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Coagulação intravascular em equinos - clínica

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Rosivaldo - Medicina Veterinária 
 
 
COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA EM EQUINOS - 
CID 
Posted: 05 Apr 2015 08:08 AM PDT 
 
Geralmente é secundária a doenças que causam 
alguma vasculite, por ativação de plaquetas e 
mecanismos de coagulação. 
 
 
Doenças gastrointestinais 
Torções do Intestino Delgado 
Torções gastroentéricas 
Enterite 
Estrangulamento 
 
Patogenia: 
Trombose difusa com isquemia de órgãos 
Severa diátese hemorrágica 
Liberação de micro-trombos na corrente sanguínea 
causando isquemia cerebral e renal. 
 
 
 
Sinais clínicos: 
 
Convulsões e coma em caso de trombos no sistema 
nervoso 
Hemorragias petequiais ou equimoses devido a 
depleção dos fatores de coagulação. 
Falência cardíaca e pulmonar 
Falência hepática e renal 
 
Diagnóstico: 
 
Sinais clínicos, hemograma apresentando 
trombocitopenia, e aumento da ureia nitrogenada 
(por causa da falência renal). 
Visualização de vasos túrgidos na face 
Necrose de extremidades devido a isquemia pelos 
trombos 
Hemorragias petequiais e equimoses 
Edemas. 
 
Tratamento: 
 Tratar a doença primaria para conter o choque e 
manter a perfusão tecidual. 
 
Fluidoterapia 
 
Penicilina Benzatina 22000UI a 44000UI BID IM 
Gentamicina 3,3mg/kg IV TID 
Flunixim Meglumine 0,25mg/kg IV TID 
 
Prognostico grave dependendo da doença primária! 
 
PERICARDITE EQUINA 
Posted: 05 Apr 2015 06:46 AM PDT 
 
Equino com peritonite séptica difusa, propicio para apresentar pericardite 
 
Trata-se de uma doença de cunho infeccioso que 
atinge o pericárdio dos equinos. Pode ter como 
causas infecções Bacterianas, Virais, Traumáticas, 
Neoplásicas, Cardíacas e Pericárdica. 
Essa patologia está associada principalmente a 
infecções secundárias (cerca de 70%) estando 
relacionada com pneumonias e pleurites. 
 
Com a instalação da infecção ocorre a inflamação do 
pericárdio, havendo eventos inflamatórios como dor, 
rubor, calor, edema, perda da função. Ocorre a 
migração celular para ao local, bem como a 
deposição de fibrinogênio no liquido pericárdico. 
Com essa resposta inflamatória no pericárdio o 
fibrinogênio é convertido formando uma rede de 
fibrina no exsudato promovendo uma aderência do 
coração ao pericárdio. 
O coração precisa estar livre dentro do saco 
pericárdico para 
realizar seu batimento correto, e o liquido viscoso 
presente dentro desse espaço, auxilia nesse 
processo. Com a alteração nesse liquido e com a 
aderência do coração ao pericárdio, os sons 
cardíacos pode ser ouvidos com fricção, ou 
chamado de "rosse" pericárdico. 
 
 
 
 Com dificuldade de realizar os movimentos 
cardíacos, o coração aumenta a sua frequência e 
força de batimento compensatória, tornando-se 
hipertrofiado. Essa hipertrofia associada a presença 
de liquido no espaço pericárdico e a aderência do 
coração no pericárdio, provoca um tamponamento 
cardíaco. 
O animal acometido pela pericardite poderá 
apresentar os seguintes sinais clínicos: 
Aumento da frequência cardíaca 
Diminuição da amplitude dos movimentos cardíacos 
Hipertrofia cardíaca (compensatória) 
Taquisfigmia (aumento do pulso) 
 
A diminuição do espaço pericárdico pelo acúmulo de 
líquidos e pela aderência do coração ao pericárdio, 
provoca uma diminuição da amplitude dos 
movimentos cardíacos com diminuição do pulso, 
apresentando-se portanto filiforme e fraco. 
 
O animal com pericardite poderá apresentar dor na 
região torácica; 
Respiração abdominal, evitando portanto mexer na 
região torácica; 
Relutância em movimentar-se e andar cuidadoso; 
Abafamento das bulhas cardíacas com o rosse 
pericárdico; 
Distensão da jugular, devido alteração no retorno 
venoso. 
 
No hemograma esse animal poderá apresentar 
leucocitose com neutrofilia com desvio à esquerda, 
por tratar-se de um processo infeccioso grave. 
 
Diagnóstico consiste na pericardiocentese, com 
presença de fibrina e exsudato e ecocardiograma. 
 
Tratamento: 
 
Cirúrgico com pericardiocentese realizando a 
lavagem do pericárdio. 
Penicilina Benzatina 22000UI a 44000UI/kg BID 
Gentamicina 3,3mg/kg TID 
Tratamento de 4 a 8 semanas. 
 
 
 
ENDOCARDITE EM EQUINOS 
Posted: 05 Apr 2015 06:07 AM PDT 
Endocardite geralmente está associado há alguma 
infecção que o animal teve em seu histórico. 
Geralmente os agentes etiologicos podem ser 
representados pelo streptococcus, stafilococcus, 
rodococcus, pasteurella etc. 
 
Quando o animal passa por algum tipo de infecção 
grave, seja uma metrite, peneumonite, peritonite, os 
êmbolos septicêmicos ganham a corrente sanguínea 
e se depositam principalmente nas válvulas aórtica e 
mitral do coração, provocando nestas estruturas 
algumas deformidades. 
 
> Fibrose valvular 
> Retração valvular 
> Espessamento de válvula cardíaca 
 
 
 
Com essas deformidades valvulares, o animal 
apresenta sinais clínicos sistêmicos de origem 
hemodinâmica, com problemas na circulação e 
perfusão bem como deficiência de drenagem 
periférica. 
As principais estruturas do coração acometidas são 
as válvulas aórtica e mitral, mas todo o endocárdio 
pode estar comprometido. 
O equino acometido pela endocardite poderá 
apresentar os seguintes sinais clínicos: 
 
Aumento na frequência respiratória 
Aumento na Frequência cardíaca 
Edema pulmonar 
Ascite e edema de membros 
Aumento da macicez cardíaca 
Hipertrofia do coração (compensatória) 
Sopro na auscultação 
 
O diagnostico da endocardite pode ser realizado 
através do histórico do animal que tenha cursado 
com alguma doença de caráter infeccioso. Febre, 
sopro cardíaco, anemia, leucocitose, neutrofilia, 
hiperfibrinogenemia. Utilização de um 
ecocardiograma. 
 
Tratamento: 
 
Penicilina benzatina 22000UI a 44000UI/kg BID IM 
Gentamicina 3,3mg/kg IV TID 
 
Esse tratamento deve ser mantido por 4 a 8 
semanas. 
 
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM EQUINOS - IRC 
Posted: 05 Apr 2015 05:16 AM PDT 
Acomete animais idosos tendo como consequências 
doenças glomerulares ou tubulares sem tratamento. 
 
 
 
 
Etiopatogenia: glomerulonefrite, Hipoplasia 
glomerular, nefrite intersticial crônica e pielonefrite. 
 
Sinais clínicos: 
 
Emagrecimento progressivo, depressão, poliúria ou 
polidipsia, anasarca. 
 
Tratamento 
 
DMSO 20% 0,5 a 0,9 mg/kg IV 
Manitol a 20% 0,25 a 1g/kg IV a cada 6h 
Flunixim meglumine 0,25mg/kg TID

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