Dimensão avaliativa do processo de gestão social

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Dimensão avaliativa do processo de gestão social 
Juliene Aglio de Oliveira
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Dimensões interdependentes de gestão social 
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Introdução a temática
A avaliação em políticas sociais deve ter como eixo a configuração da política social, para não cair no tecnicismo prático da avaliação. 
Assim, temos dois fundamentos determinantes do processo avaliativo: a questão social e a gestão social. 
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A gestão social 
Caracterizamos a gestão de políticas sociais não apenas como a inovação gerencial pela incorporação de novas tecnologias de gestão, mas como uma gestão democrática, que necessita construir uma nova cultura política organizacional e gerencial.
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Esta nova forma de gestão envolve: participação, liberdade, controle, composição de interesses, poder compartilhado, sujeitos autônomos, eficiência, eficácia e efetividade. Trata-se de uma gestão sofisticada, que combina institucionalidade, compromisso e pacto com criatividade, iniciativa e individualidade, conforme afirma Nogueira (2001).
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Os gestores das políticas sociais, tanto no sentido abrangente - a gestão da política, como aqueles que gerenciam programas, projetos e serviços que as compõem, movem-se no campo dos direitos sociais. Portanto, atuam num contraditório espaço de embates políticos; isto confere à gestão democrática a característica de mobilidade, pois a situa, permanentemente, entre possibilidades e limites na construção de respostas profissionais e ético-políticas.
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Avaliar políticas sociais é uma forma concreta e política de enfrentamento de expressões da questão social. Ao produzir conhecimentos, por meio de indicadores podemos problematizar a eficiência, a eficácia e a efetividade das políticas públicas, ou seja, os resultados e impactos produzidos.
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O que é avaliação?
 Avaliar é atribuir valor, medir grau de eficiência, eficácia, 	efetividade das políticas e programas e projetos sociais. 	Assim compreendida, a avaliação identifica processos e 	resultados, compara dados de desempenho, julga, informa 	e propõe.
	(Ref: Avaliação de projetos sociais, M.C.B. Carvalho, Gestão 	de Projetos Sociais, AAPCS.)
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O que se avalia?
Ao questionarmos o que se avalia nas políticas sociais teremos como resposta: os programas, projetos e serviços sociais, tanto em sua fase de efetivação como durante o seu planejamento. Assim como a própria política social, neste caso pode-se avaliar a política em sua constituição isto é, sua natureza, como também a efetivação de uma política numa esfera de governo.
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Importante!!!
Compreendemos que situar a avaliação na complexidade própria das políticas sociais e nos seus fundamentos, conferindo-lhe, além do caráter técnico-científico, um caráter ético-político, é transcender o seu tradicional estilo instrumental e pragmático, no qual se verifica se objetivos e metas propostos foram atingidos, e/ou se eles contêm a possibilidade de efetivação.
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Conceitos 
Por meio da avaliação verifica graus e extensão de resultados, possibilitando a compreensão de fatores determinantes de êxitos e fracassos, limites e possibilidades; além disso, serve de base para a tomada de decisões racionais a respeito dos programas ou projetos
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Pode-se afirmar, ainda, que a avaliação é um processo de atribuição de valor, uma medida de aprovação ou desaprovação baseada em determinados princípios éticos tais como: liberdade, justiça, probidade, equidade social entre outros, explícitos ou não. 
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Estes princípios devem ser objetivados em ações políticas concretizadas na concepção de avaliação, na definição das finalidades, dos objetivos, nas escolhas de processos metodológicos e recursos para sua consecução, assim como a direção social dos indicadores de resultados e impactos por ela produzidos. Sob este prisma, um processo avaliativo nunca é neutro, puramente técnico ou instrumental.
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No sentido estrito, trata-se de uma atividade política, de natureza interdisciplinar. É nesta acepção que abordaremos a avaliação, focalizando-a no campo das políticas sociais, como uma ação de julgamento, valoração, informação, investigação, interpretação e identificação de dados. 
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Temos então a necessidade de alterar a forma de atuação na política ou programas sociais públicos, ou realimentam o avanço no plano da missão institucional, no plano da processualidade e das estratégias utilizadas, assim como no plano dos produtos, resultados e impactos desejados/obtidos.
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Para Myrian Veras Baptista
A avaliação está presente em todo o processo de planejamento: quando se inicia a ação planejada, inicia-se a avaliação. 
Elementos fundamentais da dialética que são reconhecidos no momento da avaliação: 
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A dimensão do futuro 
Presente 
Análise do passado 
ANÁLISE CRÍTICA 
Intencionalidade social 
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Dimensão da historicidade 
Processo histórico 
Interpretá-lo 
Reconstruí-lo 
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Dimensão da contradição 
AVALIAÇÃO: NEGAÇÃO DO 
PLANEJADO 
NEGAÇÃO DO 
REALIZADO
SUPERÇÃO DO 
REALIZADO 
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Dimensão do enfrentamento da reificação 
Ação planejada = objeto do planejamento, ocorre no cotidiano 
Sucesso = Controle das variáveis que
 o planejador terá das variáveis 
Da objetividade posta pela sociedade 
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Abordagens Avaliativas
Qualitativa
 permite o estudo de questões, casos ou eventos mais 	ligados à lógica dos atores e das dinâmicas 	estabelecidas na ação;
 perspectiva subjetiva de mensuração (capta valores, 	atitudes, condutas, motivações, tensões).
Quantitativa
 possibilita a realização de levantamento de 	informações sobre a lógica dos sistemas de ação, 	permitindo a realização de análises estatísticas, a 	comparação e generalização de resultados;
 perspectiva objetiva de mensuração.
Pluralista
 associa diferentes abordagens e métodos de pesquisa. 
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Quem avalia?
Avaliação Externa
 Especialistas externos à instituição.
Avaliação Interna
 Agentes institucionais do programa avaliado ou de 	outro programa da mesma organização.
Avaliação Conjunta
 Combina avaliação de experts externos e avaliação 	da equipe do projeto. 
Avaliação Participativa
 Com a participação dos diferentes atores envolvidos, 	incluindo o público beneficiário.
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Avaliação inicial ou ex-ante 
 avaliação de viabilidade, ponto zero, 	comportamento de entrada.
Monitoramento e acompanhamento
 realizado durante a implementação do programa.
Avaliação de resultados
 realizada ao final da etapa de execução do projeto. 
Avaliação pós-facto de impacto (ex-post) 
 realizada após a conclusão do projeto.
Fases da Avaliação