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Material Complementar - Contabilidade Comercial

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Material Complementar - Ciências Contábeis 
Disciplina Contabilidade Comercial 
Professora Regiane Alice Brignoli Moraes 
 
Proibida a reprodução total ou parcial desse material. 
 
 
 
1. Conceito de comércio 
 
Basicamente, entende-se por comercio a troca de mercadorias por dinheiro ou 
de uma mercadoria por outra. A atividade comercial é inerente à natureza e às 
necessidades humanas, pois todos temos necessidades e, se não existisse 
moeda, trocaríamos bens que temos em excesso por outros que não 
possuímos. A atividade comercial é das mais importantes, pois permite colocar 
à disposição dos consumidores, física ou economicamente delimitados, grande 
variedade de bens e serviços, necessários à satisfação das necessidades 
humanas. Neste sentido, diz-se, também que o comerciante é uma pessoa 
física ou jurídica que aproxima vendedores e compradores, levando-os a 
completar uma operação comercial, ou seja, a troca de mercadorias por 
dinheiro ou por outras mercadorias. 
 
1.1 Origens históricas do comércio 
 
São remotas as origens do comércio. Na antiguidade, os fenícios, 
provavelmente, foram o povo que mais se notabilizou na atividade comercial. 
Várias causas e fatores contribuíram para tal, algumas inclusive de natureza 
geográfica. A fenícia dispunha de pouca terra para o desenvolvimento de uma 
agricultura de grande qualidade. Assim, teve de voltar-se a atividade comercial, 
construindo grande frota que realizava extensas atividades comerciais com o 
Ocidente, bem como, por terra, com o Oriente. Além dos fenícios foram muitos 
os povos da Antiguidade que exerceram com esmero a atividade comercial, 
como os gregos e mesmo os romanos. 
 
1.2 Tipos de entidades mercantis 
 
Tradicionalmente, uma classificação fundamental é a que separa as entidades 
mercantis (comerciantes) em dois grandes tipos: entidades comerciais 
atacadistas e entidades comerciais varejistas. 
 
1.3 Definição de Contabilidade comercial 
 
Hilário Franco conceitua Contabilidade Comercial como: o ramo da 
Contabilidade aplicado ao estudo e ao controle do patrimônio das empresas 
comerciais, com o fim de oferecer informações sobre sua composição e suas 
variações, bem como sobre o resultado decorrente da atividade mercantil. Fica 
claro que, a fim de acompanhar a variação quantitativa e qualitativa do 
patrimônio de tais entidades, é importante também entender o quadro 
econômico e jurídico mais amplo dentro do qual operam, bem como algumas 
características essenciais de sua gestão. 
 
2. ATIVO NÃO CIRCULANTE 
 
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Disciplina Contabilidade Comercial 
Professora Regiane Alice Brignoli Moraes 
 
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Tivemos conhecimentos sobre as operações com mercadorias e apuração de 
estoque, vamos agora estudar sobre o Ativo Não Circulante, mais 
precisamente os conceitos comportados do ativo não circulante. 
Até 2008 os Balanços Patrimoniais eram publicados com o grupo Permanente, 
sua substituição veio com a Lei 11.941/2009 trazendo algumas alterações 
dentre elas a nomenclatura de Ativo Não Circulante. 
 
ATIVO PASSIVO E PL 
Circulante Circulante 
Não Circulante Não Circulante 
• Realizável a Longo prazo PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
• Investimentos 
• Imobilizado 
• Intangível 
 
Falaremos cada um dos grupos do ativo não circulante, conforme a 
demonstração acima ele é dividido em 04 importantes grupos: RLP, 
Investimentos, Imobilizado e o Intangível. 
 
2.1 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
 
Conforme a Lei n 11.941/09 o grupo Realizável deixa de existir e passa a 
integrar o ativo não circulante, este grupo tem como característica dois 
importantes aspectos: 
• Prazo: sua classificação ocorrerá quando ultrapassar o exercício 
subseqüente. 
• Por uma determinação legal a classificação de contas deste grupo 
deverá ser valores a receber, oriundos de vendas, adiantamentos, 
empréstimos e outros. 
 
2.2 IMOBILIZADO 
 
O Ativo Imobilizado tem a característica de bem corpóreo, o entendimento 
conceitual tem a natureza relativamente permanente que se utiliza na operação 
dos negócios de uma empresa e que não se destina a venda. 
Destacamos as características necessárias do ativo imobilizado: 
• Natureza permanente; 
• Ser utilizado na operação dos negócios; 
• Não destinar a venda. 
Ressaltamos a característica permanente ela acontece porque nenhum bem, 
(excluindo Terrenos) possui vida ilimitada dentro de uma organização, seu uso 
causará desgaste a diminuição de valor do bem é registrado na contabilidade 
como Depreciação. 
Vejamos exemplos de Ativo Não Circulante Imobilizado 
a-) Edifícios: são considerados imobilizado para uma 
industria que os utiliza como sede, fábrica, escritório. Porem 
os de propriedade de uma companhia imobiliária ou de uma 
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incorporadora não são considerados Ativos Não Circulante 
quando se destinam à venda. 
b-) Veículos: em uma companhia de transportes são 
considerados Ativos não Circulante Imobilizados, enquanto na 
empresa automobilística os veículos destinados à venda são 
considerados Ativo Circulante. 
c-) Máquinas: utilizadas em uma empresa automobilística, 
de estamparia e outras são consideradas Imobilizado, não o 
sendo, entretanto, para as indústria que as produzem. Marion, 
2012 pg. 353 
 
Completando os exemplos apresentados dizemos que o Ativo Não Circulante 
Imobilizado é Tangível (Corpóreo), sendo este é um bem com substancias 
concretas e que podem ser tocados. Exemplos: 
 
1-) Sujeitos a Depreciação: Imóveis e Equipamentos; 
2-) Não Sujeitos a Depreciação: Terrenos e Obras de Artes; 
3-) Sujeitos a Exaustão: Reservas Minerais e Florestais. 
 
2.2.1 Manutenção e Reparo do Ativo Imobilizado 
 
Para os bens classificados no Imobilizado (vida útil superior a um ano) temos 
que incorrer em certos gastos para mante-los ou recolocá-los em condições 
normais de uso. Esses gastos são denominados manutenção e reparo. 
Nas situações em que uma reforma ou substituição de partes do bem contribua 
para o aumento de vida útil ou a capacidade produtiva, há ocorrência de 
Melhoria no Ativo Imobilizado o custo é adicionado ao valor do bem. 
 
2.3 INTANGÍVEL 
 
A palavra Intangível vem do latim tangere, ou “tocar”. Os bens classificados 
como intangível são portanto bens que não podem ser tocados, eles não 
possuem corpos . A legislação diz que devem ser classificados no grupo 
Intangível os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados á 
manutenção da companhia ou exercido com esta finalidade. No intangível 
dizemos que o item mais importante é a marca. 
 
O Pronunciamento Técnico CPC – 04 aborda: 
 
Um Ativo intangível deve ser reconhecido no balanço se: 
 
(a) For provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis 
ao ativo sejam gerados em favor da entidade; 
(b) O custo do ativo puder ser mensurado com segurança; 
(c) For identificável e separável,ou seja, puder ser separado da entidade e 
vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, seja 
individualmente ou em conjunto com um contrato, ativo ou passivo 
relacionado. 
 
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2.4 INVESTIMENTOS 
São aplicações relativamente permanentes, com propensão a 
produzir renda para a empresa. São participações voluntárias 
ou incentivadas, em empresas e direitos de propriedade, não 
enquadráveis no Ativo Circulante, nem no Realizável a Longo 
Prazo, nem mesmo no Imobilizado, pois se destinam à 
atividade operacionalda empresa. Como exemplos de 
aplicações neste grupo citamos as participações voluntárias, as 
participações incentivadas e outros direitos que não se 
destinam a manutenção da atividade da empresa. 
 
PARTICIPAÇÕES VOLUNTÁRIAS: São ações e quotas adquiridas pela 
empresa como investimento. 
PARTICIPAÇÕES INVENTIVADAS: São as participações efetuadas por meio 
dos Incentivos Fiscais. 
OUTROS INVESTIMENTOS: São os direitos de qualquer natureza e que não 
se destinam a manutenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade de Aprendizado: 
 
1-) O Ativo imobilizado tem três características fundamentais: 
 
a) Natureza relativamente permanente, não se destina à venda, não é utilizado 
no negócio; 
b) Natureza relativamente permanente, destina-se à venda, não é utilizado no 
negócio; 
c) Natureza relativamente permanente, não se destina à venda, é utilizado no 
negócio; 
d) Natureza relativamente permanente, destina-se à venda, é utilizado no 
negócio; 
e) Natureza permanente, destina-se ao uso do negócio. 
 
2-) Um item que não compõe o Ativo Imobilizado é: 
 
a-) Estoque; 
b-) Imóveis; 
Vamos nos aprofundar no ativo não circulante!!! Acessem o site: 
https://www.furb.br/especiais/download/128076-817255/CUE%20235.pdf 
 
Questão Para Reflexão: 
De 1994 a 2000, os gastos de empresas, agencias governamentais sem fins 
lucrativos e universidades nos EUA com pesquisas e desenvolvimento (P&D) 
cresceram 56% para mais de $ 264 milhões, segundo a National Sicence 
Foundation, uma agencia do governo. A produção por empregado por hora 
trabalhada cresceu em média 2,5% por ano. Esses gastos com P&D poderia ser 
contabilizado como Ativo Intangível ou seria uma Despesa? 
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c-) Veículos; 
d-) Computadores; 
e-) Máquinas. 
 
Gabarito das Atividades de Aprendizado: 
 
Tópico 1 Mercadorias 
 
1-) 
D FORNECEDOR (PC) 10.000,00 
C ESTOQUE (AC) 7.875,00 
C ICMS A RECUPERAR (AC) 1.200,00 
C PIS A RECUPERAR (AC) 165,00 
C COFINS A RECUPERAR (AC) 760,00 
 
Tópico 2 Vendas com Mercadorias 
1-) 
D ESTOQUE (AC) 70.875,00 
D ICMS A RECUPERAR (AC) 10.800,00 
D PIS A RECUPERAR (AC) 1.485,00 
D COFINS A RECUPERAR (AC) 6.840,00 
C FORNECEDORES (PC) 90.000,00 
1-) 
D DESPESA FRETE S/ COMPRA (CR) 2.500,00 
C CAIXA/ BANCO (AC) 7.875,00 
 
 
2-) 
D CAIXA (AC) 180.000,00 
C VENDAS DE MERCADORIAS (CR) 180.000,00 
 
D ICMS S/ VENDAS (CR) 21.600,00 
C ICMS A RECOLHER (P) 21.600,00 
 
D PIS S/ VENDAS (CR) 2.970,00 
C PIS A RECOLHER (P) 2.970,00 
 
D COFINS S/ VENDAS (CR) 13.680,00 
C COFINS A RECOLHER (P) 13.680,00 
 
D CUSTOS DAS MERCADORIAS VENDIDAS (CR) 90.000,00 
C ESTOQUES DE MERCADORIAS (AC) 90.000,00 
 
Tópico 3 Apuração do Custo das Mercadorias e Controle físico dos 
estoques. 
 
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1-) C 
 
 
 
 
 
 
1-) 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE 
 
PEPS 
MESAS 
 
DATA 
ENTRADA SAÍDA SALDO 
QUANT. 
VLR 
UNIT. TOTAL QUANT. 
VLR 
UNIT. TOTAL QUANT. 
VLR 
UNIT. TOTAL 
1/3/X15 40 4,00 160,00 
04/3/X15 10 6,00 60,00 40 4,00 160,00 
 10 6,00 60,00 
06/3/X15 30 4,00 120,00 10 4,00 40,00 
 10 6,00 60,00 
08/3/X15 10 4,00 40,00 
 5 6,00 30,00 5 6,00 30,00 
10/3/X15 10 8,00 80,00 5 6,00 30,00 
 10 8,00 80,00 
16/3/X15 5 6,00 30,00 
 5 8,00 40,00 5 8,00 40,00 
SOMA 15 6250 41 16610 4 410 1640 
 
Ativo Não Circulante 
 
1-) C 2-) A 
 
3. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL 
 
Vimos então algumas receitas e despesas financeiras que 
costumam aparecer com freqüência nas empresas, agora 
vamos tratar da ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL, como o próprio 
nome diz representa a técnica de registrar em livros próprios LIVRO 
(Diário, Razão, etc.) todos os fatos administrativos que ocorrem na empresa. 
Esta escrituração pode ser realizada de contas contábeis que se subdividem 
em sintéticas e analíticas, acompanhe a diferenciação das duas. 
 
A CONTA ANALÍTICA, é a conta que expressa a existência de vários fatos. 
Assim, temos por exemplo a conta fretes, que pode ser movimentada por 
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ocasião da avaliação de compras, vendas, despesas gerais e outras. No plano 
de contas teríamos: 
 
BANCOS (conta sintética) 
BANCO DO BRASIL S.A. (conta analítica). 
BANCO ITAÚ S.A (conta analítica) 
BANCO BRADESCO S.A. (conta analítica). 
 
Já a CONTA SINTÉTICA, conforme já se pode aprender pela conceituação de 
conta analítica, a conta sintética é aquela que envolve uma série de outras 
correlatas. A conta sintética pode ser entendida como sendo o gênero do qual 
temos várias espécies de outras contas correlatas. Assim, poderíamos ter, por 
exemplo, as seguintes contas no plano de contas: 
 
Conta Sintética Contas Analíticas 
Bancos Banco Itaú 
Banco do Brasil 
Banco Bradesco 
Fornecedores Aço-Minas S.A. 
Rio Verde S.A. 
Boaventura S.A. 
Clientes Pedro de Tal 
João da Silva 
Maria das Graças 
 
Vamos ver um pouco da escrituração do LIVRO DIÁRIO, ele constitui o registro 
básico de toda a escrituração contábil e, por isso mesmo, a sua utilização é 
indispensável. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e 
caracterização do documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou 
reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa. 
 
Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o resultado econômico, 
devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábil legalmente 
habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária. O balanço patrimonial 
deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa 
atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis 
especiais, e indicará, distintamente, o ativo e o passivo. 
 
Nas empresas que utilizam a escrituração informatizada ou mecanizada, as 
demonstrações financeiras, tais como balanço patrimonial e demais 
apresentações contábeis, serão transcritas em livro próprio, autenticado no 
órgão de registro competente (Juntas Comerciais), salvo se as demonstrações 
constarem das fichas e/ou folhas contínuas e forem levado a registro, contendo 
os devidos termos de abertura e encerramento, quando então substitui 
perfeitamente o Livro Diário. 
 
Sem prejuízo de exigências especiais da lei, é obrigatório o uso de Livro Diário, 
encadernado com folhas numeradas seguidamente, em que serão lançados, 
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dia a dia, diretamente ou por reprodução, os atos ou operações da atividade, 
ou que modifiquem ou possam vir a modificar a situação patrimonial da pessoa 
jurídica. 
Os fatos devem ser registrados no livro Diário em ordem estritamente 
cronológica de dia, mês e ano, com a seguinte forma de apresentação: 
• data da ocorrência; 
• conta devedora (e/ou código de identificação); 
• conta credora (e/ou código de identificação), precedida da preposição 
“a”, quando manual, ou deslocada para a direita; 
• histórico do fato em língua nacional, com identificação do documento 
comprobatório; 
• valor em moeda nacional. 
 
Deverá registrar no livro diário da seguinte forma: 
 
Data Conta/ Histórico Débito Crédito 
01/05/X14 CAIXA 
BANCOS 
SUPRIMENTO DE CAIXA EFETUADO 
NESTA DATA 
3.000,00 
3.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARA SABER MAIS: 
Agora vamos ver o LIVRO RAZÃO, conforme já visto, as contas registram as 
variações sofridas pelo patrimônio e seus componentes (ativo, passivo e 
patrimônio líquido), possibilitando assim a elaboração das demonstrações 
financeiras. O livro contábil que contempla as contas e suas movimentações é 
o livro Razão. A sua escrituração deve ser individualizada em uma folha ou 
ficha para cada conta (à exceção da escrituração por computador) e os 
lançamentos obedecem à ordem cronológica das operações. Está dispensado 
de registro ou autenticação nos órgãos competentes. 
É um livro onde se controla a movimentação de cada conta individualmente, 
sendo transcritos registros de débitos e créditos da conta no livro diário. O 
razão é considerado livro facultativo pela legislação comercial, tendo sido 
tornado obrigatório para as empresas tributadas com base no lucro real, pelas 
Leis nº. 8.218/91 e nº. 8.383/91, portanto sob amparo da legislação fiscal. 
Passou a ser de escrituração obrigatória e permanente após a Resolução CFC 
nº. 563/83. Portanto, podemos dizer que, de acordo com o Código Civil, o único 
Atividade de Aprendizado 
1-) A construtora Verde Will possui uma dívida com seu fornecedor de azulejos a Cia Tem 
de Tudo Material de Construção, referente a compra de um lote de 200 milheiros de 
azulejos realizada em janeiro do referente ano no valor de $10.000.000,00. Todavia, seu 
financeiro argumentou sobre a grande quantidade adquirida, o encarregado do financeiro 
da Verde Will solicitou um desconto de 35%. A proposta é aceita pela Cia Tem de Tudo 
Material. O valor da venda líquida realizada pela Cia Tem de Tudo foi? O lançamento 
contábil será? 
 
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livro obrigatório é o Diário. Porém, outras normas tornaram a escrituração do 
Livro Razão obrigatória, devido à sua importância à entidade. 
Comparando os dois principais livros da Contabilidade, podemos observar que 
no livro razão acompanhamos as alterações ocorridas em uma determinada 
conta, ISOLADAMENTE, evidenciando sempre o saldo de cada uma delas. Já 
o livro DIÁRIO registra o fato completo, indicando as modificações sofridas por 
todas as contas envolvidas em um determinado lançamento. 
 
Exemplo: 
Razão Analítico 
 
Conta: Banco Movimento 
Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo 
01.01.X14 SALDO INICIAL 1.000,00 D 
02.01.X14 DEPÓSITO 500,00 1.500,00 D 
02.01.X14 CHEQUE Nº. 050071 200,00 1.300,00 D 
 Total 500,00 200,00 1.300,00 D 
 
4. BALANCETE DE VERIFICAÇÃO 
 
O BALANCETE DE VERIFICAÇÃO, é extraído do Razão e constituem-se na 
relação de contas, com seus respectivos saldos, extraídos dos registros 
contábeis em determinada data. Para que o balancete possa expressar 
credibilidade deve conter os seguintes elementos: 
• identificação da entidade; 
• data a que se refere; 
• abrangência; 
• identificação das contas e respectivos grupos; 
• saldos das contas, indicando se devedores ou credores; 
• soma dos saldos devedores e credores. 
 
O balancete de verificação deve ser levantado, no mínimo, mensalmente. É um 
relatório contábil no qual são relacionadas todas as contas movimentadas no 
livro Razão e que representem saldo diferente de zero no dia de sua 
elaboração. Leva-se em consideração a natureza dos saldos, dispondo-os em 
duas colunas, conforme seja devedor ou credor. 
 
O balanço patrimonial é posterior ao balancete e dele se diferencia por não 
relacionar as contas de resultado (receitas e despesas). No balanço as contas 
não são dispostas exclusivamente pelos saldos, pois temos as contas 
retificadoras, quer do ativo, do passivo ou do patrimônio líquido, que possuem 
saldo de natureza diferente daquela de seus grupos. Apresenta, no lugar das 
contas de resultado, o lucro ou prejuízo acumulado e as reservas de lucros, 
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oriundos da transferência do resultado do exercício (confronto entre receitas e 
despesas). 
 
Há basicamente dois tipos de balancete: balancete de verificação e balancete 
ajustado. 
O balancete de verificação ou preparatório tem a função de verificar a correta 
escrituração pelo método das partidas dobradas, pois, por este método, os 
débitos e créditos deverão apresentar igual valor. É o ponto de partida para os 
demonstrativos. 
O balancete ajustado ou final é aquele em que as contas já foram ajustadas 
pelo princípio da competência, prudência e demais princípios contábeis. É o 
balancete a partir do qual se elabora o balanço patrimonial. 
 
Exemplo: 
 
 
Balancete 
 
Contas Saldo Inicial Débito Crédito Saldo Final 
CAIXA 0,00 200,00 50,00 150,00 D 
CLIENTES 0,00 1.500,00 150,00 1.350,00 D 
ESTOQUES 0,00 3.500,00 1.000,00 2.500,00 D 
FINANCIAMENTOS 0,00 900,00 3.900,00 3.000,00 C 
SALÁRIOS A PAGAR 0,00 300,00 600,00 300,00 C 
CAPITAL SOCIAL 0,00 700,00 700,00 C 
 6.400,00 6.400,00 
 
5. DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 
 
 Significado da palavra depreciar é “perder valor” por desgaste, 
uso, ação da natureza ou obsolescência. Nas definições do 
CPC 27, temos que “Depreciar é a alocação sistemática 
do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida 
útil”. 
De acordo com o CPC 27, item 62, podem ser adotados vários métodos de 
depreciação: 
“Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para apropriar de forma 
sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais 
métodos incluem o método da linha reta, o método dos saldos decrescente e o 
método de unidade produzidas”. 
De acordo com a Lei n 6.404/76 no art. 183 S 2 alínea a, o registro da 
depreciação deve ocorrer: 
“... quando corresponder à perda do valor dos direitos que tem por 
objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por 
uso, ação da natureza ou obsolescência.” 
Em resumo corresponde à transferência gradual de valor, um bem tangível do 
Ativo Imobilizado. 
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O Regulamento do IMPOSTO DE RENDA (RIR/99) considera bens 
depreciáveis todos os bens tangíveis, exceto bens com vida útil menor que 1 
ano: 
“Art 307 Podem ser objeto de depreciação todos os bens sujeitos a 
desgaste pelo uso ou por causas naturais ou obsolescência normal, 
inclusive: 
I - edifícios e construções, observando-se que (Lei n º 4.506, de 
1964, art. 57, § 9 º ): 
Art. 305. § 5 º Somente será permitida depreciação de bens 
móveis e imóveis intrinsecamente relacionados com a produção ou 
comercialização dos bens e serviços (Lei n º9.249, de 1995, art. 
13, inciso III). 
 
É importante lembramos que para efeito de imposto de renda a depreciação não é 
obrigatória. 
 
5.1 Abaixo relacionamos alguns bens depreciáveis segundo a Receita 
Federal 
 
1-) Os bens móveis e imóveis utilizados no desempenho das atividades de 
contabilidade; 
2-) Os bens imóveis utilizados como estabelecimento da administração; 
3-) Os bens móveis utilizados nas atividades operacionais instalados em 
estabelecimento da empresa; 
4-) Os veículos do tipo caminhão, caminhoneta de cabine simples ou utilitário, 
utilizados no transporte de mercadorias e produtos adquiridos para revenda de 
matéria-prima, produtos intermediários e de embalagem aplicados na 
produção; 
5-) Bicicletase Motocicletas. 
 
5.2 Tipos de bens não depreciáveis segundo a Receita Federal 
 
• Bens que não perdem valor (obra de arte, antiguidades); 
• Terrenos; 
• Imóveis não alugados ou destinados à revenda; 
• Bens para os quais sejam registradas quotas de exaustão; 
• Bens cujo tempo de vida útil seja menor que 1 ano; 
• Bens com valor inferior a $ 326,61. 
• 
 
5.3 Métodos de Depreciação 
 
a-) Metodo da Linha Reta (quotas constantes); 
b-) Método das Taxas Fixas; 
c-) Método das Taxas Variáveis; 
d-) Método de Cole; 
e-) Método de Horas Trabalhadas; 
f-) Método de Unidades Produzidas; 
g-) Método da Depreciação Decrescente; 
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h-) Método Especiais. 
 
Na tabela a seguir demonstramos os principais métodos que serão estudados: 
 
LINEAR (Quotas constantes) NÃO LINEAR 
Vida útil; Quotas crescentes; 
 
5.3.1 Método da depreciação linear em função da vida útil (Método Linha 
Reta) 
 
Esse método consiste em tomar o valor de um bem do Ativo, dividir esse valor 
pelo tempo de sua vida útil e obter o que chamamos de quota de depreciação 
anual, que constitui o valor que será lançado como despesa a cada exercício. 
 
5.3.1.1 Vida útil dos bens depreciáveis 
 
Os prazos de vida útil admissíveis para fins de depreciação dos 
seguintes veículos automotores, adquiridos novos, foram fixados pela 
IN SRF n o 162, de 1998: 
(http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2005/pergresp
2005/pr360a373.htm). 
 
Outros Tipos de Bens: 
 
TIPOS DE BENS VIDA ÚTIL TAXA ANUAL (%) 
Edifícios, Construções e Benfeitorias 25 4 
Equip., Ferramentas, Móveis, Utensílios, 
Instalações 
10 10 
Computadores e Periféricos 05 20 
 
O cálculo da depreciação do ativo será encontrado após a divisão do valor do 
bem pelo tempo de vida útil ou seja: 
 
Taxa de Depreciação Linear= Valor do Bem ____ 
 Vida útil em anos 
 
Exemplo 
Uma máquina foi adquirida pelo seu valor global de $ 100.000,00 
conforme a legislação máquinas possuem um tempo de vida útil de 5 anos. 
Calcularemos a quota de depreciação anual e o valor da depreciação 
acumulada ao longo desses anos. 
 
Valor do Bem = 100.000,00 
Tx de Depreciação = 20% 
 
 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 
Valor do Bem 
100.000, 
 
100.000, 
 
100.000, 
 
100.000, 
 
100.000, 
Deprec do 
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Exercício 20.000, 20.000, 20.000, 20.000, 20.000, 
Deprec 
Acumulada 
(-) 
20.000, 
(-) 
20.000, 
(-) 
20.000, 
(-) 
20.000, 
 (-) 
20.000, 
Valor Contábil =80.000, =60.000, =40.000, =20.000, =0 
 
Lançamento contábil 
1 ANO 
 Máquina Depreciação Depreciação 
Acumulada 
 
100.000, 20.000, 
20.000, 
 
 
 
2 ANO 
Depreciação Depreciação Acumulada 
 
20.000, 40.000, 
 
 
3 ANO 
Depreciação Depreciação Acumulada 
 
20.000, 60.000, 
 
 
 
4 ANO 
Depreciação Depreciação Acumulada 
 
20.000, 80.000, 
 
 
5 ANO 
Depreciação Depreciação Acumulada 
 
20.000, 100.000, 
 
 
5.3.2 Depreciação Acelerada 
 
As taxas de depreciação fixada pela legislação do Imposto de Renda são para 
uma jornada normal de trabalho (turno de 8 horas). Portanto quando ocorre a 
adoção de dois ou três turnos de 8 horas, quanto aos bens móveis 
comprovadamente utilizados, poderão ser adotados os coeficientes de 
aceleração de 1,5, quando são dois turnos, e de 2,0 quando são três turnos. 
 
Regulamento do IR (RIR/99, art. 312), poderá ser acelerada da seguinte forma: 
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1 turno de 8 horas Taxa de depreciação normal x 1,0 
2 turnos de 8 horas Taxa de depreciação normal x 1,5 
3 turnos de 8 horas Taxa de depreciação normal x 2,0 
 
 
Taxa de Depreciação será: 
 Taxa Normal Coeficiente Taxa Acelerada 
Máquinas 10% 1,5 15% 
Ferramentas 20% 1,5 30% 
Três Turnos 
Máquinas 10% 2,0 20% 
 
Exemplo: 
Uma máquina adquirida por $ 400.000, com vida útil de 5 anos, foi submetida a 
um turno no primeiro ano de vida, a dois turnos no segundo e, até o fim de sua 
vida útil, a três turnos. Calcularemos as quotas de depreciação e a depreciação 
acumulado ao fim do terceiro ano da seguinte forma: 
 
ANO FATOR DE ACELERAÇÃO TAXAS EFETIVAS QUOTAS 
1 20% X 1,0 20% $ 80.000, 
2 20% X 1,5 30% $ 120.000, 
3 20% X 2 40% $ 160.000, 
4 Saldo 10% $ 40.000, 
 100% $ 400.000, 
 
No primeiro ano, a quota será normal, uma vez que a operação da máquina é 
em um turno. No segundo ano, será adotada em quota acelerada, uma vez que 
a máquina será utilizada em dois turnos. No terceiro ano, a depreciação 
também será acelerada, pois a máquina trabalhará em três turnos. No quarto 
ano, será depreciada pelo saldo remanescente, porque o total nunca pode 
ultrapassar o valor imobilizado de um bem. 
 
5.3.1 Método das quotas crescentes – Não Linear 
 
5.3.1.1 Valor residual e Valor Depreciável 
 
O valor residual de um bem é o valor que o bem terá após o fim da vida útil 
para a empresa. Esse valor é definido pela empresa em função da realidade de 
cada tipo de bem depreciável, Istoé, não existe uma tabela oficial com valores 
residuais. 
O valor é definido pelo contador da empresa, utilizando-se de bom senso e 
realidade de mercado. 
De acordo com o CPC 27 item 6, o valor residual é: 
Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade obteria 
com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de 
venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o 
fim de sua vida útil. 
 
O Valor Depreciável será o valor do bem subtraído o valor residual, também 
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definido no CPC 27, item 6 
Valor depreciável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua 
o custo, menos o seu valor residual. 
 
Valor depreciável= Valor do Bem – Valor Residual 
 
Exemplo 
Dado um bem tangível do Ativo (Máquina), com valor global de ativação de $ 
100.000, vida útil de 5 anos e valor residual de $ 10.000, vamos calcular a 
quota de depreciação anual e o valor de depreciação acumulada ao longo de 5 
anos. 
 
 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 
Valor do 
Bem 
$ 100.000, $ 100.000, $ 100.000, $ 100.000, $ 100.000, 
Valor 
Residual 
$ 10.000, $ 10.000, $ 10.000, $ 10.000, $ 10.000, 
Valor 
Depreciável 
$ 90.000, $ 90.000, $ 90.000, $ 90.000, $ 90.000, 
Depreciação 
do Exercício 
$ 18.000, $ 18.000, $ 18.000, $ 18.000, $ 18.000, 
Depreciação 
Acumulada 
$ 18.000, $ 36.000, $ 54.000, $ 72.000, $ 90.000, 
Valor 
Contábil 
$ 82.000, $ 64.000, $ 46.000, $ 28.000,$ 10.000, 
 
A taxa de depreciação em 5 anos é igual a 100% / 5 = 20% ao ano, aplicada 
sobre o valor depreciável. 
 
Atividade de aprendizagem: 
1-) Conforme CPC 27 (R1) – Ativo Imobilizado, Depreciação é 
a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao 
longo da sua vida útil. Com relação a depreciação, assinale a 
opção INCORRETA. 
 
a-) A depreciação de um ativo deve cessar na data em que o ativo é 
classificado como mantido para venda; 
b-) A depreciação de um ativo deve cessar na data em que o ativo é baixado; 
c-) A depreciação cessa quando o ativo se torna ocioso ou é retirado do uso 
normal; 
d-) De acordo com os métodos de depreciação pelo uso, a despesa de 
depreciação pode ser zero quando não houver produção. 
 
2-) A depreciação de uma máquina, pelo método linear, relativa ao ano de 
2014, adquirida por R$ 100.000, em 01 julho de 2014, com vida útil estimada 
em 10 anos, valor residual 5% do valor histórico, e que trabalha em dois turnos 
é: 
 
a-) R$ 14.250,00 
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b-) R$ 10.000,00 
c-) R$ 7.125,00 
d-) R$ 5.000,00 
e-) R$ 4.750,00 
 
6. AMORTIZAÇÃO 
 
A amortização consiste na alocação sistemática do valor amortizável de ativo 
intangível ao longo da sua vida útil, ou seja, o reconhecimento da perda do 
valor do ativo ao longo do tempo, tais como: Fundo de Comércio; Ponto 
Comercial; Direitos Autorais; Patentes; Direito de Exploração. 
 
Exemplo de Cálculo de Amortização 
 
Uma empresa adquiriu o direito de explorar ao longo de 25 anos uma marca, a 
taxa anual de amortização será: 
 
• Taxa de Amortização = 100% 
 Vida útil do bem 
• 100% / 25 anos = 4%. 
 
Os efeitos da Amortização são semelhantes aos da Depreciação, a diferença 
está nas contas próprias, citamos um exemplo: 
 
“Despesa de Amortização” e “Amortização Acumulada”. 
 
As mesmas considerações a respeito da Depreciação Acumulada aqui deve 
ser seguida, temos uma conta retificadora do Ativo, na qual diminui o saldo do 
valor original ate seu limite. 
 
Atividade de Aprendizado 
 
3-) Classifique o Imobilizado conforme sua incidência: 
• Depreciação 
• Amortização 
• Exaustão 
 
Prédios Edifícios 
 Marcas e Patentes 
Jazida de Minério 
Instalações 
Software 
Computadores e Periféricos 
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Floresta para usos 
Móveis Utensílios 
Mina de Água Mineral 
 
7. Exaustão 
 
“ A exaustão corresponde à perda do valor, decorrente da exploração de 
direitos cujo sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa 
exploração”. (Marion, 2012 pg. 361). 
 
Exaurir significa esgotar completamente. Dentro da contabilidade, a exaustão 
está relacionada com a perda de valor dos bens ou direitos. 
Em função de sua exploração (extração ou aproveitamento) mineral ou 
florestal. 
Exemplos: Extração de madeira, exploração de jazidas, de minas, poços 
petrolíferos etc. 
Assim que a medida de extinguir-se os Recursos Naturais, registra a 
EXAUSTÃO. 
 
Método para se calcular: 
 
• Exaustão Anual em função do prazo de concessão = custo de aquisição 
/ prazo estimado para esgotamento. 
 
• Exaustão Anual em função da relação entre produção do período e 
quantidade conhecida. Taxa = produção do período / quantidade 
conhecida ( x custo ou valor de aquisição) 
 
Atividade de Aprendizado 
 
4-) Encontre a taxa através do método linear: 
 
O valor da taxa de depreciação de um TRATOR- Vida útil 25 anos; 
O valor da taxa de amortização de uma marca- Vida útil 20 anos; 
O valor da taxa de exaustão de uma jazida mineral que custou R$ 500.000,00 e 
deve ser explorada por 15 anos; 
Observação: calcular pelo método em função do prazo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. Equação do Patrimônio 
APROFUNDAMENTO !!! 
 
Vimos sobre Depreciação agora os convido a um breve estudo sobre DEPRECIAÇÃO, 
AMORTIZAÇÃO E EUXASTÃO no link: 
http://profalecs.files.wordpress.com/2011/07/depreciac3a7c3a3o-amortizac3a7c3a3o-
e-exaustc3a3o-conceitos-e-cc3a1lculos.pdf 
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A identidade fundamental da Contabilidade é a base de todo o processo de 
escrituração e de acumulação de registros. 
Pode ser expressa da seguinte forma: 
ATIVO – PASSIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Esta expressão é adequada numa apresentação de balanço de forma dedutiva, 
na qual se faz a subtração de todas as contas de Passivo (no sentido aqui, 
restrito de Obrigações) das contas de Ativo, restando, como resíduo, as de 
Patrimônio Liquido. É chamada, também, equação da Teoria do Proprietário. 
Uma forma alternativa é a seguinte: 
ATIVO = PASSIVO + PATRIMONIO LIQUIDO 
Obviamente, se a soma das contas que constituem o Ativo for igual a soma dos 
valores das contas que integram o Passivo, o valor do Patrimônio Líquido será 
nulo e a identidade será assim representada: 
ATIVO = PASSIVO 
A identidade patrimonial (por isso é uma identidade) sempre deve ser satisfeita, 
qualquer que seja a operação registrada. Sempre que não se especificar uma 
forma de apresentação diferente, será subentendida a expressão: 
ATIVO=PASSIVO+PATRIMONIO LIQUIDO 
 
 
9. Patrimônio Líquido 
 
Neste momento iremos estudar o ultimo grupo do Balanço Patrimonial – 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO. 
No início do curso você já estudou um pouco sobre este grupo e aprendeu que 
para obter o valor do patrimônio líquido basta diminuir o Ativo pelo Passivo, ou 
seja: 
PL = ATIVO – PASSIVO EXIGÍVEL 
A Lei das Sociedades por Ações determina que o PASSIVO deva ficar ao no 
lado direito, ficando a fórmula acima mais apropriada para encontramos o PL. 
 Outra característica deste grupo é que o PL é visto como uma obrigação da 
organização para com seus proprietários ressalta, pois esta divida ou obrigação 
não tem prazo para pagamento. 
 
9.1.1 Constituição do Patrimônio Líquido 
 
De acordo com a Lei n 11.638/07, a Lei da S. A. o Patrimônio Líquido constitui: 
• Capital Social; 
• Reservas de Capital; 
• Ajuste de Avaliação Patrimonial; 
• Reservas de Lucros; 
• Prejuízos Acumulados; 
• Ações em Tesouraria. 
 
9.1.1.1 Capital Social 
 
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Esta conta composto pelo PL, representa o investimento realizado pelos 
proprietários. Com a aplicação do Capital Social surge a origem da estrutura da 
empresa. 
A conta do Capital Social é apresentada em duas formas: Capital Subscrito e 
Capital Integralizado. 
Capital Subscrito – refere-se ao capital comprometido 
Capital Integralizado – refere-se a realização do que foi comprometido 
No exemplo abaixo a composição do Patrimônio Líquido ficaria: 
Capital Social 
Capital Social Subscrito ------------- R$ 100.000,00 
(-) Capital a Integralizar -------------- (R$ 90.000,00) 
= Capital Realizado 10.000,00 
 
9.1.1.2 Reservas de Capital 
 
Quando dizemos sobre reservas imaginamos logo, uma quantia reservada de 
um lucro obtido, correto? Errado, em Reserva de Capital grupo PL é composta 
por venda de ações em uma CIA, sua origem não é um valor apurado em um 
resultado de exercício, elas podem originar de doações, contribuições dos 
acionistas e o exemplo mais comum são ágios na emissão de ações, vamos 
entender sobre ágios.As companhias aumentam seu capital e ofertam ao mercado de ações, novas 
ações com o preço maior que o valor nominal da ação, o valor maior resultará 
no lucro, este lucro denominamos como Ágio. 
 
Exemplo: 
 
A Cia Rio Bonito aumentará seu capital de $ 80 pra $ 100 milhões, com 
emissão de 20 milhões de ações, o valor nominal de uma ação será de $ 1,00. 
Ao ofertar as ações da CIA houve interesse do público pelas ações, foi 
resolvido que cobraria um ágio de $ 0,20 por ação. Dessa maneira cada ação 
foi colocada à venda por $ 1,20. 
A contabilização desta operação será: 
 
 
 
 
 
9.1.1.3 Ajuste na Avaliação Patrimonial 
 
São os elementos do Ativo que terão variações na avaliação. Exemplos: 
• Aplicações em Instrumentos Financeiros; 
• Operações como incorporações, fusão e cisão. 
 
9.1.1.4 Reserva de Lucros 
 
Serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas pela 
apuração de lucros da companhia (conforme Lei S. A) 
 
Capital = $ 80 milhões 
Capital atual = $ 100 milhões 
Oferta de ações = $ 20 milhões 
Ágio nas ações = 0, 20 x 20 milhões = 40 milhões 
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9.1.15 Lucros ou Prejuízos Acumulados 
 
De acordo com o artigo 178 da lei n 11.638/07 esta extinta a conta Lucros 
Acumulados, para as S.A as empresas LTDA podem utilizar esta conta fazendo 
sua distribuindo quando possível. Nas S.As conta lucro acumulado deve ser 
evidenciadas em reservas ou dividendos no caso de prejuízo no PL será 
composta por Prejuízos Acumulados. 
 
9.1.1.6 Ações em Tesouraria 
 
São ações da própria empresa ofertada ao mercado de ações e adquiridas por 
elas mesmas, esta ação só poderá ocorrer em condições excepcionais, 
realizando esta compra a conta devera vir diminuindo no Patrimônio Líquido. 
 
 
 
 
 
 
Atividade de aprendizado: 
 
1-) O cálculo do PL é: 
 
a-) Ativo – Passivo; 
b-) Ativo – Passivo Exigível; 
c-) Ativo – Passivo Exigível + Não Circulante; 
d-) Ativo – Obrigações; 
e-) Ativo - Passivo + Lucro Líquido. 
 
2-) Que tal praticarmos estes lançamentos contábeis... 
 
1-) Constituição da Empresa em 01/03/2014: Distribuição de capital 03 (três) 
sócios, participações iguais no Capital: (integralizem o capital) 
Sócio A: R$ 100.000,00 em Dinheiro; 
Sócio B: R$ 100.000,00 em Imóveis; 
Sócio C: R$ 100.000,00 em Mercadoria p/ Revenda; 
2) Em 05/03/14, a realiza um empréstimo no valor de R$ 30.000,00; 
3) Em, 31/03/14, a empresa realiza uma compra Mercadorias para Revenda, 
ao prazo no valor de R$ 20.000,00; 
4) Despesa mês Março/14 de Água/Esgoto e Telefone mês Março/14 por R$ 
200,00 e R$ 1.000,00, respectivamente; 
5) Despesa mês Março/14 de Aluguel no valor de R$ 3.500,00; 
6) 01/04/14, Depósito bancário Banco do Brasil S.A. no valor de R$ 15.000,0;. 
7)13/04/14, Pagamento de Fornecedor no valor de R$ 20.000,00 com juros de 
R$ 1.000,00; 
8) Em 18/04/14, Houve uma venda de mercadoria a vista no valor R$ 
30.000,00, com Custo de Aquisição de R$ 15.000,00; 
9) 20/04/14,uma Aplicação Financeira de R$ 8.000,00. 
 
Questão para reflexão 
Reservas são parcelas que apresentam a diferença positiva entre o patrimônio líquido e 
o capital? 
 
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Gabarito das Atividades de Aprendizados 
 
Tópico 2- Escrituração Contábil 
 
1-) 10.000.000,00 *35% = 3.500.000,00 = 6.500.000,00 
D FORNECEDOR 10.000.000,00 
C CAIXA 6.500.000,00 
C DESCONTOS OBTIDOS 3.500.000,00 
 
Tópico 4- Depreciação 
 
1-) C 
 
2-) SOLUÇÃO: 
Vlr de aquisição da máquina R$ 100.000,00 
(-) Vlr Residual – 5% (R$ 5.000,00) 
Vlr Depreciável da Máquina (R$ 95.000,00) 
Depreciação anual (10%) (R$ 9.500,00) 
 
Depreciação relativa ao período meio 
ano 
R$ 4.750,00 
R$ 4.750,00 x 1,5 (trabalhando em dois 
turnos) 
R$ 7.125,00 
 
2-) C 
 
3-) 
Prédios Edifícios D 
 Marcas e Patentes A 
Jazida de Minério E 
Instalações D 
Software A 
Computadores e Periféricos D 
Floresta para usos E 
Móveis Utensílios D 
Mina de Água Mineral E 
 
 
4-) 
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Depreciação trator - 25 anos= 100% /25 anos = 4%; 
Amortização – Marca= 100% / 20 = 5%; 
Exaustão jazida = R$ 500.000,00 / 15 = R$ 33.333,33 
 
Tópico 5 Patrimônio Líquido 
 
1-) C 
 
 
Bons Estudos !

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