portfólio individual 1º

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
ILZA BARRETO DE ALMEIDA
DROGADIÇÃO: UM PROBLEMA DE RESPONSABILIDADE DE TODA SOCIEDADE 
Polo de Bom Jesus da Lapa- Bahia
2012
ILZA BARRETO DE ALMEIDA 
“O USO DO CRACK: UM PROBLEMA SOCIAL QUE ESTÁ RESTRITO APENAS A METRÓPOLES?”
Atividade de Produção Textual Individual
 1° Semestre
Disciplinas: Antropologia, Psicologia Geral, Formação Social, Política e Econômica do Brasil e Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social I.
Professores: Lisnéia Rampazzo, Giane Albiazzetti, Gleiton Lima e Rosane Malvezzi.
Polo de Bom Jesus da Lapa- Bahia
2012
SUMÁRIO
	1. Resumo.......................................................................................................................
	04
	2. Introdução...........................................................................................................................
	05
	3. Desenvolvimento.................................................................................................................
	05
	3.1 A representação das drogas na sociedade..........................................................................
	06
	3.1.1 As consequências emocionais.........................................................................................
	06
	3.1.1.1 Processos de urbanização do Brasil..............................................................................
	07
	4. Conclusão............................................................................................................................
	07
	5. Referências..........................................................................................................................
	08
Resumo 04
Compreender como o crack surgiu no Brasil e se alastrou rapidamente por todas as regiões. Entender que os problemas com as drogas, são de responsabilidades de todos, envolvendo assim toda sociedade. As drogas estão associadas às desigualdades sociais, porém também estão ligadas as periferias, que se originou no período da colonização do Brasil precisamente com a chagada da família real aqui no Brasil. Para a exploração dos recursos naturais que aqui existiam, foi preciso buscar em outros países quem fizesse o trabalho braçal, nesse período houve grande processo de imigração para o Brasil. Resumindo esses imigrantes era na verdade em sua maioria escravos trazidos a força, por se tratar de uma classe carente, foi se aglomerando ao redor das grandes cidades, foi onde surgiu às periferias. Lugar este da qual está ligada as desigualdades sociais e também onde se perpetua as drogas. O trabalho em conjunto no enfrentamento das representações sociais juntamente com as famílias, vem mostrando que este é o caminho para amenizar tão grave problema que são as drogas. O apoio da família a um usuário do crack vem demonstrando que é papel fundamental para ajudar na recuperação e reinserção na sociedade. 
Palavras-chaves: Drogas. Urbanização. Família. Desigualdades sociais.
2. INTRODUÇÂO 05 
 
O surgimento do crack: A drogadição na contemporaneidade 
Sabemos que o crack surgiu no Brasil nos anos 90 e que rapidamente se espalhou por todas as regiões como se fosse uma epidemia, atingindo principalmente grupos que viviam nas ruas.
Atualmente muitos ignoram os problemas relacionados às drogas. Porém desconhecem os perigos que as drogas podem causar no ser humano, que vai além da dependência, as drogas também estão associadas às doenças psicóticas. O uso e abuso das drogas ganham destaquem por sua expansão em todas as regiões do mundo. Considerado um problema de saúde pública de ordem mundial, suscita discussões por parte de gestores, profissionais de saúde e formadores de políticas públicas, com vistas a resolver e/ou minimizar os inúmeros problemas consequentes da sua adoção. Segundo especialista as drogas estão ligadas as questões de desigualdades sociais e que atingiu a classe mais pobre da periferia das grandes metrópoles. 
De acordo com as pesquisas essa realidade já mudou, pois as drogas já estão presentes em todas as classes sociais. O crack é considerado uma droga de gênero, pois a maior parte dos usuários são homens, mas o número de mulheres usuários vem aumentando bastante.
“O crack já se interiorizou. Hoje, 98% das cidades convivem com esse problema”, Informa o psiquiatra *Marcelo Ribeiro de Araújo.
*Marcelo Ribeiro de Araújo é mestre e doutor em Psiquiatria pela Universidade Federal de São Paulo – Unifesp. Atualmente é diretor de ensino da Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas da mesma universidade e autor do livro O Tratamento do Usuário do Crack (editora Artmed).
3. Desenvolvimento
O governo tem feito várias campanhas para amenizar os problemas relacionados ao uso e abuso do crack, uma destas medidas foi a “extinção” da Cracolândia em São Paulo, com a ação conjunta do governo estadual e municipal. Porém de acordo com investigações feita pela imprensa, foi apenas um deslocamento do problema, reportagens feitas pelo programa a ‘A Liga’ da TV Bandeirante, feito na “ex-Cracolândia”, mostrou que para muitos esta operação só beneficiou o governo. De acordo com as opiniões de muitos entrevistados usuários e não usuários “a repressão ao crack na Cracolândia foi uma atitude desumana e as pessoas foram tratadas como delinquentes”. No Rio de Janeiro o trabalho da prefeitura juntamente com as representações sociais de retirar os usuários de crack das ruas vem mostrando que este é o caminho. 
06
Enquanto a sociedade não tiver a convicção de que as drogas devem ser tratadas como um problema de saúde, nenhuma mediada de enfrentamento terá êxito e o problema sempre persistirá. 
 “Depois de quase 20 anos de descaso e abandono, há cerca de duas semanas foi feita uma megaoperação para retirar os traficantes e usuários da Cracolândia. Não foi uma operação meramente policial. Apareceram por lá técnicos da saúde, da assistência social, que já têm atuado na região, como também funcionários da limpeza urbana”.
Autor (ES): Fernando Abrucio Época - 16/01/2012
É doutor em ciência política pela USP, professor da Fundação Getúlio Vargas (SP).
3.1 Afinal os problemas com as drogas, são de responsabilidade social ou de saúde?
Diante das consequências ao longo dos acontecimentos, as drogas é um problema gravíssimo e de responsabilidade de toda sociedade em conjunto. Mas principalmente um problema de saúde pública, primeiro um dependente químico necessita de atenção e cuidados médicos e só depois da assistência, do qual o assistente social exerce um papel fundamental, num processo onde o trabalho enfrentado deve ser sobre avaliações criteriosas para que possam ser estáveis e coerentes, para que após o tratamento na hajam “recaídas”. O tratamento é visado no trabalho preventivo, educacional e comportamental para dar um suporte tanto para o dependente químico quanto à família.
Um dos maiores desafios que o assistente social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostasde trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. Enfim, ser um profissional propositivo e não só executivo (IAMAMOTO, 2005, p.20).
3.1.1 As consequências emocionais
Se as drogas são causadoras das doenças psicóticas, afirma analises feitas em usuários de drogas. Esta analise constatou que os dependentes químicos que usa e abusa das drogas, possivelmente terão os comportamentos de agressividade e com complicações médicas e psiquiátricas, elevando drasticamente os índices de morbidade e mortalidade. A recuperação não é impossível, mas depende muito do apoio da família, da comunidade e principalmente do dependente químico ter consciência de que quer ser tratado.
3.1.1.1 O processo de urbanização do Brasil 07
 
Mas primeiro não podemos falar das drogas sem falar nas desigualdades sociais. Tudo iniciou com a chegada da família real ao Brasil. Para exploração dos recursos naturais que aqui existiam, o rei precisou buscar em outros países pessoas para trabalharem na extração da matéria prima e os recursos naturais. 
Mas o processo de urbanização do Brasil aconteceu no período da indústria cafeeira, impulsionado pela a revolução industrial na Europa, houve grande imigração da zona rural para a urbana, chegando a triplicar os habitantes em algumas cidades. A vinda desses imigrantes foi o fator principal para o contexto inicial para a geração das desigualdades sociais no Brasil se detiveram principalmente nas periferias das grandes metrópoles, enfim processo de urbanização. Depois disso a classe menos favorecida foi se identificando, a má distribuição de renda, o preconceito e a discriminação foi se assimilando aos mais pobres gerando assim as desigualdades sociais.
No Brasil o processo de urbanização se consolidou em meados do século XX, onde ocorreram varias transformações políticas, sociais e econômicas. Permitindo assim o nascimento, crescimento e desenvolvimento de muitas cidades. E uma dessas transformações de urbanização mais ousada foi a de Pereira Passos, que segundo pesquisas, para dar continuidade o processo de urbanização, na qual teve um alto custo social, muitos moradores foram retirados dos locais em que viviam. No entanto quase a mesma coisa aconteceu em São Paulo, com a retirada dos chamados ‘nóias’ da Cracolândia, para fazer de São Paulo uma cidade de melhor aparência, ou seja, fazer uma faxina nas ruas.
4. Conclusão 
Com finalidade de compreender de como a sociedade está enfrentando os problemas relacionados à drogadição, a importância do trabalho das representações sociais e o apoio das famílias. Tudo isso vem mostrando grande êxito na recuperação do dependente químico.
 Para enfrentar o este problema gravíssimo, primeiro convencer o usuário de que ele tem uma doença e precisa de tratamento, segundo conscientizar as autoridades de que a drogadição é uma questão de saúde publica e que tanto o dependente químico como a família, precisam de tratamento e apoio psicológico. 
 
 Referencias 08
 
Araújo, Marcelo Ribeiro de- é mestre e doutor em Psiquiatria pela Universidade Federal de São Paulo – Unifesp. 
Abrucio, Fernando- Época - 16/01/2012- É doutor em ciência política pela USP, professor da Fundação Getúlio Vargas (SP).
Pasa, Morgana Scheffer Graciela Gema- Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).
 Almeida, Rosa Maria Martins de - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Silva, João Paulo Monteiro da - Licenciado em geografia pela Universidade federal de Alagoas - UFAL (2008). Atualmente atual como professor na rede municipal de ensino de São Caetano - PE.
http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/506022-crack-uma-questao-de-saude-publica-entrevista-especial-com-marcelo-ribeiro-de-araujo
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722010000300016
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/1/16/aonde-quer-chegar-a- acao-na-cracolandia
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40141999000100017&script=sci_arttext