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CARDIOPATIAS CONGÊNITAS Exposições maternas X Cardiopatias congênitas Exposição Risco (%) Cardiopatia Rubéola (1º Tri) 50 - 80 EP ramos DM 3 – 4 TGV, Cardiomiopatia Hipertrófica LES 35 BAV total Talidomida 20 Fallot, Truncus Álcool 30 - 40 CIA, CIV e Fallot Anfetamina 5 - 10 CIA, CIV e Fallot AINES ( >32 sem) 50 Fechamentol prematuro do CA Fenitoína 10 Lesões aórticas, EP Lítio 10 Ebstein Fatores de risco: Cromossomopatias Fetais: hidropsia fetal, malformações extra-cardíacas, arritmias, RCIU, poli ou oligodrâmnios. Cianose 1. Central: cardiopatia ou sofrimento respiratório evidente quando > 5g de hemoglobina reduzida. Cor azulada de mucosas, língua, unhas, com extremidades aquecidas. Decorre por shunt D-E intracardíaco ou intrapulmonar. 2. Periférica ou acrocianose: vasocontrição cutânea 3. Policitemia: Ht > 65 % Avaliação: É cianótico ou acianotico? Existe algum sopro ou bulha cardíaca? Existe congestão pulmonar? Ausculta e RX ECG: existe hipertrofia de câmera? Sugerindo bloqueio de ramo... Confirmação: Ecocardio com doppler e fluxo a cores e/ou cateterismo cardíaco Acianóticas: Hiperfluxo pulmonar: CIV, CIA, DSAV, PCA. Obstrutivas: Estenoses valvares e Coarct. Aorta Cardiomiopatias: restritiva, hipertrófica, dilatada Cianóticas: Fallot, Transp de Grandes Vasos, Atresias e outras ACIANÓTICAS CIV ou Defeito do Septo Interventricular (DSIV) Shunt E( D com hipertrofia de VD Anormalidade cardíaca mais comum em pacientes pediátricos EF: Sopro holossistolico localizado ao longo de toda borda esternal esquerda. Sinais e sintomas: ICC, irritabilidade, aumento do esforço respiratório, baixo ganho de peso, má alimentação. Exames: RX de tórax (hiperfluxo pulmonar, hipertensão pulmonar, shunts esq-dir), Ecocardiografia com Doppler (bidimensional), Cateterismo cardíaco, angiografia e ressonância magnética Tratamento: Depende da idade do paciente, tamanho do defeito, da gravidade dos sintomas e a anatomia do próprio defeito (membranoso ou muscular) Pode ocorrer fechamento espontâneo Objetivo: aliviar sintomas e promover crescimento normal. Medicamentos: diurético, inibidor de enzima conversora de angiotensina (reduzir a pós-carga) ( lasix/furosemida e digoxina ? Cirurgia: deve ter importante analise prévia. IMPORTANTE: Defeitos perimembranáceos associados a sintomas não controlados ou comprometimento do crescimento e desenvolvimento devem ser reparados rapidamente – 2 a 3 meses Sugere-se corrigir antes de atingir a idade escolar. Defeito do Septo Atrial (CIA ou DSIA) Shunt E(D com sobrecarga do AD/VD Defeitos do óstio primário (coxins endocárdicos) ou secundários (defeito na fossa/forame oval) Maioria assintomáticos, sendo que no período neonatal pode haver leve a moderada cianose Aumento da vascularidade pulmonar Ausculta: B1 hiperfonética + desdobramento de B2 Exames: ECG (ritmo sinusal, prolongamento de PR), Rx de tórax (aumento de área cardíaca + hiperfluxo pulmonar, formato triangular), Ecocardiografia (Diagnóstico). Tratamento: cirúrgico (com catéter ou toracotomia) * padrão de aumento de vascularidade pulmonar, que pode confundir com pneumonia. Obs: “coração triangular” é característico de CIA Persistência do Canal Arterial (PCA) Nascimento: O normal é o fechamento do CA devido à exposição ao O2 CA : só é considerado anormal se persistir após o nascimento Funcionalmente fechado no em 72 hs de vida e é estruturalmente selado em 3 m. Canal arterial entre aorta e artéria pulmonar Une o ramo esquerdo da a. pulmonar com a aorta descendente. Na vida fetal 90% do db do VD é canalizado para o CA, mantendo-se patente devido aos altos níveis de prostaglandinas (principalmente a PGE) O2: principal fator para o fechamento do canal após o nascimento Sinais e sintomas: O sopro cardíaco é descoberto incidentalmente em EF de paciente assintomático. O lactente pode ser mais suscetível a infecções de vias respiratórias baixas após infecção respiratórias altas iniciais, provavelmente devido à diminuição da complacência pulmonar associada a um aumento significativo no fluxo sanguíneo pulmonar Quadro clínico: Sopro sistólico irradiando para dorso, podendo ser contínuo. Associado a taquipnéia, apnéia ou cianose leve. A rubéola e outras infecções virais durante o primeiro trim da gravidez, frequentemente resultam em PCA. O estado socioeconômico mais baixo, resultando em nutrição perinatal inadequada, pode ser um fator predisponente. Exames: Rx tórax: cardiomegalia proporcional ao fluxo através do canal, Shunt esq-dir = insuf cardíaca, Ecocardio Tratamento de suporte: PCA grande (grandes sinais e sintomas de supercirculação pulmonar com dispneia e mesmo edema pulmonar franco): digoxina e diurético vigoroso Clínico: Medidas de suporte: Suporte resp, vasodilatadores e balanço hídrico, correção dist hidroelet. Cirúrgico: ideal de 3 - 6 m (Profilaxia para endocardite bacteriana). O TTO definitivo da PCA consiste na interrupção completa do fluxo sanguíneo através do canal arterial. A endocardite bacteriana é uma complicação. Coarctação Aorta (CoA) Estreitamento da junção do arco aórtico com a aorta descendente. 98% localizam-se após a emergência da artéria subclávia esquerda Constrição de um segmento da aorta Sintomas: Insuf Cardíaca, angústia resp e choque cardiogênico Sopro sistólico, clique de ejeção e até frêmito Cardiopatia canal dependente: SUSPENDER O2 Diagnóstico: Exame clínico: Diferenças de pulsos entre MMII e MMSS. Exames complementares: Rx tórax (Cardiomegalia, estreitamento no perfil), ECG, ECO, Arteriografia. *Localização mais frequente é no ponto de inserção do canal arterial, abaixo da subclávia esquerda. *Hipertensão em MMSS e hipotensão em MsIs quando avaliamos além do período de lactente. *Exame de rotina de RN: Verificar a palpação de pulsos, que podem estar presentes se houver uma grande permeabilidade do canal arterial *Caso o canal se contrair teremos sinais graves de descompensação cardíaca e o uso de prostaglandinas poderá promover a dilatação do CA, possibilitando a melhora clinica neste paciente até posterior TTO. Para manter PCA aberto: Evitar O2 Hidratação Prostaglandina EV Stent de canal arterial- umbrela Shunt cirúrgico Cirúrgico: Cateterismo terapêutico através de angioplastia com balão Exames: ECG de lactente com CoA é normal menos frequentemente, pois reflete defeitos anatômicos coexistentes (hipertrofia VD e até esquerda) Rx de tórax: cardiomegalia, ICC e aumento das tramas vasculares pulmonares Ecocardio: delineamento do defeito e do VE Tratamento: - Cirúrgico Cateterismo terapêutico através da angioplastia com balão é oferecido para pacientes com reestenose Endocardite (aneurisma micótico) é risco vitalício Aneurismas congênitos (10%) CIANÓTICAS Tatraloga de Fallot 6% dos lactentes nascidos com cardiopatia congênita, sua etiologia é obscura. CIV, Acavalgamento aórtico, Hipertrofia de VD e Estenose pulmonar infundibular Chances de malformações extracardíacas: Pode estar associada a lábio leporino, fenda palatina, hipospádia, malformações esqueléticas. VACTERL = vertebral, anal, cardíaca, traqueal, esofágica renal e membros CHARGE = anomalia cardíaca, atresia coana, retardo, anomalias genitais e auditivas. CIANÓTICA Sinais e sintomas: Cianose pode ser leve e indetectável em repouso, que pode se tornar aparente aos esforços, Dispnéia ao esforço e diminuição da tolerância ao exercício. Crises de tetralogia: cianose crescente, aumento frequencia e profundidade da respiração. Baqueteamento digital. Sopro sistólico de ejeção. * Acocoramento ou agachamento – aumento da resistência arterial sistêmica e aumento imediato na saturação de oxigênio arterial sistêmico ( melhora perfusão e saturação Exames: RX de tóraxAP: “Coração em bota” ECO: estimar gradiente pela via de saída do VD Cateterismo e angiografia: importantes para prognóstico cirúrgico (estenose da via de saída do VD e na artéria pulmonar) Tratamento clínico: Para as anormalidades não cardíacas: Correção de anemia ou policitemia, prevenção de infecções, nas crises hipoxêmicas: posição cócoras, oxigenioterapia, sulfato morfina. Correção de acidose metabólica e β bloqueador. Tratamento cirúrgico: Anastomose Blalock-Taussig: término-lateral entre a. subclávia e a. pulmonar “Modificada”: interposição de um tubo sintético entre a a. subcl. e a. pulm. Risco de endocardite bacteriana CONSIDERAÇÕES FINAIS: - Diagnóstico precoce: Prever a possível evolução clinica e evitar complicações - Principais sinais para suspeitar de cardiopatia congênita: sopro cardíaco, cianose, taqui/dispneia e arritmia cardíaca
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