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POR QUE AS PRINCESAS SÃO BRANCAS? - Desconstruindo esteriótipos

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Universidade Federal Fluminense
Pedagogia – 6º período
IURY FAGUNDES DA SILVA
JENIFER CIRENE ALVES DA SILVA
JHENIFFER FERNANDES DA SILVA
JULIANA FERREIRA DA CRUZ
QUEILA DA SILVA SOUZA RIBEIRO
POR QUE AS PRINCESAS SÃO BRANCAS?
Projeto apresentado à disciplina Escola da Infância II como requisito para obtenção de nota parcial. Pedido pela Prof. Drª Cristiana Callai. 
Santo Antônio de Pádua
2014
	As histórias infantis tem um trajeto milenar e fazem parte do contexto de leitura desde o século XIX. Tem importante papel na formação de leitores e no desenvolvimento das capacidades linguística, cognitiva e social, além de exercerem forte influência, principalmente nas crianças, uma vez que elas tendem a imitar gestos, comportamentos e atitudes.
	Essas condutas são copiadas de “personagens ditos puros e perfeitos” (BETTELHEIN, 1986), que criam padrões de beleza – concretizados nas perfeitas princesas, nos fortes heróis, nas bruxas feias; “aspectos ocupacionais – mulher sempre restrita ao lar” (AMARAL, 2004); e padrões físicos – empregadas gordas, princesas magra, príncipes musculosos, etc.
	Toda essa problemática em torno dos estereótipos levanta uma outra questão: a falta de personagens com determinadas características, que em sua rara presença sempre aparecem com papéis insignificantes que os inferiorizam, além de criar uma visão errônea e discriminadora.
	Assim como os contos infantis, essa visão do perfeito também é milenar, herdada dos modelos europeus que sempre buscaram a perfeição e beleza estéticas.
Segundo Amaral (1998) “nossa existência está superlotada de estereótipos.” Isso torna cada vez mais difícil a desconstrução dessas ideias, uma vez que estão impregnadas na sociedade, de forma a serem seguidas inconscientemente pelas crianças.
	A escola, no entanto, pode pensar propostas didáticas que tenham por objetivo desconstruir alguns estereótipos que interferem numa relação respeitosa entre as crianças, mas sempre tomando o cuidado para, ao tentar desconstruir um estereótipo, não criar outro. Desse modo, este trabalho é uma proposta de um projeto que pode ser desenvolvido com crianças da educação infantil, proporcionando não somente a ludicidade dos contos de fada, mas reflexões sobre a busca de mudanças neste parâmetro.
	O projeto parte de um questionamento de crianças que, muitas vezes não se identificam com as personagens: por que as princesas são brancas? Um questionamento, porém, que nem sempre é verbalizado, pois a criança não tem consciência das ideologias transmitidas nas histórias mas, com certeza, há um incômodo, uma não identificação. Nesse sentido, discutir criticamente os estereótipos com as crianças, é levá-las a um nível de abstração do pensamento, já que se discutirão ideologias.
	
Atividades 
Teatro: A Preta de Carvão e os Sete Protetores
Roda de Filosofia com crianças 1: preconceito, respeito e diferenças 
Roda de Filosofia com crianças 2: apelido, amizade
 2- Reconstrução dos clássicos: encenação
	- novos perfis de heróis, novas princesas, novos “finais felizes”
 3 - Confecções de livros com as novas histórias construídas
 4 – “Desinventando” história
	- Caixa de história: objetos palavras e imagens
Referências Bibliográficas
AMARAL, Celena Isabel de. Representações do feminino e do masculino nas histórias infantis. Dissertação de Mestrado de Sociologia. Setor de Ciências Humanas Letras e Artes. Universidade Federal Fluminense, Inédita, 2004.
AMARAL, Lígia Assumpção. Sobre crocodilos e avestruzes: falando de diferenças físicas, preconceitos e sua superação. In. Aquino, Júlio Groppa (Org). Diferença e preconceito na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summun, 1998.
BETTELHEIN, Bruno. A Psicanálise dos contos de fada. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

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