimorar o tratamento das sociedades limitadas, uma vez que a sociedade anônima, em razão de sua natureza institucional, desenvolveu mecanismos próprios capazes de neutralizar efeitos danosos à empresaadvindos de divergências entre os acionistas. No novo Código Civil a matéria está disciplinada sob o título Da Resolução da Sociedade em Relação a um Sócio.
Causas: 
Direito de recesso (art. 1.077 do Código Civil): O sócio pode retirar-se da sociedade desde que discorde de modificação do contrato social (alteração), ou em virtude de fusão ou cisão da sociedade, incorporação de outra, ou dela por outra. O prazo para a manifestação é de 30 dias da deliberação. O pagamento dos haveres do sócio será feito na forma do art. 1.031 do Código Civil). 
Exclusão do sócio: O sócio que não integralizar as quotas subscritas, no prazo de 30 dias da notificação da mora, poderá ser excluído da sociedade (art. 1.004, par. Único, do Código Civil). Também poderá ser excluído se incidir em justa causa prevista no contrato, falta grave no cumprimento de suas obrigações ou, ainda, por incapacidade superveniente (art. 1.030 Código Civil). 
Falência ou dívida do sócio: Será excluído da sociedade o sócio falido, ou quando a quota houver de ser liquidada em favor do credor do sócio devedor (art. art. 1.030, par. Único, do Código Civil). 
Denúncia vazia (art. 1.029 do Código Civil): O sócio pode retirar-se da sociedade por prazo indeterminado, bastando notificar com 60 (sessenta) dias de antecedência (art. 5º, XX da Constituição Federal que diz: “ Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado”). Se a sociedade for por prazo determinado, o sócio só poderá desligar-se se provar judicialmente justa causa. 
Morte do sócio
a)- previsão contratual de continuidade da sociedade 
O contrato deve prever que a morte do sócio não dissolve a sociedade( art. 1.028, I, do Código Civil).
b)- decisão dos sócios remanescentes
Os sócios remanescentes poderão optar pela dissolução da sociedade (art. 1.028, II, do Código Civil). 
c)- transmissão das quotas aos herdeiros
Pode haver acordo para que os herdeiros ingressem na sociedade (art. 1.028, III, do Código Civil).
d)- aquisição das quotas por terceiros, demais sócios e pela própria sociedade
Nada impede que as quotas do sócio falecido sejam negociadas com os demais sócios ou com terceiros, ou ainda, adquiridas pela própria sociedade. 
Processo Dissolutório: 
Deveres dos administradores (art. 1.036): Os administradores devem providenciar a investidura do liquidante e restringir a sua gestão aos negócios inadiáveis, vedadas novas operações, pelas quais, se houverem, responderão solidária e ilimitadamente.
Quem pode ser liquidante (art. 1.038):
a)- o liquidante será eleito por deliberação dos sócios; 
b)- pode ser pessoa estranha à sociedade; 
c)- o liquidante pode ser destituído a qualquer tempo: 
c.1 – mediante deliberação dos sócios (art. 1.038, I);
c.2 – judicialmente por um ou mais sócios, se houver justa causa (art.1.038,II).
VII - APURAÇÃO DE HAVERES
- Tipos de balanços:
a)- periódico
É o balanço levantado anualmente por exigências contratuais e fiscais. É levado em consideração apenas as receitas e despesas.
b)- de liquidação 
Nesse balanço são considerados apenas os ativos e passivos suscetíveis de realização monetária. É o balanço utilizado na liquidação da sociedade empresária. 
c)- de determinação
É o balanço patrimonial utilizado para determinar o montante dos haveres devido ao sócio dissidente, excluído ou aos herdeiros do sócio falecido. Deve ser levantado obedecendo os seguintes requisitos:
I – deve ser apurado na data do evento, considerando a totalidade do acervo patrimonial; 
II – Os bens patrimoniais (tangíveis e intangíveis) são avaliados a preço de mercado.
Observações:
os eventos patrimoniais posteriores não afetam a apuração de haveres;
a dívida é da sociedade, já que o ex-sócio passa ser credor da mesma e a forma de pagamento é aquela prevista no contrato (ou na forma fixada na liquidação da sentença);
Em caso de inércia da sociedade empresária, ajuizar ação dissolutória c/ apuração de haveres e medidas cautelares de produção antecipada de prova pericial e arrolamento de bens (arts. 846 a 851 e 855 a 860, todos do CPC).
Formas e prazo de pagamento dos haveres
a)- forma e prazo (art. 1.031, § 2.º, do Código Civil)
Forma: Em moeda corrente. Possibilidade de estipulação contratual em contrário: Dação em pagamento (entrega de bens).
O prazo é de 90 dias, salvo estipulação contratual em contrário. 
b)- juros;
c)- atualização monetária.
É importante definir qual o índice de correção monetária que deverá ser aplicado (IGPM- FGV), (IPC-FIPE), etc. 
OBS: se for utilizada a taxa SELIC, nesta já está incluído atualização monetária + juros. 
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(Sociedades Empresárias e Não Empresárias)
Sociedade Simples
1) Introdução
Legislação Aplicável: 1) Arts. 997 a 1038 do Código Civil; 
Análise dos arts. 966, parágrafo único, e 982, ambos do Código Civil;
Objeto Social: A Sociedade Simples sempre possui objeto social distinto da atividade própria de empresário, que, por sua vez, consiste no exercício da atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços. O objeto da sociedade simples poderá incluir, por exemplo, a prestação de serviços intelectuais, artísticos, científicos ou literários.
Contrato Social: Arts. 997 e incisos do do Código Civil;
Registro: Registro Civil das Pessoas Jurídicas (Art. 998 do Código Civil);
Alteração do Contrato Social: Art. 999 do Código Civil;
Administração: Pessoas Físicas (Art. 997, inc. VI, do Código Civil);
2) Direitos e Obrigações dos Sócios
 Dever de contribuir (Art. 1001 do Código Civil): 
 (a) Efetiva integralização do capital social, sob pena da adoção dos procedimentos previstos no art. 1004, parágrafo único, do Código Civil;
 (b) Dedicação na contribuição de serviço pessoal (Arts. 997, inc. V, e 1006, ambos do do Código Civil);
Dever de probidade na gestão financeira (Art. 1011 do do Código Civil).
Participação nos lucros e nas perdas: A participação nos lucros e nas perdas inclusive poderá não corresponder à respectiva participação no capital social (Art. 997, VII, do Código Civil); 
Participação nas Deliberações Sociais (Art. 1010 do Código Civil);
(a) Maioria Absoluta: Art. 1010, § 1.º, do Código Civil;
(b) Unanimidade: Art. 999 do Código Civil.
Direito de Fiscalização.
Direito de Retirada: O direito de retirada da sociedade simples não é absoluto, sujeitando-se a um rígido regramento e abrangendo duas modalidades: 
(a) Comum, ordinário ou imotivado: utilizado nas sociedades por prazo indeterminado, mediante simples notificação aos demais sócios (Art. 1029 CC);
(b) Extraordinário: utilizado nas sociedades por prazo determinado, em razão da ocorrência de justa causa. Nesta hipótese, ficará o sócio retirante dependendo do consenso unânime dos demais sócios; não havendo o consenso, terá que ingressar junto ao poder jurisdicional com Ação de Resolução de Contrato de Sociedade, na qual se buscará demonstrar a justa causa alegada (Art. 1029 do Código Civil).
Direito ao Acervo.
3) Resolução da Sociedade em relação a um sócio e Dissolução
4) Cessão de Cotas
Consentimento dos Sócios;
Responsabilidade do Cedente.
Sociedades Empresárias
Sociedade em Nome Coletivo (arts. 1.039 a 1.044 do Código Civil)
Sociedade em Comandita Simples (arts. 1.045 a 1051 do Código Civil)
Sociedade em Comandita por Ações (arts. 1.090 a 1.092 do Código Civil e Lei n.º 6.404/76)
Sociedade Anônima (Lei n.º 6.404/76)
Sociedade Limitada (art. 1052 a 1087 do Código Civil)
SOCIEDADE LIMITADA
I - Introdução
Origem: Ordenamento Jurídico Alemão (1892) 
Origem no Brasil: Decreto n.º 3.708, de 10 de janeiro de 1919 (Projeto n.º 247, de 1918, apresentado à Câmara dos Deputados por Joaquim Luiz Osório).
Característica Fundamental: Art. 1052 CC - Limite de Responsabilidade dos Sócios
Disciplina Legal:
Arts. 1052 a 1087, todos do doCódigo Civil;
Em caso de omissão aplicam-se as Normas da Sociedade Simples (art. 1053 do Código Civil);
Possibilidade da aplicação supletiva da Lei n.º 6.404/76 (art. 1053, par. único, do do Código Civil).
II - Elementos Essenciais do Contrato Social
Agente Capaz
Objeto Lícito
Forma Legal - Arquivamento no Registro de Empresas (arts. 967 e 1.150, ambos do CC e Lei n.º 8.934/94)
III - Requisitos Essenciais para o arquivamento do Contrato Social (Fundamento Legal - Art. 53, inc. III, do Dec. 1800/96, Art. 56 da Lei 8884/94 e 997 do Código Civil):
Nome Empresarial, com domicílio completo e foro;
Nome por extenso e qualificação dos sócios;
Objeto Social;
Capital Social, a forma e prazo de integralização, bem como o quinhão de cada sócio e responsabilidade;
Prazo de Duração da Sociedade;
Participação dos Sócios nos Lucros e nas Perdas.
IV - Nome Empresarial (Arts. 1158, §§ 1.º e 2.º, CC e Instrução Normativa n.º 53, de março de 1996, do Departamento Nacional de Registro do Comércio):
Firma ou Razão Social: constituída a partir dos nomes dos sócios, compondo-se destes ou de alguns dentre estes, seguidos da expressão "& Cia Limitada" ou "& Cia Ltda";
Denominação: compõe-se de expressões ligadas à atividade da sociedade, seguidas da expressão "Limitada" ou "Ltda". Entretanto, o § 2.º, do art. 1058 CC, permite figurar o nome de 01 ou mais sócios.
V – Cotas Sociais
Verificação da Integralização do Capital: Análise do Contrato Social
Cota Social: "É a entrada, ou contingente de bens, coisas ou valores com o qual cada um dos sócios contribui ou se obriga a contribuir para a formação do capital social" (Egberto Lacerda Teixeira. Das Sociedades por Cotas no Direito Brasileiro, 1956, p. 85).
Comentários sobre os arts. abaixo relacionados:
Art. 1055, § 1.º do Código Civil (Princípio da Efetividade).
Art. 1055, § 2.º do Código Civil.
Co-Propriedade da Cota.
Art. 1056, § 1.º e 2.º do Código Civil.
Representação da Cota.
VI - Cessão de Cotas (Art. 1057 do Código Civil):
É um contrato em virtude do qual o cedente transfere ao cessionário cotas de uma sociedade. A transferência poderá ser total ou parcial.
Inexistência de alterações no plano patrimonial da sociedade empresária.
Art. 1003, parágrafo único, do do Código Civil.
Aprovação de 3/4 do capital social para que seja efetivada a modificação do contrato.
VII - Cessão de Cotas de Ascendente para Descendente 
Art. 1132 do do Código Civil de 1916;
Art. 496 do do Código Civil de 2002.
VIII - Sócio Remisso (Arts. 1004, pár. único e 1058, ambos do do Código Civil)
IX - Administração Social
- Princípios da Autonomia Patrimonial e da Atuação.
Nomeação (Art. 1060 do Código Civil):
Contrato Social; ou
Ato Separado.
Remuneração.
Administração desempenhada por “não sócio”:
A administração exercida por “não sócio” observa as seguintes regras:
sua designação está condicionada à permissão do contrato social;
em sociedade limitada com capital não integralizado, sua designação depende da unanimidade dos sócios;
em sociedade limitada com capital integralizado, sua designação depende de, no mínimo, da aprovação dos sócios que representem 2/3 (dois terços) do capital social;
fixação de prazo do exercício da função.
Cessação do Exercício do Cargo de Administrador:
Renúncia (Art. 1063, § 3o, do Código Civil);
Término do Prazo de Duração (Art. 1063 do Código Civil);
Destituição:
Sócio nomeado no Contrato Social: Art. 1063, § 1o, do Código Civil;
Sócio nomeado em ato separado: Art. 1076, inc. II, do Código Civil;
Não Sócio nomeado no Contrato Social: Art. 1076, inc. I, do Código Civil;
Não Sócio nomeado em ato separado: Art. 1076, inc. II, do Código Civil.
Investidura (Art. 1062 CC): Termo de Posse no Livro de Atas da Administração. 
- Administração Plúrima
- Administração por Pessoa Jurídica.
IX.I - Cessação do exercício do cargo de administrador não sócio nomeado em ato separado (art.1063, caput, CC):
Destituição: Deverá ser precedida de deliberação devendo necessariamente ser observado o quorum de mais da metade do capital social para aprovação (Art.1076, II, do Código Civil); b) Término do Prazo; c) Renúncia.
IX.II - Cessação do exercício do cargo de administrador sócio nomeado no contrato social:
Destituição: Deverá ser precedida de deliberação devendo necessariamente ser observado o quorum de no mínimo 2/3 do capital social para aprovação (Art.1063, § 1°, do Código Civil); b) Término do Prazo; c) Renúncia (Art. 1063, § 3°., do Código Civil).
X – Os Órgãos da Sociedade Limitada
Os órgãos da Sociedade Limitada estão estruturados em três categorias: o órgão de deliberação (assembléia ou reunião), que expressa a vontade da sociedade; o órgão executivo (administradores) que realiza a vontade social; e o órgão de controle (conselho fiscal) que fiscaliza a fiel execução da vontade social.
- O princípio majoritário de deliberação
Quorum de instalação e quorum de deliberação não se confundem. O primeiro é condição para realização da reunião ou assembléia. O segundo é requisito de validade à deliberação. O princípio majoritário permite que as deliberações sejam tomadas por votos de mais da metade do capital social, se o contrato não exigir quorum maior (art. 1.074).
– Assembléia ou Reunião (Art. 1072, § 1.º, CC)
O que diferencia assembléia de reunião é número de sócios da sociedade. Até 10 sócios é caso de reunião. Mais de 10 as deliberações serão tomadas em assembléia. Neste caso, as deliberações, para serem válidas, deverão ser tomadas em assembléia, sendo necessário, dessa forma, observar as formalidades legais para convocação, instalação e deliberação.
– Matérias privativas de assembléias ou reunião (Art. 1071, incs. I usque VIII, do Código Civil)
- Modalidades de Assembléias: Assembléia Geral Ordinária - AGO 
a)- por que ordinária?
Porque deve obrigatoriamente (art. 1.078) realizar-se uma vez por ano.
b)- matérias a serem discutidas e votadas
Na AGO serão tratados os seguintes assuntos: 
I – tomar as contas dos administradores e deliberar sobre o balanço patrimonial e demais demonstrações financeiras; 
II – designar administradores, quando for o caso; 
III – tratar de qualquer outro assunto constante da ordem do dia. 
c)- publicidade do Balanço e demais demonstrações financeiras
O Balanço e as Demonstrações Financeiras devem ser postos, por escrito, e com a prova do respectivo recebimento, à disposição dos sócios que não exerçam a administração no prazo de 30 dias antes da data da assembléia (art.1.078, §1º) 
d)- impedidos de votar
Não podem votar o Balanço e as Demonstrações Financeiras os membros da administração e os do Conselho Fiscal, se em funcionamento (art. 1.078, § 2º). 
e)- exoneração de responsabilidade
O Balanço e as Demonstrações Financeiras aprovados, sem reserva, salvo erro, dolo ou simulação, exonera de responsabilidade os membros da administração e do Conselho Fiscal, se em funcionamento (art. 1.078, § 3º).
 f) prazo para responsabilizar os administradores
Extingue-se em 2 (dois) anos o direito de anular a aprovação do Balanço e as Demonstrações Financeiras (art. 1.078, § 4º).
Assembléia Geral Extraordinária – AGE
Afora as matérias previstas no art. 1.078, por serem privativas de AGO, poderá ser convocada Assembléia Geral Extraordinária (AGE) para tratar que quaisquer outros assuntos de interesse da sociedade. Nem toda AGE precisa ter a ata arquivada na Junta Comercial, somente quando deliberar reforma no contrato social ou deliberações que produzam efeitos em relação a terceiros (como, por exemplo, a eleição de administrador (que própria da AGO), mas pode ocorrer numa AGE no caso de vacância).
- Convocação da Reunião ou Assembléia
- Competência para Convocação:
a) Administrador: Art. 1072 do Código Civil; b) Sócio: Art. 1073, I, do Código Civil;c) Sócios que titularizem mais de 1/5 do capital social: Art. 1073, I, do Código Civil; d) Conselho Fiscal: Art. 1073, II, do Código Civil. 
Forma de Convocação:
a) Reunião: O Contrato Social poderá prever a forma. Na omissão, aplicam-se as regras atinentes à assembléia (Art. 1072, § 6.º, do Código Civil); b) Assembléia: Art. 1152, § 3.º, do Código Civil.
Dispensa das Formalidades de Convocação para a Reunião ou Assembléia:
a) Quando todos os sócios comparecerem, ou se declararem, por escrito, cientes do local, data, hora e ordem do dia (1072, § 2.º do Código Civil); b) Quando todos os sócios decidirem por escrito sobre a matéria que seria objeto delas (Art. 1072, § 3.º, do Código Civil).
- Representante de sócio na reunião ou assembléia: Sócio ou Advogado, com especificação dos atos autorizados (Art. 1074, § 1.º, do Código Civil).
- Instrumentalização da Deliberação: Arts. 1075, §§1.º e 2.º, do Código Civil.
- Administração: Breve Recapitulação (Teoria Organicista e Investidura).
-Condições de Representação (possibilidade do contrato social estipular as condições para a representação legal da pessoa jurídica);
- Teoria "Ultra Vires" (Art. 1015, parágrafo único, do Código Civil);
- Deveres: Arts. 1011 do Código Civil, 153 e 155 da LSA.
Responsabilidade dos Sócios e Administradores
Responsabilidade Tributária: Créditos Tributários (art. 135, inc. III, CTN - "os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado são pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos");
Responsabilidade Solidária: Integralização do Capital (art. 1.052 do Código Civil);
Responsabilidade Ilimitada: 
Créditos do INSS (art. 13, da Lei n.º 8.620/93 - "os sócios da limitada são devedores solidários dos débitos da sociedade junto à Seguridade Social");
Deliberações infringentes a lei ou ao contrato social tornam ilimitada a responsabilidade dos que expressamente a aprovaram (art. 1080 do Código Civil).
- Desconsideração da Personalidade Jurídica (Art. 50, CC – art. 28, CDC – art. 4.º, Lei 9605/98 – art. 4.º, Lei 8884/94).
Responsabilidade do Administrador: Arts. 1016 e 1017, ambos do do Código Civil.
Responsabilização de Sócios: Art. 1010, § 3.º, do Código Civil.
Fiscalização dos Atos de Administração
Obrigação da Administração - Art. 1065 do Código Civil;
Direito de Fiscalização (Direito Essencial/Individual)- Art. 1021 do Código Civil;
Possibilidade de instituição de um Conselho Fiscal - Art. 1066 do Código Civil;
Expressa previsão no Contrato Social;
Composição: 03 ou + membros;
Investidura: Eleição na assembléia prevista no art. 1078 CC e assinatura do termo de posse a ser lavrado no livro de atas e pareceres do conselho fiscal, nos termos do art. 1067 CC;
Possibilidade dos sócios minoritários elegerem um dos membros do Conselho Fiscal separadamente (Art. 1066, § 2., do Código Civil);
Deveres do Conselho Fiscal: Art. 1069 do Código Civil;
Responsabilidade dos membros do Conselho Fiscal: Art. 1070 do Código Civil.
A SOCIEDADE ANÔNIMA
I - Introdução
Conceito: É a sociedade empresária com capital social dividido em ações, espécie de valor mobiliário, na qual os sócios, chamados acionistas, respondem pelas obrigações sociais até o limite do preço de emissão das ações que possuem.
Legislação Aplicável: 1) Lei nº6.404/76, também denominada de Lei das Sociedades Anônimas ou simplesmente LSA; 2) Arts. 1088 e 1089, ambos do CC.
Classificação das Sociedades Anônimas (LSA, art. 4º):
Abertas;
Fechadas.
Comissão de Valores Mobiliários (Lei n.º6.385/76): É uma autarquia federal, encarregada de normatizar as operações com valores mobiliários, autorizar sua emissão e negociação, bem como fiscalizar as sociedades anônimas abertas e os agentes que operam no mercado de capitais.
Bolsa de Valores: São pessoas jurídicas de direito privado, constituídas por sociedades corretoras de valores mobiliários de uma base territorial, que, autorizadas pela CVM, organizam e mantém o pregão de ações e outros valores mobiliários emitidos por companhias abertas.
Mercado de Balcão: Concentra as operações do mercado de capitais realizadas fora da bolsa de valores.
Nome Empresarial: LSA, art. 3°, § 1° e § 2°.
Essência Mercantil (objeto social): LSA, art. 2°.
II - A Ação
Conceito: É o valor mobiliário representativo de uma parcela do capital social as sociedade anônima emissora que atribui ao seu titular a condição de sócio desta.
Valor Nominal: LSA, arts. 11 e 13.
Valor Patrimonial: É a parcela do patrimônio líquido da sociedade anônima correspondente a cada ação. É obtido pela divisão do valor em reais pelo número de ações.
Classificação: São utilizados 3 critérios (Art. 15 e ss, e 44, § 5°, da LSA):
 Espécie: (i) Ações Ordinárias; (ii) Ações Preferenciais; (iii) Ações de Fruição (são as atribuídas as acionista cuja ação ordinária ou preferencial foi inteiramente amortizada. A amortização é a antecipação ao acionista do valor que ele provavelmente receberia, na hipótese de liquidação da companhia).
 Forma: Leva em consideração a natureza do ato de transferência.
 Ações Nominativas: Circulam por meio de registro no livro próprio da sociedade (Livro deTranferência de Ações Nominativas)
	Ações Escriturais: É a que se transfere mediante registro nos assentamentos da instituição financeira depositária.
 Classe: Objetiva reunir ações cujos titulares possuam os mesmos direitos e restrições.
 - Oneração das ações.
III - Capital Social
Função;
Acionista Remisso (LSA, art. 107 e 108);
Aumento de Capital com novos Recursos (LSA, art 109, inc. IV)
Aumento de Capital sem novos Recursos (capitalização de lucros ou reservas e conversão de valores mobiliários em ações);
Redução de Capital Social.
Constituição
Art. 80 LSA - Para a constituição da S/A aberta ou fechada são necessários o preenchimento de 03 requisitos:
Pluralidade de Sócios;
Pagamento de pelo menos 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro;
Depósito do capital integralizado em dinheiro.
Constituição por Subscrição Pública: Forma de captar no mercado de capitais, os recursos necessários à implementação da empresa. Compreende 03 fases: Registro da CVM, colocação das ações na Bolsa de Valores e assembléia de fundação;
Constituição por Subscrição Particular.
	Órgãos Societários
Diretoria;
Conselho Fiscal;
Conselho de Administração;
Assembléia Geral.
Diretoria (Art. 143 e ss da LSA)
Caracteriza-se como o órgão executivo da companhia. À Diretoria atribui-se a exclusividade para a representação da S/A (Art. 138, § 1.º, LSA);
Composição (Art. 143 LSA);
Pressupostos para ser Diretor de S/A: Art. 146 LSA;
Eleição dos Diretores: Conselho de Administração, ou, se inexistente, pela Assembléia Geral;
Competência;
Possibilidade de Decisão Colegiada: Art. 143, § 2.º, LSA.
Conselho Fiscal (Art. 161 e ss da LSA)
Característica: Além de exercer o papel de órgão fiscalizador, também será o órgão de assessoramento da assembléia geral, na votação de matérias atinentes à regularidade dos atos da administração da companhia;
Sua existência é obrigatória, mas seu funcionamento é facultativo.
Composição: Art. 161, § 1.º e 4.º, LSA;
Pressupostos para ser membro do Conselho Fiscal: Art. 162 da LSA.
Conselho de Administração (Art. 140 e ss da LSA)
Caracteriza-se como o órgão deliberativo, destinado a agilizar o processo decisório (Art. 138, § 1.º, LSA);
Composição (Art. 140 e 146 da LSA);
Competência (art. 142 LSA);
Eleição: Assembléia Geral (Art. 140 LSA);
Modalidades de Votação (Majoritária e Proporcional) e o Voto Múltiplo (Art. 141 LSA);
Eleição em Separado (Art. 141, § 4.º, LSA);
Formalidades (Art.

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