Teste das Pirâmides Coloridas de Pfister

Prévia do material em texto

As Pirâmides 
Coloridas de 
Pfister
Por trás de toda atividade humana está a 
individualidade do sujeito que a empreendeu. 
Rapaport (1971).
O Teste das Pirâmides Coloridas (TPC) de Pfister é uma técnica projetiva criada
pelo psicólogo, coreógrafo e arquiteto Max Pfister, na Suíça, em 1951.
Na época, ele observou a relação das cores com estados
ou reações emocionais correspondentes.
As vantagens do TPC 
- Técnica não-verbal com características lúdicas
- Requer um tempo curto de aplicação (de 15 a 20 
minutos)
- Pode ser aplicado em qualquer pessoa com idade 
superior a 7 anos.
A forma geométrica da pirâmide: facilita o aparecimento
de boas configurações, com a possibilidade de apresentar
qualidades gestálticas sofisticadas.
As Piramides Coloridas de Pfister
Cores e suas relações com afeto e emoções
- Não há pesquisas científicas
- Como o sujeito reage a cor, a relação de como lida com as emoções e não
significado de cada cor em particular.
Pirâmides Feias
Os resultados avaliam:
- Prioritariamente, aspectos da dinâmica emocional, projeção da estrutura
e organização da personalidade
- Nível intelectual e/ou desenvolvimento cognitivo.
As Piramides Coloridas de Pfister
- 03 Cartões de cor parda
- Protocolo de Registro
- Condições de Aplicação –
aplicação individual com
iluminação natural (não
negligenciar as condições
de iluminação)
- Quadradrinhos coloridos –
no mínimo 45 de cada
tonalidade, pois são 3
pirâmides com 15
quadrículos
Materiais
1a
2a 2b
3a 3b
4a 4b 4c 4d
5a 5b 5c 5d
3c
5e
Esquema da pirâmide com o código para cada área.
 A aplicação é individual.
 Boa iluminação é uma condição básica já que a percepção das cores depende
fundamentalmente da luz.
Tempo e forma de aplicação
 É solicitado que o testando preencha um esquema de pirâmide com
quadrículos coloridos de diferentes tonalidades para que fiquem bonitas ao
seu gosto.
 Anota-se tudo que o indivíduo faz e seus comentários, ao mesmo tempo que
se anotam cada escolha de cor e o lugar em que esta foi colocada no
esquema, registrando-se assim o modo de colocação e o processo de
execução.
‘Aqui temos uma grande quantidade de papeizinhos com cores e tonalidades
diversas (nesse momento abrir a caixa contendo os quadrículos e despejá-los sobre
a mesa, misturando levemente) e o esquema de uma pirâmide (mostrar apenas o
primeiro cartão). Cobrindo-se os espaços da pirâmide, obtêm-se uma pirâmide
colorida. Você deve fazer sua pirâmide usando as cores que quiser, pode trocar ou
substituir à vontade, até que a pirâmide fique do seu gosto, fique bonita para você.
Alguma dúvida? Então pode começar’.
O aplicador registra todos os movimentos da colocação na folha de protocolo
seguindo a codificação das cores e espaços previstos no protocolo.
Depois do término da primeira, apresenta-se o segundo esquema:
‘ Agora eu gostaria que você fizesse outra e depois há mais uma a ser feita’.
Instruções
- Anotar no verso da folha o modo de colocação e possíveis trocas
- Terminada a aplicação, conferir a configuração final da pirâmide e colocar 
na Folha de Protocolo (frente) 
Reapresentar as 3 pirâmides na ordem que
foram feitas e perguntar:
- Qual mais gostou e por quê?
- Qual menos gostou e por quê?
- Em geral qual cor mais gosta e a que
menos gosta.
- E no teste, qual cor que mais gostou e a
que menos gostou.
Registro
Inquérito
1a
2a 2b
3a 3b
4a 4b 4c 4d
5a 5b 5c 5d
3c
5e
Mostruário das cores 
(24 matizes)
- A configuração final da pirâmide anotada na Folha de Protocolo (frente)
apresenta o aspecto formal da pirâmide.
- Quantas cores de cada tonalidade aparecem
- Frequência da cor como um todo no teste – Base 45 – transformar em
percentil (Normatização)
- Tabela de Frequência - Cor mais aumentada em relação ao esperado
(fica em 1º) / o último seria o mais rebaixado com relação ao esperado
- Cores, que considera o grau de funcionamento cognitivo sobre o estímulo
emocional e cada cor, quando relacionada a outras cores e indicadores
permitem interpretações relativas a afetividade
- Fórmula cromática, que se refere a incidência de cores na sequência das
três pirâmides e permite verificar tanto a estabilidade das escolhas como
a amplitude cromática relativa ao grau de abertura aos estímulos que a
pessoa apresenta.
- Cores por dupla e síndromes cromáticas, que refletem aspectos
emocionais e devem ser considerados em relação ao conjunto de itens
anteriores
Folha de Protocolo
As cores no teste de Pfister se apresentam em relação à frequência, arranjo
sequência e persistência das cores (Van Kolck, 1968). 
- Verde: a esfera do contato e dos relacionamentos afetivos; 
- Azul: o controle e adaptação; 
- Vermelho: a extroversão, irritabilidade, impulsividade e agressividade;
- Amarelo: extroversão mais bem canalizada e melhor adaptada ao meio
- Laranja, ambição, anseios de produção e desejo de fazer-se valer pela
produtividade;
- Marrom: extroversão vinculada a uma esfera mais primitiva dos impulsos;
- Violeta: tensão e ansiedade.
- Preto: vincula-se a defesas contra os estímulos, que conduziriam à perda
do equilíbrio;
- Cinza a uma carência afetiva e sentimento de vazio, ansiedade,
insegurança e impressão dos afetos
- Branco representaria uma estabilidade precária vinculada a um vazio
interior e fragilidade estrutural
Cores no Pfister
O aspecto formal é relativo ao controle racional que o indivíduo tem sobre
os afetos e emoções, que pode ser configurado nos seguintes aspectos:
- Tapetes 
- Estrutura
- Formações
Análise dos Resultados – Aspecto Formal
Os Tapetes são como colchas de retalho, não há preocupação com a forma 
ou harmonia das cores. 
Podem ser: puro, desequilibrado, furado ou com início 
de ordem. A produção de tapetes sugere perturbação emocionais de 
acentuada imaturidade em adulto ou crianças
Tapetes Puros – Disposição aleatória,
porém, harmoniosa. Menor grau de
desenvolvimento emocional ou
intelectual, indicam possível adaptação
emocional às situações cotidianas, com
base em um manejo relativamente
harmonioso das emoções e sentimentos.
Tapetes
Tapete Desequilibrado 
Desarmonia da distribuição das
cores, com mais escuras de um
lado e de outro, cores mais
claras. É mais raro do que o
tapete furado.
Tapetes
Tapete Furado ou rasgado
É tapete. Não é frequente, o que
caracteriza a produção é o uso do
branco em uma única área do
esquema ou em diversas áreas.
Denota fortes indícios de
perturbação grave proveniente
de dissociações no curso do
pensamento.
Tapetes
Tapete com Início de Ordem
São tapetes puros nos quais e
observam um ou mais tons
repetidos em posições
simétricas, que, no entanto, não
chegam a se caracterizar
claramente uma formação
simétrica. É uma forma de
transição e significa melhores
possibilidades de adaptação e
busca de equilíbrio emocional.
Tapetes
- Formações – Conjunto de forma com organizações intermediárias, nas
quais se observa a disposição das cores por camadas:
Podem ser: em camada, simétrica ou alternada
Formações em camadas (ou estratificada)
Preenchida por uma cor ou tonalidade.
Formações
Formação Simétrica
Simetria no plano horizontal, 3 simetrias ou mais.
Formações
Formação Alternada
Duas cores, leva em conta a horizontalidade. Uma sim, uma não, como em um
tabuleiro de xadrez.
Formações
Estrutura Simétrica
Bidimensionalidade que existe na
estrutura. Integração entre as camadas,
considera o plano vertical e horizontal.
- Estrutura – Aspecto formal mais sofisticado, pois considera uma
possível inter-relação entre as disposições horizontais das camadas,
levando em conta o plano vertical da pirâmide.
Podem ser: simétrica, em escada, em manto,
assimétrica dinâmicaou em mosaico.
Estruturas
Estrutura em escada
Verticalidade, apenas 2 cores.
Estruturas
Estruturas em Manto
Envelopada, com uma moldura. Pode ter outras cores. 
Estruturas
Estruturas assimétrica dinâmica
Mais evoluído na forma. Alto nível intelectual e cognitivo. Sofisticação da forma. 
Pelo menos 3 triângulos entrelaçados.
Estruturas
Estruturas em mosaico
Tem a intenção de transformar em outro formato. Nível de percepção elevado.
Só é mosaico se o avaliado fala espontaneamente no inquérito.
Estruturas
Recomenda-se que os dados sejam analisados com base nos indicadores
processo de execução, que reflete o modo como a pessoa aborda a tarefa
e sendo classificada com as categorias:
- Execução metódica e sistemática
- Execução ordenada
- Execução desordenada
- Execução relaxada
Modo de colocação, que indica a maneira como a pessoa dispõe as cores 
sobre o esquema de pirâmide e se dispõe nas categorias:
- Colocação ascendente
- Descendente
- Direta
- Alternada
- Simétrica
- Diagonal
- Em manto
- Espacial
Interpretação
- Como vai modificando seus mecanismos de defesa no decorrer do teste
- Compreensão dinâmica: Soma dos dados, entrelaçamento dos resultados e
levantamento de hipóteses.
Não é demais relembrar que um indicador isolado não traz informação
sobre o examinando. É preciso considerar o contexto de aplicação e o
conjunto de indicadores para que se possa ter uma visão integrada dos
aspectos mencionados.
Aspecto Formal:
- Integração forma e cor
- Aspectos cognitivos
- Maturidade emocional
- Descarga e contenção emocional
Interpretação
Interpretação
Interpretação das Cores
- Cada cor individualmente
- Cores por duplas
- Síndromes cromáticas
- Descrever as hipóteses relacionadas as cores e associar ao aspecto formal.
Fórmula Cromática – Indicador que fala sobre a amplitude da escolha do
indivíduo e da constância, incidência das cores na sequencia das 3 pirâmides.
Composta por 4 algarismos
1. CA - Constância Absoluta – Quantidade de cores que repetem nas 3
pirâmides
2. CR – Constância Relativa – quantidade de cores que se repetem em 2
pirâmides;
3. V – Variabilidade – em apenas 1 das pirâmides
4. AUS – Ausentes – não usadas em nenhuma das pirâmides.
CA : CR : V : AUS
2 : 3 : 1 : 4
Interpretação
Fórmula Cromática – Amplitude e constância das escolhas
Fórmulas amplas e estáveis – 8:1:1:1 - 9 a 10 utilizados. Grande amplitude
com predomínio do algarismo CA. Indicam receptividade e estabilidade nas
escolhas, ou comodismo e indiferenciação.
Fórmulas amplas e flexíveis – 4:3:2:1 – Equilíbrio entre CA e CR, indicando
capacidade de ação e realização de modo mais energético.
Fórmulas amplas e instáveis – 2:2:5:1 – V maior que CA. Inconstância nas
escolhas, instabilidade e dificuldade de adaptação.
Fórmulas moderadas e estáveis – 4:2:1:3 – Amplitude da escolha dentro
dos valores médios e entre as cores escolhidas predomina o valor de CA.
Maior estabilidade, segurança e capacidade de adaptação.
Interpretação
Fórmula Cromática – Amplitude e constância das escolhas
Fórmulas moderadas e flexíveis – 0:3:3:4 – Aumento dos algarismos centrais
em detrimento do rebaixamento de CA. Tendência a instabilidade e
vulnerabilidade, com leve restrição a abertura aos estímulos.
Fórmulas moderadas e instáveis – 1:0:5:4 – Predominância do algarismo da
Variabilidade. Tendência a instabilidade.
Fórmulas restritas e estáveis – 5:0:0:5 – Restrição e menor abertura a
estímulos. Predominância de CA, indica ação limitada. Pessoa estável, pouco
criativa, com reações estereotipadas.
Interpretação
Fórmula Cromática – Amplitude e constância das escolhas
Fórmulas restritas flexíveis – 0:3:0:7 – Algarismo de ausência é muito
elevado, caracterizando pessoas cautelosas e inibidas, mas que conseguem
adaptar-se ao ambiente, desde que se afastem de situações mais carregadas
emocionalmente.
Fórmulas restritas instáveis – 0:0:4:6 – Há o predomínio de V, o que aponta
significativamente para um sentimento de instabilidade controlado por
mecanismos inibitórios que restringem a ação ou mesmo o campo de interesses.
Interpretação
Variação cromática (VCo) e variação de matizes (VMa)
Relações entre a quantidade de cores utilizadas versus as variações de
tonalidades. Verifica-se por pirâmide o numero de cores e de matizes.
Os indicadores permitem que se conheçam aspectos da dinâmica afetiva e 
emocional, bem como das funções estruturais e cognitivas do examinando. 
Ou seja, o teste permite verificar se o examinando reage aos estímulos 
emocionais com menor ou maior controle das funções cognitivas (Villemor-
Amaral, 2005).