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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Pós-graduação em Direito Público: Constitucional, Administrativo e Tributário Resenha do Caso de Harvard – Adiana, Inc., e o Desenvolvimento de Um Dispositivo de Esterilização Feminina Nome do aluno: Márcio Pinho Barros Trabalho da disciplina Constitucionalização do Direito Tutor: Prof.ª Mariana de Freitas Rasga Rio Grande 2018 Caso de Harvard sobre Esterilização Feminina Adiana, Inc., e o Desenvolvimento de Um Dispositivo de Esterilização Feminina REFERÊNCIA:http://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/downloadArquivo.asp?CodAnexo=15196&NomeArquivoSistema=Biblioteca_15196&NomeArquivo=AULA+4+HARVARD+CASE+ADIANA%2C+INC+AND+THE+DEVELOPMENT+OF+FEMALE+STERELIZATION%2Edoc&IdCurso=POS486 Trata-se de resenha sobre o caso Harvard Adiana, a respeito do método para esterilização feminina através de novo dispositivo de cateter. A grande revolução apresentada pela empresa no início dos anos 90 era a facilidade na aplicação, pois o procedimento era pouco invasivo e dispensava cirurgia, diferente do processo habitual, ou seja, a ligação das trompas de falópio. Assim, se esperava uma maior segurança, redução dos custos dos procedimentos, e também o aumento da lucratividade. Assim, o próximo passo seriam os testes, após a realização em animais, o sistema se mostrou eficiente, contudo se fazia necessário os experimentos em humanos. Naquela época o procedimento adotado pela maioria era a ligadura das trompas, entretanto nesse processo, o paciente demorava para se recuperar no pós operatório devido a cirurgia invasiva. Já o dispositivo da Adiana, dispensava a cirurgia introduzindo o cateter pela vagina até as trompas dando uma pequena descarga elétrica, aumentando a temperatura da parte interna da trompa a aproximadamente 45graus C (113 graus F) por cerca de um minuto. Esta carga seria suficiente para causar algo similar a uma queimadura de sol na pele na trompa de falópio, resultando em uma reação inflamatória aguda. O cateter então seria retirado, deixando um plugue inerte biologicamente dentro da trompa. Quando o tecido se recuperasse da reação inflamatória, iria se regenerar e crescer dentro do plugue, bloqueando efetivamente o caminho dos óvulos do ovário para o útero. Nesse passo, o procedimento pouco invasivo facilitaria a recuperação do paciente barateando os custos. Adiante, se fazia necessários os testes em seres humanos para obtenção das licenças para comercialização do produto. Assim, em primeiro momento foram testados apenas as características mecânicas do dispositivos, ou seja, apenas se os plugues tinham sido colocado em posição correta nas trompas de falópio. Para esse estudo foram selecionados somente pacientes com peri-histerectomia, sendo assim, após o procedimento, o útero era imediatamente retirado. Num segundo momento, era necessário testar a eficácia do novo método. Adiana, baseada nos dados nos testes com animais, entendeu que as trompas seriam absolutamente bloqueadas em algumas semanas após a intervenção. Entretanto, entes de iniciar o processo junto ao órgão de controle americano, era necessário resolver questões referentes a responsabilidade, custos e interesse. Sobre a responsabilidade coorporativa da gravidez, em caso do procedimento falhar em mulheres participantes dos testes, e também, com os custos com os cuidados médicos nos mesmos casos, e em diversos cenários, como falha na gestação, abortos e etc. Igualmente, era de considerar opiniões sobre antiaborto e anticontracepção de algumas religiões e outros grupos. Sendo assim, a empresa ainda tem algumas questões a considerar, primeiro, no caso da compensação das mulheres lesadas no experimento x despesas no litígio x o bem social ou ainda o lucro da companhia. Por outro lado, o autor pondera a questão da visão sobre do sujeito humano. Como serão identificadas as mulheres enquanto sujeitos de direito. Elas deverão ser agentes livres igualmente capazes de fazer escolhas autônomas, indivíduos vulneráveis e facilmente explorados, ou ainda, voluntários corajosos que fazem sacrifícios conscientes em benefício da ciência médica. A problemática envolve os custos de uma gravidez inesperada e em arcar com as consequências. Em tudo sendo dessa maneira, a esterilização feminina é tida como um direito humano. Os participantes dos estudos devem ser vistos sobre a ótica dos agentes livres igualmente capazes de fazer escolhas, sendo assim devem ser fornecidas todas informações necessárias para o procedimento, e também a empresa deve se responsabilizar pelo dano causado pelos teste, assim como pela eventual gravidez indesejada. 3
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