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CIDADES SUSTENTÁVEIS O que são cidades? Aglomeração humana localizada numa área geográfica circunscrita e que tem numerosas casas, próximas entre si, destinadas à moradia e/ou a atividades culturais, mercantis, industriais, financeiras e a outras não relacionadas com a exploração direta do solo. O termo "cidade" é geralmente utilizado para designar uma dada entidade político-administrativa urbanizada. Estima-se que a cidade mais antiga do mundo e ainda ocupada por uma população é a cidade de Jericó, na Cisjordânia. Em um sítio arqueológico localizado a meio quilômetro da cidade atual, foram encontradas ruínas de uma muralha datada de 8.000 a.C. 54 por cento da população mundial vive em áreas urbanas ; A Ásia aloja 53 por cento da população urbanizada a nível mundial, seguida da Europa com 14 por cento e a América Latina e nas Caraíbas com 13 por cento. Urbanismo Definição: o saber e a técnica da organização e da racionalização das aglomerações humanas, que permitem criar condições adequadas de habitação às populações das cidades. O modo de vida característico das cidades. O urbanismo é então a disciplina que procura entender e solucionar os problemas urbanos. O termo urbanismo é relativamente recente, e segundo G. Bardet este termo surgiu pela primeira vez em 1910. No entanto, conforme BENEVOLO (1971) pode-se dizer que o urbanismo moderno nasceu até mesmo antes de se utilizar este termo, isto é, entre 1830 e 1850. A cidade industrial neste período é caracterizada pelo congestionamento e pela insalubridade sem um sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário e sem coleta de lixo atendendo à população de operários, surgem epidemias difíceis de serem controladas, além de doenças que prejudicam a população como um todo. Esta cidade é construída pela iniciativa privada, buscando o máximo lucro e aproveitamento, sem nenhum controle. Surge então a necessidade de uma ação pública, ordenando e propondo soluções que até o momento eram implementadas apenas pelo setor privado, com objetivos individuais, de curto prazo e em escala reduzida. É desta época o urbanismo sanitarista, com preocupação básica de melhorar as condições de salubridade nas cidades, coordenando a iniciativa privada, com objetivos públicos e gerais. Em Londres observa-se um grave problema de poluição no Tâmisa, a captação de água se faz no mesmo rio aonde são despejados os esgotos, sendo este fato uma causa permanente de epidemias. Para controlar e evitar os graves problemas de saúde pública observados, em 1848 é aprovada a primeira lei sanitária, a Public Health Act. Esta lei é a precursora dos Códigos Sanitários Brasileiros. Esta legislação é a base de todas as demais que procuram atuar no espaço urbano garantindo condições de salubridade: abastecimento de água e controle de sua potabilidade, canalização de esgotos, drenagem de áreas inundáveis, abertura de vias e vielas sanitárias. Com preocupações sanitárias foram reurbanizadas várias cidades industriais inglesas: Londres, Manchester, Liverpool, Birmingham, Leeds. As leis sanitárias evoluíram para uma legislação especificamente de natureza urbanística, definindo as densidades, critérios para a implantação de loteamentos, distância entre edificações, seus gabaritos de altura, e até a característica de cada edificação, isto é, espaços, aberturas e materiais a serem empregados. Os regulamentos urbanísticos atualmente existentes, as leis de zoneamento, uso e ocupação do solo e os códigos de edificações, tem corno origem esta preocupação sanitarista de se criar um ambiente salubre e adequado. A cidade moderna tem se deixado levar em demasia pelas prioridades definidas, pelo tráfego. Para alguns, o tráfego é primordial e a sua solução deve orientar todas as outras soluções urbanas. Esse crescimento urbano produz tanto problemas nos núcleos centrais, quanto nas periferias das cidades que sofrem com a falta de acessos e de transporte coletivo. Toda ordenação espacial é questionável se não existir uma adequada acessibilidade, meios de transporte público eficazes e uma rede viária capaz e inteligentemente planejada para atender toda a demanda necessária. (GOITIA, 1992) Questiona-se qual o urbanismo adequado para esta cidade moderna, principalmente nas cidades dos países em desenvolvimento. O termo urbanismo é quase que empregado exclusivamente nas situações onde irá se desenhar ou projetar uma nova cidade, a partir de um espaço desocupado e vazio. Esse fato não ocorre, especialmente nos países em desenvolvimento, onde se procura uma ação urbana sobre o existente, com recursos limitados e com todas as condicionantes de natureza social e política, Nessa direção, a ação urbana cada vez mais distancia-se do urbanismo clássico para aproximar-se de um entendimento da cidade enquanto um empreendimento. A cidade enquanto empreendimento deverá satisfazer às necessidades individuais e coletivas dos vários setores de sua população; para tanto deve-se articular recursos humanos, financeiros, institucionais, políticos e naturais para sua produção, funcionamento e manutenção. A este processo dirigido para operar a cidade, dá-se o nome de gestão urbana. Urbanismo Sustentável Construção sustentável Mobilidade Sustentável Prevenção de desastres Construção Sustentável Na busca de minimizar os impactos ambientais provocados pela construção, surge o paradigma da construção sustentável. No âmbito da Agenda 21 para a Construção Sustentável em Países em Desenvolvimento, a construção sustentável é definida como: "um processo holístico que aspira a restauração e manutenção da harmonia entre os ambientes natural e construído, e a criação de assentamentos que afirmem a dignidade humana e encorajem a equidade econômica". No contexto do desenvolvimento sustentável, o conceito transcende a sustentabilidade ambiental, para abraçar a sustentabilidade econômica e social, que enfatiza a adição de valor à qualidade de vida dos indivíduos e das comunidades. A construção e o gerenciamento do ambiente construído devem ser encarados dentro da perspectiva de ciclo de vida. Mobilidade Sustentável A questão da mobilidade urbana surge como um novo desafio às políticas ambientais e urbanas, num cenário de desenvolvimento social e econômico do país, no qual as crescentes taxas de urbanização, as limitações das políticas públicas de transporte coletivo e a retomada do crescimento econômico têm implicado num aumento expressivo da motorização individual (automóveis e motocicletas), bem como da frota de veículos dedicados ao transporte de cargas. Em outras palavras, o padrão de mobilidade centrado no transporte motorizado individual mostra-se insustentável, tanto no que se refere à proteção ambiental quanto no atendimento das necessidades de deslocamento que caracterizam a vida urbana. A resposta tradicional aos problemas de congestionamento, por meio do aumento da capacidade viária, estimula o uso do carro e gera novos congestionamentos, alimentando um ciclo vicioso responsável pela degradação da qualidade do ar, aquecimento global e comprometimento da qualidade de vida nas cidades (aumento significativo nos níveis de ruídos, perda de tempo, degradação do espaço público, atropelamentos e stress). Prevenção de desastres O Programa de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres prevê o mapeamento das áreas ambientalmente frágeis – geralmente áreas de preservação permanente definidas pelo Código Florestal – e o seu monitoramento, de forma a tornar efetivos o controle e fiscalização sobre as ocupações inadequadas de áreas de risco e a implementação das leis ambientais e urbanísticas. O sucesso do Programa, especialmente em áreas urbanas, depende diretamente de iniciativas da instância de poder municipal, tanto nas ações de resposta aos desastres – alerta, socorro,assistência às vítimas e reconstrução de áreas atingidas - quanto nas ações preventivas diretamente relacionadas às competências municipais sobre o planejamento e gestão do desenvolvimento urbano No que se refere aos investimentos em intervenções estruturais de caráter preventivo, cabe destacar: o manejo adequado das águas pluviais mediante novos parâmetros para os projetos de drenagem; a implantação rápida de usos adequados em áreas onde ocorreu remoção de moradias em situação de risco, evitando-se novas ocupações; e a criação de parques e áreas de esporte e lazer em APP de margens de rios. É importante a participação das comunidades na elaboração dos projetos e acompanhamento das intervenções para a sua valorização e sustentabilidade. O que é sustentabilidade? Sustentabilidade é uma característica ou condição de um processo ou de um sistema que permite a sua permanência, em certo nível, por um determinado prazo. Atualmente este conceito tornou-se um princípio segundo o qual o uso dos recursos naturais para a satisfação de necessidades presentes não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras. Este novo princípio foi ampliado para a expressão "sustentabilidade no longo prazo", um "longo prazo" de termo indefinido. CIDADES SUSTENTÁVEIS: As cidades sustentáveis são aquelas que adotam uma série de práticas eficientes voltadas para a melhoria da qualidade de vida da população, desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente. Buscar um melhor ordenamento do ambiente urbano primando pela qualidade de vida da população é trabalhar por uma cidade sustentável. Melhorar a mobilidade urbana, a poluição sonora e atmosférica, o descarte de resíduos sólidos, eficiência energética, economia de água, entre outros aspectos, contribuem para tornar uma cidade sustentável. • INDICADORES Ações efetivas voltadas para a diminuição da emissão de gases do efeito estufa, visando o combate ao aquecimento global; Medidas que visam a manutenção dos bens naturais comuns. Planejamento e qualidade nos serviços de transporte público, principalmente utilizando fontes de energia limpa. Incentivo e ações de planejamento para o uso de meios de transporte não poluentes como, por exemplo, bicicletas. Ações para melhorar a mobilidade urbana, diminuindo consideravelmente o tráfego de veículos. *Fonte: Google Imagens • Principais práticas adotadas pelas cidades sustentáveis Ações efetivas voltadas para a diminuição da emissão de gases do efeito estufa, visando o combate ao aquecimento global; Medidas que visam a manutenção dos bens naturais comuns. Planejamento e qualidade nos serviços de transporte público, principalmente utilizando fontes de energia limpa. Incentivo e ações de planejamento para o uso de meios de transporte não poluentes como, por exemplo, bicicletas. Ações para melhorar a mobilidade urbana, diminuindo consideravelmente o tráfego de veículos. *Fonte: Google Imagens • Principais práticas adotadas pelas cidades sustentáveis Promoção de justiça social. Destino adequado para o lixo. Criação de sistemas eficientes voltados para a reciclagem de lixo. Uso de sistema de aterro sanitário para o lixo que não é reciclável. Aplicação de programas educacionais voltados para o desenvolvimento sustentável. Investimentos em educação de qualidade. Planejamento urbano eficiente, principalmente levando em consideração o longo prazo. Favorecimento de uma economia local dinâmica e sustentável. *Fonte: Google Imagens • Principais práticas adotadas pelas cidades sustentáveis Adoção de práticas voltadas para o consumo consciente da população. Ações que visem o uso racional da água e seu reaproveitamento. Práticas de programas que visem a melhoria da saúde da população. Criação de espaços verdes (parques, praças) voltados para o lazer da população. Programas voltados para a arborização das ruas e espaços públicos. *Fonte: Google Imagens Cidades sustentáveis: Reykjavík (Islândia) - a capital da Islândia é considerada a cidade mais sustentável do mundo. A energia é produzida por hidrelétricas e usinas geotermais. O sistema de transporte coletivo opera com ônibus “verdes” que utilizam hidrogênio como combustível. E o ar por lá é considerado tão puro que atrai turistas de diversas partes interessados em conhecer o sistema de sustentabilidade da cidade. Cidades sustentáveis: Portland (Estados Unidos) - O modelo das cidades estadunidenses normalmente traz avenidas largas, com amplo espaço para os carros. Portland, porém, investe em alternativas mais sustentáveis, como ciclovias e ferrovias. A cidade também se comprometeu a reduzir a emissão de gases poluentes e passou a utilizar apenas materiais sustentáveis em suas construções. É lá também que está o Tom McCall Waterfront Park, construído em uma rodovia fechada, que se tornou ponto focal de renovação do centro da cidade.. Cidades sustentáveis: Portland (Estados Unidos) - O modelo das cidades estadunidenses normalmente traz avenidas largas, com amplo espaço para os carros. Portland, porém, investe em alternativas mais sustentáveis, como ciclovias e ferrovias. A cidade também se comprometeu a reduzir a emissão de gases poluentes e passou a utilizar apenas materiais sustentáveis em suas construções. É lá também que está o Tom McCall Waterfront Park, construído em uma rodovia fechada, que se tornou ponto focal de renovação do centro da cidade.. Cidades sustentáveis: Malmo (Suécia) - Malmo não é famosa apenas pelos inúmeros jardins e parques que se espalham pela cidade. O desenvolvimento urbano sustentável também é uma característica marcante. Apesar de ser uma das maiores cidades da Suécia, quase não há congestionamentos: são 425 km de ciclovias. Cidades sustentáveis: Vancouver (Canadá) - A cidade que em 2010 foi sede das Olimpiadas de Inverno adotou a sustentabilidade como lema e levou a ideia a sério: as medalhas entregues aos atletas foram feitas de restos de metal jogados fora. Mas não é só isso. O conceito de sustentabilidade está presente em Vacouver há bastante tempo – 90% da energia da cidade é produzida por meio de ondas, vento, painéis solares e hidrelétricas. Cidades sustentáveis: Curitiba (Brasil) - já recebeu inúmeros títulos relacionados ao assunto e é listada como “cidade verde” ao lado de modelos como Copenhagen, Oslo, Amsterdã, Madri, Estocolmo, Vancouver e Portland. Considerada uma das dez cidades mais sustentáveis do mundo, com 64,5 m² de área verde por habitante, possui a melhor qualidade do ar do país, segundo a OMS. São 36 espaços urbanos de preservação, configurados em parques e bosques, o que explica ter sido selecionada como a segunda do ranking mundial de equilíbrio ambiental. Exemplos de cidades com práticas sustentáveis no Brasil: João Pessoa - destaque na proteção de áreas ambientais. Extrema - preservação de áreas protegidas e conservação das águas. Paragominas - combate ao desmatamento. Santana do Paranaíba - cooperativa de catadores. Londrina - eficiente programa de coleta seletiva do lixo. Exemplos de cidades com práticas sustentáveis no Mundo: Barcelona (Espanha) - mobilidade urbana e grande uso de energia solar. Copenhague (Dinamarca) - excelente na infraestrutura para o uso de bicicletas. Freiburg (Alemanha) - programas eficientes voltados para o uso racional de veículos automotores. Amsterdã (Holanda) - mobilidade urbana. Viena (Áustria) - prioridade para a compra de produtos ecológicos por parte da prefeitura. Zaragoza (Espanha) - sistema eficiente voltado para a economiade água. Thisted (Dinamarca) - 100% de uso de energia sustentável. Cidades mais poluidoras do mundo 1º Lugar: Linfen, China Linfen localiza-se na porção nordeste do território chinês, na província de Shanxi, e foi apontada como a cidade mais poluída do planeta. A principal fonte de poluição na cidade é a produção de carvão mineral, que emite uma enorme quantidade de pó no ar, poluição essa que, em virtude de sua elevada densidade, encontra dificuldade de se dispersar na atmosfera. 2º Lugar: Tianjin, China A cidade de Tianjin apresenta elevados índices de poluição atmosférica em função da grande produção de chumbo no local, que é responsável por mais da metade da fabricação chinesa desse material. A cidade, localizada na província de Anhui, é considerada 8,5 vezes mais poluída do que o máximo aceito pelas entidades chinesas de saúde. Além do ar, os solos e os rios também estão comprometidos, e quase 150 mil pessoas afirmaram ter sofrido contaminação por chumbo. 3º Lugar: Sukinda, Índia Essa cidade possui 97% das reservas minerais de cromo da Índia. No local, realiza-se a mineração desse elemento sem uma regulação ambiental, poluindo o ar, os solos e a única fonte de água potável da cidade e região circundante: o rio Brahmani. 4º Lugar: Vapi, Índia A cidade de Vapi tornou-se poluída em função de seu parque industrial que, normalmente, não respeita as normativas ambientais, gerando um elevado grau de agressão ao meio ambiente. A população sofre com constantes problemas relacionados com intoxicação, além de câncer de garganta e outras enfermidades causadas pela contaminação dos escassos recursos hídricos disponíveis. O lençol freático é 96 vezes mais poluído do que o máximo permitido pelas autoridades de saúde, o que atinge também a agricultura. Cidades mais poluidoras do Brasil 144º. Região Metropolitana do Rio de Janeiro/RJ 204º. Região de Cubatão/SP 267º. Região de Campinas/SP 268º. Região Metropolitana de São Paulo/SP 360º. Região Metropolitana de Curitiba/SP 574º. Região de São José dos Campos/SP Fonte: http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/as-cidades-mais-poluidas- no-brasil-e-no-mundo.html REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Cidades Sustentáveis WRI BRASIL http://www.wribrasil.org.br/pt/o-que-fazemos/topicos/cidades- sustent%C3%A1veis ; http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2016/posts/janeiro/os-10-paises-mais-sustentaveis-do- mundo-em-2016 http://www.oecocidades.com/dez-cidades-sustentaveis-do-mundo/ http://www.cidadessustentaveis.org.br/noticias/confira-cinco-cidades-que-sao-exemplos-de- sustentabilidade http://www.curitibacvb.com.br/noticia/curitiba-conhecida-mundialmente-pela-sustentabilidade Ministério do Meio Ambiente: http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/urbanismo-sustentavel
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