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Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. 1. Conceito de comércio Basicamente, entende-se por comercio a troca de mercadorias por dinheiro ou de uma mercadoria por outra. A atividade comercial é inerente à natureza e às necessidades humanas, pois todos temos necessidades e, se não existisse moeda, trocaríamos bens que temos em excesso por outros que não possuímos. A atividade comercial é das mais importantes, pois permite colocar à disposição dos consumidores, física ou economicamente delimitados, grande variedade de bens e serviços, necessários à satisfação das necessidades humanas. Neste sentido, diz-se, também que o comerciante é uma pessoa física ou jurídica que aproxima vendedores e compradores, levando-os a completar uma operação comercial, ou seja, a troca de mercadorias por dinheiro ou por outras mercadorias. 1.1 Origens históricas do comércio São remotas as origens do comércio. Na antiguidade, os fenícios, provavelmente, foram o povo que mais se notabilizou na atividade comercial. Várias causas e fatores contribuíram para tal, algumas inclusive de natureza geográfica. A fenícia dispunha de pouca terra para o desenvolvimento de uma agricultura de grande qualidade. Assim, teve de voltar-se a atividade comercial, construindo grande frota que realizava extensas atividades comerciais com o Ocidente, bem como, por terra, com o Oriente. Além dos fenícios foram muitos os povos da Antiguidade que exerceram com esmero a atividade comercial, como os gregos e mesmo os romanos. 1.2 Tipos de entidades mercantis Tradicionalmente, uma classificação fundamental é a que separa as entidades mercantis (comerciantes) em dois grandes tipos: entidades comerciais atacadistas e entidades comerciais varejistas. 1.3 Definição de Contabilidade comercial Hilário Franco conceitua Contabilidade Comercial como: o ramo da Contabilidade aplicado ao estudo e ao controle do patrimônio das empresas comerciais, com o fim de oferecer informações sobre sua composição e suas variações, bem como sobre o resultado decorrente da atividade mercantil. Fica claro que, a fim de acompanhar a variação quantitativa e qualitativa do patrimônio de tais entidades, é importante também entender o quadro econômico e jurídico mais amplo dentro do qual operam, bem como algumas características essenciais de sua gestão. 2. ATIVO NÃO CIRCULANTE Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. Tivemos conhecimentos sobre as operações com mercadorias e apuração de estoque, vamos agora estudar sobre o Ativo Não Circulante, mais precisamente os conceitos comportados do ativo não circulante. Até 2008 os Balanços Patrimoniais eram publicados com o grupo Permanente, sua substituição veio com a Lei 11.941/2009 trazendo algumas alterações dentre elas a nomenclatura de Ativo Não Circulante. ATIVO PASSIVO E PL Circulante Circulante Não Circulante Não Circulante • Realizável a Longo prazo PATRIMÔNIO LÍQUIDO • Investimentos • Imobilizado • Intangível Falaremos cada um dos grupos do ativo não circulante, conforme a demonstração acima ele é dividido em 04 importantes grupos: RLP, Investimentos, Imobilizado e o Intangível. 2.1 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Conforme a Lei n 11.941/09 o grupo Realizável deixa de existir e passa a integrar o ativo não circulante, este grupo tem como característica dois importantes aspectos: • Prazo: sua classificação ocorrerá quando ultrapassar o exercício subseqüente. • Por uma determinação legal a classificação de contas deste grupo deverá ser valores a receber, oriundos de vendas, adiantamentos, empréstimos e outros. 2.2 IMOBILIZADO O Ativo Imobilizado tem a característica de bem corpóreo, o entendimento conceitual tem a natureza relativamente permanente que se utiliza na operação dos negócios de uma empresa e que não se destina a venda. Destacamos as características necessárias do ativo imobilizado: • Natureza permanente; • Ser utilizado na operação dos negócios; • Não destinar a venda. Ressaltamos a característica permanente ela acontece porque nenhum bem, (excluindo Terrenos) possui vida ilimitada dentro de uma organização, seu uso causará desgaste a diminuição de valor do bem é registrado na contabilidade como Depreciação. Vejamos exemplos de Ativo Não Circulante Imobilizado a-) Edifícios: são considerados imobilizado para uma industria que os utiliza como sede, fábrica, escritório. Porem os de propriedade de uma companhia imobiliária ou de uma Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. incorporadora não são considerados Ativos Não Circulante quando se destinam à venda. b-) Veículos: em uma companhia de transportes são considerados Ativos não Circulante Imobilizados, enquanto na empresa automobilística os veículos destinados à venda são considerados Ativo Circulante. c-) Máquinas: utilizadas em uma empresa automobilística, de estamparia e outras são consideradas Imobilizado, não o sendo, entretanto, para as indústria que as produzem. Marion, 2012 pg. 353 Completando os exemplos apresentados dizemos que o Ativo Não Circulante Imobilizado é Tangível (Corpóreo), sendo este é um bem com substancias concretas e que podem ser tocados. Exemplos: 1-) Sujeitos a Depreciação: Imóveis e Equipamentos; 2-) Não Sujeitos a Depreciação: Terrenos e Obras de Artes; 3-) Sujeitos a Exaustão: Reservas Minerais e Florestais. 2.2.1 Manutenção e Reparo do Ativo Imobilizado Para os bens classificados no Imobilizado (vida útil superior a um ano) temos que incorrer em certos gastos para mante-los ou recolocá-los em condições normais de uso. Esses gastos são denominados manutenção e reparo. Nas situações em que uma reforma ou substituição de partes do bem contribua para o aumento de vida útil ou a capacidade produtiva, há ocorrência de Melhoria no Ativo Imobilizado o custo é adicionado ao valor do bem. 2.3 INTANGÍVEL A palavra Intangível vem do latim tangere, ou “tocar”. Os bens classificados como intangível são portanto bens que não podem ser tocados, eles não possuem corpos . A legislação diz que devem ser classificados no grupo Intangível os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados á manutenção da companhia ou exercido com esta finalidade. No intangível dizemos que o item mais importante é a marca. O Pronunciamento Técnico CPC – 04 aborda: Um Ativo intangível deve ser reconhecido no balanço se: (a) For provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo sejam gerados em favor da entidade; (b) O custo do ativo puder ser mensurado com segurança; (c) For identificável e separável,ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, seja individualmente ou em conjunto com um contrato, ativo ou passivo relacionado. Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. 2.4 INVESTIMENTOS São aplicações relativamente permanentes, com propensão a produzir renda para a empresa. São participações voluntárias ou incentivadas, em empresas e direitos de propriedade, não enquadráveis no Ativo Circulante, nem no Realizável a Longo Prazo, nem mesmo no Imobilizado, pois se destinam à atividade operacionalda empresa. Como exemplos de aplicações neste grupo citamos as participações voluntárias, as participações incentivadas e outros direitos que não se destinam a manutenção da atividade da empresa. PARTICIPAÇÕES VOLUNTÁRIAS: São ações e quotas adquiridas pela empresa como investimento. PARTICIPAÇÕES INVENTIVADAS: São as participações efetuadas por meio dos Incentivos Fiscais. OUTROS INVESTIMENTOS: São os direitos de qualquer natureza e que não se destinam a manutenção. Atividade de Aprendizado: 1-) O Ativo imobilizado tem três características fundamentais: a) Natureza relativamente permanente, não se destina à venda, não é utilizado no negócio; b) Natureza relativamente permanente, destina-se à venda, não é utilizado no negócio; c) Natureza relativamente permanente, não se destina à venda, é utilizado no negócio; d) Natureza relativamente permanente, destina-se à venda, é utilizado no negócio; e) Natureza permanente, destina-se ao uso do negócio. 2-) Um item que não compõe o Ativo Imobilizado é: a-) Estoque; b-) Imóveis; Vamos nos aprofundar no ativo não circulante!!! Acessem o site: https://www.furb.br/especiais/download/128076-817255/CUE%20235.pdf Questão Para Reflexão: De 1994 a 2000, os gastos de empresas, agencias governamentais sem fins lucrativos e universidades nos EUA com pesquisas e desenvolvimento (P&D) cresceram 56% para mais de $ 264 milhões, segundo a National Sicence Foundation, uma agencia do governo. A produção por empregado por hora trabalhada cresceu em média 2,5% por ano. Esses gastos com P&D poderia ser contabilizado como Ativo Intangível ou seria uma Despesa? Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. c-) Veículos; d-) Computadores; e-) Máquinas. Gabarito das Atividades de Aprendizado: Tópico 1 Mercadorias 1-) D FORNECEDOR (PC) 10.000,00 C ESTOQUE (AC) 7.875,00 C ICMS A RECUPERAR (AC) 1.200,00 C PIS A RECUPERAR (AC) 165,00 C COFINS A RECUPERAR (AC) 760,00 Tópico 2 Vendas com Mercadorias 1-) D ESTOQUE (AC) 70.875,00 D ICMS A RECUPERAR (AC) 10.800,00 D PIS A RECUPERAR (AC) 1.485,00 D COFINS A RECUPERAR (AC) 6.840,00 C FORNECEDORES (PC) 90.000,00 1-) D DESPESA FRETE S/ COMPRA (CR) 2.500,00 C CAIXA/ BANCO (AC) 7.875,00 2-) D CAIXA (AC) 180.000,00 C VENDAS DE MERCADORIAS (CR) 180.000,00 D ICMS S/ VENDAS (CR) 21.600,00 C ICMS A RECOLHER (P) 21.600,00 D PIS S/ VENDAS (CR) 2.970,00 C PIS A RECOLHER (P) 2.970,00 D COFINS S/ VENDAS (CR) 13.680,00 C COFINS A RECOLHER (P) 13.680,00 D CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS (CR) 90.000,00 C ESTOQUES DE MERCADORIAS (AC) 90.000,00 Tópico 3 Apuração do Custo das Mercadorias e Controle físico dos estoques. Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. 1-) C 1-) FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE PEPS MESAS DATA ENTRADA SAÍDA SALDO QUANT. VLR UNIT. TOTAL QUANT. VLR UNIT. TOTAL QUANT. VLR UNIT. TOTAL 1/3/X15 40 4,00 160,00 04/3/X15 10 6,00 60,00 40 4,00 160,00 10 6,00 60,00 06/3/X15 30 4,00 120,00 10 4,00 40,00 10 6,00 60,00 08/3/X15 10 4,00 40,00 5 6,00 30,00 5 6,00 30,00 10/3/X15 10 8,00 80,00 5 6,00 30,00 10 8,00 80,00 16/3/X15 5 6,00 30,00 5 8,00 40,00 5 8,00 40,00 SOMA 15 6250 41 16610 4 410 1640 Ativo Não Circulante 1-) C 2-) A 3. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL Vimos então algumas receitas e despesas financeiras que costumam aparecer com freqüência nas empresas, agora vamos tratar da ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL, como o próprio nome diz representa a técnica de registrar em livros próprios LIVRO (Diário, Razão, etc.) todos os fatos administrativos que ocorrem na empresa. Esta escrituração pode ser realizada de contas contábeis que se subdividem em sintéticas e analíticas, acompanhe a diferenciação das duas. A CONTA ANALÍTICA, é a conta que expressa a existência de vários fatos. Assim, temos por exemplo a conta fretes, que pode ser movimentada por Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. ocasião da avaliação de compras, vendas, despesas gerais e outras. No plano de contas teríamos: BANCOS (conta sintética) BANCO DO BRASIL S.A. (conta analítica). BANCO ITAÚ S.A (conta analítica) BANCO BRADESCO S.A. (conta analítica). Já a CONTA SINTÉTICA, conforme já se pode aprender pela conceituação de conta analítica, a conta sintética é aquela que envolve uma série de outras correlatas. A conta sintética pode ser entendida como sendo o gênero do qual temos várias espécies de outras contas correlatas. Assim, poderíamos ter, por exemplo, as seguintes contas no plano de contas: Conta Sintética Contas Analíticas Bancos Banco Itaú Banco do Brasil Banco Bradesco Fornecedores Aço-Minas S.A. Rio Verde S.A. Boaventura S.A. Clientes Pedro de Tal João da Silva Maria das Graças Vamos ver um pouco da escrituração do LIVRO DIÁRIO, ele constitui o registro básico de toda a escrituração contábil e, por isso mesmo, a sua utilização é indispensável. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa. Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o resultado econômico, devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábil legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, e indicará, distintamente, o ativo e o passivo. Nas empresas que utilizam a escrituração informatizada ou mecanizada, as demonstrações financeiras, tais como balanço patrimonial e demais apresentações contábeis, serão transcritas em livro próprio, autenticado no órgão de registro competente (Juntas Comerciais), salvo se as demonstrações constarem das fichas e/ou folhas contínuas e forem levado a registro, contendo os devidos termos de abertura e encerramento, quando então substitui perfeitamente o Livro Diário. Sem prejuízo de exigências especiais da lei, é obrigatório o uso de Livro Diário, encadernado com folhas numeradas seguidamente, em que serão lançados, Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. dia a dia, diretamente ou por reprodução, os atos ou operações da atividade, ou que modifiquem ou possam vir a modificar a situação patrimonial da pessoa jurídica. Os fatos devem ser registrados no livro Diário em ordem estritamente cronológica de dia, mês e ano, com a seguinte forma de apresentação: • data da ocorrência; • conta devedora (e/ou código de identificação); • conta credora (e/ou código de identificação), precedida da preposição “a”, quando manual, ou deslocada para a direita; • histórico do fato em língua nacional, com identificação do documento comprobatório; • valor em moeda nacional. Deverá registrar no livro diário da seguinte forma: Data Conta/ Histórico Débito Crédito 01/05/X14 CAIXA BANCOS SUPRIMENTO DE CAIXA EFETUADO NESTA DATA 3.000,00 3.000,00 PARA SABER MAIS: Agora vamos ver o LIVRO RAZÃO, conforme já visto, as contas registram as variações sofridas pelo patrimônio e seus componentes (ativo, passivo e patrimônio líquido), possibilitando assim a elaboração das demonstrações financeiras. O livro contábil que contempla as contas e suas movimentações é o livro Razão. A sua escrituração deve ser individualizada em uma folha ou ficha para cada conta (à exceção da escrituração por computador) e os lançamentos obedecem à ordem cronológica das operações. Está dispensado de registro ou autenticação nos órgãos competentes. É um livro onde se controla a movimentação de cada conta individualmente, sendo transcritos registros de débitos e créditos da conta no livro diário. O razão é considerado livro facultativo pela legislação comercial, tendo sido tornado obrigatório para as empresas tributadas com base no lucro real, pelas Leis nº. 8.218/91 e nº. 8.383/91, portanto sob amparo da legislação fiscal. Passou a ser de escrituração obrigatória e permanente após a Resolução CFC nº. 563/83. Portanto, podemos dizer que, de acordo com o Código Civil, o único Atividade de Aprendizado 1-) A construtora Verde Will possui uma dívida com seu fornecedor de azulejos a Cia Tem de Tudo Material de Construção, referente a compra de um lote de 200 milheiros de azulejos realizada em janeiro do referente ano no valor de $10.000.000,00. Todavia, seu financeiro argumentou sobre a grande quantidade adquirida, o encarregado do financeiro da Verde Will solicitou um desconto de 35%. A proposta é aceita pela Cia Tem de Tudo Material. O valor da venda líquida realizada pela Cia Tem de Tudo foi? O lançamento contábil será? Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. livro obrigatório é o Diário. Porém, outras normas tornaram a escrituração do Livro Razão obrigatória, devido à sua importância à entidade. Comparando os dois principais livros da Contabilidade, podemos observar que no livro razão acompanhamos as alterações ocorridas em uma determinada conta, ISOLADAMENTE, evidenciando sempre o saldo de cada uma delas. Já o livro DIÁRIO registra o fato completo, indicando as modificações sofridas por todas as contas envolvidas em um determinado lançamento. Exemplo: Razão Analítico Conta: Banco Movimento Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo 01.01.X14 SALDO INICIAL 1.000,00 D 02.01.X14 DEPÓSITO 500,00 1.500,00 D 02.01.X14 CHEQUE Nº. 050071 200,00 1.300,00 D Total 500,00 200,00 1.300,00 D 4. BALANCETE DE VERIFICAÇÃO O BALANCETE DE VERIFICAÇÃO, é extraído do Razão e constituem-se na relação de contas, com seus respectivos saldos, extraídos dos registros contábeis em determinada data. Para que o balancete possa expressar credibilidade deve conter os seguintes elementos: • identificação da entidade; • data a que se refere; • abrangência; • identificação das contas e respectivos grupos; • saldos das contas, indicando se devedores ou credores; • soma dos saldos devedores e credores. O balancete de verificação deve ser levantado, no mínimo, mensalmente. É um relatório contábil no qual são relacionadas todas as contas movimentadas no livro Razão e que representem saldo diferente de zero no dia de sua elaboração. Leva-se em consideração a natureza dos saldos, dispondo-os em duas colunas, conforme seja devedor ou credor. O balanço patrimonial é posterior ao balancete e dele se diferencia por não relacionar as contas de resultado (receitas e despesas). No balanço as contas não são dispostas exclusivamente pelos saldos, pois temos as contas retificadoras, quer do ativo, do passivo ou do patrimônio líquido, que possuem saldo de natureza diferente daquela de seus grupos. Apresenta, no lugar das contas de resultado, o lucro ou prejuízo acumulado e as reservas de lucros, Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. oriundos da transferência do resultado do exercício (confronto entre receitas e despesas). Há basicamente dois tipos de balancete: balancete de verificação e balancete ajustado. O balancete de verificação ou preparatório tem a função de verificar a correta escrituração pelo método das partidas dobradas, pois, por este método, os débitos e créditos deverão apresentar igual valor. É o ponto de partida para os demonstrativos. O balancete ajustado ou final é aquele em que as contas já foram ajustadas pelo princípio da competência, prudência e demais princípios contábeis. É o balancete a partir do qual se elabora o balanço patrimonial. Exemplo: Balancete Contas Saldo Inicial Débito Crédito Saldo Final CAIXA 0,00 200,00 50,00 150,00 D CLIENTES 0,00 1.500,00 150,00 1.350,00 D ESTOQUES 0,00 3.500,00 1.000,00 2.500,00 D FINANCIAMENTOS 0,00 900,00 3.900,00 3.000,00 C SALÁRIOS A PAGAR 0,00 300,00 600,00 300,00 C CAPITAL SOCIAL 0,00 700,00 700,00 C 6.400,00 6.400,00 5. DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO Significado da palavra depreciar é “perder valor” por desgaste, uso, ação da natureza ou obsolescência. Nas definições do CPC 27, temos que “Depreciar é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil”. De acordo com o CPC 27, item 62, podem ser adotados vários métodos de depreciação: “Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para apropriar de forma sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método da linha reta, o método dos saldos decrescente e o método de unidade produzidas”. De acordo com a Lei n 6.404/76 no art. 183 S 2 alínea a, o registro da depreciação deve ocorrer: “... quando corresponder à perda do valor dos direitos que tem por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.” Em resumo corresponde à transferência gradual de valor, um bem tangível do Ativo Imobilizado. Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. O Regulamento do IMPOSTO DE RENDA (RIR/99) considera bens depreciáveis todos os bens tangíveis, exceto bens com vida útil menor que 1 ano: “Art 307 Podem ser objeto de depreciação todos os bens sujeitos a desgaste pelo uso ou por causas naturais ou obsolescência normal, inclusive: I - edifícios e construções, observando-se que (Lei n º 4.506, de 1964, art. 57, § 9 º ): Art. 305. § 5 º Somente será permitida depreciação de bens móveis e imóveis intrinsecamente relacionados com a produção ou comercialização dos bens e serviços (Lei n º9.249, de 1995, art. 13, inciso III). É importante lembramos que para efeito de imposto de renda a depreciação não é obrigatória. 5.1 Abaixo relacionamos alguns bens depreciáveis segundo a Receita Federal 1-) Os bens móveis e imóveis utilizados no desempenho das atividades de contabilidade; 2-) Os bens imóveis utilizados como estabelecimento da administração; 3-) Os bens móveis utilizados nas atividades operacionais instalados em estabelecimento da empresa; 4-) Os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, utilizados no transporte de mercadorias e produtos adquiridos para revenda de matéria-prima, produtos intermediários e de embalagem aplicados na produção; 5-) Bicicletase Motocicletas. 5.2 Tipos de bens não depreciáveis segundo a Receita Federal • Bens que não perdem valor (obra de arte, antiguidades); • Terrenos; • Imóveis não alugados ou destinados à revenda; • Bens para os quais sejam registradas quotas de exaustão; • Bens cujo tempo de vida útil seja menor que 1 ano; • Bens com valor inferior a $ 326,61. • 5.3 Métodos de Depreciação a-) Metodo da Linha Reta (quotas constantes); b-) Método das Taxas Fixas; c-) Método das Taxas Variáveis; d-) Método de Cole; e-) Método de Horas Trabalhadas; f-) Método de Unidades Produzidas; g-) Método da Depreciação Decrescente; Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. h-) Método Especiais. Na tabela a seguir demonstramos os principais métodos que serão estudados: LINEAR (Quotas constantes) NÃO LINEAR Vida útil; Quotas crescentes; 5.3.1 Método da depreciação linear em função da vida útil (Método Linha Reta) Esse método consiste em tomar o valor de um bem do Ativo, dividir esse valor pelo tempo de sua vida útil e obter o que chamamos de quota de depreciação anual, que constitui o valor que será lançado como despesa a cada exercício. 5.3.1.1 Vida útil dos bens depreciáveis Os prazos de vida útil admissíveis para fins de depreciação dos seguintes veículos automotores, adquiridos novos, foram fixados pela IN SRF n o 162, de 1998: (http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2005/pergresp 2005/pr360a373.htm). Outros Tipos de Bens: TIPOS DE BENS VIDA ÚTIL TAXA ANUAL (%) Edifícios, Construções e Benfeitorias 25 4 Equip., Ferramentas, Móveis, Utensílios, Instalações 10 10 Computadores e Periféricos 05 20 O cálculo da depreciação do ativo será encontrado após a divisão do valor do bem pelo tempo de vida útil ou seja: Taxa de Depreciação Linear= Valor do Bem ____ Vida útil em anos Exemplo Uma máquina foi adquirida pelo seu valor global de $ 100.000,00 conforme a legislação máquinas possuem um tempo de vida útil de 5 anos. Calcularemos a quota de depreciação anual e o valor da depreciação acumulada ao longo desses anos. Valor do Bem = 100.000,00 Tx de Depreciação = 20% 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO Valor do Bem 100.000, 100.000, 100.000, 100.000, 100.000, Deprec do Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. Exercício 20.000, 20.000, 20.000, 20.000, 20.000, Deprec Acumulada (-) 20.000, (-) 20.000, (-) 20.000, (-) 20.000, (-) 20.000, Valor Contábil =80.000, =60.000, =40.000, =20.000, =0 Lançamento contábil 1 ANO Máquina Depreciação Depreciação Acumulada 100.000, 20.000, 20.000, 2 ANO Depreciação Depreciação Acumulada 20.000, 40.000, 3 ANO Depreciação Depreciação Acumulada 20.000, 60.000, 4 ANO Depreciação Depreciação Acumulada 20.000, 80.000, 5 ANO Depreciação Depreciação Acumulada 20.000, 100.000, 5.3.2 Depreciação Acelerada As taxas de depreciação fixada pela legislação do Imposto de Renda são para uma jornada normal de trabalho (turno de 8 horas). Portanto quando ocorre a adoção de dois ou três turnos de 8 horas, quanto aos bens móveis comprovadamente utilizados, poderão ser adotados os coeficientes de aceleração de 1,5, quando são dois turnos, e de 2,0 quando são três turnos. Regulamento do IR (RIR/99, art. 312), poderá ser acelerada da seguinte forma: Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. 1 turno de 8 horas Taxa de depreciação normal x 1,0 2 turnos de 8 horas Taxa de depreciação normal x 1,5 3 turnos de 8 horas Taxa de depreciação normal x 2,0 Taxa de Depreciação será: Taxa Normal Coeficiente Taxa Acelerada Máquinas 10% 1,5 15% Ferramentas 20% 1,5 30% Três Turnos Máquinas 10% 2,0 20% Exemplo: Uma máquina adquirida por $ 400.000, com vida útil de 5 anos, foi submetida a um turno no primeiro ano de vida, a dois turnos no segundo e, até o fim de sua vida útil, a três turnos. Calcularemos as quotas de depreciação e a depreciação acumulado ao fim do terceiro ano da seguinte forma: ANO FATOR DE ACELERAÇÃO TAXAS EFETIVAS QUOTAS 1 20% X 1,0 20% $ 80.000, 2 20% X 1,5 30% $ 120.000, 3 20% X 2 40% $ 160.000, 4 Saldo 10% $ 40.000, 100% $ 400.000, No primeiro ano, a quota será normal, uma vez que a operação da máquina é em um turno. No segundo ano, será adotada em quota acelerada, uma vez que a máquina será utilizada em dois turnos. No terceiro ano, a depreciação também será acelerada, pois a máquina trabalhará em três turnos. No quarto ano, será depreciada pelo saldo remanescente, porque o total nunca pode ultrapassar o valor imobilizado de um bem. 5.3.1 Método das quotas crescentes – Não Linear 5.3.1.1 Valor residual e Valor Depreciável O valor residual de um bem é o valor que o bem terá após o fim da vida útil para a empresa. Esse valor é definido pela empresa em função da realidade de cada tipo de bem depreciável, Istoé, não existe uma tabela oficial com valores residuais. O valor é definido pelo contador da empresa, utilizando-se de bom senso e realidade de mercado. De acordo com o CPC 27 item 6, o valor residual é: Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil. O Valor Depreciável será o valor do bem subtraído o valor residual, também Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. definido no CPC 27, item 6 Valor depreciável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos o seu valor residual. Valor depreciável= Valor do Bem – Valor Residual Exemplo Dado um bem tangível do Ativo (Máquina), com valor global de ativação de $ 100.000, vida útil de 5 anos e valor residual de $ 10.000, vamos calcular a quota de depreciação anual e o valor de depreciação acumulada ao longo de 5 anos. 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO Valor do Bem $ 100.000, $ 100.000, $ 100.000, $ 100.000, $ 100.000, Valor Residual $ 10.000, $ 10.000, $ 10.000, $ 10.000, $ 10.000, Valor Depreciável $ 90.000, $ 90.000, $ 90.000, $ 90.000, $ 90.000, Depreciação do Exercício $ 18.000, $ 18.000, $ 18.000, $ 18.000, $ 18.000, Depreciação Acumulada $ 18.000, $ 36.000, $ 54.000, $ 72.000, $ 90.000, Valor Contábil $ 82.000, $ 64.000, $ 46.000, $ 28.000,$ 10.000, A taxa de depreciação em 5 anos é igual a 100% / 5 = 20% ao ano, aplicada sobre o valor depreciável. Atividade de aprendizagem: 1-) Conforme CPC 27 (R1) – Ativo Imobilizado, Depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Com relação a depreciação, assinale a opção INCORRETA. a-) A depreciação de um ativo deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda; b-) A depreciação de um ativo deve cessar na data em que o ativo é baixado; c-) A depreciação cessa quando o ativo se torna ocioso ou é retirado do uso normal; d-) De acordo com os métodos de depreciação pelo uso, a despesa de depreciação pode ser zero quando não houver produção. 2-) A depreciação de uma máquina, pelo método linear, relativa ao ano de 2014, adquirida por R$ 100.000, em 01 julho de 2014, com vida útil estimada em 10 anos, valor residual 5% do valor histórico, e que trabalha em dois turnos é: a-) R$ 14.250,00 Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. b-) R$ 10.000,00 c-) R$ 7.125,00 d-) R$ 5.000,00 e-) R$ 4.750,00 6. AMORTIZAÇÃO A amortização consiste na alocação sistemática do valor amortizável de ativo intangível ao longo da sua vida útil, ou seja, o reconhecimento da perda do valor do ativo ao longo do tempo, tais como: Fundo de Comércio; Ponto Comercial; Direitos Autorais; Patentes; Direito de Exploração. Exemplo de Cálculo de Amortização Uma empresa adquiriu o direito de explorar ao longo de 25 anos uma marca, a taxa anual de amortização será: • Taxa de Amortização = 100% Vida útil do bem • 100% / 25 anos = 4%. Os efeitos da Amortização são semelhantes aos da Depreciação, a diferença está nas contas próprias, citamos um exemplo: “Despesa de Amortização” e “Amortização Acumulada”. As mesmas considerações a respeito da Depreciação Acumulada aqui deve ser seguida, temos uma conta retificadora do Ativo, na qual diminui o saldo do valor original ate seu limite. Atividade de Aprendizado 3-) Classifique o Imobilizado conforme sua incidência: • Depreciação • Amortização • Exaustão Prédios Edifícios Marcas e Patentes Jazida de Minério Instalações Software Computadores e Periféricos Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. Floresta para usos Móveis Utensílios Mina de Água Mineral 7. Exaustão “ A exaustão corresponde à perda do valor, decorrente da exploração de direitos cujo sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração”. (Marion, 2012 pg. 361). Exaurir significa esgotar completamente. Dentro da contabilidade, a exaustão está relacionada com a perda de valor dos bens ou direitos. Em função de sua exploração (extração ou aproveitamento) mineral ou florestal. Exemplos: Extração de madeira, exploração de jazidas, de minas, poços petrolíferos etc. Assim que a medida de extinguir-se os Recursos Naturais, registra a EXAUSTÃO. Método para se calcular: • Exaustão Anual em função do prazo de concessão = custo de aquisição / prazo estimado para esgotamento. • Exaustão Anual em função da relação entre produção do período e quantidade conhecida. Taxa = produção do período / quantidade conhecida ( x custo ou valor de aquisição) Atividade de Aprendizado 4-) Encontre a taxa através do método linear: O valor da taxa de depreciação de um TRATOR- Vida útil 25 anos; O valor da taxa de amortização de uma marca- Vida útil 20 anos; O valor da taxa de exaustão de uma jazida mineral que custou R$ 500.000,00 e deve ser explorada por 15 anos; Observação: calcular pelo método em função do prazo. 8. Equação do Patrimônio APROFUNDAMENTO !!! Vimos sobre Depreciação agora os convido a um breve estudo sobre DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EUXASTÃO no link: http://profalecs.files.wordpress.com/2011/07/depreciac3a7c3a3o-amortizac3a7c3a3o- e-exaustc3a3o-conceitos-e-cc3a1lculos.pdf Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. A identidade fundamental da Contabilidade é a base de todo o processo de escrituração e de acumulação de registros. Pode ser expressa da seguinte forma: ATIVO – PASSIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO Esta expressão é adequada numa apresentação de balanço de forma dedutiva, na qual se faz a subtração de todas as contas de Passivo (no sentido aqui, restrito de Obrigações) das contas de Ativo, restando, como resíduo, as de Patrimônio Liquido. É chamada, também, equação da Teoria do Proprietário. Uma forma alternativa é a seguinte: ATIVO = PASSIVO + PATRIMONIO LIQUIDO Obviamente, se a soma das contas que constituem o Ativo for igual a soma dos valores das contas que integram o Passivo, o valor do Patrimônio Líquido será nulo e a identidade será assim representada: ATIVO = PASSIVO A identidade patrimonial (por isso é uma identidade) sempre deve ser satisfeita, qualquer que seja a operação registrada. Sempre que não se especificar uma forma de apresentação diferente, será subentendida a expressão: ATIVO=PASSIVO+PATRIMONIO LIQUIDO 9. Patrimônio Líquido Neste momento iremos estudar o ultimo grupo do Balanço Patrimonial – PATRIMÔNIO LÍQUIDO. No início do curso você já estudou um pouco sobre este grupo e aprendeu que para obter o valor do patrimônio líquido basta diminuir o Ativo pelo Passivo, ou seja: PL = ATIVO – PASSIVO EXIGÍVEL A Lei das Sociedades por Ações determina que o PASSIVO deva ficar ao no lado direito, ficando a fórmula acima mais apropriada para encontramos o PL. Outra característica deste grupo é que o PL é visto como uma obrigação da organização para com seus proprietários ressalta, pois esta divida ou obrigação não tem prazo para pagamento. 9.1.1 Constituição do Patrimônio Líquido De acordo com a Lei n 11.638/07, a Lei da S. A. o Patrimônio Líquido constitui: • Capital Social; • Reservas de Capital; • Ajuste de Avaliação Patrimonial; • Reservas de Lucros; • Prejuízos Acumulados; • Ações em Tesouraria. 9.1.1.1 Capital Social Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. Esta conta composto pelo PL, representa o investimento realizado pelos proprietários. Com a aplicação do Capital Social surge a origem da estrutura da empresa. A conta do Capital Social é apresentada em duas formas: Capital Subscrito e Capital Integralizado. Capital Subscrito – refere-se ao capital comprometido Capital Integralizado – refere-se a realização do que foi comprometido No exemplo abaixo a composição do Patrimônio Líquido ficaria: Capital Social Capital Social Subscrito ------------- R$ 100.000,00 (-) Capital a Integralizar -------------- (R$ 90.000,00) = Capital Realizado 10.000,00 9.1.1.2 Reservas de Capital Quando dizemos sobre reservas imaginamos logo, uma quantia reservada de um lucro obtido, correto? Errado, em Reserva de Capital grupo PL é composta por venda de ações em uma CIA, sua origem não é um valor apurado em um resultado de exercício, elas podem originar de doações, contribuições dos acionistas e o exemplo mais comum são ágios na emissão de ações, vamos entender sobre ágios.As companhias aumentam seu capital e ofertam ao mercado de ações, novas ações com o preço maior que o valor nominal da ação, o valor maior resultará no lucro, este lucro denominamos como Ágio. Exemplo: A Cia Rio Bonito aumentará seu capital de $ 80 pra $ 100 milhões, com emissão de 20 milhões de ações, o valor nominal de uma ação será de $ 1,00. Ao ofertar as ações da CIA houve interesse do público pelas ações, foi resolvido que cobraria um ágio de $ 0,20 por ação. Dessa maneira cada ação foi colocada à venda por $ 1,20. A contabilização desta operação será: 9.1.1.3 Ajuste na Avaliação Patrimonial São os elementos do Ativo que terão variações na avaliação. Exemplos: • Aplicações em Instrumentos Financeiros; • Operações como incorporações, fusão e cisão. 9.1.1.4 Reserva de Lucros Serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas pela apuração de lucros da companhia (conforme Lei S. A) Capital = $ 80 milhões Capital atual = $ 100 milhões Oferta de ações = $ 20 milhões Ágio nas ações = 0, 20 x 20 milhões = 40 milhões Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. 9.1.15 Lucros ou Prejuízos Acumulados De acordo com o artigo 178 da lei n 11.638/07 esta extinta a conta Lucros Acumulados, para as S.A as empresas LTDA podem utilizar esta conta fazendo sua distribuindo quando possível. Nas S.As conta lucro acumulado deve ser evidenciadas em reservas ou dividendos no caso de prejuízo no PL será composta por Prejuízos Acumulados. 9.1.1.6 Ações em Tesouraria São ações da própria empresa ofertada ao mercado de ações e adquiridas por elas mesmas, esta ação só poderá ocorrer em condições excepcionais, realizando esta compra a conta devera vir diminuindo no Patrimônio Líquido. Atividade de aprendizado: 1-) O cálculo do PL é: a-) Ativo – Passivo; b-) Ativo – Passivo Exigível; c-) Ativo – Passivo Exigível + Não Circulante; d-) Ativo – Obrigações; e-) Ativo - Passivo + Lucro Líquido. 2-) Que tal praticarmos estes lançamentos contábeis... 1-) Constituição da Empresa em 01/03/2014: Distribuição de capital 03 (três) sócios, participações iguais no Capital: (integralizem o capital) Sócio A: R$ 100.000,00 em Dinheiro; Sócio B: R$ 100.000,00 em Imóveis; Sócio C: R$ 100.000,00 em Mercadoria p/ Revenda; 2) Em 05/03/14, a realiza um empréstimo no valor de R$ 30.000,00; 3) Em, 31/03/14, a empresa realiza uma compra Mercadorias para Revenda, ao prazo no valor de R$ 20.000,00; 4) Despesa mês Março/14 de Água/Esgoto e Telefone mês Março/14 por R$ 200,00 e R$ 1.000,00, respectivamente; 5) Despesa mês Março/14 de Aluguel no valor de R$ 3.500,00; 6) 01/04/14, Depósito bancário Banco do Brasil S.A. no valor de R$ 15.000,0;. 7)13/04/14, Pagamento de Fornecedor no valor de R$ 20.000,00 com juros de R$ 1.000,00; 8) Em 18/04/14, Houve uma venda de mercadoria a vista no valor R$ 30.000,00, com Custo de Aquisição de R$ 15.000,00; 9) 20/04/14,uma Aplicação Financeira de R$ 8.000,00. Questão para reflexão Reservas são parcelas que apresentam a diferença positiva entre o patrimônio líquido e o capital? Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. Gabarito das Atividades de Aprendizados Tópico 2- Escrituração Contábil 1-) 10.000.000,00 *35% = 3.500.000,00 = 6.500.000,00 D FORNECEDOR 10.000.000,00 C CAIXA 6.500.000,00 C DESCONTOS OBTIDOS 3.500.000,00 Tópico 4- Depreciação 1-) C 2-) SOLUÇÃO: Vlr de aquisição da máquina R$ 100.000,00 (-) Vlr Residual – 5% (R$ 5.000,00) Vlr Depreciável da Máquina (R$ 95.000,00) Depreciação anual (10%) (R$ 9.500,00) Depreciação relativa ao período meio ano R$ 4.750,00 R$ 4.750,00 x 1,5 (trabalhando em dois turnos) R$ 7.125,00 2-) C 3-) Prédios Edifícios D Marcas e Patentes A Jazida de Minério E Instalações D Software A Computadores e Periféricos D Floresta para usos E Móveis Utensílios D Mina de Água Mineral E 4-) Material Complementar - Ciências Contábeis Disciplina Contabilidade Comercial Professora Regiane Alice Brignoli Moraes Proibida a reprodução total ou parcial desse material. Depreciação trator - 25 anos= 100% /25 anos = 4%; Amortização – Marca= 100% / 20 = 5%; Exaustão jazida = R$ 500.000,00 / 15 = R$ 33.333,33 Tópico 5 Patrimônio Líquido 1-) C Bons Estudos !
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