Projeto de intervenção 6 periodo ok

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
JACQUELINE ALENCAR GOMES
PROJETO DE AÇÃO:
ABORDAGEM SOCIAL COM ADOLESCENTES
 Gravidez na Adolescência
Olho D’agua das Flores – AL
2013
JACQUELINE ALENCAR GOMES
PROJETO DE AÇÃO:
ABORDAGEM SOCIAL COM ADOLESCENTES
 Gravidez na Adolescência
Projeto de Ação apresentado ao Curso de Serviço Social da UNOPAR – Universidade Norte do Paraná, para a Disciplina de Estágio Supervisionado.
Coord. Adarly Rosana
Olho D’água das Flores
2013
SUMÁRIO 
1-APRESENTAÇÃO-------------------------------------------------------------------------04
2-JUSTIFICATIVA----------------------------------------------------------------------------04
3-OBJETIVOS---------------------------------------------------------------------------------08
4-PÚBLICO ALVO----------------------------------------------------------------------------08
5-META------------------------------------------------------------------------------------------09
6-METODOLOGIA----------------------------------------------------------------------------10
7-RECURSOS HUMANOS-----------------------------------------------------------------10
8- RECURSOS MATERIAIS---------------------------------------------------------------11
9- PARCERIAS--------------------------------------------------------------------------------11
10- AVALIAÇÃO ------------------------------------------------------------------------------11
11-CRONOGRAMA---------------------------------------------------------------------------12
12- REFERÊNCIAS---------------------------------------------------------------------------13
APRESENTAÇÃO 
Este projeto de intervenção – Abordagem Social com Adolescentes: Gravidez na Adolescência- configura avaliação primordial da disciplina de Estágio em Serviço Social II. O campo de estágio de onde partirá a proposta de intervenção é o Centro de Referência de Assistência Social - CRAS do município de Poço das Trincheiras, que terá como publico alvo os adolescentes de 12 a 18 anos do Povoado Quandú. O alvo não deve ser somente a questão da gravidez na fase de desenvolvimento humano, ou melhor, na adolescência torna-se considerável abordar também suas consequências, e a mobilização não é só para os adolescentes em situação de risco e sim todo o publico que tenha interesse em tornar amplo o conhecimento do assunto que será colocado em discussão.
O presente projeto consegue suprir o desejo, de contemplar as adolescentes e demais pessoas interessadas com amplos conhecimentos adquiridas por meios de pesquisas, compartilhando dessa forma pontos importantes da questão.
  	 Vale ressaltar que o impasse maior nessa fase de transição, talvez esteja em algumas práticas atuais, como: atividade sexual precoce, pouco conhecimento sobre as possíveis consequências e uso dos contraceptivos, descrédito do adolescente em aceitar que o inicio precoce das atividades sexuais pode acarretar uma gravidez e risco para o aparecimento de doenças sexualmente transmissíveis.
JUSTIFICATIVA 
Compreende-se como adolescência a transição da infância à idade adulta. De acordo com Art. 2º do Estatuto da Criança e Adolescente – ECA, considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescentes aquela entre doze e dezoito anos de idade. Nessa etapa, o jovem não aceita orientações, pois está testando a possibilidade de ser adulto, de ter poder e controle sobre si mesmo. Nesta fase, estabelecem-se conflitos de identidade no espírito do adolescente de ordem moral, religiosa, sexual, filosófica e social (CZERESNIA; FREITAS, 2003).
A adolescência é considerada ainda um fenômeno específico do desenvolvimento humano. É um período confuso e de contradições onde o adolescente vive novas experiências, reformula seus pensamentos, sentimentos e expectativas e transforma gradativamente a sua autoestima infantil.
	A gravidez na adolescência não é um fato isolado. Faz parte do processo de descoberta, por parte do adolescente, de sua identidade. Nesta procura O adolescente quase sempre apresenta dificuldades de adaptação ao meio em que vive. A gravidez precoce deixou de ser uma ocorrência casual, e o número de pessoas envolvidas na situação trouxe à luz um conjunto de determinações cujo conhecimento tornou viável e politicamente necessário um tipo de intervenção, que por sua e pelas determinações a serem trabalhadas, necessita de intervenções do assistente social nesta fase tão cheias de dúvidas e inseguranças.
Segundo Moccellin (2010) a gravidez na adolescência é um problema de saúde pública por conta do alto índice de morbimortalidade materna e infantil e por revelar um possível elemento que é determinante para a reprodução do ciclo de pobreza das populações, tais como colocar impedimentos na continuidade de estudos e no acesso ao mercado de trabalho.
Problemas – O alerta também se deve a preocupação da gravidez precoce poder causar distúrbios graves à vida das adolescentes, muitos deles irreversíveis.
“O apoio da família neste momento é fundamental, além do acompanhamento profissional, já que além de não terem estrutura psicológica e física para suportar uma gravidez precoce, estas adolescentes muitas vezes deixam de estudar, ingressam no mercado de trabalho antes do tempo normal, muitas vezes de forma precária, pois não representam mão-de-obra qualificada, já que não têm formação adequada”. Socorro Marques Luz, ano 2010.
	
Até o início da década passada, as políticas desenvolvidas pelo Ministério da Saúde e, consequentemente, pela Secretaria de Estado da saúde - Sesau, se detinham às mulheres e crianças, mas esta realidade mudou, já que os adolescentes passaram a ser observados com um olhar especial, dentro do foco da saúde preventiva, que prima por ações educativas que se revertem na redução da gravidez na adolescência. Evidenciou que a informação tem sido um fator decisivo para reduzir a gravidez na adolescência, já que além da disseminação de conceitos sobre os cuidados para evitar a gravidez precoce, são divulgados os métodos contraceptivos e os locais que os adolescentes podem obtê-los, representando uma ação de planejamento familiar.
No ano de 2012 o site da Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos do Estado de Alagoas (ALAGOAS, 2012) publicou uma notícia afirmando que a gravidez na adolescência atinge o menor índice desde 1994. Segundo este órgão, jovens deram a luz a 19,3% dos bebês nascidos vivos no País, em 2010. O número está em queda desde os anos 2000. Em 2010, 19,3% dos bebês nascidos vivos eram de mães nessa faixa de idade, contra uma proporção de mais de 23% registrada nos primeiros anos da década passada. Apesar do número ter diminuído, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que o índice não ultrapasse os 10%.
 De acordo com Alagoas (2012), acima mencionado, os especialistas no tema, afirmam que mudanças no ambiente escolar respondem, em parte, por esse avanço. Vale salientar que depois da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei
n. 9394/96, LDB), os Parâmetros Curriculares Nacionais veio trazer a formalização da introdução de aulas sobre direitos sexuais e reprodutivos nas escolas, alertando para a contaminação por HIV, tornou-se o melhor canal para evitar também a gravidez precoce.
Contudo o referente projeto pretende envolver os adolescentes que estão passando por essa fase de uma gravidez inesperada, como também alertar os adolescentes sobre as consequências de uma gravidez inesperada possa causar em suas vidas. Tendo em vista o grande número de adolescentes grávidas no Povoado Quandu de acordo com entrevistas com alguns adolescentes e com a enfermeira além da identificação com a temática e relevância desta para o publico alvo. A partir de levantamento de dados na unidade de saúde do povoado Quandú foi constatado nesse primeiro bimestre de 2013que 10 adolescentes gravidas, na faixa etária de 12 a 18 anos, dados que reforçam a importância da proposta. 
Assim, pretende-se com o presente trabalho intervir com atividades específicas para que a gestação neste período possa ser observada não apenas como um episódio, mas como um processo dinâmico, inserido numa fase da vida de profundas transformações e que fatores como distanciamento dos amigos, desenvolvimento pessoal retardado, possibilidade de estabilidade conjugal frágil e tendência à perpetuação de pobreza, inevitavelmente provocam desordens sociais e psicológicas bastante visíveis.
O projeto pretende contribuir no fortalecimento dos vínculos familiares através da socialização de informações inerentes aos adolescentes sensibilizando as mães adolescentes diante da questão da maturidade, autonomia, responsabilidade e conhecimento, objetivando o fortalecimento dos vínculos e consequentemente seus familiares, assim temos o compromisso de reafirmamos o nosso papel profissional de cunho educador diante da problemática de gravidez na adolescência, incentivando o respeito à vida.
Dentro deste contexto temos que ressaltar a questão da sexualidade, essa se destaca como um componente intrínseco da pessoa e fundamental na saúde de adolescentes e jovens, que transcende o aspecto meramente biológico, manifestando-se também como um fenômeno psicológico e social, fortemente influenciado pelas crenças e valores pessoais e familiares, normas morais e tabus da sociedade.
Por isso a necessidade de um projeto social e interdisciplinar com um olhar critico reflexivo e ampliado para os adolescentes, pois é na entrada dessa nova vida que o adolescente estabelece suas metas, onde eles se auto afirmam e constroem sua própria identidade.
OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral:
Sensibilizar os adolescentes residentes no Povoado Quandu sobre os problemas que a gravidez precoce, sem planejamento causa na Adolescência e no desenvolvimento psicossocial destes.
	
3.2 Objetivos Específicos:
Realizar pesquisas sobre o tema Gravidez na Adolescência no Povoado, Escolas e Grupos de Adolescentes, com a finalidade de levantar indicadores sobre o tema em questão para direcionamento de atividades;
Entrevistar as adolescentes do povoado, gravidas, que já tenham filhos ou que não tenham para levantar dados que retratem o perfil destas;
Promover em parceria com equipe do Programa de Saúde da família - PSF atividades sócio educativas;
Realizar em parceria com os participantes do Projovem adolescente atividades sócio educativas e campanha de encerramento do projeto sobre a temática abordada, envolvendo principalmente os escolares. 
 
PÚBLICO – ALVO 
 	
 Constitui público-alvo direto, os adolescentes entre 12 e 18 anos, os participantes do Projovem Adolescente e familiares dos adolescentes. Também consideramos como publico alvo direto os membros do PSF e profissionais que atuam nas escolas do povoado que irão nos ajudar nas atividades que serão desenvolvidas na comunidade. O público-alvo indireto são os cidadãos interessados na questão abordada.
META
Com este projeto, tenta-se ampliar os conhecimentos inerentes ao tema em questão da maior quantidade possível de adolescentes, para tanto pretende-se sensibilizar ou envolver 100% do publico através da realização das atividades propostas como realizar pesquisas sobre o tema Gravidez na Adolescência no Povoado, Escolas e Grupos de Adolescentes, também entrevistar as adolescentes do povoado, gravidas, que já tenham filhos ou que não tenham para levantar dados que retratem o perfil destas. Essas afirmações se baseiam na pesquisa exploratória para fins de implantação de projeto de intervenção de estágio supervisionado curricular em serviço social.
6. METODOLOGIA
Nesse projeto utilizamos a intersetoralidade de importância fundamental, pois envolve ações integradas de distintos setores, no atendimento da população, cuja necessidade são pensadas a partir de sua realidade concreta, nesse caso especifico contamos com a parceria da Secretaria Municipal de Saúde/PSF Quandu, no qual foi feito um levantamento de dados existentes no PSF Quandu sobre o número de adolescentes grávidas na idade até 18 anos. Também utilizamos a abordagem social como um instrumento técnico nas realizações das entrevistas com os adolescentes.
Tendo como estratégias para alcance dos objetivos propostos a realização de atividades educativas que promovam prioritariamente a conscientização a cerca da importância da prevenção de uma gravidez inesperada, como também de evitar as doenças sexualmente transmissíveis, através de palestras, dinâmicas, apresentação de vídeos referentes às formas de conduta responsável no que se refere ao sexo seguro, sexualidade, prevenção da gravidez precoce e Doenças sexualmente transmissíveis - DSTs e ao adiamento da idade do início das atividades sexuais, discussões e debates possibilitando aos jovens a oportunidade de expressar seus conhecimentos acerca do assunto debatido e também esclarecer suas dúvidas. Visando o desenvolvimento satisfatório das propostas e o alcance de suas finalidades. 
RECURSOS HUMANOS:
Durante o processo de execução e desenvolvimento das ações propostas no Projeto contaremos com uma equipe formada pelos seguintes profissionais:
01 Assistente Social (Técnica de Referência do Projovem);
01 Assistente Social (Coordenadora do CRAS);
01 Enfermeiro (palestrante com assunto pertinente a área);
01 Estagiária do Serviço Social (autora da ação);
01 Psicóloga do CRAS;
01 Pedagoga do CRAS;
01 Pedagoga da Educação.
RECURSOS MATERIAIS:
Data Show;
Notbook;
Vídeos;
Cartazes; 
Caixa de som;
Camera digital;
Microfone.
PARCERIAS:
Secretaria Municipal de Assistência Social;
Secretaria Municipal de Saúde/Equipe do PSF do Povoado Quandu;
Escolas do Povoado Quandu.
AVALIAÇÃO:
 A avaliação do projeto de Intervenção Social ocorrerá de maneira processual e ao final de sua execução, tendo como referência os objetivos e metas planejados. O processo de avaliação terá como principais responsáveis: a estagiária de Serviço Social, a supervisora acadêmica, o supervisor de campo e participantes (mães adolescentes e familiares.
CRONOGRAMA
	 Meses 
Atividades
	
Março
	
Abril
	
Maio
	
Junho
	
Apresentação do Projeto para o CRAS municipal
	
	x
	
	
	
Reuniões com os Parceiros
	
	
x
	
	
	
Construção do relatório, folders.
	
	
	
x
	
	
Execução 
	
	
	
	
x
 REFERÊNCIAS:
Secretaria do Estado de Saúde – Alagoas, site: www.saude.al.gov.br
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretária de atenção à saúde. Saúde integral de adolescentes e jovens: orientações para a organização de serviços de saúde.
Brasília: Ministério da Saúde, 2010.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a fome e Secretaria Nacional de assistência Social. Proteção Social Especial. PNAS. Política Nacional da assistência Social.
CZERESNIA, D. FREITAS, C.M. (Orgs) Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2003.
BERETTA, M. I. A construção de um projeto na maternidade adolescente: relato de experiência. Revista Esc. Enfermagem. USP, São Paulo, v. 45, n. 2, abril 2010.
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