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Resumo da obra HISTÓRIA DO DIREITO. DE ROMA À HISTÓRIA DO POVO HEBREU E MUÇULMANO

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RESUMO
O direito Hebreu
	Nesta seção da obra “HISTÓRIA DO DIREITO. DE ROMA À HISTÓRIA DO POVO HEBREU E MUÇULMANO. A Evolução do Direito Antigo à Compreensão do Pensamento Jurídico Contemporâneo”, o autor Elder Lisbôa Ferreira da Costa enseja tratar sobre o direito Hebreu, e sua importância para a humanidade.
	O povo Hebreu é natural da Chaldeia, apesar de passarem boa parte de sua história vagando por diferentes territórios, motivo pelo qual eram considerados nômades. Por terem uma vida guiada pela religião, os seus escritos sagrados são também os seus códigos civis e morais. 
	A importância suprema em estudar o povo Hebreu, se dá por conta de o fundador do cristianismo – Jesus Cristo – ser de origem judaica, e ter fundado suas bases no deserto da Arábia, berço da civilização hebraica.
	Segundo BECKER, o nomadismo hebraico se deu da seguinte forma: inicialmente se estabeleceram na Caldeia, na cidade de Hur. Por volta de 1900 a.C. e sob o comando de Abraão, foram para a Síria. Por conta da invasão dos povos indo europeus, eles precisaram se dirigir ao Egito, onde ficaram por quatro séculos. Com a ajuda de Moisés, saíram do Egito e penetraram na terra prometida – Canãan.
	As tribos judaicas eram chefiadas por um idoso patriarca, o qual dava seu nome à tribo. Um dos mais importantes patriarcas da história foi Abraão. Abraão teve papel significativo para as três maiores religiões monoteístas, o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo. Porém, é mister destacar também a figura do patriarca Noé, o qual possui fundamental importância nestas três religiões. Sobre Noé, é valido ressaltar também que foi o responsável por afastar a humanidade da corrupção em que ela vivia a época. Para alguns historiadores, Noé melhorou o mundo com suas virtudes.
	Voltando a Abraão, foi ele o responsável pela aliança de Deus com os homens. Essa aliança possui reflexos importantes para o cristianismo, visto que Jesus, o fundador da religião cristã, é descendente de Isaac, filho de Abraão. 
	Os escritos contam que Deus concedeu a mulher de Abraão, Sara, um filho o qual chamaria de Isaac. O outro filho de Abraão, Ismael, o primogênito, seria posteriormente colocado para fora de casa junto com sua Mãe, Agar. No tangente a esta questão Maomé é descendente direto de Ismael, e é neste ponto que as religiões se aproximam. Todas descendem de uma mesma pessoa: Abraão.
O PENTATEUCO DE MOISÉS: o ápice da lei hebraica
	Para os judeus o Pentateuco tem o significado de Thora o que importa dizer que ele é uma Lei revelada por Deus. A Thora possui as bases da fundamentação da doutrina judaica. 
	Base da estrutura da sociedade hebraica, a família possuía suas peculiaridades. Dentre elas a da figura do patriarca, o qual possuía absoluto pátrio poder, e a do primogênito, o único que possuía o direito da herança. Essa fundamentação do patriarcalismo hebraico está posto em fundamentos de lei e justiça. O Pentateuco possui, também, escritos sobre os profetas e suas profecias.
	O direito penal também pode ser encontrado na civilização hebraica, e pode ser dividido em três momentos. O primeiro período é o da lei divina, onde se destaca o episódio de Adão e Eva que sofreram uma espécie de sanção penal, por terem infringido a lei divina. O segundo período é o da Lei Natural, onde se destaca o dilúvio onde a única autoridade era a de Noé por meio do patriarcado. Noé foi o escolhido de Deus para ser livrado do extermínio, decretado pelo próprio Deus ao povo, por este se mostrar indigno da criação. O terceiro período é o da Lei Escrita, o qual remonta a Moisés, quando conduziu o povo à Terra Prometida. Moisés era o escolhido de Deus para libertar o povo dos grilhões da escravidão. 
	Ao chegar a Canaã, os Hebreus entraram em estado de guerra por conta desta terra já estar ocupada. Por conta dessa situação conflituosa, os Hebreus adotaram o sistema monárquico, tendo no rei Salomão o apogeu da monarquia hebraica. Salomão foi o responsável por avanços consideráveis em sua civilização, tanto no comércio, como na economia, governo, religião e território. 
	O direito criminal dos Hebreus evoluiu com a legislação mosaica com o Talmud. A lei de Talião, uma das mais famosas, era conhecida por retribuir um mal com outro mal idêntico. Posteriormente foi sendo substituída pela multa, prisão 	e imposição de flagelos físicos. Apesar de hoje, a lei de Talião ser considerada símbolo de barbárie, à época era um grande avanço no campo moral e jurídico.
	O Talmud extingue a perna de morte, e impõe a prisão perpétua. Divide os crimes em: contra a divindade e contra o semelhante. Ele também suavizou as penas das leis mosaicas. Porém a idolatria continuou sendo o delito mais grave dos Hebreus, que deveriam cultuar apenas o verdadeiro Deus. Com isso pode ser percebida a enorme influência da religião na comunidade hebraica. O delito de blasfêmia, sobre o qual Jesus foi acusado, também possuía a pena capital. 
	Outros delitos também foram considerados intoleráveis pelo povo Hebreu como o homicídio com intenção de matar e o resultante de lesões, e o adultério. Neste último caso, se a mulher fosse da classe do povo, ela seria apedrejada, e se fosse da família do sacerdote, ela seria queimada viva. Os delitos de sodomia também eram penalizados com a morte. 
	Apesar do direito Hebreu não ser citado nas obras do Direito criminal, os escritos nos permitem perceber avanços significativos dessa área na civilização hebraica, como a diferenciação do homicídio voluntário e involuntário, a previsão de pena para quem praticasse estupro, e ainda a indenização pra mulher vítima deste delito. No entanto, o direito estava repleto de influência religiosa e caracterizava a formação do povo hebreu.
	O fato do direito estar ligado à vontade de Deus, e o povo ser responsável perante Deus, faz com que a comunidade se torne responsável pelo ato dos outros, e dá o direito de punir aquele que infringir a lei. 
	Além do Direito, os hebreus também exerceram influência na literatura e na filosofia de outras comunidades. A influência na literatura se deu de tal forma, que se acredita que as civilizações ocidentais não seriam a mesma sem os escritos literários hebraicos. Muitos entendem que o cristianismo de Jesus foi uma revolta contra o judaísmo, mas na verdade era apenas uma nova religião com características próprias.
	O Deuteronômio foi a melhor obra jurídica dos Hebreus, pois possui normas mais claras que as anteriores. O poder do rei é limitado e este passa a ser subordinado à lei assim como o povo, há a redução do pátrio poder, aparece o prazo prescricional de dívidas. A influência desse direito pelo Pentateuco teria se dado através do Decálogo e do Código de Aliança. Este código que teria sido escrito ainda na permanência do povo Hebreu no Egito, e se assemelha com o código de Hámurabi.
	Desta forma, a historicidade conta que o Deuteronômio é a segunda Lei, ou uma nova versão do Código de Aliança. Ele estabelece juízes e magistrados em todas as cidades, para estes julgarem o povo com justiça. O magistrado que agisse de forma correta era uma benção do Deus Jeová.
Uma curiosa dicotomia pode ser encontrada nos primórdios dos ensinamentos dos Hebreus, no tangente a escravidão. Pois eles lutaram para se libertar do povo egípcio, que os escravizavam, mas dentro da sociedade hebraica, existiam os escravos das famílias. 
Sobre a legislação mosaica, temos que Moisés, foi um grande legislador e que influenciou em muito o período do Deuteronômio. Além dela, temos também o Código Sacerdotal, ou Lei da Santidade contida no Levítico.
O decálogo (séculos XVI a XIII)
O principal legado do povo Hebreu foi a prática do monoteísmo, que culminou com Moisés, exercendo grande influência no cristianismo. A religião hebraica é pautada no Antigo Testamento, dividido em: leis, profetas e escritos.
Entre os dez dizeres encontrados no decálogo, encontramos aqueles que dizem: “Não matarás; Não cometerás adultério; Não roubarás; Não prestarás falso testemunho contra o teu próximo”.
Código da Aliança (séculoXII)
Neste código aparecem leis que fazem menção aos escravos, a agressão humana e até animal, ao homicídio e estabelece sanção para aqueles que cometerem as infrações previstas.
Os Juízes 
	Como dito anteriormente, os juízes são heróis das tribos, que exerceram o comando de cada uma delas entre o final do segundo milênio a.C. até o estabelecimento da monarquia. O maior desses juízes teria sido Josué. Os juízes agiriam de acordo com o Deus, e praticariam a justiça acima de tudo. 
	Os Testemunhos
	Essa seção estabelecia que o testemunho só seria válido se fossem utilizadas mais de uma testemunha.
	Levirato
	Esta lei fazia com que, se dois irmãos morassem juntos, e um deles morresse, a mulher deste passaria a ficar com o cunhado.
A Lei oral e a Michna
A sobrevivência dos hebreus, estava na conservação de suas tradições pelos seus antepassados. Os comentadores da lei escrita, ou rabinos foram os responsáveis por perpetuar os ensinamentos hebreus pelo tempo. Os Rabi – mestres – mantinham pregavam a Thora por meio de ensinamentos doutrinários.
O PERSONAGEM HERODES, “O GRANDE”
	Herodes é um ícone da história do povo Hebreu. Foi o governante dos hebreus à época do nascimento de Jesus, reconhecido pela sua personalidade marcante de muita ambição. Era judeu, porém repudiava alguns costumes do seu povo. Um dos fatos que demonstra a sua ganância é o de quando encomendou a morte de seu irmão, por inveja. 
	Batalhou muito para conseguir manter forças e dar continuidade a sua dinastia. Para isso, lutou contra os fariseus, a aristocracia, a família Asmoneu e Cleópatra, do Egito. Suas relações com Roma eram muito difíceis, em decorrência da grande disparidade cultural entre dominante e dominado.
A EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO MOSAICA
	O fato de os calvinistas possuírem reflexos dos ensinamentos judaicos, nos mostra que os preceitos baseado nesses ensinamentos se perpetuaram com o passar do tempo. 
	A influência do direito hebreu sobre a humanidade é de notória importância. Umas dessas influências são os ideais do governo limitado e a soberania da lei. Desenhou modelos do direito civil e penal, de acordo com o que era cabível ao seu tempo. 
	Tiveram em Moisés a imagem de um grande legislador, ainda ajudaram ao direito moderno com a criação dos trabalhos dos juízes, e dos rabinos que interpretavam as leis, e ajudaram na perpetuação destas até os dias atuais.
Referência 
COSTA, Elder Lisbôa Ferreira da. HISTÓRIA DO DIREITO: DE ROMA À HISTÓRIA DO POVO HEBREU E MUÇULMANO A Evolução do Direito Antigo à Compreensão do Pensamento Jurídico Contemporâneo. Belém: Unama, 2009.

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