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LÚDICO E GESTÃO: UMA ORGANIZAÇÃO DEMOCRÁTICA
Mayara Borges Michette Flores
Soraia Jacqueline Rebelo
Prof. Gladys Soraia
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (PED 1287) – Estágio Obrigatório III Gestão Educacional
05/11/2018
RESUMO
Na atual educação sente-se a necessidade de estabelecer um relacionamento entre gestão e a ludicidade, sabe-se pouco do olhar da gestão perante este tema que é muito visto em sala. Neste contexto viu-se a necessidade de investigar por meio de perguntas o olhar da equipe gestora pra o lúdico e suas vivências em sala. Elaborando assim uma entrevista composta por sete perguntas as quais seram feitas para equipe gestora da instituição, formada pela diretora e duas auxiliar de ensino, do Centro de Educação Infantil São José, localizado na cidade de São José – SC.
Palavras-chave: Ludicidade – Gestão - Olhar
1 INTRODUÇÃO
A gestão escolar tem como um dos seus principais papéis o apoio ao pedagógico, visando auxiliar os educadores norteando os projetos educacionais que seguiram de encontro com as propostas dos parâmetros educacionais á contemplarem as necessidades das organizações e valorizações desta metodologia, possibilitando as múltiplas interações entre a criança e o meio lúdico. Seno ele um elemento chave no processo de reestudos pedagógicos, nas horas atividades e nas reuniões pedagógicas do grupo de gestores e pedagógico. Compreender como está sendo vista a ludicidade dentro do espaço educacional infantil no olhar dos gestores é o primeiro passo para a pesquisa.
Baseando nesta reflexão, o estágio foi realizado e este artigo foi desenvolvido mostrando à área de concentração e sua fundamentação teórica, apresentando como foram as vivências junto a equipe de gestão do Centro Educacional Infantil São José, juntamente com o questionário que proporcionou uma clareza do papel da equipe e gestão juntamente ao trabalho desenvolvido em sala. 
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
Há muitos anos o lúdico é objeto de estudo de diversas áreas como História Antropologia, Psicologia Sociologia, e educação. A palavra, lúdico vem do latim ludus e significa brincar, a ludicidade é um tema muito abordado em projetos de sala na educação infantil, porém, poucos ainda compreendem a sua importância no desenvolvimento infantil. O uso dos jogos, brinquedos, fantasias, das musicalizações do faz de conta das interpretações das crianças a uma pré- reescrita do meio, como recursos e metodologias do desenvolvimento que contribuem para o enriquecimento do processo alfabetizador. Vygotsky (1998), a imaginação surge originalmente da ação. Assim, podemos inverter a velha frase que afirma que o brincar da criança é a imaginação em ação. Dentro desta analise, podemos compreender que a criança ao brincar cria um mundo novo, onde ela busca soluções para elucidar os problemas criados por ela dentro do processo imaginário e desafiador.
Neste processo esta a maduração da criança ao se relacionar com os objetos, dando outros significados para o mesmo dentro da brincadeira.
 
 “A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação àquilo que vê. Assim, é alcançada uma condição em que a criança começa a agir independentemente daquilo que vê” (VYGOTSKY, 1998, p. 127). 
A brincadeira e o lúdico em ação, o brincar na infância é essencial pois ele não é apenas um entretenimento mais sim um método de desenvolver a aprendizagem e a criatividade da criança. Conforme (VYGOTSKY, 1988), a criança ao brinca desenvolve suas potencializações, sem compreender que o brincar é uma ferramenta do desenvolvimento cognitivo, motor e físico que lhe trará os benefícios eminentes para a vida adulta. 
Ao brincar a criança transpassa momentos que lhe marcou em seu cotidiano, transformando a brincadeira de faz de conta em experiências vivenciadas por ela no meio a qual está inserida. 
Brincar de forma livre e prazerosa permite que a criança seja conduzida a uma esfera imaginária, um mundo de faz de conta consciente, porém capaz de reproduzir as relações que observa em seu cotidiano, vivenciando simbolicamente diferentes papéis, exercitando sua capacidade de generalizar e abstrair. (MELO & VALLE, 2005, p. 45)
A criança dentro do meio lúdico e imaginário consegue vivenciar vários papéis dentro da brincadeira, ela consegue ser pai, mãe e filha, e desmiuçar os papéis dando significados diferentes a cada um deles, selecionando o que pra ela teve mais destaque na ação a qual ela está reproduzindo. Cabendo desta forma o professor olhar sobre as ações da criança no processo de reconstrução das vivências. Nesta análise a equipe gestora poderá intervir e apoiar o professor dando-lhe suporte nas medições se caso houver necessidade de um amparo ao trabalho pré-estabelecido do professor.
Segundo Veiga (1998):
A escola é o lugar de concepção, realização e avaliação de seu projeto educativo, uma vez que necessita organizar seu trabalho pedagógico com base em seus alunos. Nesta perspectiva, é fundamental que ela assuma suas responsabilidades, sem esperar que as esferas administrativas superiores tomem essa iniciativa, mas que lhe dêem as condições necessárias para leva-las adiante. (VEIGA, 1998, pg. 11)
O processo de observação e planejamento e voltada para o desenvolvimento da criança e desta forma a equipe de gestão buscará desenvolver ações auxiliando o professor em seu processo investigativo.
Compreende-se desta forma os papéis indispensáveis para o desenvolvimento do lúdico como metodologia de ação pedagógica. Esta práxis tem como finalidade auxiliar e mediar o trabalho do professor enquanto colaborador nas interações do processo lúdico dentro da instituição educacional. Concernindo a equipe de gestão auxiliar e completar o processo com estímulos e auto-analise do processo pedagógico, reavaliando as ações, interações e socializações dos grupos de trabalho destacando a importância do trabalho em conjunto.
VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
PERÍODO DE OBSERVAÇÃO
O estágio foi realizado no Centro de Educação Infantil São José que está localizado dentro de uma instituição estadual, possuindo 10 salas com banheiros próprios adaptados e com trocadores, uma secretaria, uma sala de coordenação, um refeitório, uma sala de atendimento a crianças especiais o AEE, um refeitório para professores, uma cozinha e uma pequena sala de jogos onde acontece as aulas de educação física . O espaço é bem conservado contendo também duas áreas de lazer, sendo uma na frente de uso coletivo de todas as crianças que fazem atendimento na Fundação e outra ao lado, com brinquedos, casinhas de balanço, escorregador, casa para brincadeiras, possui também um banheiro para uso dos funcionários. A instituição é um espaço de vivencias lúdicas com vários cartazes e trabalhos desenvolvidos pelos pelas crianças corroborando com o colorido e mantendo o ambiente vivo com os trabalhos expostos nas paredes, tetos e no chão do espaço. Cada sala possui sua televisão juntamente com aparelho de DVD, geralmente doadas pelas famílias ou professoras, contemplando também no aspecto lúdico as fantasias doadas pelas famílias e professoras. Continuando com a parte lúdica foi encontrados no ambiente educacional vários jogos, brinquedos e livros que fazem parte do acervo pedagógico de uso coletivo doado pela prefeitura Municipal.
A secretaria da instituição possui, um computador juntamente com duas impressoras e scanner, e um celular ambos fornecidos pela prefeitura e de uso exclusivo pedagógico e gestão. A diretora tem seu computador, e uma impressora que também fazem parte do acervo doado pela prefeitura, para uso de suas tarefas administrativas. Dentro das tarefas realizadas pela diretora da instituição e seu grupo como um todo, está o PPP (Projeto Politico Pedagógico) que aborda em suas diretrizes a proposta curricular da rede Municipal de ensino de São José do ano de 2000, desenvolvido pela Secretaria Municipal e Cultura. Em suas atribuiçõescontemplam a ludicidade em sua pluralidade, contribuindo assim com a formação continuada e os projetos pedagógicos desenvolvidos dentro da instituição. 
A equipe pedagógica é formada por professores regentes, auxiliar de sala, professor de educação física e segundo professor totalizando o numero de 42 profissionais em sala, formando a equipe de gestão estão entre eles a diretora que desenvolve o papel do administrativo e do coordenador pedagógico, 4 auxiliares de ensino sendo que, 2 por período, 1 professora da sala do AEE, e também mantendo a organização do espaço 3 auxiliares de limpeza e 3 cozinheiras, formando assim a equipe em sua totalidade em prol do desenvolvimento da criança.
ENTREVISTA
Neste período de regência notou-se o espaço infantil como multiplicador da ludicidade sendo ele o referente norteador dos diálogos sobre o olhar da direção e equipe de apoio, formando a gestão educacional. Em sua análise como gestor, a ludicidade é vivenciada, trabalhada e respeitada em sua múltipla dimensão, humana, social, cultural, politica e ética. Desta forma justificada pela diretoraas ações pedagógicas são planejadas nos respctivos grupos, buscando sempre trazer a essas crianças vivencias que possam ampliar ainda mais seus olhares e apredizado. Complementado pela sua equipe forma se busca a compreenção de como se da a organização do espaço físico de desenvolvimento da infância lúdica, é repensado, analisado, avaliado e reestruturado no decorrer das vivências e socializações, respeitando a criança como sujeito de direitos e deveres da infância no ambiente físico do CEI. Salienta a diretora que nos projetos coletivos estão sempre pensando e repensando no que é significativo para as crianças, e em contribuição complementa a coordenadora do AEE que o espaço é pensado em todas as crianças, porém a manutenção desses espaços não acontece como deveria pela demanda dos outros CEI´S da rede. Apesar das adversidades, as crianças produzem juntamente com as professoras brinquedos de sucatas para as vivencias e brincadeiras, mantedo-se assim vivo a ludicidade no CEItodo o trabalho desenvolvido no CEI é fundamentado pelo PPP da instituição, bem como os PEN’S e leis. Logo todas as propostas são pensadas de modo a incluir todas as crianças respeitando sua individualidade.
Os planejamentos e planos de aula tem a função de nortear e direcionar o desenvolvimento infantil da criança de dentro do espaço de vivencias para fora do ambiente educacional, abrangendo assim as famílias e a sociedade como um todo , neste processo de descobertas de mundo ,despertar e crescer interligando família e CEI. Este processo se dá atualmete no CEI conforme complementa a diretora, a função de coordenar e acompanhar os professores neste processo é papel da mesma. Os docentes são orientados primeiramente ao observar o seu grupo e a necessidade do mesmo e partindo desta forma do interesse das crianças “nasce o projeto” seja este trimestral, semestral ou anual, este planejamento é feito semanal ou quinzenal sendo entregue a direção. Sempre que necessário são dadas algumas sugestões para o enrequecimento do planejamento. Sendo desta forma complementado por sua equipe de gestão que as professoras desenvolvem um planejamento de adaptção e após como dito pela diretora identificam os interesses das crianças para assim formular o projeto, pois ele desta forma passa a ser o centralizador das ações e construções pedagógica.
Em analise do espaço da criança dentro da instituição de educação infantil a autonomia do mesmo para a sua descoberta e alfabetização no brincar nas horas livres e dirigidas. As horas são repensadas e reestruturadas seguindo a necessidade da criança, a diretora afirma que normamlmente o planejamento irá abranger todo esse período que a criança está na instituição. Todos os momentos nesse espaço são pedagógicos e é repensado a cada ação pedagógica, avaliando os pontos positivos e negativos. Já na análise da equipe pedagógica é necessário repensar na organização do tempo, pois a rotina do CEI muitas vezes prejudica o tempo das crianças. Pois existe os horários para refeição, para o parque e a organização dos lanches das professoras, sendo desta forma essa organização concequentimente acelera o tempo das crinças em suas vivencias. 
Desta forma a ludicidade na análise da gestão é desenvolvido e vivenciado respeitando e representando os aspectos sociais e inclusivos, afirma assim a diretora que a equipe pedagógica acredita em uma pedagogia de inclusão. Procurando desta forma respeitar o contexto social das crianças e famílias, e incluindo todos sem distinções e diferenças. Acrecenta ainda por estar dentro da FCEE possuem 15 crianças especiais, número significativo comparado a outros CEI’S, isso nos remete a buscar sempre o conhecimento pedagógico e uma formação que auxilie nas vivencias pedagógicas e na inclusão. E está formação não é somente teórica, mais sim prática buscando a ludicidade para promover aprendizagens de maneiras divertidas, prazerosas e significativas, contempla assim sua equipe pedagógica.
De acordo com a descrição da diretora o município auxilia e amplia o desenvolvimento pedagógico e gestor, dividindo as cargas horárias dos professores de forma a contemplar as seguintes atividades: 40hrs semanais onde está dividida 27hrs com crianças e 13hrs de hora-atividade coletiva e individual, a coletiva são 6hrs e 30min semanais com grupos de estudos e formação continuada na casa do educador, as outras 6hrs e 30min individuais são realizadas em casa, com pesquisas, planejamentos que contribuem para o fazer pedagógico.
Sendo assim o lúdico dentro do projeto educacional é trabalhado não somente na forma do brincar, ele aparece em todos os momentos do contexto vivenciado pela criança na instituição. Na história, nos momentos de interação com seus pares, nas refeições, na hora do sona, nas brincadeiras direcionadas e livres, etc. Cabendo aos profissionais a sensibilidade neste momentos, enriquecendo e ampliando o repertório das crianças, através desse meio lúdico. Sendo ele acrecentado conforme sua equipe de apoio e gestão nas interações e nas organizações, nos planejamentos observando os espaços, explorando os mesmos, incentivando nas criações e nas construções, pois é desta forma que a instituição desperta o desenvolvimento da infância.
IMPRESSÕES DO ESTÁGIO
Durante as observações e entrevistas no período de estágio, pode-se compreender o papel da esquipe de gestão e analisar o passo a passo do desenvolvimento enquanto grupo de organização que visa ampliar com suas contribuições o auxilio a equipe pedagógica. O olhar do gestor enquanto mediador, auxiliando no fazer pedagógico e estimulando o brincar enquanto metodologia de ensino aprendizagem no despertar das linguagens infantis.
Neste processo de entrevista as análises sobre o lúdico no universo infantil é compreendido como um estimulador e potencializador dos saberes e nas construções e vivências dentro da instituição, sendo ele avaliado e repensado pela equipe de gestão juntamente com os professores. Desta forma o olhar da gestão preocupa-se em desenvolver um trabalho voltado para a formação da criança em sua totalidade, construindo um espaço que permita o desencadear da imaginação infantil, proporcionando assim sua autonomia em suas interações. 
O lúdico é imprescindível nas criações pedagógica, estimulando a criatividade a criticidade nas interações, ressignificando ás ações pedagógicas e os desenvolvimentos das múltiplas linguagens da infância.
REFERÊNCIAS
MELO, Luciana; VALLE, Elizabeth. O brinquedo e o brincar no desenvolvimento infantil. Psicologia Argumento, Curitiba, v. 23, n. 40, p. 43-48, jan./mar. 2005.
VEIGA, I. P. A. (org.). Projeto político pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 1995. p. 11-35.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. In: VIGOTSKY, Lev Semenovich; LURIA, Alexander Romanovich; LEONTIEV, Alexis N. Linguagem, desenvolvimentoe aprendizagem. Tradução de Maria da Penha Villalobos. 2. ed. São Paulo: Ícone, 1988. p. 103-117.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

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