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4. Teoria da Contingência

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Teoria da Contingência
Referências:
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração – Edição Compacta. 3ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
CARAVANTES, Geraldo. PANNO, Claudia C. KLOCKNER, Mônica C. Administração Teorias e Processo. Ed. Pearson Prentice Hall, São Paulo SP, 2007.
Para a teoria não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é relativo. Tudo depende. Há uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance dos objetivos organizacionais.
As variáveis ambientais são variáveis independentes, enquanto as técnicas administrativas são dependentes.
Origens da teoria da Contingência
A teoria e as pesquisas tinham o propósito de avaliar os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes. O propósito era confirmar se as organizações eficazes seguiam os pressupostos clássicos. Os resultados levaram a uma nova concepção de organização: a estrutura e o funcionamento da organização dependem da interface com o ambiente.
Pesquisa de Chandler sobre estratégia e estrutura.
Investigação histórica sobre as mudanças estruturais de grandes empresas: DuPont, General Motors, Standart Oil Co e Sears Roebuck & Co. Relacionando as estratégias de negócios, para demonstrar como a estrutura foi sendo adaptada e ajustada à sua estratégia. As organizações passaram por um processo que envolveu quatro fases:
Acumulação de recursos.
Racionalização do uso dos recursos.
Continuação do crescimento.
Racionalização dos recursos em expansão.
Pesquisa de Burn e Stalker sobre organizações
Pesquisa sobre empresas inglesas para verificar a relação entre práticas administrativas e o ambiente externo dessas indústrias. Encontraram diversos procedimentos administrativos e classificaram em dois tipos: Mecanicistas e orgânicas.
1. As organizações Mecanicistas, características:
 Estrutura burocrática, baseada na divisão do trabalho;
 Cargos ocupados por especialistas
 Decisões centralizadas;
 Hierarquia rígida e comando único;
 Sistema rígido de controle: informação filtrada;
 Predomínio da interação vertical;
 Amplitude do controle administrativo;
 Ênfase nas regras e nos procedimentos formais;
 Ênfase nos princípios universais da teoria clássica.
2. Organizações Orgânicas, características.
Estruturas organizacionais flexíveis;
Cargos continuamente modificados e redefinidos;
Decisões descentralizadas e delegadas;
Execução de tarefas pelo conhecimento da empresa como um todo;
Hierarquia flexível, com predomínio da interação lateral sobre a vertical;
Amplitude do controle administrativo;
Ênfase nos princípios de relacionamento humano da teoria das Relações Humanas.
OBS: De acordo com os pesquisadores, a forma mecanicista de organização é apropriada para condições ambientais estáveis, enquanto que a orgânica é apropriada para condições de mudança e inovação.
Pesquisa de Lawrence e Lorsch sobre o ambiente.
A pesquisa de Lawrence e Lorsch sobre o defrontamento entre organização e ambiente entre organização e ambiente provocou o aparecimento da T. da Contingência. Queriam saber as características organizacionais para enfrentar as condições externas, tecnológicas e de mercado. Concluíram que os problemas estão na diferenciação e na integração.
Diferenciação. Trabalho dividido em departamentos, com tarefas especializadas para um contexto ambiental também especializado. Quando realizada no ambiente da tarefa provoca diferenciação na estrutura dos departamentos.
Integração. Processo oposto à diferenciação, gerado por pressões vindas do ambiente da organização no sentido de obter unidade de esforços e coordenação entre os vários departamentos.
A Teoria da Contingência apresenta os seguintes aspectos:
A organização é de natureza sistêmica, isto é, um sistema aberto;
As características organizacionais apresentam uma interação entre i e com o ambiente;
As características ambientais funcionam como variáveis independentes e as organizacionais como dependentes
Pesquisa de Joan Woodward sobre a tecnologia
Para avaliar se os princípios de administração tinham correlação com o êxito do negócio. Comparação da amostra de 100 empresas inglesas classificadas em três grupos:
1. Produção unitária ou oficina. Produção feita por unidades ou pequenas quantidades. Operários utilizam vários instrumentos e ferramentas. Processo produtivo menos padronizado e menos automatizado. Ex: Produção de navios, geradores e motores de grande porte, aviões, locomotivas, etc.
2. Produção em massa ou mecanizada. Produção em grandes quantidades. Operários trabalham em linha de montagem. A produção requer máquinas operadas pelo homem e linhas de produção ou montagem padronizadas. Ex: empresas montadoras, etc.
3. Produção em processo ou automatizada. Produção automatizada e continua. Poucos operários monitoram o processo total ou parcial de produção. Participação humana é mínima. Ex: Produção e refinamento de petróleo, produção química, siderúrgicas, etc.
As conclusões de Woodward são as seguintes:
O desenho organizacional é afetado pela tecnologia da organização. Empresas bem sucedidas são organizadas em linhas clássicas, com deveres e responsabilidades, unidades de comando, distinção entre linha e staff, etc.;
Na tecnologia de produção em massa, a forma burocrática de organização está associada ao sucesso. A produção unitária e continua, a forma organizacional mais viável nada tem a ver com os princípios clássicos;
Há forte correlação entre estrutura organizacional e previsibilidade das técnicas de produção;
As empresas com operações estáveis requerem estruturas diferentes das organizações com tecnologia mutável. A organização inovativa com tecnologia mutável requer um sistema orgânico e adaptativo;
Há sempre o predomínio de alguma função na empresa. Ex: vendas, produção e engenharia – na empresa depende da tecnologia utilizada.
Ambiente
Ambiente é o contexto que envolve externamente a organização (ou sistema). Situação dentro da qual uma organização está inserida.
Ambiente Geral
É o macroambiente, ou seja, o ambiente genérico e comum a todas as organizações. Tudo o que acontece no ambiente geral afeta direta e indiretamente todas as organizações de maneira genérica.
O ambiente geral é constituído por um conjunto de condições comuns a todas as organizações:
Condições tecnológicas;
Condições legais;
Condições políticas;
Condições Econômicas;
Condições Demográficas;
Condições Ecológicas;
Condições Culturais.
Ambiente da Tarefa
Trata-se do ambiente mais próximo e imediato de cada organização. Constitui o segmento do ambiente geral. É o ambiente de operações de cada organização e é constituído por:
Fornecedores de entrada;
Clientes ou usuários;
Concorrentes;
Entidades reguladoras.
Tipologia de ambientes
Embora o ambiente seja um só, cada organização está exposta a apenas uma parte dele, e essa parte apresenta características diferentes das demais. As tipologias relacionadas ao ambiente da tarefa:
1. Quanto à estrutura. Os ambientes são classificados em homogêneos e heterogêneos:
Ambiente homogêneo. Quando é composto de fornecedores, clientes e concorrentes semelhantes. Quando a pouca segmentação ou diferenciação de mercados.
Ambiente Heterogêneo. Quando ocorre muita diferenciação entre os fornecedores, clientes e concorrentes, provocando uma diversidade de problemas para a organização. Muita diferenciação entre os mercados.
2. Quanto a sua dinâmica. São classificados em estáveis e instáveis:
Ambiente estável. Caracterizado por pouca ou nenhuma mudança. As mudanças são lentas e previsíveis;
Ambiente instável. Dinâmico e mutável. Os agentes constantemente promovem mudanças e influências recíprocas, formando um campo dinâmico de forças. A instabilidade provocada pelas mudanças gera incerteza para a organização.
Tecnologia
Sob o ponto de vista administrativo. A tecnologia é algo que se desenvolve nasorganizações através de conhecimentos acumulados sobre a execução de tarefas – Know-how – e pelas suas manifestações físicas – como máquinas, equipamentos, instalações -, constituindo um complexo de técnicas usadas na conversão dos insumos em resultados, isto é, em produtos ou serviços.
A tecnologia pode ser considerada sob dois ângulos diferentes: Variável ambiental e externa, e como uma variável organizacional e interna.
1. Tecnologia como variável ambiental. Quando empresas adquirem, incorporam e absorvem tecnologias criadas por outras empresas em seu ambiente de tarefa.
2. Tecnologia como variável organizacional. Quando faz parte do ambiente interno das organizações, já incorporada e passando a influenciá-lo. Assim também ao ambiente da tarefa.
Tipologia de Thompson
Thompson explica que “a tecnologia é uma importante variável para a compreensão das ações das empresas”. Elas se fundamentam nos objetivos desejados e nas convicções sobre relações de causa e efeito. 
Argumenta o autor, que essas ações são ditadas pelas convicções das pessoas sobre como alcançar os objetivos desejados, e constituem a tecnologia – também denominada racionalidade técnica. Critérios de avaliação da racionalidade técnica:
Critério Instrumental. Permite conduzir aos objetivos desejados.
Critério econômico. Permite alcançar os objetivos com o mínimo de recursos necessários.
Thompson propõe uma tipologia de tecnologias, conforme seu arranjo dentro da organização:
Tecnologia de elos em sequência. Baseada na interdependência serial das tarefas que é necessária Para completar um produto. Ex: linha de montagem de produção em massa. A repetição dos processos produtivos proporciona a experiência, que reduz as imperfeições na tecnologia, modifica o maquinário e serve de base para a manutenção preventiva programada.
Tecnologia Mediadora. Algumas organizações têm por função básica a ligação de clientes que são ou desejam ser interdependentes.
O banco comercial liga depositantes aos que tomam emprestados;
A companhia de seguros liga os que desejam associar-se em riscos comuns;
A empresa de propaganda vende tempo ou espaço, ligando os veículos às organizações;
A complexidade da tecnologia mediadora reside no fato – não de cada atividade estar empregada às necessidades da outra, como na tecnologia de elos em sequência – de requerer modalidades padronizadas para envolver clientes ou compradores distribuídos no tempo e no espaço.
Tecnologia Intensiva. Representa a convergência de várias habilidades e especializações sobre um único cliente. A organização usa diversas técnicas para a modificação de um objeto específico. A seleção, a combinação e a ordem de aplicação dependem da realimentação proporcionada pelo próprio objeto. Usuários desse tipo de organização: Hospitais, indústria da construção civil, estaleiros navais, indústria, etc.
Thompson e Bates classificam a tecnologia em dois tipos básicos:
1. Tecnologia Flexível. A flexibilidade refere-se à extensão em que as máquinas, o conhecimento técnico e as matérias primas podem ser usados para outros produtos ou serviços diferentes.
2. Tecnologia Fixa. É aquela que não permite sua utilização em outros produtos ou serviços.
A influência da tecnologia – flexível ou fixa – é perceptível quando associadas ao tipo de produto da organização. Dois tipos de produtos:
Produto concreto. Produto palpável, aquele que pode ser descrito com precisão, identificado com especificidade, medido e avaliado.
Produto abstrato. Produto não palpável, que não permite descrição nem identificação.
Ambas as classificações binárias podem ser reunidas em uma tipologia de tecnologias e produtos. Suas consequências geram a elaboração da estratégia global da organização:
1. Tecnologia fixa e produto concreto. Típica de organizações nas quais a mudança tecnológica é pequena e difícil. A formulação da estratégia global da organização enfatiza a colocação do produto com especial reforço na área mercadológica. Ex: empresas do ramo automobilístico.
2. Tecnologia fixa e produto abstrato. A mudança tecnológica é difícil. A estratégia global da organização enfatiza a obtenção do suporte ambiental para a mudança. E: instituições educacionais baseadas em conhecimentos especializados e que oferecem cursos variados.
3. Tecnologia flexível e produto concreto. A mudança tecnológica é fácil para produzir um produto novo ou diferente através da adaptação de máquinas, técnicas, equipamentos, conhecimentos, etc. A estratégia global enfatiza a inovação pela pesquisa e o desenvolvimento, isto é, criação constante de produtos diferentes ou com características novas para antigos produtos. Ex: empresas do ramo plástico ou de equipamentos eletrônicos, cujas tecnologias são reavaliadas e modificadas.
4. Tecnologia flexível e produto abstrato. Tecnologia adaptável e mutável. Estratégia global enfatiza a obtenção do consenso externo em relação ao produto ou serviço a ser oferecido ao mercado (consenso de clientes) e aos processos de produção (consenso dos empregados). Ex: empresas de relações públicas, empresas de consultoria administrativa, auditoria, ONGS.
Impacto da tecnologia
A influência da tecnologia sobre a organização:
A tecnologia determina a estrutura e o comportamento organizacional;
A tecnologia, isto é, a racionalidade técnica, tornou-se um sinônimo de eficiência e critério normativo pelo qual as organizações são avaliadas pelo mercado;
A tecnologia faz com que administradores melhorem ainda mais a eficácia.
O Homem Complexo.
O homem como um sistema complexo de valores, percepções, características e necessidades pessoais. Opera como um sistema capaz de manter seu equilíbrio interno diante da demanda das forças externas do ambiente. Este sistema se desenvolve em resposta a premência do individuo de solucionar os problemas apresentados no seu defrontamento com o ambiente externo, seja família, com os amigos, nas organizações em que atua.
Alguns pontos são essenciais para se compreender o homem complexo:
O homem é um ser transacional que recebe insumos do ambiente, reage a eles e adota uma posição proativa para antecipar-se e provocar mudanças no ambiente. 
O homem é um modelo de sistema aberto. As variáveis: percepções, valores e motivos – são inter-relacionadas: o que a pessoa percebe em uma situação é influenciado por seus valores e motivos, e os valores e motivos são influenciados pelo processo de percepção, que determina qual informação o sistema deve buscar no ambiente.
Os sistemas individuais não são estáticos, mas em desenvolvimento continuo, embora mantenham sua identidade e individualidade ao longo do tempo. Uma pessoa é motivada a se comportar em uma situação é função histórica do desenvolvimento do seu sistema individual, quanto à natureza do contexto ambiental em que se encontra.
 
 
 Homo economicus
Adm. Científica
 
 Homo social
T. das Rel. Humanas
 
Homem complexo
 Homo Organizacional
Adm. Estruturalista
 
 Homem Administr.
Teoria Comportam. 
 
 Homem Funcional
Teoria dos Sistemas
 
Prof. José Luís

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