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Apostila de Dicas 100 tributario.pdf

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Prof. Pedro Barretto 
Pioneiro no sistema de COACHING no Exame de Ordem 
 
Coach PB – Prof. Pedro Barretto – Há 15 anos fazendo a diferença! Página 1 Instagram: 
@pedrobarrettoportalf3 
 
 
Dicas Especiais 
Prof. Pedro Barretto – COACH PB 
XXVIII EXAME DE ORDEM – 1ª FASE 
 
BLOCO I – ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS: PARTE I 
DICA 1: O nosso atual Sistema Tributário conta com cinco espécies de tributos, a saber: 
IMPOSTOS, TAXAS, CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA, EMPRÉSTIMOS 
COMPULSÓRIOS e CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS. Na nossa Constituição, os 
Impostos são mencionados no art.145, I e disciplinados nos arts.147, 153, 154, 155 e 156, 
havendo ainda regrinhas importantes de repartição das receitas tributárias por eles 
geradas nos arts.157 a 162. As Taxas são previstas no art.145, II e §2º e as Contribuições 
de Melhoria no art.145, III. Os Empréstimos Compulsórios aparecem no art.148 e as 
Contribuições Especiais nos arts.149 e 149-A, merecendo ainda atenção o art.177,§4º, o 
art.195 e o 212,§5º. No Código Tributário Nacional – CTN as espécies tributárias são 
disciplinadas nos arts.15 a 82 (no art.15 aparecem os Empréstimos Compulsórios; do art.16 
ao 76 estão os Impostos; as Taxas nos arts.77 a 80 e as Contribuições de Melhoria nos 
arts.81 e 82), e alguns desses artigos, escritos em 1966, estão totalmente ou parcialmente 
não recepcionados pela Constituição, ao passo que outros precisam passar por uma 
filtragem constitucional para que possa fazer a leitura adequada adaptando-os à realidade 
normativa imposta após a Constituição de 1988. 
DICA 2: A mais importante de todas as espécies tributárias é o imposto. Quanto aos 
impostos, eles podem ser agrupados em três “famílias”: impostos “ordinários”, impostos 
“residuais” e impostos “extraordinários de guerra”. 
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Coach PB – Prof. Pedro Barretto – Há 15 anos fazendo a diferença! Página 2 Instagram: 
@pedrobarrettoportalf3 
 
DICA 3: Os impostos “ordinários” são os que o Constituinte disponibiliza aos entes 
federativos para que utilizem no seu dia a dia como principal via de captação de receitas 
para o custeio de suas despesas. A União possui sete impostos ordinários, previstos no 
art.153 (Imposto de Importação – II, Imposto de Exportação – IE, Imposto de Renda – IR, 
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, Imposto sobre Operações Financeiras – 
IOF, Imposto sobre propriedade Territorial Rural – ITR, e, por fim, o Imposto sobre 
Grandes Fortunas – IGF (dos setes, apenas esse último ainda não foi instituído, 
dependendo-se de uma lei complementar para definir o que são “grandes fortunas” para 
que então se possa criar esse imposto). Os Estados e o Distrito Federal recebem no 
art.155 a titularidade de outros três impostos ordinários: Imposto sobre Transmissão 
Causa Mortis e Doação – ITCMD, Imposto sobre Operações de Circulação de 
Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Intermunicipal ou Interestadual e 
Comunicação – ICMS e, por fim, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores 
terrestres – IPVA (destacando-se aqui que o Distrito Federal, além desses três impostos, é 
titular também dos três impostos ordinários de competência municipal, conforme a regra 
especial de “competência cumulativa tributária” do art.147, CRFB/88). Por fim, os 
Municípios também titularizam três impostos ordinários, quais sejam, o Imposto sobre 
Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU, o Imposto sobre Transmissões inter 
vivos e onerosas de Bens Imóveis e de direitos reais relativos a imóveis exceto os de 
garantia – ITBI. Quanto a esses impostos ordinários registre-se que caso voltem a existir 
territórios federais no Brasil a União, além de cobrar os seus impostos ordinários federais, 
assume competência cumulativa em relação aos impostos estaduais, e se por ventura o 
território não for dividido em Municípios ocorrerá ainda a cumulação dos impostos 
municipais, ficando a União com a competência sobre todos os impostos ordinários nesses 
casos de eventuais territórios não divididos em Municípios. Ao contrário, se o eventual 
território federal criado for dividido em Municípios, cada Município cobra seus impostos e 
a União cumulará apenas os impostos estaduais com os federais (art.147, CRFB/88). 
 Esse rol de impostos ordinários pode ser aumentado a qualquer tempo, possuindo 
a União de forma exclusiva a chamada competência residual, prevista no art.154, I, 
CRFB/88, que faculta a possibilidade de criação de novos impostos além dos trezes 
ordinários já oferecidos pelo constituinte. Para criar tais impostos, chamados de impostos 
“residuais”, só poderá fazê-lo mediante lei complementar (nunca por lei ordinária, lei 
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delegada ou medida provisória) e ditos impostos deverão ter fato gerador e base de 
cálculo diferente dos já previstos na Constituição além de se submeterem, se for o caso, 
ao princípio da não cumulatividade (art.154, I, CRFB/88). Caso criados impostos 
residuais, 20% de sua receita se destina aos Estados (art.157, II, CRFB/88). 
 Por fim, lembre-se que em caso de guerra externa acontecendo ou na sua 
iminência a União é autorizada, ainda, a instituir temporários impostos de caráter 
extraordinário para suprir as despesas geradas com o envolvimento na guerra. São os 
chamados Impostos Extraordinários de Guerra, previstos no art.154, II da Constituição 
e que podem ser instituídos por mera lei ordinária (não se exigindo lei complementar), ou, 
até mesmo, por medida provisória, vide a inequívoca relevância e urgência do feito. 
DICA 4: TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA – As taxas e contribuições de 
melhoria são tributos que guardam muitos traços comuns, a listar: ambos são tributos que 
podem ser criados pelos quatro entes federativos, razão pela qual são chamados de tributos 
de “competência comum”; ambos são criáveis por mera lei ordinária (regra geral!), não 
sendo necessário lei complementar para sua criação; ambas para serem cobradas se 
submetem, em regra, ao procedimento chamado lançamento “direto” ou “de ofício”, 
assim como a CIP, o IPTU e o IPVA; por fim, ambos são tributos vinculados, já que para 
cobrá-los o ente federativo se vincula ao dever de fornecer uma contraprestação específica 
ao sujeito passivo que será tributado. 
DICA 5: CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA – A contribuição de melhoria é tributo 
que só pode ser cobrado em uma única hipótese: quando ocorre valorização em imóveis, 
decorrente de obras realizadas pelo poder público, sendo exatamente esse o seu fato 
gerador. Cuidado na prova: o fato gerador não é o simples feito de uma obra pública mas 
sim a valorização imobiliária decorrente da obra; se não houver valorização, não pode 
incidir o tributo, não há fato típico. Prestem atenção com uma habitual pegadinha: não 
incide contribuição de melhoria sobre obras de RECAPEAMENTO ASFÁLTICO 
(famosas obras de “tapa buraco”), pois não se gera qualquer melhoria aos imóveis com tais 
obras; não há valorização e sim mera reposição do prejuízo; os imóveis apenas voltam ao 
seu real patamar de valoração, que estava depreciado. Em tais obras não cabe cobrar o 
tributo!!! 
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DICA 6: CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: A base de cálculo para a cobrança da 
contribuição de melhoria é o quantum de valorização imobiliária se aufere; nesse viés, 
quem se valorizou mais, paga mais, e vice e versa. Não se pode utilizar como base de 
cálculo apenas o valor da obra, dividindo-o pro rata entre os sujeitos passivos; se a lei 
assim fizer, será INCONSTITUCIONAL, violando o Princípio da Isonomia. O sujeito 
passivo é o proprietário do imóvel valorizado. Existem três limites importantes a serem 
respeitados: o limite geral, pelo qual o ente que fez a obra não pode arrecadar, na soma de 
todas as contribuições de melhoria cobradas, um valor superior ao que gastou com a obra; 
o segundo limite é o limite individual pelo qual nenhum sujeito passivo vai pagar, 
individualmente, um valor superior ao benefício que auferiu; por fim, o último, o limite do 
pagamento anual, pelo qual ninguém será obrigado a pagar dentro do mesmo ano um 
valor superior a 3% do maior valor fiscal do seu imóvel. 
DICA 7: CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: Registre-se que a contribuição de 
melhoria até pode ser cobrada antes de concluída a obra, sem problemas, desde que em 
áreas nas quais se possa comprovar que já houve valorização nos imóveis por força da obra 
ainda não conclusa. Frise-se que o poder público é obrigado a publicar um edital prévio, 
antes do fim da obra, informando todos os detalhes sobre a mesma, sendo essa 
publicação requisito de validade para o cabimento da cobrança do tributo. 
DICA 8: TAXAS – As taxas só podem ser cobradas em duas hipóteses: de um lado, em 
razão do exercício do poder de polícia (quando almejam recuperar para os cofres públicos 
o valor gasto com o exercício do poder de polícia), quando são chamadas de taxas de 
polícia, e, do outro, quando são efetivamente prestados, colocados a disposição de um 
grupo de administrados, um serviço público específico e divisível (nessas situações, tem-
se a chamada taxa de serviço). É comum em provas que as bancas induzam cândidos a erro 
mencionando a cobrança de taxas para retribuir o custo suportado com a prestação de 
serviços públicos indivisíveis, o que não permite a cobrança de Taxa. Todas as vezes que 
certo ente federativo institui uma Taxa em razão de ter prestado serviços públicos 
indivisíveis essa taxa é inconstitucional, afinal, a Constituição só autoriza a cobrança desse 
tributo quando o serviço, além de específico é também divisível. Exemplos claros de taxas 
inconstitucionais em razão da indivisibilidade do serviço são os das Taxas cobradas em 
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razão de serviços de segurança Pública, Limpeza Pública e Iluminação Pública. Vale a 
leitura das Súmulas Vinculantes nº19 e 41 do STF, além da Súmula 670. 
DICA 9: TAXAS – As taxas de polícia podem ser cobradas desde que a Administração 
realmente exerça poder de polícia. Importante lembrar que para caber a cobrança da Taxa 
de Polícia não precisa que haja uma diligência fiscalizadora guiada presencialmente 
por um agente público dentro do estabelecimento do administrado fiscalizado; não. O 
STF aceita que o poder de polícia se exerce à distância, bastando à Administração provar 
que o órgão / autarquia fiscalizadores estão em regular funcionamento. Se estão 
funcionando, a presunção é que estão fiscalizando. Logo, cabe a Taxa de Polícia mesmo 
que sem ter ocorrido uma fiscalização presencial. O exemplo típico é o da Taxa de 
Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA que a União cobra para recuperar os custos 
da fiscalização que o IBAMA exerce sobre as indústrias potencialmente poluidoras do 
meio ambiente. 
DICA 10: TAXAS – As taxas de serviço tem como fato gerador a conduta do estado de 
colocar à disposição de um grupo de particulares um serviço público específico e divisível. 
Observe-se que os requisitos são cumulativos, tendo o serviço que ser, ao mesmo tempo, 
específico E divisível. O fato gerador é a disponibilização desse serviço, independente de o 
particular a quem o serviço é oferecido vir a usar efetivamente ou não (sendo mero usuário 
potencial). Por isso que alguns doutrinadores afirmam que o fato gerador é o uso efetivo 
ou potencial do serviço público específico e divisível efetivamente prestado ou colocado à 
disposição. Lembrem-se que alguns serviços públicos do dia a dia são flagrantemente 
indivisíveis, pelo que não se pode, em hipótese alguma, cobrar uma Taxa para recuperar o 
custo despendido na prestação desses serviços; é o caso clássico dos serviços de 
iluminação pública, o serviço de policiamento de ruas a, também o serviço de limpeza 
pública das ruas e praças. O mesmo se dá quanto às famosas Taxas de Segurança 
Pública, cobradas em razão dos serviços de segurança oferecidos à população pelo Estado. 
Em todos esses casos, caso seja instituída uma Taxa de Serviço, a mesma é 
inconstitucional, e os lançamentos feitos podem ser impugnados judicialmente, o que 
normalmente se faz por via de Mandado de Segurança, bastando que se haja dentro do 
prazo de 120 dias e que seja desnecessária a dilação probatória (requisitos de 
admissibilidade do MS). Registre-se que independente do uso do MS, sempre cabível o 
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manejo de ação de procedimento comum, que no caso, seria a típica e conhecida Ação 
Anulatória, para requerer a anulação da cobrança. 
DICA 11: TAXAS – Cuidado para não confundir o serviço de limpeza pública (varredura 
de ruas e praças; conservação genérica dos logradouros públicos) com o serviço de coleta 
de lixo domiciliar. Esse último, pode gerar o ato de taxação, sem problemas, pois é 
específico e divisível. É constitucional a Taxa de Coleta de Lixo Domiciliar, a qual não 
pode ser confundida com a ilícita Taxa de Limpeza Pública (também chamada de Taxa de 
Conservação de logradouros públicos). Muitas vezes o Município tenta fazer uma 
“cobrança casada” e exige numa única taxa a cobrança pelos custos com os dois serviços 
ao mesmo tempo, instituindo a chamada “Taxa de Coleta de Lixo e Limpeza Pública – 
TCLLP’, a qual é, inconfundivelmente, inconstitucional. Só é constitucional a taxa cobrada 
exclusivamente em razão do serviço de coleta de lixo domiciliar. Quanto ao tema, vale a 
leitura da Súmula Vinculante nº 19, STF. 
DICA 12: TAXAS – Quando se calcula o valor que cada sujeito passivo vai pagar na taxa 
que lhe é cobrada, é proibido que se utilize como base de cálculo de taxa uma que seja 
prórpia de imposto. Isso mesmo! Fiquem atentos com essa verdade na hora da prova: taxa 
não pode ter base de cálculo própria de imposto. Os tributos em comento tem finalidades 
diferentes, sendo que seria irrazoável utilizar as mesmas bases para calcular o modo de 
pagamento dessas duas exações fiscais. Logo, sem medo na prova: taxa não pode ter base 
de cálculo própria de imposto. Exemplo clássico a ser exemplificado é o da tentativa do 
governo federal de instituir Taxa sobre Licenciamento de Importação utilizando como 
Base de Cálculo o valor aduaneiro; não pode, é INCONSTITUCIONAL por violação 
ao art.145,§2º, CRFB/88. Registre-se, todavia, a outro giro, que essa verdade em nada 
afeta o uso (lícito!) da “metragem do imóvel” como base de cálculo de algumas taxas; 
nenhum problema. A “metragem’(tamanho!) do imóvel não é sinônimo de “valor”; o STF 
entendeu que a “metragem” não é por si só, base própria de imposto. A guisa de exemplo, 
a base de cálculo do IPTU é o “valor venal do imóvel”; o valor não se confunde com o 
tamanho. Logo, na prova, sem problemas, é possível utilizar como base de cálculo de uma 
taxa o tamanho do imóvel do sujeito passivo, e isso não fere a regra que veda a identidade 
entre a base de taxa e a de imposto. Quanto ao tema, oportuna a leitura da Súmula 
Vinculante nº 29, STF. 
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DICA 13: O STF entende que a Taxa Judiciária até pode ter como base cálculo o “valor da 
causa”, mas deve haver um teto, um limite, não pode ser qualquer valor, ilimitadamente, 
sob pena de se gerar, de um lado, um óbice ao acesso ao Judiciário, e, do outro, uma super 
arrecadação que configure enriquecimento ilícito do Poder Público. Logo, na cobrança da 
Taxa Judiciária, quando se adotar o valor da causa como base de cálculo, esse não 
pode ser ilimitado. Válida a leitura da Súmula 667, STF. 
DICA 14: EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS – Os Empréstimos Compulsórios são 
tributos de competência exclusiva da União, que só pode os instituir mediante lei 
complementar (vedado, a qualquer título, uso de medidas provisórias), e só podem ser 
instituídos em três hipóteses: a) para custear despesas com eventual guerra externa na 
qual o Brasil se envolva; b) para custear a recuperação de calamidades públicas; c) para 
custear a realização de investimentos públicos urgentes e que atendam a um relevante 
interesse nacional. Nesses três casos, a União pode, desde que se valendo de lei 
complementar, obrigar o povo a emprestar dinheiro para o custeio desses fins. 
DICA 15: EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS – Caso instituídos, podem incidir 
imediatamente, salvo nos casos de custeio de investimentos públicos urgentes e de 
relevante interesse nacional, situação em que ficam sujeitos às duas cláusulas 
temporais do princípio da anterioridade, só podendo ser exigidos no exercício 
financeiro seguinte e desde que já passados noventa dias a contar da publicação da lei. 
Logo, se for nos casos de guerra externa ou calamidade, INCIDÊNCIA IMEDIATA. 
DICA 16: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – As Contribuições Especiais são tributos 
que destinam recursos financeiros para um de quatro possíveis fins específicos, 
verdadeiramente “especiais”, escolhidos pelo Constituinte e afirmados de modo expresso 
no texto constitucional. O papel dessa espécie tributária é assegurar arrecadação própria 
para tais segmentos permitindo que os mesmos não tenham seu custeio dependente de 
recursos emanados da arrecadação de impostos. São tributos em que a receita é vinculada, 
afetada para cada um desses fins pré-determinados pelo constituinte, quais sejam: (i) o 
custeio das despesas do estado social (e aí surgem as chamadas Contribuições Sociais); 
(ii) o custeio das atividade federais de intervenção no domínio econômico (e aí surgem as 
Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE); (iii) a manutenção das 
entidades de classes profissionais (e aí surgem as Contribuições de Categorias 
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Profissionais ou Econômicas) e, por fim, (iv) o custeio da rede de iluminação pública das 
cidades (e aí surge a Contribuição de Iluminação Pública). 
DICA 17: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – As CIDES se afeiçoam como 
espécie do gênero “Contribuição Especial”. Se destinam a custear atividades que a União 
desenvolve e que se enquadram na noção de “intervenção no domínio econômico”. São 
tributos que podem ser criados por mera lei ordinária (seguem a regra geral), de 
competência exclusiva da União (regra geral das contribuições especiais – salvo a CIP e a 
contribuição previdenciária dos servidores efetivos quando o DF, Estados e Municípios 
possuem regime próprio de previdência social para esses servidores). Para serem cobradas, 
se utiliza em regra o lançamento por homologação (regra no sistema arrecadatório 
brasileiro – o sujeito passivo é obrigado a fazer o pagamento antes mesmo de ser 
notificado, no prazo fixado pela legislação, cabendo ao fisco, em momento posterior, 
homologar o pagamento que foi feito). 
DICA 18: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – A lei que vier a instituir a CIDE 
pode fixar tanto alíquotas ad valorem como específicas, não havendo qualquer restrição 
a uma ou outra modalidades. Registre-se ainda que as CIDES PODEM INCIDIR NA 
IMPORTAÇÃO, MAS NÃO INCIDEM SOBRE RECEITAS DECORRENTES DE 
EXPORTAÇÃO. Aplica-se, aqui, o mesmo rol de regras das Contribuições Sociais, que 
incidem na importação mas não incidem sobre receitas decorrentes da exportação. 
DICA 19: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – Existe uma CIDE que é perigosa, 
merece atenção: é a CIDE DOS COMBUSTÍVEIS, que incide sobre a comercialização 
de tais bens. Nessa CIDE: o fato gerador é a circulação de combustíveis, produzidos no 
Brasil ou vindos de fora; o sujeito passivo é quem comercializa; a receita é destinada a 
três fins (compreendidos na noção de “intervenção no domínio econômico”), quais sejam, 
a política nacional de transportes, os transportes de combustíveis (e especial os gasodutos e 
oleodutos) e os projetos de recuperação do meio ambiente (especialmente quanto aos danos 
decorrentes da atividade de exploração de petróleo e gás). 
DICA 20: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – A CIDE/COMBUSTÍVEIS 
apresenta uma exceção ao princípio da legalidade, no que tange à cláusula da “reserva 
legal”; as alíquotas da CIDE/COMBUSTÍVEIS podem ser REDUZIDAS e 
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RESTABALECIDAS por mero ato do Poder Executivo, não precisando de lei. 
Observe-se que não é permitido MAJORAR por ato executivo, e sim, apenas, reduzir, e, 
após, restabelecer (voltar a alíquota para o patamar que se encontrava antes da redução). 
Ocorrendo o ato de restabelecimento da alíquota, SÓ SE RESPEITA O PRAZO DA 
‘NOVENTENA”, não sendo necessário aguardar o exercício financeiro seguinte. 
DICA 21: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – A CIDE/COMBUSTÍVIS tem 
uma regra especial de repartição de receita tributária, de sorte a que a União só fica com 
71% da arrecadação, REPASSANDO 29% AOS ESTADOS / DF. Quando cada Estado 
Membro recebe sua parcela do repasse, fica obrigado a repassar um quatro do 
montante que recebeu aos seus Municípios (25% da parcela que cada Estado recebe será 
entregue aos seus Municípios). Observe-se que são regras de repartição da receita 
tributária arrecadada, não tendo nada a ver com delegação de competência (o que não 
existe no nosso Dir. tributário brasileiro); a CIDE, qualquer que seja o caso (inclusive no 
caso dos Combustíveis) é SEMPRE tributo de COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA 
UNIÃO. 
DICA 22: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – as 
Contribuições Sociais de Seguridade Social (são as que destinam recursos para SAÚDE, 
ASSISTÊNCIA SOCIAL e PREVIDÊNCIA SOCIAL), caso criadas ou majoradas, só 
respeitam a “noventena”, não precisando aguardar o exercício financeiro seguinte 
para que possam ser cobradas. Assimcomo nas majorações do IPI e nos casos de 
restabelecimento de alíquotas reduzidas da CIDE dos Combustíveis, caso se crie ou majore 
uma Contribuição de Seguridade Social, não se aplica a regra temporal do “exercício 
financeiro seguinte” emanada do Princípio da Anterioridade. Só é necessário obedecer o 
prazo de 90 dias. 
DICA 23: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – A 
Constituição autoriza cobrar contribuições para o custeio da seguridade social sobre quatro 
perfis de sujeitos passivos, razão pela qual se fala que existem quatro espécies de 
Contribuições “ordinárias” para a Seguridade Social (as que já estão previstas 
“ordinariamente” na Carta, de modo expresso), e, são elas: a) contribuições sobre os 
empregadores; b) contribuições sobre os trabalhadores e demais segurados da 
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previdência social; c) contribuições sobre as receitas dos concursos de prognósticos 
(jogos!); d) contribuições sobre os importadores. 
DICA 24: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – No que 
tange à incidência das Contribuições de Seguridade Social sobre os empregadores, elas 
incidem tanto sobre o empregador, sobre a empresa e sobre entidade a ela equiparada 
na forma da lei. 
DICA 25: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – No que 
tange à incidência das Contribuições de Seguridade Social sobre os empregadores, sobre 
a empresa e sobre entidade a ela equiparada na forma da lei, fundamental se lembrar 
que tais contribuições podem incidir tanto sobre a receita ou faturamento, como também 
sobre o lucro líquido e, ainda, sobre a folha de salários e demais rendimentos do 
trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, 
mesmo sem vínculo empregatício. 
DICA 26: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – Ainda 
sobre o custeio da Seguridade Social, quero chamar a atenção para duas imunidades 
tributárias: primeiro, frisar que não incidem contribuições previdenciárias sobre 
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de 
previdência social. Ou seja, os aposentados e pensionistas do RGPS são IMUNES à 
incidência de Contribuição Previdenciária. A segunda imunidade é: as entidades 
beneficentes de assistência social também são imunes à incidência de contribuições 
para o custeio da seguridade social. 
DICA 27: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – 
Fundamental lembrar que além das quatro modalidades de contribuições ‘ordinárias” de 
seguridade social já previstas na Carta, o constituinte expressamente autoriza que 
OUTRAS FONTES DE CUSTEIO PARA A SEGURIDADE SOCIAL POSSAM SER 
INSTITUÍDAS. Fiquem atentos, pois é o que se chama de COMPETÊNCIA 
RESIDUAL DA UNIÃO PARA INSTITUIR NOVAS CONTRIBUIÇÕES DE 
SEGURIDADE SOCIAL. Ou seja, a União pode instituir uma quinta, sexta, sétima, 
quantas queira, novas contribuições para custear a seguridade social. Todavia, fiquem 
atentos pois para criar Contribuições RESIDUAIS de Seguridade Social, SOMENTE 
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POR LEI COMPLEMENTAR. Nesse caso, é terminantemente vedado uso de medidas 
provisórias. 
DICA 28: CIP – A Contribuição de Iluminação Pública é um tributo admitido na 
Constituição, desde a EC 39/02, que criou o art.149-A. A CIP tem por natureza jurídica ser 
uma contribuição especial; se agregou às três espécies de Contribuições Especiais 
previstas desde 1988 no art.149 (Contribuições Profissionais, Contribuições de Intervenção 
no Domínio Econômico – CIDE) e passou a ser a quarta espécie de “contribuição especial” 
prevista na Constituição. Sua finalidade é gerar recursos para custear a rede de iluminação 
pública das cidades (ou do DF), sendo sua receita arrecadada totalmente afetada para esse 
fim. A CIP incide sobre o consumo de energia elétrica, sendo esse seu fato gerador, sendo 
normal inclusive que a cobrança do tributo seja feita junto com a fatura de consumo de 
energia elétrica; nessas situações, os Municípios (ou DF) fazem um simples convênio com 
a concessionária de energia elétrica e essa cobra a CIP junto com a “conta de luz”, 
repassando a arrecadação do tributo ao Município. 
DICA 29: CIP – A CIP é tributo de competência dos Municípios e do Distrito Federal. 
Cuidado na prova para não confundir e incluir os Estados; não! Somente os Municípios e o 
DF. A CIP quebra, portanto, a regra que apenas a União tem competência para instituir 
contribuições especiais. Tal regra só tinha uma exceção (os Municípios, o DF e os Estados 
que possuem regime próprio de previdência social para seus servidores públicos efetivos 
instituem a contribuição previdenciária a ser cobrada dos referidos servidores efetivos), 
ganhando a segunda por força da CIP. Na prova, lembre-se: somente os Municípios e o DF 
podem instituir Contribuição para o custeio da rede de iluminação pública (CIP). 
DICA 30: CIP - A CIP não se confunde com a velha (e inconstitucional!) TIP – Taxa de 
Iluminação Pública. Cuidado na prova: iluminação pública é serviço indivisível, não 
permite taxação. Exatamente por isso se fez uma emenda constitucional para permitir a 
cobrança de uma contribuição especial. Só se pode cobrar uma taxa de serviço quando o 
serviço público prestado, além de específico, é também, “divisível”, o que não ocorre na 
iluminação pública, que é flagrantemente serviço indivisível. Logo, é inconstitucional a 
cobrança de Taxa de Iluminação Pública – TIP (Súmula 670, STF e Súmula Vinculante 
41, STF), não obstante seja plenamente constitucional a cobrança da Contribuição de 
Iluminação Pública. 
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Por fim, lembremo-nos que a CIP é tributo criado por lei ordinária (regra geral!), 
que é cobrado mediante a técnica do lançamento de ofício (assim como ocorre nas taxas, 
contribuições de melhoria, IPTU e IPVA), tem como fato gerador o consumo de energia 
elétrica e para sua cobrança se utiliza como base de cálculo o valor do consumo da 
energia, de modo a que quanto mais se consome, mais se paga Contribuição para custear a 
iluminação das ruas. Por fim, é tributo regido pelo princípio da capacidade contributiva. 
BLOCO II – COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA, PRINCÍPIOS E IMUNIDADES 
DICA 31: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. Recordem-se que alguns tributos são de 
competência comum, podendo os quatro entes federativos instituí-los. É o caso das taxas 
e contribuições de melhoria. Alguns são de competência exclusiva da União, e falo aqui 
dos empréstimos compulsórios e das contribuições especiais, sendo que, quanto a 
essas, há duas exceções! Das quatro espécies de contribuições especiais, duas são 
realmente exclusivas da União (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico - 
CIDE e Contribuições Profissionais); todavia, no reino das contribuições sociais (mais 
uma das quatro espécies de contribuições especiais) temos uma exceção: os Estados, DF e 
Municípios que tiverem regime próprio de previdência para os seus servidores 
efetivos devem instituir a contribuição previdenciária desses servidores. Logo, a 
primeira exceçãoà exclusividade da União é essa, prevista no art.149,§1º, CRFB/88. A 
segunda exceção é a da Contribuição de Iluminação Pública – CIP, que é de 
competência dos Municípios e do DF. Cuidado, não vai marcar que a CIP é dos Estados, 
heim!!! Iluminação Pública é serviço de interesse local e está ligado ao urbanismo; logo, 
por dois motivos, competência municipal, e o DF cumula! Portanto, o que vocês estão 
vendo: as taxas e contribuições de melhoria são de competência comum da União, 
Estados, DF e Municípios; os empréstimos compulsórios e contribuições especiais são 
de competência exclusiva da União, ressalvada a CIP que é dos Municípios e DF e a 
contribuição previdenciária dos servidores públicos efetivos se houver regime próprio 
no DF, Estados e Municípios, caso em que esses entes é que cobrarão a contribuição. 
DICA 32: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – Quanto aos impostos, o macete é simples: 
basta lembrar quais são os três impostos ordinários dos Municípios e os três dos Estados (o 
DF cumula e fica com os seis); todo o resto é da União. Logo, lembrem-se: os Municípios 
instituem o IPTU, ITBI e ISS (art.156, CRFB/88); já os Estados instituem o ITD, ICMS 
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e IPVA (art.155, CRFB/88); o DF fica com os seis (competência cumulativa – art.147 c/c 
art.155). Todos os demais impostos são da União, sejam os outros sete impostos 
ordinários (II, IE, IPI, IOF, IR, ITR e IGF), vide art.153, CRFB/88, sejam os impostos 
residuais (art.154, I, CRFB/88) ou os impostos extraordinários de guerra (art.154, II, 
CRFB/88). 
DICA 33: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA / COMPETÊNCIA CUMULATIVA 
TRIBUTÁRIA – Lembrem-se que no Brasil não existem mais Territórios Federais, mas, 
caso existam, a União, nos mesmos, cumulará os impostos estaduais e, caso o Território 
não seja dividido e Municípios, ocorrerá também a cumulação dos impostos municipais. 
Cuidado pois se o Território for dividido em Municípios, por lógico, o próprio Município 
ficará com os impostos municipais, e, nesse caso, a União só cumulará os impostos 
estaduais com os federais. Falamos aqui da competência cumulativa da União nos 
Territórios (art.147, CRFB/88). 
DICA 34: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – COMPETÊNCIA RESIDUAL: Quanto 
à competência residual tributária, lembrem-se que a Carta nos arts.154, I e 195, §4º 
assegura que a União (e apenas ela!) poderá instituir tanto impostos residuais como 
contribuições de seguridade social residuais, e, em ambos os casos, somente por via de 
lei complementar, não cabendo lei ordinária nem medida provisória; impostos 
residuais terão que ter fato gerador e base de cálculo diferente dos impostos já previstos na 
Carta, idem quanto às Contribuições de Seguridade Social em relação às Contribuições de 
mesma natureza previstas na Constituição. E, se for o caso, terão também que respeitar a 
não cumulativa, técnica que, a priori, se aplica no IPI e no ICMS para combater 
enriquecimento ilícito na tributação. 
 DICA 35: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA / INDELEGABILIDADE – Recordemos 
também que A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É INDELEGÁVEL, ainda que o ente 
competente possa delegar duas das quatro capacidades que integram a competência. Ou 
seja, o ente competente pode delegar as capacidades tributárias de fiscalização e 
arrecadação, inclusive a particulares, o que, todavia, jamais permite crer que se delegou a 
titularidade sobre o tributo (competência), a qual, repito, é sempre indelegável. 
 
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PRINCÍPIOS GERAIS TRIBUTÁRIOS 
DICA 36: Quanto ao PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA, previsto no 
art.150, I, CRFB/88, lembrem-se que é aquele que foi idealizado para condicionar certos 
atos do Estado a uma prévia autorização popular, estabelecendo que os comportamentos da 
Administração devem ter respaldo na vontade do povo. É o povo, através da lei, construída 
com a participação dos seus representantes eleitos, que legitimará as mais importantes 
práticas do poder público. E no campo das relações tributárias não é diferente. Em razão de 
tal princípio se estabelece um rol de condutas e comportamentos da Administração 
Tributária que somente podem ser praticados por via de lei. Com a definição dessas 
atuações que só podem ser praticadas em virtude de lei, cria-se o campo da reserva legal 
tributária. 
DICA 37 Quanto à análise da chamada reserva legal tributária, pode-se afirmar que 
existem algumas medidas /atuações que somente em razão de lei se podem praticar, 
sendo veado ao Poder Executivo tais práticas, e são elas: a) criação, extinção, majoração e 
redução de tributos (ressalvadas algumas exceções a seguir comentadas); b) definição do 
fato gerador e do sujeito passivo do tributo; c) definição da base de cálculo, alíquota dos 
tributos; d) definição de infrações e cominação penalidades; e) estabelecimento das causas 
de suspensão, extinção e exclusão do crédito. Vale a leitura do art.97, CTN. 
DICA 38: Existem atuações que independem de lei e pode o Poder Executivo promovê-
las: a) criação de obrigações acessórias; b) modificação da data de recolhimento dos 
tributos; c) atualização monetária da base de cálculo dos tributos; d) majoração ou redução 
das alíquotas do II, IE, IPI e IOF; e) redução e restabelecimento das alíquotas da CIDE 
dos Combustíveis. 
DICA 39: Atenção com a majorações e reduções das alíquotas dos impostos extrafiscais. 
O STF, julgando precedente sobre o Imposto de Importação, entendeu que além de não ser 
necessário lei, também não seria necessário decreto do Presidente, podendo o Poder 
Executivo em toda sua estrutura, de acordo com a organização interna e distribuição de 
competências e atribuições, promover tais atos. Logo, o STF aceitou o ato da CAMEX que 
modificou as alíquotas do imposto de importação. 
 
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DICA 40: somente a lei pode criar, extinguir, majorar e reduzir tributos. Essa é a 
regra! Não se esqueçam que a regra para tal é no sentido de que bastará uma mera LEI 
ORDINÁRIA. É dizer: não obstante em alguns casos excepcionais o constituinte 
condicione a criação de tributos à necessidade de uma lei complementar, a regra é que 
realmente bastam leis ordinárias para dita instituição. 
DICA 41: Somente em quatro situações é que a Constituição exige LEI 
COMPLEMENTAR para que se possa ter a criação de tributos. É nos casos de 
empréstimos compulsórios, impostos residuais, contribuições residuais de seguridade 
social e no imposto sobre grandes fortunas, as quais necessariamente devem ser 
definidas nos termos de lei complementar. 
DICA 42: Salvo os quatro casos de lei complementar, os tributos realmente se criam por 
leis ordinárias, e, havendo relevância e urgência E NÃO SENDO CASO DE LEI 
CIMPLEMENTAR, é possível criar tributo por MEDIDA PROVISÓRIA. Mas nunca 
nos casos de tributos de LC, pois é vedada a edição de MP em matéria de LC. 
DICA 43: A Constituição no famoso art.146, III, ‘a’ determina que cabe a lei 
complementar estabelecer NORMAS GERAIS para a legislação tributária com a 
finalidade de DEFINIR O PERFIL DOS TRIBUTOS,e, em especial, quanto aos 
IMPOSTOS, DEFINIR O FATO GERADOR, BASE DE CÁLCULO E 
CONTRIBUINTE. Em momento algum o que se diz é que “lei complementar deveria 
criar os impostos” Não! O papel da LC é fazer as norma gerais, montando o perfil do 
imposto, para que então, dentro desse perfil, dentro das normas gerais, cada ente, por 
mera lei ordinária local, crie o seu imposto. Salvo as quatro exceções já comentadas, 
tributo se cria por lei ordinária, cabendo a lei complementar apenas definir as normas 
gerais que elaboram o perfil do tributo. 
DICA 44: Sobre o princípio da anterioridade e a cláusula da noventena, fiquem atentos 
pois em alguns casos o tributo criado/majorado incide imediatamente, não se aplicando 
qualquer das cláusulas temporais (nem a do “exercício financeiro seguinte” nem a do 
“mínimo nonagesimal”), a saber: incide na hora se for II, IE, IOF; EMPRÉSTIMO 
COMPULSÓRIO PARA GUERRA EXTERNA OU CALAMIDADE PÚBLICA; 
IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS DE GUERRA. Na prova, confiem, vocês só vão 
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marcar que incide na hora se for uma dessas hipóteses! Cuidado com a pegadinha dos 
empréstimos compulsórios para custeio de investimentos públicos urgentes de relevante 
interesse nacional; nesses, somente se pode cobrar no ano seguinte e respeitada também a 
noventena; ficam na regra geral, sem qualquer exceção (ex: se em 2012 o Governo aprova 
LC para criar empréstimo compulsórios para fazer investimentos em razão da Copa do 
Mundo, só poderá cobrar em 2013). Para incidir na hora, somente se for empréstimo para 
guerra externa ou calamidade. 
DICA 45: Cuidado com o IPI. Caso majorado o IPI, TEM QUE SER OBSERVADA A 
NOVENTENA!!! Só se aplica o IPI mais caro depois de 90 dias. Pode ate ser no mesmo 
ano, pois o IPI é exceção à regra do “exercício financeiro seguinte”, mas respeita a 
noventena. Recentemente, no último julgado de princípios tributários no Supremo, fim do 
ano passado, tivemos a questão do IPI MAJORADO NOS CARROS IMPORTADOS 
(ADIN 4661-MQ/DF), no qual tive a honra de ser citado elogiosa e carinhosamente pelo 
Ministro Celso de Mello em seu voto transcrito nos informativos do STF. Nesse 
julgamento o STF reafirmou que só se aplica o IPI majorado aos fatos geradores 
ocorridos 90 dias após a sua majoração. 
DICA 45: Assim como o IPI¸ também fica só na noventena, a situação das criações ou 
majorações de CONTRIBUIÇÒES DE SEGURIDADE SOCIAL. Se na hora da prova 
você ler na questão que foram criadas Contribuições de Seguridade Social (ou majoradas), 
que são as contribuições que destinam receitas para Saúde, Previdência e Assistência 
Social, marque sem medo a resposta que disser: só noventena! Ainda que no mesmo ano! 
Igual ao IPI. 
DICA 46: O último caso para você marcar só noventena é o dos restabelecimentos de 
alíquotas reduzidas nos combustíveis. Nesses dois casos expressamente previstos na 
Constituição, você marca só noventena. Falo dos restabelecimentos das alíquotas 
outrora reduzidas na CIDE DOS COMBUSTÍVEIS e no ICMS INCIDENTE SOBRE 
OPERAÇÒES QUE DESTINAM DE UM ESTADO PARA OUTRO 
COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DE PETROLEO, ICMS ESSE QUE INDICE NA 
ORIGEM DA OPERAÇÀO. Se cair na prova que as alíquotas haviam sido reduzidas, 
mas agora estão sendo restabelecidas, marque só noventena! 
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DICA 47: Por fim, atenção com os tributos que não respeitam a noventena mas 
respeitam a regra do 1º de Janeiro do Exercício Financeiro Seguinte. Somente em três 
caos marque na prova que a resposta é só primeiro de Janeiro, independente de 
noventena: majorações de imposto de renda, assim como majorações de BASE DE 
CÁLCULO de IPTU e IPVA. Cuidado com o IPTU e IPVA, pois para ter exceção à 
noventena e o gabarito dar “só primeiro de Janeiro” é apenas nos casos em que a 
majoração for pela base de cálculo. Se for majoração nas alíquotas de IPTU e IPVA, não 
há qualquer exceção e se aplica a regra geral (“ano que vem e noventena”). 
DICA 48: Quanto ao princípio da IRRETROATIVIDADE (amado pela Banca da FGV 
– o que mais caiu), lembrem-se: somente em três casos a lei tributária se aplica 
retroativamente, excepcionando-se o princípio da irretroatividade. São eles: a) leis 
benéficas em penalidade (desde que não tenha ocorrido pagamento ou coisa julgada; a lei 
benéfica não retroagirá, mesmo que benéfica, se já teve pagamento ou coisa julgada; a lei 
só retroage quanto a atos ainda não definitivamente julgados e se na houve extinção do 
crédito pelo pagamento da multa); b) leis interpretativas; c) leis que alterem aspectos 
meramente formais do lançamento (leis que mudam apenas o procedimento de “como 
lançar”, mas não mudam o “conteúdo” do que se lança). 
DICA 49: Lembrem-se que o princípio que veda a tributação desigual a contribuintes 
em situações equivalentes é o chamado princípio da ISONOMIA (art.150, II, 
CRFB/88). Da mesma forma, veda tributações iguais a contribuintes em situações 
econômicas diferentes. A finalidade do Princípio da ISONOMIA é evitar privilégios e 
discriminações e assim gerar a chamada justiça fiscal. 
DICA 50: O princípio da NÀO DISCRIMINAÇÀO PELA PROCEDÊNCIA OU 
DESTINO é aquele que, previsto no art.152, CRFB/88, ensina que os Estados, DF e 
Municípios não podem se discriminar uns aos outros pelo critério “localidade”. Esse 
princípio é muito importante no mundo do ICMS e do ISS, e busca evitar discrimine dos 
entes entre si, fortalecendo o federalismo. Por isso se fala que ele é um dos princípios que 
consagra o federalismo fiscal. 
DICA 51: O STF aplicou o princípio da NÃO DISCRIMIINAÇÀO PELA 
PROCEDÊNCIA OU DESTINO na famosa questão dos IPVA’s mais caros sobre carros 
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importados. Entendeu o STF que as leis estaduais eram inconstitucionais, pois estavam 
discriminando o IPVA em razão da origem. Apesar da nossa particular discordância, pois 
entendemos que o princípio em apreço não se aplicaria em ralação a outros países mas 
apenas em relação aos entes entre si, na prova,marque verdadeiro se afirmarem que o 
STF declarou inconstitucional utilização de alíquotas diferenciadas do IPVA em 
razão do critério “nacional x importado” e o fundamento foi suposta violação ao 
princípio da NÃO DISCRIMINAÇÀO PELA PROCEDÊNCIA OU DESTINO. 
DICA 52: O outro grande princípio de FEDERALISMO FISCAL, é o famoso 
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA DA TRIBUTAÇÃO FEDERAL 
(caiu no primeiro provão que a FGV fez, já faz tempo que não cai...pode cair!), que ensina 
que é vedado à União, quanto aos tributos federais, estabelecer tributos que não 
sejam uniformes em todo o território nacional. Ou seja, a estrutura do tributo federal 
será uma só em todo o país. Dessa forma, se a alíquota do IR for 27,5% para tal limite de 
renda, assim será em qualquer lugar do Brasil. Todavia, e muito cuidado agora, fiquem 
atentos pois isso não impede que a União conceda incentivos fiscais apenas em uma ou 
outra região, sempre que tais incentivos de caráter regional se justifiquem em prol da 
promoção da busca do equilíbrio federativo. Ouseja, é lícito que a União promova 
isenções e incentivos fiscais de caráter regional, especialmente nas regiões menos 
favorecidas, para fins de promover o desenvolvimento socioeconômico dessas regiões, 
buscando o equilíbrio federativo no país. 
DICA 53: Cuidado com o princípio da CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. A 
capacidade contributiva é uma qualidade que nem toda pessoa tem. É a qualidade que 
revela que a pessoa tem aptidão, tem condições, tem potencial para poder suportar a 
incidência dos impostos. Essa qualidade se revela quando pessoas praticam fatos/atos 
reveladores de riqueza (capacidade econômica).Quando essa riqueza externada supera o 
limite da reserva do mínimo existencial, nasce essa qualidade chamada capacidade 
contributiva em seus perfis, e assim ficam sujeitas à incidência dos impostos. Logo, a 
capacidade contributiva é uma qualidade que surge no perfil de algumas pessoas, 
quando elas revelam capacidade econômica acima da reserva do mínimo existencial. 
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DICA 54: Ainda sobre o princípio da capacidade contributiva, lembrem-se que é ele que 
fundamenta a incidência dos impostos. Não esqueçam nossa velha frase das alas de aula: 
“só se pode impor a alguém que contribua, se esse alguém tem capacidade de contribuir”. 
DICA 55: Não obstante a capacidade contributiva seja princípio que foi criado para 
legitimar os impostos, o STF JÁ ACEITOU, EM CARÁTER EXCEPCIONAL, A 
APLICAÇÀO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA NAS TAXAS, AINDA QUE 
NÃO SEJA O MAIS COMUM. Se cair na prova, certamente cairia o caso da CVM – 
Comissão de Valores Mobiliários, em que a lei utilizou como base de cálculo da Taxa 
da CVM a dimensão do patrimônio líquido das empresas fiscalizadas, e o STF, nesse 
precedente, não apenas aceitou como constitucional, como afirmou que em caos 
especiais como esse seria possível aplicar a CAPACIDADE CONTRIBUTIVA NAS 
TAXAS. 
DICA 56: Até mesmo nos empréstimos compulsórios e nas contribuições especiais o 
STF já reconheceu aplicação do princípio da capacidade contributiva. O último 
precedente foi o da CIP – CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA, de 
competência dos Municípios e do DF, que o Supremo entendeu que ao incidir sobre o fato 
gerador “consumo de energia elétrica” era constitucional, e afirmou pela aplicação da 
capacidade contributiva. 
DICA 57: É muito comum em prova se transcrever o art.145,§2º, CRFB/88 para embasar a 
capacidade contributiva. Esse dispositivo também indica o princípio da pessoalidade, 
da personalização. Logo, se você ler na prova a famosa frase “sempre que possível, os 
impostos terão um caráter pessoal e serão graduados de acordo com a capacidade 
econômica do contribuinte”, é desses princípios que se está falando. 
DICA 58: Sobre o PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO, a Carta, no art.150, IV, afirma 
que é vedado estabelecer tributo com efeito de confisco. Observem que o texto não fala 
que é vedado estabelecer “multa” confiscatória, mas apenas tributo. Todavia (atenção!!!), 
apesar de a Constituição não afirmar que é vedado estabelecer multas com efeito de 
confisco, O STF JÁ FIRMOU POSICIONAMENTO QUE MULTAS 
CONFISCATORIAS SÃO INCONSTITUCIONAIS, ferindo, também, o princípio da 
PROPORCIONALIDADE. Tenham atenção na pergunta feita!!! Se a questão falar 
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“segundo o texto constitucional”, pode ter certeza, marque sem medo, o gabarito é “é 
vedado tributo com efeito de confisco”. Se fizer alusão ao entendimento do STF, as 
multas confiscatórias também são proibidas e são inconstitucionais. 
DICA 59: O PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÂNSITO DE PESSOAS OU 
BENS, previsto no art.150, V, CRFB/88, veda que se possam cobrar tributos pelo simples 
deslocamento das pessoas de um ponto a outro, ou, da simples remessa de bens de um 
lugar a outro. Protege a liberdade de deslocamento. Todavia, tenham muita atenção, pois 
a Carta expressamente ressalva o pedágio. Na prova de vocês, o pedágio é constitucional 
e o STJ inclusive tem entendimentos de ser desnecessária a existência de via 
alternativa, apesar de toda a polêmica na doutrina sobre a necessidade de vias alternativas. 
Logo, na prova, é vedado cobrar tributo pelo ir e vir ou pelo simples ato de remessa de 
bens, mas é AUTORIZADO O PEDÁGIO. 
DICA 60: O ordenamento brasileiro não adota mais o princípio do solve et repet (solver 
e depois repetir – depositar e depois recuperar), que foi muito usado na época do 
regime militar e da Carta passada. Por esse princípio, se um contribuinte quisesse ajuizar 
uma ação anulatória para questionar o lançamento do tributo, teria que obrigatoriamente 
depositar o valor primeiro (solver), sob pena de inadmissibilidade da ação, para que, caso 
ganhasse ao final, levantar seu dinheiro de volta (“repetir” – mas não em dobro, apenas 
corrigido e atualizado!). No uso desse princípio, pessoas pobres e pequenos empresários 
não conseguiam acessar o Judiciário para questionar cobranças indevidas feitas contra eles 
e só os ricos que tivessem o dinheiro cobrado indevidamente para depositar conseguiam se 
defender. O STF entendeu que a fórmula “solve et repeat” é incompatível com a 
Constituição de 1988, a para proteger o direito de acesso ao Judiciário como livre e de 
todos (art.5º, XXXV), bem como o contraditório, ampla defesa e devido processo 
legal, declarou a inconstitucionalidade da exigência do depósito (Súmula Vinculante 
28). A consequência é que qualquer contribuinte pode ajuizar a ação sem fazer o depósito, 
o qual será meramente opcional e não uma condição de admissibilidade da ação. 
PRINCÍPIOS SETORIAIS TRIBUTÁRIOS: 
DICA 61: O IR – Imposto de Renda se sujeita a três princípios expressos na 
Constituição, quais sejam: PUG – Progressividade, Universalidade e Generalidade. Na 
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medida em que o valor da renda aumenta, a alíquota progride (progressividade); as rendas 
são tributadas independente de sua origem (universalidade das origens das rendas); 
qualquer pessoa que tenha renda se submete ao imposto (generalidade das pessoas). 
DICA 62: O IR – Imposto de Renda é também regido pelo princípio da 
PESSOALIDADE. Questões da vida pessoal de cada pessoa são levadas em consideração 
pelo legislador e interferem na definição do valor final do imposto a recolher. Dessa forma, 
a lei leva em consideração aspectos como números de filhos e dependentes, despesas com 
saúde e educação, etc, e permite que se façam deduções no valor a recolher. Ou seja, 
aspectos da vida pessoal de cada pessoa são valorados e interferem na definição do valor a 
pagar. Observem que pessoas com a mesma renda, podem pagar valores diferentes, face a 
esses aspectos pessoais. Percebam ainda que esses aspectos pessoais são ligados ao 
MÍNIMO EXISTECIAL de cada pessoa e de seus dependentes. 
DICA 63: O IR – Imposto de Renda é também regido pelo princípio do NON OLET, 
que é apenas uma especialização do princípio da Universalidade das origens das rendas. 
Pelo non olet se dá o “plus” afirmando-se que as rendas são tributadas ainda que as 
origenssejam ilícitas. O tributo incide independente do crime. A ilicitude “não fede nem 
cheira” para a tributação. 
DICA 64: O ICMS e o IPI são regidos por três princípios. São eles: princípio da 
TRANSPARÊNCIA FISCAL, assim como o princípio da NÃO CUMULATIVIDADE 
e também o princípio da SELETIVIDADE. 
DICA 65: Quando ao ICMS e IPI, atenção com o princípio da seletividade das 
alíquotas! No IPI a seletividade é OBRIGATÓRIA, já no ICMS a Constituição 
FACULTOU o uso da seletividade. O texto da Carta afirma que “O IPI SERÁ 
SELETIVO” e “O ICMS PODERÁ SER SELETIVO”. Como sabemos a “seleção” das 
alíquotas se dá em razão da essencialidade dos bens. Bens mais essenciais terão alíquotas 
menores, e bens mais supérfluos, alíquotas maiores. 
DICA 66: O princípio da TRANSPARÊNCIA, aplicável ao IPI e ao ICMS, TAMBÉM 
SE APLICA AO ISS! Na verdade, o princípio da Transparência Fiscal se aplica sempre 
que se tributam relações de consumo, seja na venda de mercadorias/produtos 
industrializados, seja na venda de serviços. Está positivado no art.150,§5º. Por esse 
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princípio, os fornecedores (contribuintes de direito – “de jure”) ficam obrigados a 
INFORMAR os consumidores (contribuintes de fato) qual foi a carga tributária 
repassada no preço do bem de consumo adquirido. 
DICA 67: O princípio da NÃO CUMULATIVIDADE se aplica ao IPI e ICMS; todavia, 
fiquem atentos, pois caso sejam criados IMPOSTOS RESIDUAIS a Carta determina 
que também se aplique o princípio da NÃO CUMULATIVIDADE aos eventuais 
impostos residuais (atualmente, ainda nenhum imposto residual foi criado, ainda que 
permitidos, desde que mediante lei complementar, no art.154, I, CRFB/88). 
DICA 68: O princípio da PROGRESSIVIDADE das alíquotas EM RAZÃO DO 
VALOR DA RIQUEZA REVELADA NO FATO GERADOR, além de se aplicar no IR 
se aplica também no IPTU. Prestem muita atenção pois somente no IR e no IPTU cabe 
a aplicação da progressividade em razão do valor da riqueza. Cuidado com o ITBI que 
é a grande pegadinha na prova. O ITBI não pode ser cobrado com alíquotas 
progressivas! 
DICA 69: Ainda sobre a progressividade de alíquotas em razão do valor das riquezas, 
atenção: em 1988 somente o IR poderia ser progressivo; o IPTU só foi autorizado por 
força da EC 29/00; até 2000, inconstitucional o IPTU progressivo. E reiterando o alerta da 
dica anterior, a EC 29/00 não autorizou ITBI progressivo, somente IPTU. O STF com 
as Súmulas 656 e 668 deixou claro que após a EC 29/00 o IPTU progressivo em razão do 
valor venal do imóvel é constitucional, mas o ITBI segue inconstitucional. 
DICA 70: Para encerrar sobre PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTAS, a 
progressividade ainda se pode dar por outro fundamento: a ilicitude no modo de usar o 
imóvel! E, nesses casos (IPTU e ITR), passa-se a falar na progressividade sanção! Nesse 
caso, a Carta prega que o IPTU pode ter alíquotas progressivas em razão do 
desrespeito à função social da propriedade assim como o ITR pode ter alíquotas 
progressivas em razão da improdutividade do imóvel rural. Nesses casos, costumamos 
falar em progressividade sanção e é normal se falar em prova que o ITR e o IPTU 
ASSUMIRAM UMA FUNÇÀO EXTRAFISCAL! 
 
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IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS 
 
DICA 71: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – Imunidade Tributária é expressão que 
utilizamos para indicar um perfil de benefício fiscal emanado da Constituição da 
República. Trata-se de importantíssimo instituto, o qual indica uma proteção gerada pelo 
constituinte em favor de certas pessoas. Ocorre sempre que no texto constitucional se 
edifica uma norma que proíbe a incidência de certo tributo sobre determinada situação da 
vida real. Tais normas constitucionais excluem a legitimidade para o exercício da 
competência tributária por parte do ente federativo, vedando que o tributo possa incidir, 
protegendo, portanto, as pessoas que ficam favorecidas pelo comando constitucional 
vedatório. Essas pessoas ficam “imunes” ao tributo, não podendo ser atingidas pelo 
mesmo. 
DICA 72: Lembremo-nos que quando falamos de uma imunidade tributária estamos nos 
reportando ao maior dos benefícios fiscais existentes no sistema jurídico. Não obstante 
existam outras categorias jurídicas de benefícios fiscais (isenções, anistias, remissões, etc), 
é indubitável que a “imunidade tributária” é reconhecida como a mais elevada dessas 
benesses, já que é o único que emana diretamente da Constituição, fonte suprema do nosso 
ordenamento. O instituto tem, portanto, viés constitucional, sendo essa sua essência. 
Imunidades não emanam de leis, tratados ou quaisquer outras fontes normativas 
infraconstitucionais mas sim e exclusivamente da Constituição do país. As imunidades 
tributárias decorrem de normas constitucionais proibitivas de incidência de tributos. 
Não se esqueçam: AS IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS EMANAM DO PODER 
CONSTITUINTE E TEM ORIGEM NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA! 
Derivam de normas constitucionais proibitivas do exercício da competência tributária, por 
via das quais o constituinte optou por proteger algumas pessoas e situações vedando que os 
entes federativos possam exercer suas competências tributárias, proibindo atos de 
tributação nos casos ali determinados. É comum se falar que ditas normas, ao proibirem a 
incidência de tributos nas situações por elas indicadas, definem hipóteses de não incidência 
tributária; são as hipóteses de não incidência tributária constitucionalmente 
qualificadas! 
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DICA 73: Curioso (e importante) destacar que a não obstante as imunidades tributárias 
emanem da Constituição, o constituinte não se refere a essa terminologia quando as gera. É 
dizer, se vocês fizerem uma leitura do texto constitucional constatarão que nele não se 
encontra a expressão “imunidade tributária”, a qual foi construída pela doutrina. E é 
simples entender a escolha dessa terminologia pelos estudiosos: é que quando o 
constituinte ergue uma norma proibindo que determinado tributo incida sobre certa 
situação, torna-se inviável a ocorrência da tributação naquele feito, já que nenhuma lei 
pode autorizar aquilo que o constituinte veda, ficando a situação protegida “imune” à 
possibilidade de incidência do tributo. E faz total sentido pensar dessa forma, afinal, se a 
Constituição estabelece que o tributo não pode incidir, qual outra fonte normativa poderia, 
indo contra, autorizar a incidência? Nenhuma. Nesse mister, corolário lógico é perceber 
que a situação protegida pela regra constitucional se torna “imune” à incidência do tributo, 
não podendo, pelo menos de maneira válida, ser por ele alcançado. Qualquer que seja a lei 
ou outra fonte que venha a autorizar que o tributo incida sobre situação para a qual a 
Constituição impôs proibição será nula de pleno direito, padecendo da mais hedionda das 
patologias jurídicas, a inconstitucionalidade material, não possuindo aptidão alguma para 
produzir efeitos de forma lícita. A situação alcançada pelo comando constitucional 
proibitivo, fica, de fato, imuneao tributo, ganhando uma imunidade tributária. A título de 
exemplo, reflitamos: o constituinte proibiu a incidência de ICMS e IPI nas exportações; 
logo, quando exportadores comercializam seus bens para o exterior, ditos impostos não 
podem incidir, já que de forma expressa o constituinte vedou. O que ocorre nesses casos? 
Ocorre que sempre que exportadores comercializarem seus bens para adquirentes no 
exterior estarão protegidos com a certeza jurídica absoluta da não tributabilidade relativa 
aos impostos mencionados, ficando imunes em relação aos mesmos. Nenhuma lei poderá 
autorizar o IPI e o ICMS sobre as exportações e caso autorize será inconstitucional, não 
produzindo qualquer efeito válido. A conclusão é que os exportadores, por força das 
referidas normas constitucionais, se tornaram imunes ao IPI e ao ICMS quando celebram 
operações de exportações de bens. 
 É como sempre digo nas aulas: “ter uma imunidade tributária significa possuir uma 
proteção gerada pelo constituinte que ao impor a proibição de incidência do tributo blinda 
o beneficiado com a impossibilidade jurídica que ser alcançado pelo mesmo”. 
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DICA 74: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS E O SEU POSICIONAMENTO NA 
CRFB/88 – Amigos, as imunidades tributárias podem ser alinhadas e estudadas em dois 
grandes blocos. De um lado, aquelas que se concentram dentro do art.150, VI, ínsitas no 
rol de alíneas elencadas no mencionado inciso; de outro lado, as que ficam fora desse 
dispositivo e aparecem esparsas em diferentes sítios constitucionais. 
 O art.150 da Constituição inaugura a Seção II do Sistema Tributário Nacional, 
chamada de “Das Limitações ao Poder de Tributar” e possui seis incisos, abrigando nos 
cinco primeiros uma série de princípios tributários gerais (Legalidade, Isonomia, 
Irretroatividade, Anterioridade, Não Confisco e Não Limitação ao Trânsito de pessoas ou 
bens) e no sexto e último inciso edifica um catálogo de normas imunizatórias, distribuídas 
em cinco alíneas desse art.150, VI. 
 No dispositivo em apreço o constituinte apresenta uma série de vedações, proibindo 
que os entes federativos promovam a incidência de impostos nas situações ali descritas. E 
aqui vale a pena chamar a atenção de vocês para esse precioso detalhe: as imunidades 
previstas no art.150, VI, CRFB/88 SÃO APENAS DE IMPOSTOS, não abrangendo 
outras espécies tributárias. Fiquem sempre atentos com esse apontamento nas provas pois 
não raro os Examinadores apresentam nas questões uma situação descrita no art.150, VI e 
trazem, exatamente nesse linear, afirmações falsas que podem induzir os candidatos a erro 
(ex: uma questão mencionando que certo Município está cobrando uma Taxa de uma 
entidade religiosa, hipótese que não goza de proteção constitucional, inexistindo imunidade 
tributária, já que, como dito, a imunidade prevista em favos dos templos religiosos de 
qualquer culto é apenas para impostos). 
 Sobre as situações imunizadas no referido dispositivo, teceremos comentários mais 
detalhados nas linhas a seguir. 
 Importante, todavia, registrar que existem outras normas constitucionais 
imunizantes fora do art.150, VI, esparsas ao longo do texto constitucional. E nesses 
dispositivos encontramos imunidades que não são apenas de Impostos mas, além desses, 
também de Taxas e de Contribuições Especiais. 
 Para orientar a leitura de vocês facilitando o caminho para que encontrem essas 
normas constitucionais que estabelecem imunidades tributárias fora do art.150, VI, tomem 
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nota dos seguintes dispositivos (em todos eles encontram-se normas que concedem 
imunidades tributárias): art.5º, XXXIV, XXXV, LXXVI, LXXVII; art.149,§2º, I; 
art.153,§3º, III e §4º, II; art.155, §2º, X, ‘a’, ‘b’, ‘c’, ‘d’ e §3º; art.156,§2º, I; art.185,§4º; 
art.195, II e §7º. 
DICA 75: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS DO ART.150, VI, CRFB/88 – Peço a 
atenção de vocês com o art.150, VI, CRFB/88, no qual se abrigam importantes 
imunidades de impostos (e apenas de impostos), as quais são chamadas ora de imunidades 
subjetivas e ora de imunidades objetivas, já que em suas cinco alíneas o referido inciso 
estabelece a vedação de incidência de impostos, ora sobre certas pessoas, ora sobre a 
circulação de certos bens. 
 Nas alíneas ‘a’, ‘b’ e ‘c’ encontram-se vedações de incidência de impostos sobre 
certas pessoas, sendo as imunidades ali fincadas concedidas em razão do perfil do sujeito 
(e por isso chamadas de “imunidades subjetivas”); já nas alíneas ‘d’ e ‘e’ do referido 
art.150, VI, fica vedada a incidência de impostos sobre a circulação de certos bens, sendo 
irrelevante a pessoa que promove a circulação, instituindo-se a imunidade em razão de 
perfil da coisa que circula, em atenção à importância do objeto (e nesses casos temos as 
chamadas “imunidades objetivas”). 
DICA 76: IMUNIDADES SUBJETIVAS DO ART.150, VI, CRFB/88 – Quanto às 
alíneas ‘a’, ‘b’ e ‘c’ do mesmo art.150, VI, temos pessoas, instituições, sendo protegidas 
pelo constituinte, em razão da importante atividade fim que desempenham. Opta o 
constituinte por protegê-las proibindo que os entes federativos possam fazer incidir 
impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços dessas pessoas, quanto dito patrimônio, 
renda e serviços são vinculados nas finalidades essenciais dessas instituições (importante a 
leitura do parágrafo quarto do art.150). 
 Na alínea ‘a’ a imunização é gerada em favor de pessoas de direito público, ficando 
vedado aos entes federativos se cobrarem impostos reciprocamente, naquilo que se 
convencionou chamar de “imunidade recíproca” entre os entes federativos, a qual se 
estende a algumas entidades por eles criadas e ínsitas no plano da chamada “Administração 
Indireta”, como autarquias e fundações públicas por eles mantidas, assim como 
empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviço público. 
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 Nas alíneas ‘b’ e ‘c’ o constituinte proíbe a incidência de impostos sobre pessoas de 
direito privado, particulares. Na alínea ‘b’ temos a imunidade religiosa em favor dos 
templos de qualquer culto (“igrejas”). Já na alínea ‘c’ aparecem outras pessoas 
importantes que também gozam da imunização constitucional, como os partidos políticos 
e suas fundações, as entidades sindicais de trabalhadores e as entidades de educação e 
assistência social sem fins lucrativos. O STF reconheceu a imunidade também par 
entidades de SAÚDE sem fins lucrativos. 
DICA 77: IMUNIDADES SUBJETIVAS E O ROL DE IMPOSTOS – Chamo a 
atenção de vocês para importante apontamento em relação às imunidades subjetivas das 
alíneas ‘a’, ‘b’ e ‘c’. Analisando a literalidade do texto constitucional pode-se perceber 
que, salvo quanto aos templos religiosos mencionados na alínea ‘b’, a Constituição, 
nas alíneas ‘a’ e ‘c’ apenas assegura a imunidade quanto a impostos sobre 
PATRIMÔNIO, RENDA E SERVIÇOS, não trazendo vedação expressa quanto à 
incidência dos demais impostos (estariam, assim, exclusos da abrangência literal, os 
impostossobre circulação – ICMS, IPI e IOF – e sobre comércio exterior – II, IE). Logo, 
quanto ao ICMS e os quatro impostos federais extrafiscais (II, IE, IPI e IOF), a Carta não 
assegura expressamente a imunidade, a qual para ser reconhecida impõe uma análise 
casuística, avaliando-se cada caso concreto nas suas particularidades para compreender se 
é devida ou não a interpretação extensiva do texto constitucional para fins de possibilitar a 
ampliação do alcance da imunização contemplando os impostos não abrangidos no texto. 
Já existiram precedentes em que o STF entendeu adequada a extensão da imunidade, 
ponderando o caso concreto e interpretando a Constituição na sua unidade dentro daquela 
realidade avaliada e reconheceu que naquelas situações específicas se o constituinte 
pudesse se manifestar ele concederia a imunidade para os demais impostos. 
DICA 78: IMUNIDADE RECÍPROCA –Normalmente as questões que são trabalhadas 
em provas sobre a imunidade recíproca do art.150, VI, ‘a’ e §§2º e 3º da CRFB/88 
indagam se os candidatos sabem para quais pessoas além da União, dos Estados, do DF e 
dos Municípios a imunidade se estende e para quais pessoas ela não tem extensão. Ou seja, 
passam pelo conhecimento específico sobre o fato de que a norma se aplica para proteger 
outras pessoas que atuam no exercício da atividade típica da Administração, não se 
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restringindo a imunização apenas para os próprios entes federativos, sabendo-se quem são 
essas pessoas favorecidas. 
 Os parágrafos segundo e terceiro do art.150 auxiliam na busca dessa resposta. O 
art.150, §2º assegura que a imunidade se estende para proteger autarquias e fundações 
públicas mantidas pelo poder público e o STF, já há muito tempo, dando expansão a tal 
comando vem reconhecendo a imunidade não apenas em favor das autarquias e fundações 
mantidas pelo poder público, aceitando a imunidade em favor das empresas públicas e 
sociedades de economia mista PRESTADORAS DE SERVIÇO EXCLUSIVO DE 
ESTADO, como é o caso da Casa da Moeda do Brasil, da INFRAERO e da Empresa 
Brasileira de Correios e Telégrafos, rol que passou a abranger também o SERPRO – 
Serviço de Processamento de Dados, empresa pública federal prestadora de serviços ao 
Poder Público (em Abril de 2018 o STF, julgando a ACO 2658 entendeu que o SERPRO 
faria jus à imunidade de ICMS quando prestava serviços de telecomunicações ao Poder 
Público, reconhecendo a extensão da imunidade recíproca, similarmente ao que já ocorria 
com a CMB, a INFRAERO e a ECT). 
 Peço, todavia, que tenham cuidado com essa informação, pois como regra as 
empresas públicas e as sociedades de economia mista não gozam de imunidade tributária, 
já que em regra desenvolvem atividade econômica, sendo exceção atuarem como 
prestadoras de serviços públicos. A imunidade tributária só será reconhecida se ficar 
provado que a empresa pública ou sociedade de economia mista realmente atuam como 
prestadoras de serviço exclusivo de estado; caso atuem como agentes econômicos 
competindo na livre iniciativa com os demais particulares, não gozam da imunidade, 
aplicando-se a proibição de concessão desse benefício fiscal prevista noart.150,§3º c/c 
art.173,§1º, II e §2º, CRFB/88. 
Por fim, lembremo-nos ainda que não cabe a imunidade para as concessionárias e 
permissionárias, que atuam no segundo setor explorando atividade econômica com fins 
lucrativos. Igualmente não se reconhece a imunidade recíproca para as entidades 
cartorárias. Incide normalmente o ISS sobre os preços arrecadados com a prestação dos 
serviços notariais e de registro. 
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DICA 79: IMUNIDADE RECÍPROCA E ALIENAÇÕES DE IMÓVEIS PÚBLICOS 
OU AO PODER PÚBLICO. 
 Importante registrar que quando certo bem público é alienado a particular, sendo o 
adquirente alguém para quem a CRFB/88 não concedeu o benefício da imunidade 
tributária, passam a incidir de imediato os impostos patrimoniais, já que não mais haverá 
razão para se falar em imunidade tributária relativa a tal imóvel. A partir do momento em 
que ele deixar de pertencer a uma das pessoas imunizadas e tem sua titularidade transferida 
para um novo proprietário que não goza da mesma benesse fiscal, fica autorizada a 
incidência tributária. A título de exemplo, imagine que você que nesse momento está lendo 
esse texto venha a adquirir um imóvel pertencente a uma autarquia federal ou estadual, ou 
a certo Estado membro da Federação ou à própria União. Configurada a sua aquisição, o 
imóvel deixa de ficar envolto pelo manto da imunidade tributária. Sendo onerosa a 
aquisição, incidirá normalmente o ITBI (imposto incidente em razão da transmissão 
onerosa e inter vivos do bem imóvel) assim como passará, a incidir também o IPTU, salvo 
hipótese de imóvel rural em que o imposto a incidir será o ITR. 
 Oportuno acrescer comentários quanto a uma situação envolvendo promessa de 
compra e venda de imóvel público. Durante a fase da promessa e antes de se celebrar a 
compra e venda definitiva, não pode ser cobrado o ITBI, já que não ocorre o fato típico 
para a sua hipótese de incidência pelo mero fato de se celebrar uma promessa de compra e 
venda (e também não ocorre quando se faz o registro da promessa). Importuno, todavia, 
informar que após a celebração da promessa, caso haja imissão na posse por parte do 
promitente comprador (o que normalmente ocorre, salvo situações verdadeiramente 
excepcionais), passa a incidir o IPTU (ou ITR caso se trate de imóvel rural) contra o 
promitente comprador. Ainda que não se tenha aperfeiçoado a aquisição da propriedade 
imobiliária (o que só ocorrerá quando se efetivar o registro da escritura da compra e venda 
definitiva – e não da promessa), já restará tipificada uma das hipóteses de incidência do 
IPTU (ou do ITR), qual seja, a posse com animus domini do bem imóvel (arts.29 e 32 do 
CTN). Ou seja, a partir da imissão na posse do bem após a celebração da promessa o 
promitente comprador passa a praticar, com o seu comportamento possessório, fato 
gerador da obrigação tributária referente aos impostos reais em apreço. Daí ser costumeiro 
afirmar que “a imunidade recíproca não exonera o promitente comprador”, o que se 
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constata na parte final do texto do parágrafo terceiro do art.150 da Constituição o qual 
apenas veio corroborar entendimento que já era consolidado na jurisprudência do STF nos 
idos da década de 1980 (Súmula 583, STF c/c art.150,§3º, parte final, CRFB/88). 
 Válido asseverar que esse mesmo raciocínio, esposado em relação à imunidade 
recíproca da alínea ‘a’ do art.150, VI pode ser aplicado igual e simetricamente em relação 
às entidades privadas das alíneas ‘b’ e ‘c’. Nesse compasso, se alguém adquire imóvel de 
uma igreja, ou de uma entidade sindical de trabalhadores ou de um partido político, não 
poderá crer que será protegido pela imunidade tributária, a qual não acompanha a coisa, 
não se transmite ao adquirente do bem. 
 ATENÇÃO: caso, todavia, a situação seja analisada sob uma perspectiva

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